1. Spirit Fanfics >
  2. As Crônicas de Nárnia - O leão, a feiticeira, o guarda roupa >
  3. As outras crianças

História As Crônicas de Nárnia - O leão, a feiticeira, o guarda roupa - As outras crianças


Escrita por: Maskarada

Notas do Autor


Ana conhece as outras crianças abrigadas pela mesma casa. Isso pode ser bom, mas também ruim. Ela faz amigos, mas logo de inicio, parece não se dar bem com Elizabeth, que a chama de criança por conseguir ser tão alegre. Ana descobre um dom que não sabia que existia, e junto desse dom, um mundo.

Capítulo 2 - As outras crianças


Fanfic / Fanfiction As Crônicas de Nárnia - O leão, a feiticeira, o guarda roupa - As outras crianças

 Eles esperaram por cerca de meia hora. Uma senhora montada em uma charrete veio buscá-los.

 

- Vocês devem ser os irmãos Pevensie. – Disse ela revirando os olhos. – E você o Scrubb. Subam.

 

 Eles se entreolharam, mas obedeceram. O caminho não era muito longo. Logo, se depararam com uma casa tão enorme que parecia uma mansão. Ana desceu correndo de alegria.

 

- Ela é sempre assim? – Perguntou Pedro encarando Thomas.

- Na verdade, ela é muito animada, mas nunca a vi assim. – Ele suspirou.

 

 Eles desceram acompanhando ela também. As portas estavam abertas, Ana entrou e se deparou com uma garota de cabelos negros e olhos azuis. Elas quase se chocaram.

 

- Cuidado por onde anda. – A menina de cabelos negros disse revirando os olhos.

- Me desculpe, eu não vi você e...

- Tanto faz. Calma, eu não estou brava. – Ela revirou os olhos. – Deve ser a novata.

- Tipo isso... – Disse Ana confusa.

- Sou Elizabeth. – Disse a garota encarando Ana com uma expressão curiosa. – Elizabeth Pole.

- Prazer, sou Ana Pevensie. – Ela disse estendendo a mão.

- Não somos amigas, só quis saber seu nome. – Informou a garota com péssima atitude.

 

 Ela se voltou e viu Pedro e Thomas.

 

- Agora sim, e é assim que as garotas são hoje em dia. – Informou Pedro a Ana. – Nervosinhas.

 

 Elizabeth revirou os olhos e ignorou.

 

- Sou Pedro Scrubb. – Informou o garoto loiro.

 

 Ela escondeu uma risada.

 

- Scrubb?

- Ah qual é! – Reclamou Pedro jogando os braços para o ar.

- Sou Thomas Pevensie. – Disse ele estendendo a mão. – Irmão da Ana.

- Prazer. – Ela disse sem apertar a mão.

 

 Eles se encararam por um segundo.

 

- Mais gente? – Perguntou uma garota ruiva aparecendo. – Ah! Olá! – Ela veio correndo em direção a Ana e apertou sua mão.

- Me chamo Lexi Plummer. – Ela disse sorrindo.

- Prazer, sou Ana Pevensie. – Ana disse agora animada.

 

 Lexi apressou-se e apertou a mão de todos. Duas pessoas vieram correndo em direção a eles. Dois meninos... Gêmeos?

 

- Vocês são os tais de Pevensie então? – Perguntaram os dois ao mesmo tempo.

 

 Eles eram idênticos. Tinham cabelos ruivos e olhos verdes. Pela aparência, pareciam ser brincalhões. Eles eram até um pouco parecidos com a garota...

 

- São gêmeos... – Sussurrou Ana.

- Isso aí. – Indagou um deles. – E ela também é nossa irmã. – Ele apontou para Lexi.

- Me chamo Brian e o meu irmão é Ryan. Prazer em conhecer você, Ana.

 

 Depois de todos se cumprimentarem, a mulher que os buscara chegou aos berros.

 

- Não podem falar alto! Muito menos fazer bagunça! Estão aqui para se protegerem e não para brincar. E não pertube o professor!

 

 Todos ficaram em absoluto silencio. Ela saiu e todos se encararam.

 

- Vamos para o quarto. – Indicou Lexi.

 

 Todos a seguiram, passaram pelo corredor e então Ana as ouviu.

 

 “Ana? Venha... Precisamos de você...”

 

- Que? – Ela perguntou em voz alta e todos se voltaram para ela.

- O que foi Ana? – Perguntou Thomas.

- Vocês ouviram isso? – Perguntou ela.

- Ouviram o que? – Perguntaram os gêmeos.

- Acho que foi só coisa da minha cabeça... – Ela disse e eles continuaram a andar.

 

 Ela olhou para a porta ao lado, ela escutara dali. Tinha quase certeza de que ouvira algo...

 Chegando ao quarto, Lexi se jogou sob uma das beliches.

 

- Quantos anos vocês tem? – Perguntou ela.

- 17. – Responderam Thomas, Pedro e Elizabeth imediatamente.

- Ah! Eu tenho 16... – Resmungou Lexi.

- Eu também. – Disse Ana.

- Nós temos 14. – Disseram os gêmeos.

 

 Ana riu, todos a encararam como se ela estivesse louca.

 

- O que é tão engraçado? – Perguntou Elizabeth.

- Eles falam juntos. – Ela sorriu. – Isso é muito legal.

- E somos engraçados. – Disse Ryan.

- E divertidos. – Completou Brian.

- É um pouco difícil de diferenciar os dois... – Comentou Thomas confuso.

- Só um pouco. – Eles disseram.

- Você é muito criança. – Comentou Elizabeth do nada.

- Eu não sou criança... – Ana se defendeu.

- Como ainda consegue rir disso? Estamos no meio de uma guerra, não há motivos para rir.

- Eliza! – Repreendeu Lexi.

 

 Ana encarou o chão, logo recuperou coragem e olhou para Eliza.

 

- E daí?

- Que? – Perguntou Eliza como se não tivesse entendido.

- Olha, eu sei mais do que ninguém que isso não é engraçado. E que essa guerra mata muita gente. – Comentou Ana. – Mas não é só por isso que você precisa matar o resto de nós. – Ela disse e Eliza ficou quieta.

- Eu vou andar pela casa. – Suspirou Ana.

- Não, espera... – Tentou dizer Pedro.

- Relaxa, não vou sair gritando e pulando como uma doida e nem incomodar o professor. – Ela disse sorrindo.

 

 Por um momento, ela achou que ele havia sorrido de volta. Ela saiu do quarto e se encaminhou ao corredor. Onde ela conseguia ouvir mais vozes. Ela tentou ignorar de inicio, mas começou a ficar mais forte. A sala de alguma maneira estava chamando ela... Podia sentir isso.

 

“Ana? Venha... Precisamos de você... Nárnia precisa de você...”

 

- Nárnia...? – Perguntou ela sussurrando e tocando na maçaneta.

 

 Tinha algo errado... estava com medo... sentia suas mãos tremerem e seu corpo perder calor. Ela girou a maçaneta e entrou na sala. Agora pensava consigo mesma que poderia realmente estar louca. Era uma sala comum. E vazia. Ela andou pelo espaço em busca de explicações, nada. Já não escutava mais as vozes... A única coisa que viu na sala era um guarda roupa, e tinha plástico em volta dele, provavelmente para não juntar pó. Na curiosidade, tirou a cobertura de plástico e espirrou com a poeira. O guarda roupa estava intacto. Ela se maravilhou, abriu-o e entrou para ver o tamanho. Começou a andar, andar e andar... até que percebeu que aquilo era grande demais para ser um guarda roupa, ela sentia frio. Algo caiu sob sua cabeça, era neve. Neve de verdade. Ela olhou espantada e percebeu que era real, e quando se deu conta, ali já não era mais o guarda roupa que encontrara. Era mais como um outro mundo... Talvez... Talvez fosse a tal Nárnia...


Notas Finais


Espero que gostem!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...