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História As crônicas de Fortinelli - Propostas


Escrita por: ItsMeSaraE

Capítulo 5 - Propostas


 Ao colocar seu vestido roxo de veludo Lunna pensava em Helena. Ela gostava da ideia de ter uma amiga fora do castelo. Aquilo ampliava seus horizontes. 

 Uma de suas servas desembaraçava seus longos cabelos castanhos, enquanto ela esperava Matias chegar com as notícias sobre a organização do chá.

 - Princesa Lunna. - Disse Matias ao bater à porta. 

- Entre. Pode ir Zara. 

 Zara, a serva de Lunna saiu do quarto e Matias entrou. 

- E então? Como estou?

- Muito bonita. Vim avisar que está tudo pronto e o cocheiro já foi buscar  Helena.

- Ótimo. 

- Lunna, o que sua mãe disse sobre tudo isso? 

- Nada. Ela está muito ocupada cuidando do meu casamento. 

- Casamento? 

- Sim Matias, casamento. 

- Mas com quem você irá se casar?

- Eu não sei. Mas sei que ela já o escolheu.

- Não sei se gosto dessa ideia.

- Não adianta concordar ou não. Ela já decidiu. Eu sabia que esse dia ia chegar e o que me resta é aproveitar o tempo que ainda tenho. 

- Isso tem alguma coisa à ver com amanhã? 

- Sim. Mamãe não estará aqui e papai estará ocupado. Arrume tudo.

- Tudo bem mas seu arco...eu não o encontrei. 

- Eu o escondi no estábulo. Agora vá. Preciso terminar de me arrumar.

 

 Na cidade Helena ainda extasiada, entrava na grande carruagem real . Ela estava trajando um vestido bege, seus cabelos loiros quase dourados estavam trançados e usava seus melhores sapatos. Todos na cidade estavam com suas atenções voltadas para ela. Todos queriam saber... O que estaria acontecendo? Nem mesmo Helena sabia ao certo. Porém conteu toda a sua ansiedade e foi.

 

           ≈≈ ≈≈ ≈≈ ∞ ≈≈ ≈≈ ≈≈

 

 O que Helena menos esperava acontecera. Após o tão aguardado chá, Helena passou a visitar mais vezes o castelo e tornou-se amiga da princesa Lunna. Ela continuava a passar a semana na cidade. Pela manhã trabalhava no ateliê e a tarde saía com James para caçar.

 

- James, tenho algo para dizer. - Disse Helena enquanto o via amolar seu machado.

- Diga-me.

- Não sei se você vai gostar de ouvir.

- O que? Irá se casar com outro homem? 

- Não. Ontem eu fui ver a princesa. 

- Você faz isso sempre.

- Sim, mas dessa vez... Ela me fez uma proposta.

- Que proposta?

- Ela quer que eu vá morar no castelo. 

- Morar no castelo? Mas oquê você faria no castelo? 

- Ela quer que eu seja sua serva.

- Pensei que você fosse amiga da princesa, não serva dela.

- E eu sou amiga dela.

- Uma amiga que lhe convida para servi-la? 

- Não a servimos de toda forma? 

- Helena, não me diga que você quer mesmo ir morar no castelo. 

- James... É o castelo. Eu vou ser serva da princesa, que logo será a rainha. 

- E acha que ainda vai poder caçar depois de se tornar serva da princesa? 

- Por que não poderia? A própria princesa...

- Ela faz oque? Atira flechas em um alvo estúpido escondida dos pais. Já a viu caçar algum animal no campo? Ou melhor... Já a viu alguma vez fora daquele castelo? Ela vive presa lá dentro e agora quer lhe prender também. 

- Lunna não faria isso.

- Ela já fez.

- Por que está dizendo isso?

- Por quê sei que você vai me deixar.

- Não vou deixar ninguém. E nem vou parar de caçar.

- Diz isso agora. 

- James, confie em mim. 

 

 No castelo todos estavam muito atarefados. Algo muito importante estava para acontecer. O príncipe Tomas estava chegando para conhecer Lunna, entretanto Lunna não sabia disso.

 

- Mãe. Eu quero lhe dizer algo. 

- Lunna... Por que ainda está assim? - Disse Ana ao ver sua filha ainda de robe.

- Mãe. Eu quero dizer que eu... Eu convidei Helena para morar conosco aqui no castelo. 

- Como? Helena? Quem lhe autorizou?

- Papai. Ele disse que foi uma boa ideia. Helena será minha serva.

- Serva? E seu pai concordou com isso?

- Claro. Helena é minha melhor amiga. 

- E você sabe que eu não aprovo essa amizade.

- Por que não aprova? Helena é uma dama. Muito educada e inteligente. 

- Eu tenho meus motivos, motivos esses que você nunca entenderá. E por falar nisso, você precisa aprontar-se.

- Me aprontar? Para quê? 

- Ainda não sabe?  O príncipe Tomas está chegando. 

- Príncipe Tomas? 

- Sim, ele está vindo para lhe conhecer. 

- Me conhecer? Quem disse que quero conhecer algum príncipe? 

- Não comece Lunna. 

- Não começar? Eu não quero me casar com ninguém agora.

- Você não tem querer Lunna. Isso não acontece só com você. Todas as princesas tem de passar por isso.

- Mas eu não sou todo mundo. 

- Lunna... Pela última vez, vá aprontar-se. 

 

 Lunna saiu do quarto com a cabeça cheia. Não consegui conter as lágrimas. Elas aos poucos foram escorrendo sobre seu rosto e caindo ao chão, deixando um rastro pelo saguão.

- Lunna! Lunna! - Disse Matias correndo atrás da princesa. 

- Me deixa em paz.

- Não! Oque houve?

- A mamãe... Ela quer que eu me case com o príncipe Tomas. 

- Casar? Pensei que ele só viria lhe conhecer.

- Como você é tolo Matias. Conhecer significa que eu já estou praticamente prometida à ele.

- Não!  Lunna você... Você não pode se casar.

- Oh, sério?

- Não,  é que... Eu... 

- Oque? 

- Eu sabia que isso ia acontecer. Um dia ou outro. Como sou idiota. 

- Matias... Do que você está falando?

- Lunna eu te amo. 

- Me... Me ama? 

- Sim. - Disse Matias com o olhar voltado ao chão. 

- Por que você está me dizendo isso? 

- Não sei.

- Matias... Você é o meu melhor amigo, sempre esteve comigo, o único que eu poderia amar algum dia.

- Me amar?

- Sim. Acho que já amo há muito tempo. E sofro com isso dia após dia.

- Lunna não faça isso comigo. Não se case com o príncipe Tomas. 

- E oquê eu vou fazer?

- Eu não sei. Mas não posso ver você me deixar dessa forma. 

- Eu não sei oque fazer. Mesmo que eu não me case com ele, minha mãe trará outro e outro. 

- E eu nunca serei um desses.

- Matias, eu te amo. - Disse Lunna levantando seu rosto e o beijando.



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