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História As Crônicas de Nárnia - O leão, a feiticeira, o guarda roupa - O começo de uma crônica


Escrita por: Maskarada

Notas do Autor


Ana e Thomas são dois irmãos que após sua cidade natal ser bombardeada, precisam se abrigar em outro lugar, enquanto a guerra continua. Eles conhecem Pedro e descobrem que vão para o mesmo abrigo, de um tal professor Kirke. Mas o que os aguarda lá?

Capítulo 1 - O começo de uma crônica


Fanfic / Fanfiction As Crônicas de Nárnia - O leão, a feiticeira, o guarda roupa - O começo de uma crônica

 Ana olhava pela janela enquanto os aviões passavam e faziam o maior barulho. Sua mãe a pegara pelo pulso.

 

- Vá para o esconderijo, agora! – Gritou para Ana.

 

 Ela obedeceu, mas antes de abrir a porta se virou.

 

- E o Thomas? – Ela perguntou.

 

 A mãe desesperada gritou pelo menino que estava correndo com um bebê no colo.

 

- O que é isso? – A mãe perguntou.

- Eu o achei sozinho. Deve ser um sobrevivente. Não podia simplesmente largá-lo! – Indagou Thomas.

 

 A mãe impaciente tomou o bebê e empurrou Thomas e Ana para dentro de um esconderijo que ficava no subsolo ao lado da casa. Ela fechou a porta e ali ficaram.

 

- Você está bem? – Perguntou Thomas a Ana quebrando o silencio.

- Estou. Você poderia me preocupar menos, sabia? – Ela sorriu e ele também.

 

 A mãe veio por trás e deu um tapa no rosto da menina.

 

- Isso é hora de brincar? Ou de sorrir? Faça-me um favor e cale essa boca! E você Thomas vê se faz algo útil! Veja se os aviões já foram.

 

 Thomas olhou tristemente para Ana, desejando poder fazer algo para defender a irmã, mas acabou desistindo ou poderia acontecer algo pior. Ele deu uma olhada.

 

- É eles já foram. – Indagou sussurrando.

 

 

                                                                 

                                                              ***

 

 

 Ana e Thomas estavam na estação junto a mãe e ao bebê. Ana não parava de encarar Thomas. E ele a ela.

 

- Temos mesmo que ir? – Perguntou Thomas.

- Sim. Lá estarão seguros. E não vou ver mais vocês. – Suspirou um tanto aliviada. – Que pena!

 

 Ana sabia que sua mãe não gostava deles. Especialmente dela...

 

- Vai cuidar do bebê não é mesmo? – Perguntou Thomas quebrando o silencio.

- Vou ver o que faço.

- Prometa. – Exigiu Thomas.

 

 Eles se encararam por um segundo. Ela parecia que ia explodir.

 

- Tá! Tanto faz... – Resmungou. – Mas não pense que vou ficar com ele.

 

 Thomas sorriu. Só de conseguir convencê-la já era alguma coisa. Ana observava o bebê com atenção. Deveria ter um ou dois anos de idade... ou nem isso... o que seria dele? Estavam no meio de uma guerra. Ele teria pais? Se sim, o que aconteceu a eles? 

 

- Ana, está na hora de ir. – Disse Thomas.

 

 Ela obedeceu e seguiu em direção a mãe. A mãe se recusou a se despedir. Ela simplesmente ignorou Ana e abraçou Thomas, que sentiu um nó no estomago ao presenciar a cena. Thomas era um garoto alto de 17 anos. Ele tinha cabelos castanhos e olhos verdes. Ana também tinha cabelos castanhos longos e cacheados. Mas, seus olhos eram castanhos avermelhados.

 

- Para de viajar menina. – Indagou a mãe. – Entra no trem antes que seja tarde demais. – Ela disse saindo.

 

 Sua mãe, Evana, tinha cabelos compridos e negros. E seus olhos eram verdes. Ela simplesmente saiu andando e se foi. Como se nem se importasse. Thomas olhou para a irmã angustiado.

 

- Vai ficar tudo bem. – Ele disse sorrindo para ela.

- Eu só queria saber o que eu fiz para ela me odiar... – Sussurrou Ana.

 

 Thomas já não estava agüentando a cena, puxou-a pela mão e os dois entraram em um gabinete. Onde havia um garoto loiro de olhos azuis encarando o vidro. Ele logo os encarou.

 

- Me desculpe. Vamos procurar outro gabinete... – Disse Thomas.

- Não precisa. – Disse o garoto. – Estão todos cheios e eu não me incomodo.

 

 Thomas e Ana se entreolharam sem graças e se sentaram. O garoto encarou Ana.

 

- Você não me é estranha... – Ele disse desconfiado. – Qual seu nome?

- Sou Ana. Ana Pevensie. – Ela disse esticando a mão para ele que ao invés de apertar, ficou encarando-a.

- Sou Thomas Pevensie. Irmão dela. – Disse Thomas quebrando o silencio constrangedor.

- Sou Pedro. Pedro Scrubb. – Ele disse arqueando as sobrancelhas.

 

 Ana segurou a risada. Os dois logo perceberam. Pedro a encarou.

 

- Que foi?

- Não é nada... – Ela disse sorrindo.

- Me fale. – Ele disse sorrindo desconfiado também.

- Seu sobrenome... Scrubb... – Ela riu.

- Sabe Pevensie não é muito comum também. – Ele disse sorrindo.

- Scrubb é mais estranho. – Ela riu.

- Tem razão. – Ele suspirou. – Quantos anos vocês tem?

- Dezesseis. – Disse Ana sorrindo.

- Eu tenho dezessete. – Disse Thomas surpreso por Pedro ter se soltado tão rápido. – E você?

- Dezessete também. – Disse Pedro. – Engraçado...

- O que? – Perguntou Ana.

- Você parece ser uma criança.

- Como assim? – Ela perguntou um pouco entristecida com o comentário.

 

 Thomas lançou a Pedro um olhar de repreensão que logo suspirou.

 

- Não estou falando de uma maneira ruim. – Ele se defendeu. – É que você parece levar as coisas á brincadeira... É difícil de achar pessoas assim hoje em dia. Especialmente agora. – Ele disse voltando a encarar a janela.

 

 Ela olhou para o chão. Estava confusa, isso significava que ela era muito criança? Ou que ser uma criança nessas horas era bom?

 

  O gabinete voltou a se abrir. Um cara grandalhão acompanhado de mais dois garotos logo indagou.

 

- Parabéns panacas! Foram selecionados para saírem daqui e me deixarem sentar, caiam fora.

 

 Thomas e Pedro se encararam. Ele entrou dentro do gabinete olhou para Ana.

 

- Nossa você até que é bonitinha. – Ele indagou olhando-a de baixo para cima.

- Me deixa em paz. – Ela disse olhando para a janela.

- Ei! Ninguém fala assim comigo. – Ele disse mais forte e se aproximando.

 

 Pedro e Thomas se levantaram imediatamente.

 

- Ela pediu para deixá-la em paz. – Disse Thomas.

- E o que os dois bobocas vão fazer?

- Nada. – Disse Ana interrompendo eles e entrando no meio. – Então por favor se dirija a outro gabinete. – Ela disse encarando o grandalhão.

- Eu acho que pedir “por favor” não vai ajudar. – Sussurrou Pedro.

 

 Ela e o grandalhão se encararam. Ele sentiu um calafrio e virou-se para os outros dois.

 

- Vamos sentar em outro gabinete. – Disse ele saindo.

 

 Thomas e Pedro dirigiram seus olhares a Ana. Como se ela tivesse feito alguma coisa. Mas ela só se sentou aliviada.

 

- O que foi que você fez? – Perguntou Thomas.

- Eu só fui educada com ele. Parece que as pessoas não tratam ele assim. – Ela disse olhando para os dois.

- Muito bem então... – Indagou Pedro encarando Thomas, que também ainda estava estranhando o que ocorrera.

 

 O trem havia parado de andar, os três se levantaram.

 

- Esqueci de perguntar... – Disse Pedro. – Se estão aqui, para qual abrigo vão?

- Professor Kirke...  – Disse Thomas lendo o papel. – Irão nos buscar nessa parada.

- Sério? Que coincidência... – Suspirou Pedro mostrando seu papel aos dois irmãos. – Eu também.

 


Notas Finais


Espero que gostem!


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