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História As crônicas de Fortinelli - O baile real


Escrita por: ItsMeSaraE

Capítulo 3 - O baile real


 Os mensageiros saíram cedo. Antes mesmo do sol nascer, já estavam pelas ruelas do reino entregando os tão aguardados convites. 

 Helena levantou-se cedo e foi correndo ver se algo havia chegado. 

- Levantou-se cedo hoje, Helena?

- Chegaram? - Perguntou Helena enquanto revirava algumas peles em cima da mesa.

- O que?

- Os convites!

- Não. Não chegou nenhum convite. Eu te avisei. 

- Mas... 

 O semblante de Helena mudou instantâneamente. A sua animação foi tomada pelo desapontamento. 

- Helena? 

- É que eu estava tão animada.

- Não fique assim. É só uma festa. Agora vamos,  temos muito trabalho a fazer. A senhora Martins virá buscar seu vestido hoje. Já está pronto?

- Sim eu fiquei até tarde ontem terminando de aplicar as contas.- Disse ela retirando o vestido da cesta e deixando cair algo. - O quê é...? Oh meu Deus!

- Desculpe mentir para você. Queria fazer uma surpresa.

- Eu não acredito!  Nós vamos à festa da princesa. 

- Nós não. Você. Eu não quero ir à festa nenhuma.

- Vamos lá Angela. Você nunca quis conhecer o castelo? 

- Sim, mas isso era quando eu era jovem. Não ligo mais para isso. 

- Mas você vai ficar aqui sozinha? 

- Já fiquei tantas vezes. Não se preocupe. Mas, não ache que vou te deixar ir para essa festa sem me ajudar primeiro. 

- Claro que não. Vou começar a costurar agora mesmo.

 

 

              ≈≈ ≈≈ ≈≈ ∞ ≈≈ ≈≈ ≈≈

 O dia da festa havia chegado e todos estavam muito animados. A princesa Lunna tomou seu café da manhã e foi para a última prova do seu vestido.

- Você está linda.

- Papai!

- Como se sente? Está animada? Sua mãe cuidou para que tudo fosse perfeito.

- Sei. E eu agradeço. 

- Lunna. Você está bem? 

- É que a mamãe me diz, todos os dias que eu estou crescendo, logo logo vou casar, governar o país... Isso é muita...

- Pressão? 

- Eu não quero me casar agora, muito menos com alguém que não amo. Eu sei que a mamãe já está procurando alguém para mim, e isso é um tanto desconfortável. 

- Sei como se sente. Eu também não gosto da ideia de dar minha filhinha em casamento. Mas você não deve se preocupar com isso. Principalmente hoje. Quero que se divirta e que faça novos amigos, de preferência meninas.

 Lunna riu.

- Eu te amo filha.

- Também te amo papai.

 

 

 O baile começou e todos foram cumprimentar a princesa, incluindo Helena. 

- Olá. - Disse alguém que estava perto dela na fila.

- Olá.

- Qual seu nome?

- Helena e você? 

- James. Acho que já lhe vi em algum lugar.

- Deve ter sido no ateliê da senhora Angela. Eu trabalho lá.

- Não... Ah! Eu te vi na floresta,  caçando. 

- Sério?  

- Sim. E por falar nisso, fiquei impressionado com sua habilidade.

- Obrigada. E oquê você fazia na floresta? 

- Cortando lenha. 

- Hum... Bom, agora é a minha vez de comprimentar a princesa. Com licença. 

- À vontade. - Disse James curvando-se diante da moça. - Nos vemos em breve?

- Talvez.

- Bom, agora eu sei onde você trabalha...

 Helena sorriu e foi ao encontro da princesa, que não parecia muito animada.

- É um prazer conhece-la, alteza.

- Me chame de Lunna. Qual o seu nome?

- Helena. 

- Onde mora?

- Eu morava no campo com os meus avós, mas consegui um emprego em um ateliê na cidade e agora estou morando lá.

- Seja bem vinda.

- Obrigada. Se a vossa majestade me permite...

- Lunna, me chame de Lunna.

- Oh, sim, Lunna. Eu gostaria de fazer uma pergunta. Por quê não está se divertindo? É a sua festa.

- Bem... É que... Não tenho companhia. 

- Bom, agora tem. Quer caminhar um pouco?

- Claro.

 As duas foram juntas até o jardim do castelo e lá ficaram conversando.

- Uau, esse jardim é lindo.- exclamou Helena ao ver a diversidade de flires existentes alí.

- Sim, venho aqui às vezes.

- Às vezes? Se morasse aqui, eu viria o tempo todo.

 Lunna sorriu.

- Então, você trabalha em um ateliê? 

- Sim. Fazemos vestidos, calças, sapatos... Tudo.

- Uau! Eu sempre quis aprender a costurar, porém meus professores não me ensinam esse tipo de coisa. Só aprendo leis e coisas do tipo.

- Eu costuro desde criança,  minha mãe me ensinou. Mas o que eu gosto mesmo é de caçar.

- Caçar?

- Sim, sei que todos dizem que não é coisa para uma dama, porém é o que eu mais gosto de fazer.

- Eu não penso isso. Na verdade eu até já fiz algumas aulas de arco e flecha escondida.

- Sério? Não imagino a Vossa majestade fazendo isso.

- Sim. Um dos guardas é meu amigo e ele me deu algumas aulas. 

- Nunca pensei que Vossa Majestade gostasse disso.

 Lunna riu. 

- E sua mãe?  Onde está? Ela veio à festa?

- Não, ela não veio.

- Por que? Não enviei convites suficientes? Me perdoe. Eu queria convidar a todos , mas não foi possível. 

- Não. Não foi isso. A minha mãe morreu faz alguns anos.

- Eu sinto muito.

- Não tem problema. 

- E seu pai?

- Não sei. Eu não o conheci. Eu fui criada pela minha mãe e meus avós. Eles nunca me contaram nada sobre ele.

- E nunca procurou saber?

- Não. 

- Por que? 

- Acho que não faz muita diferença para mim. 

- Eu não concordo. Acho que você deveria conhecê-lo. Eu não sei o que faria sem o meu pai. Ele está sempre do meu lado. 

- Imagino. Todos falam muito bem do rei.

- Princesa Lunna! - Surgiu uma voz atrás das duas.

- Matias, o que foi?

- Sua mãe está à sua procura. 

- Ah, já era de se esperar. Tenho que voltar, Helena. 

- Não tem problema. Foi uma honra conversar com você. 

- O prazer foi meu. Obrigada por me distrair um pouco. 

- Por nada.

 Lunna foi com Matias, o guarda, para o salão e Helena ficou ali por mais um tempo.

- Olá. Novamente. 

- Você de novo?- Disse Helena ao ver o rapaz com quem tinha falado.

- Parece que nosso reencontro foi mais próximo do que esperava.



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