1. Spirit Fanfics >
  2. As crônicas de Chen >
  3. "Chen-hyung! Chen-hyung!". Argh!

História As crônicas de Chen - "Chen-hyung! Chen-hyung!". Argh!


Escrita por: GHyun

Notas do Autor


Espero que o capitulo não tenha bugado.
SS está de parabéns com os bugs.

Bem, demorei mas cheguei!
Se não me engano, esse é o menor capitulo, mas a gente releva porque escrevi ele todo ontem. sos
Era pra ser maior, mas dai eu demoraria mais tempo pra postar, mas tudo bem.

Enfim, boa leitura e desculpem qualquer erro. <3

Capítulo 6 - "Chen-hyung! Chen-hyung!". Argh!


Fanfic / Fanfiction As crônicas de Chen - "Chen-hyung! Chen-hyung!". Argh!

Três dias!

Já faz três dias!

Argh!

Três longos dias que Xiumin está me perturbando sem parar!

Agora mesmo ele está mordendo a minha orelha, e puxando-a, para chamar a minha atenção, mas estou tentando a todo custo ignorar.

— Chen-hyung! Chen-hyung! Chen-hyung!

Eu nunca achei que fosse odiar meu maravilhoso nome algum dia.

— Chen-hyung, vamos brincar! Chen-hyung!

Junmyeon apareceu na sala para ver o motivo do filhote tanto miar e parou com as mãos na cintura.

Por que tão lindo?

Aish! Quer ver que vai sobrar pra mim?

— Chenzinho, brinque com o Xiumin. Não está vendo que ele quer brincar?

Eu não sou cego e nem surdo, humano idiota!

Faz três dias que ele está querendo brincar, e estou ficando louco!

A função de brincar com o bichano é sua, não minha!

— Chen, você precisa me ajudar, eu não posso parar toda hora para brincar com ele. — ele me pegou no colo e acariciou minha cabeça, e passou levemente o dedo no meu rosto. — Brinque um pouco com ele, Chenzinho. — sentou no sofá e chamou o filhote, que logo veio correndo e começou a escalar a perna dele. — Se você brincar com ele, prometo deixar você sair do apartamento e ir para onde quiser.

Sair do apartamento?

Minhas orelhas moveram e ele entendeu que eu tinha ficado animado.

Dei um miado manhoso.

— E pode voltar à hora que quiser.

Ótimo!

Ele nos colocou no chão e levantou-se para pegar algo na estante da televisão.

— Vou te ajudar um pouco.

Jun ligou o ratinho de brinquedo e colocou no chão.

Xiumin disparou a correr loucamente atrás do brinquedo assim que o viu andando e eu fiquei parado, encarando o humano.

Jun se aproximou de mim e puxou de leve a minha orelha.

— Você é um gatinho difícil, ChenChen.

Ele saiu da sala logo em seguida e foi ao quarto.

Que culpa tenho se não sou idiota de ficar correndo atrás de um rato falso?

CALMA AI!

XIUMIN CONSEGUIU PEGAR O BRINQUEDO E EU NÃO?

Como?

Ele mais cai do que corre!

Isso não é justo!

Fui até o filhote e o empurrei com o corpo, e peguei o rato.

— É pra correr atrás dele e não pra ficar mordendo!

Eu tenho sorte que o Xiumin não se chateia quando sou brusco com ele.

— Mas, se eu consegui pegar ele, por que não posso comer?

Respirei fundo, bem fundo!

— Criatura, isso é um brinquedo! Não se come brinquedos!

— Por que não?

— Quer morrer? Isso não é feito pra comer. Ração é feita pra comer. — Xiumin prestava atenção no que eu dizia, só não sabia se olhava pra mim ou para o rato que eu segurava com a pata. — Se você comer isso, vai ficar doente e pode até morrer. Você quer fazer o Yixing ficar triste? — ele me olhou com os olhos arregalados e percebi que iria começar a chorar. — Não, não, não, não! Não chore!

— Eu não quero fazer o meu dono ficar triste!

— Então, não coma o que não é de comer! Pode caçar o rato, pode morder, mas não coma, entendeu?

— Entendi!

Soltei o rato e ele voltou a andar sem rumo, e Xiumin disparou a correr atrás dele.

Hunf! Sou um ótimo irmão mais velho!

Irmão mais velho... Argh! Não posso cair nos encantos desse filhote!

Aproveitei que ele se distraia com o brinquedo e fui até o meu arranhador.

Fiquei de olho no filhote enquanto passava minhas garras no arranhador, mas me distrai por poucos segundos e, quando me virei para vigiá-lo, levei um susto.

Ele já estava do meu lado, imitando o que eu fazia.

Ignorei ele e continuei arranhando até me cansar, e escalei o arranhador para me deitar na rede.

Xiumin tentou me seguir, mas caiu ao tentar escalar.

— Chen-hyung!

— O que foi?

Me virei e olhei pra baixo.

— Me ensina a escalar?

Respirei fundo.

— Vamos fazer o seguinte: se você conseguir subir até aqui, eu te ensino a escalar. Pode ser?

— Mas, eu não consigo!

— Como quer aprender a escalar sendo que não consegue subir esse pouco? Vai tentando. Enquanto isso, irei tirar um cochilo.

— Tá bom!

Me virei, respirei fundo, e dormi enquanto ouvia ele caindo no chão.

 

 

Acordei com o barulho do celular do Jun e o ouvi resmungar “Droga, esqueci de tirar o som”, e abri meus olhos.

— Volte a dormir, Chenzinho. — ele disse, calmo, enquanto acariciava minha cabeça na tentativa de me fazer dormir.

Olhei pra ele e vi o celular em sua mão, que ele logo tratou de esconder atrás do corpo.

Ele já tinha percebido que eu não gostava que tirasse fotos minhas sem eu saber, mas ele insistia nisso.

Ignorei ele e me espreguicei, virando de barriga pra cima, e senti algo do meu lado.

Xiumin!

Argh! Ele conseguiu subir!

Não sei se o Junmyeon sentiu que eu pretendia empurrar o filhote, mas ele me pegou no colo e começou a balançar a mão na minha frente para eu tentar pegar. Brinquei um pouco, mas desisti porque ele distanciava a mão e eu quase caia tentando pegar.

Ele me colocou no ombro ao ver que eu não queria mais aquela brincadeira e começou a me dar beijos no pescoço até ver que o Xiumin tinha acordado.

O filhote andou cuidadosamente na rede e pulou pro chão, ou caiu, não sei, mas pela cambalhota que ele deu, provavelmente caiu.

Eu não aguento o jeito dele andar, é a coisa mais fofa do mundo!

Se controle, Chen! Não vá cair em amores por ele!

Me esfreguei no pescoço do Jun, ronronando, e ele voltou a me pegar para poder se sentar no sofá.

— Eu te mereço, gato manhoso! Sabia que o Xiumin foi atrás de mim para poder subir na rede? — perguntou enquanto pegava o filhote que tentava escalar sua perna. — Ele gosta muito de você, Chen.

Ora, ora!

Então esse filhote não conseguiu escalar o arranhador?

— Eu tentei por muito tempo e comecei a ficar com dor de tanto cair. — o filhote começou a se explicar pra mim, vendo que eu o encarava. — Mas, como eu queria subir pra dormir com você, chamei a atenção do seu dono e ele entendeu o que eu queria.

Revirei os olhos e bufei.

— Como você quer escalar assim?

— Desculpa!

— Se o Jun deixar a gente sair, você vai tentar escalar uma árvore, ok?

— Ok!

Xiumin estava no sofá porque eu ocupava o colo todo, então, percebi que o meu dono estava concentrado, segurando o dedo na tela do celular, e vi que estava gravando um áudio.

Mas, áudio do que?

Não vai me dizer que...

Pulei na mão que segurava o celular e a mordi de leve. Jun deu um grito e largou o aparelho, que caiu no chão.

Larguei da mão e o encarei, e ele me encava de volta, assustado.

— Como você sabia?

Bufei.

— Aish! Espero que não tenha quebrado a tela. — ele se abaixou para pegar o aparelho, e suspirou ao ver que estava intacto. — Sorte sua, gatinho feio! — eu sei que sou lindo!

Jun leu a mensagem que chegou e virou a tela pra mim.

Embaixo do áudio tinha um escrito.

 

“Eles estão se dando bem? Aaah, estou com saudades da minha bolotinha! Xiumin está bem?”

 

Nem precisei ler quem mandou a mensagem para saber que era do Yixing.

— Vocês estão se dando bem? — Jun perguntou pra mim, mas lhe dei as costas e desci do colo. — Gatinho mal-educado! — parei de andar e olhei pra ele. — Aish! Às vezes, tenho a impressão que você entende o que eu falo, Chen.

Se ele soubesse que eu entendo, tenho certeza de que não falaria um monte de coisas e nem ficaria gemendo de noite no celular com o Sehun.

Falando na cara de porta, sinto o cheiro dele.

Ouvimos duas batidas na porta e o Xiumin já correu todo alegre pra receber o Sehun.

Junmyeon foi logo atrás e abriu a porta pro namorado entrar.

Sehun fez um som irritante — daqueles que os humanos fazem quando vão brincar com uma criança — ao se abaixar pra brincar com o filhote e logo o pegou para que pudesse entrar. Deu um beijo um tanto demorado no meu dono e deixou que ele fechasse a porta.

— Trouxe petiscos pra eles. Cadê o Chen? — viu meu dono apontar pra mim e olhou em minha direção. — Ele parece estar bravo.

— Ele me viu enviando um áudio dele e do Xiumin pro Yixing, e atacou a minha mão.

— Ele te machucou? — perguntou assustado.

Claro que eu não machuquei ele! Não sou capaz de machucar esse humano!

— Não. — deu um risinho. — Só deu uma daquelas mordidas que ele dá quando está brincando.

— Ah, que susto! — sentou-se no chão e começou a me chamar. — Chen, vem aqui, tenho petiscos. — ele pegou um saquinho do bolso da calça e deu alguma coisa pro Xiumin comer. — Chen? Não quer?

— O que você está dando pro Xiumin é de filhote?

— É, sim. Comprei os menores pra ele e os outros, que são maiorzinhos, são pro Chen.

Xiumin estava comendo todo alegre e não parava de abanar o rabinho.

Vi Sehun me olhar de novo e me deitei no chão.

Sou preguiçoso, ele que venha até mim.

Achei que ele fosse me ignorar, mas deixou o filhote no chão com alguns petiscos e engatinhou até mim.

— Toma. — colocou um petisco na minha frente e comi. Oh! É bom! Tem gosto de... de... não sei, mas é bom! — Gostou? — miei para ele entender que sim. — Tome mais.

Ele colocou mais no chão pra mim e comecei a comer.

— Você parece uma criança quando resolve brincar com eles. — Junmyeon disse pro Sehun e sentou-se no sofá. — Que tal a gente fazer alguma coisa antes do almoço?

Eu senti a malicia na pergunta, mas nem dei bola.

Sehun engatinhou até o sofá e os dois se beijaram.

Voltei a minha atenção para os petiscos e, na hora que terminei de comer, me virei para os humanos e vi uma cena que eu poderia classificar pior que os gemidos deles no quarto.

Sehun estava ajoelhado entre as pernas do meu dono, ele segurava e colocava o pênis do Jun na boca, e o idiota parecia gostar.

Argh!

Sério que eles vão fazer isso aqui comigo e uma criança, no caso, o Xiumin, presentes?

Eu odeio esses dois!

Corri até eles e, mesmo morrendo de vergonha, pulei para o colo do Jun, obrigando o Sehun largar ele.

— Chen, agora não.

Jun me pegou pela nuca e me colocou no chão.

Eles continuaram, mas interferi de novo, porém, dessa vez, foi o Sehun quem me tirou.

Argh!

O cara de porta se levantou e começou a tirar a roupa, ficando de cueca, e o meu dono fez a mesma coisa, só que ficou completamente nu.

Socorro!

É hoje que eu morro de vergonha!

Vendo que não iriam parar e não davam bola para mim, corri até eles e me agarrei na cueca do Sehun e dei uma leve mordida em sua bunda.

Sehun deu um grito assustado e o larguei.

Junmyeon me xingou, mas o ignorei.

Fui até o Xiumin, o peguei pela nuca, e o levei pro quarto.

— O que houve? — ele perguntou assim que o deixei no chão.

Voltei até a porta e a empurrei para que fechasse.

— Nada.

— Chen-hyung, o que houve? Por que estamos no quarto? O Sehun trouxe petiscos.

— Eles estão fazendo coisa de adulto, melhor ficarmos aqui.

— O que é coisa de adulto?

— Uma coisa que não vai ser eu quem vai te ensinar! — bufei. — Se distraia com alguma coisa ou aproveita pra dormir no travesseiro.

— Mas, hyung, nós já acordamos, dormimos, acordamos de novo e vamos dormir de novo?

Confesso que levei um tempo pra entender o que ele disse.

— É, dorme mais um pouco.

— Você vai dormir?

Bem, eu não quero voltar pra sala com aqueles dois lá e o Xiumin não vai dormir se eu não for.

Bufei.

— Vou. — pulei na cama e olhei pra ele. — Vem.

Xiumin tentou pular na cama, mas ela era muito alta pra ele.

Desci pra pegá-lo, já que não teria como subir porque a coberta não estava caída pra ele escalar.

O coloquei em cima do colchão e ele caminhou até o travesseiro.

Quando achei que ele não iria cair, ele deu de cara com o travesseiro ao pular pra subir nele.

Socorro, esse filhote é muito desastrado.

Coloquei ele em cima do travesseiro e me deitei no colchão, com a cabeça no mesmo travesseiro.

Xiumin ficou me encarando e vi seus olhinhos começarem a fechar.

— Chen-hyung.

— Hum.

— Obrigado por cuidar de mim. — falou enquanto fechava os olhos, e adormeceu.

Eu desisto.

EU DESISTO!

EU, CHEN, DESISTO!

EU ME RENDO!

Estou completamente apaixonado pela fofura desse filhote!

Acabei adormecendo enquanto o observava dormir.

Só acordamos quando o meu dono veio nos pegar na hora do almoço.

Ele pegou o Xiumin primeiro e o colocou no ombro.

Quando se abaixou pra me pegar, grudei no colchão e não deixei ele me levantar.

— Chen! Não quer comer? — tentou me puxar de novo. — Chenzinho! Chen!

Acabei rosnando, o que acabou assustando ele.

Jun me largou e vi sua cara de incrédulo. Abaixei minhas orelhas, e me abaixei, demonstrando que estava arrependido.

— Chen? Você rosnou pra mim? — miei, pedindo desculpas. — Eu não estou acreditando nisso, Chen! — ele falou um pouco bravo, mas logo suspirou. Colocou o Xiumin no chão e agachou do lado da cama, apoiando o queixo no colchão. — Por que rosnou pra mim? Você nunca fez isso. — me arrastei para perto dele e esfreguei minha cabeça em seu rosto. — Com o que está chateado? — perguntou, acariciando minha nuca.

Queria poder dizer, mas se eu me transformar na frente dele, ele vai ter um treco.

Como posso dizer que estou chateado dele ter se pegado com o Sehun na minha frente? Eles sempre fizeram isso no quarto, de noite, para eu não ver e para eles não ficarem incomodados com a minha presença.

Como eu não podia dizer, contentei em lambê-lo no rosto.

Xiumin miou, querendo atenção, e o meu dono o pegou e o colocou em cima da cama. O filhote se esfregou em mim e me distanciei, e abanei o rabo, demonstrando que iria brincar de correr com ele.

Xiu ficou todo feliz e veio correndo atrás de mim, e eu comecei a fugir dele na brincadeira.

Jun deu uma risada gostosa quando me escondi debaixo da coberta embolada e o filhote ficou perdido, tentando me achar.

— Olhe debaixo da coberta, Xiumin. — senti uma batidinha em cima de mim e vi a coberta levantar. — Olhe aqui.

Aish! Assim não vale!

Xiumin me viu e assustei quando ele avançou pra cima de mim. Sai correndo pelo outro lado e subi no ombro do Jun.

O filhote se perdeu debaixo da coberta e ficou tentando encontrar a saída, mas não conseguiu e parou.

Jun tirou a coberta de cima dele e o vimos com uma carinha assustada.

— Vem cá, amorzinho. — colocou as mãos em cima da cama e o pegou quando se aproximou. — Tadinho, ficou apavorado debaixo da coberta, hum?

“Amorzinho”? AMORZINHO?

QUE INTIMIDADE É ESSA AGORA?

SÓ EU POSSO SER O ÚNICO AMORZINHO DA SUA VIDA!

Dei um miado alto.

— Credo! Oh, ciúmes! Xiumin é o meu amorzinho, você é o meu amorzão! — me deu um beijo no pescoço. — Vamos comer, meninos?

Nós dois ronronamos e ele nos levou para a cozinha.

Sehun tinha acabado de colocar as coisas na mesa e tentou me pegar, mas grudei na camiseta do meu dono e dei um inicio de um rosnado, que o fez parar imediatamente.

— Ele rosnou? — Sehun perguntou, assustado.

Jun suspirou.

— Sim. Ele rosnou pra mim no quarto, acho que está com ciúmes.

— Do Xiumin?

— Não. Se fosse ciúme do Xiumin, ele teria miado alto pra ele em vez de rosnar pra nós. Acho que ele está com ciúmes de alguma coisa.

Sehun tentou me pegar de novo e acabei rosnando pra valer.

— Ok... acho que é ciúmes de mim. O que eu te fiz, Chen? — olhei fixamente pra ele e me esfreguei no pescoço do meu dono. — Ah, acho que já sei o que houve.

— O que?

— Espera ai. Xiumin, vem comigo. — ele pegou o filhote e o colocou no chão.

Estou entendo nada.

Sehun se aproximou do meu dono, olhando pra mim, e indicou que iria beijá-lo.

Agora entendi o que ele estava fazendo.

Dei um miado alto, indicando que não estava gostando daquilo, mas ele continuou e o beijou. Rosnei pra ele e cravei minhas garras na pele do Jun, fazendo-o gemer de dor e soltar uns “Ai, ai, ai”.

— Ele está com ciúmes de você? — Jun perguntou, surpreso, e me encarou. — Você está com ciúmes do Sehun? — miei em resposta.

— Ele deve estar com ciúmes porque naquela hora você deu atenção pra mim e o ignorou.

— Naquela hora... Oh! Seu ciumento! — deu um tapinha na minha cabeça. — Não fique com ciúmes do Sehun, você não é o meu amorzão?

Sou!

— Amorzão?

— Ah! Ele ficou com ciúmes de eu chamar o Xiumin de meu “amorzinho”, então falei que ele é meu “amorzão”.

— Hoje o Chen está tomado pelo ciúmes.

— Sim. Vou deixar eles saírem hoje, quem sabe ele se acalma.

OBA!

Junmyeon deu ração para nós dois e um pouco de leite, e foi almoçar.

— Por que está com ciúmes do Sehun? — Xiumin perguntou. — Você não gosta dele?

— Gosto, mas... — suspirei. — Eles estavam fazendo uma coisa do qual não gostei, só isso.

— Hum... A coisa de adultos?

— É.

— Hum... Ele disse que vai deixar a gente sair, mas eu não conheço nada.

Bem, o Jun provavelmente vai querer que eu cuide do filhote, mas quero procurar o Chanyeol e o Baekhyun... Aish!

— Você vem comigo.

— Pra onde?

— Vamos encontrar dois amigos.

— Quem?

— Chanyeol e Baekhyun.

Xiumin fez uma carinha de quem não sabia quem eram, e voltou a comer.

Depois do almoço, Junmyeon deu um tempo para a comida fazer digestão antes de deixar a gente sair. Nesse meio tempo, fiquei deitado na minha rede morrendo de preguiça com uma pata pra fora, e o Xiumin ficou pulando e tentando escalar o arranhador para pegar ela.

Na hora que o Jun permitiu que a gente saísse, ele deixou bem claro que era pra eu ficar de olho no filhote e não deixar nada de mal acontecer.

Pra mostrar que eu tinha entendido, peguei o Xiumin pela nuca e o carreguei comigo. Comecei a descer a escada com ele e o deixei no chão mais ou menos na metade para que descesse sozinho.

— Hyung.

— Sim?

— Eu não consigo!

— Consegue sim.

— Não consigo.

— Você nem tentou. — ele olhou pra baixo, que seria o próximo degrau, com medo, e tentou alcançar com a pata, mas recuou. — Você ainda é pequeno pra ir assim. Por que não tenta pular degrau por degrau?

Ele hesitou um pouco e pulou, por pouco não rolou os outros degraus.

— Eu consegui!

— Viu só? Agora só falta mais um monte. Vamos.

Desci na frente e ele veio pulando degrau por degrau, mas, como tudo o que é bom dura pouco, escorregou em um, ou perdeu o equilíbrio, e rolou escada abaixo.

Sorte que ele parece ser feito de borracha e não quebrou nada, senão já estaria chorando.

— Se machucou?

— Não, mas... doeu.

Aproximei dele e lambi sua cabeça.

— Faz parte. — ele estava visivelmente chateado por não conseguir descer sozinho. — Espera só você crescer mais um pouco, não terá escada que irá te parar.

Ele deu um sorrisinho.

— Você pode me levar?

Dei um risinho e o peguei novamente.

Descemos rapidinho e o deixei no chão quando chegamos no salão.

O chão estava liso e quase que nós dois caímos... bem, ele caiu.

Dessa vez ele não tropeçou no tapete da porta e atravessou rapidinho.

Olhei em volta pra ver se aquele projeto de rato chato não estava por perto e mandei que ele me seguisse sem se distrair, mas, como já era de se esperar, a criatura conseguiu se distrair com UMA PEDRA!

Uma maldita pedra conseguiu chamar a atenção dele! E olha que pedra não faz nada, só fica lá, parada.

— Xiumin... Xiumin, se você colocar essa pedra na boca, vai acabar engasgando com ela! Xiumin! — Argh! Por que ele não me ouve? — Xiumin, você quer engasgar com essa pedra e morrer?

Ele rapidinho largou a pedra e fez uma carinha triste.

— Eu não quero morrer! Se eu morrer, Yixing ficará triste!

Maravilha, consegui traumatizar o filhote com a história de morrer e deixar o dono dele triste.

— Então não se arrisque colocando essas coisas na boca, você pode acabar engolindo sem querer.

— Mas ela é tão bonita!

— É só uma pedra.

— Não é SÓ uma pedra, é uma pedra bonita!

Ele me retrucou?

Eu mereço!

— Bem, então fique ai com a sua pedra bonita e não reclame se morrer engasgado.

Sai andando, mas vi a cara de pânico que ele fez.

Ouvi o barulho dele correndo e esperei por ele.

Atravessamos o portão e vi que ele se encolheu quando um carro passou.

— Olhe, não precisa ficar com medo, só não vá pra rua, entendeu?

— Não ir pra rua, tá! Espera, o que é rua?

Ai, socorro.

— Tá vendo onde estamos?

— Sim.

— Vê que ela é mais alta que aquela parte que o carro está passando?

— Sim.

— Onde nós estamos chama “calçada”, ali onde o carro está passando, chama “rua”. Não vá pra rua sem mim, ou vai ser atropelado e vai morrer, entendeu?

Ele se aproximou mais de mim.

— Entendi!

— Ótimo! Vamos.

Eu comecei a andar e senti que estava batendo nele porque ele estava muito próximo, e o resultado não poderia ser diferente. Tropecei nele e cai no chão, levantei-me e olhei bravo pra ele.

— Xiumin!

— Desculpe!

Bufei, e voltei a andar.

Quando, finalmente, chegamos na esquina que eu sempre ia para me encontrar com o Chany e o Baek quando o projeto de rato resolve correr atrás de mim, senti o cheiro deles, mas não os vi, então continuei andando com o grudi logo atrás.

As pessoas que passavam por nós nos olhavam e achavam bonitinho o filhote me seguindo, mas tenho a sensação que ninguém tentou pegá-lo porque ele está com uma coleirinha que o Jun colocou pra indicar que tem dono.

Ele sempre coloca uma em mim quando me deixa sair sozinho, mas a minha tem o endereço e o telefone dele, já o do Xiu é uma básica porque ele estava comigo.

— Arranjou um filho, Chen? — ouvi a voz do Baek.

Virei pra trás e vi os dois, mas uma coisa que eu não esperava, aconteceu.

Ao se virar, Xiumin se assustou com o Chanyeol, deu um gritinho, e correu para debaixo de mim. Não sei como conseguiu, mas entrou debaixo de mim e ficou encolhidinho e tremendo.

— Xiu? O que foi? Não precisa ter medo, eles são amigos.

— Gran-gran-grande! Ele é grande!

Olhei pro Chanyeol e vi que ele ficou chateado pelo filhote ter ficado com medo dele.

— Xiu, não precisa ter medo do Chanyeol, ele não vai te fazer mal.

— E-estou com medo, Chen-hyung!

Ai, socorro.

Eu não esperava que isso fosse acontecer.

O que eu faço?



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...