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História CONNOR: As crônicas de um Psicopata - 14 de Fevereiro (2015)


Escrita por: Elipse_

Notas do Autor


SEIS DIAS DEPOIS DO COMBINADO, AQUI ESTOU EU <3
Fico muito feliz que tenham entendido o meu atraso e muito agradecida pelos desejos de melhora, vocês são incríveis :3
Não vou enrolar por que sei que vocês já esperaram demais por isso aqui, então boa leitura!
Nos vemos nas notas finais ♥

Capítulo 9 - 14 de Fevereiro (2015)


Fanfic / Fanfiction CONNOR: As crônicas de um Psicopata - 14 de Fevereiro (2015)

 

 

7ª Sessão

Valentine's Day

As aulas haviam recomeçado trazendo novidades. A começar pela transferência de um garoto novo, o mesmo garoto que havia esbarrado em mim na noite de ano novo e mais tarde roubado o beijo de Rebecca. Ponderei sobre a cena por um bom tempo até finalmente esquecer. Ou chegar o mais perto disso.

Os dois eram próximos, pareciam ser ótimos amigos ou ao menos era assim que Rebecca parecia tratar no início. Mas eu sabia que ele não pensava do mesmo jeito. Eu não sabia seu nome, não sabia o quão próximo era da mesma, mas eu tinha certeza de uma coisa: Ele a olhava com desejo, algo que eu acho bem compreensível, afinal, eu mesmo passei a olha-la daquela forma desde aquela noite de ano novo. 

Rebecca tinha algo que depois de um certo tempo eu passei a querer para mim. Pode chamar de implicância ou de mera vontade de estragar a alegria de um cara com o qual eu não fui com a cara, mas eu já estava começando a pensar que eu precisava me aproximar dela logo.

Uma ideia obviamente tão idiota quanto excitante.

Eu não havia sequer pensado no quão nociva à minha saúde mental ela seria, mas vendo hoje, como um mero destroço do que sobrara, eu fui muito burro de não perceber que eu estaria fodendo comigo mesmo parando para observa-la nem que fosse apenas de longe.

Mas enquanto eu estava vidrado na relação daqueles dois, a escola comentava apenas sobre um outro casal em especial, o mais superficial de todos. O motivo? Haviam findado o relacionamento. Os boatos diziam que Barry finalmente havia descoberto a traição — ou as traições — de Lindsay Morgan. Ao que parecia a vagabunda estava arrastando uma asinha para o melhor amigo do idiota, coisa que todo o time de futebol já havia notado há séculos, menos os próprio. Me perguntei então se ele sabia que o boquete da namorada era famoso até entre os bolsistas.

Beto ficou todo feliz assim que soube da notícia e recomeçou a criar esperanças com a loira novamente já que desde o início de seu namoro com Barry, seus planos de perder a virgindade com a menina mais bonita da escola foram por água abaixo.

— Eu sei que ela não presta, cara. — Afirmou quando eu disse que se ela não valia a pena nem para o garoto mais galinha de toda Brilliant Mids, quem dirá para ele, que vez ou outra fantasiava com o casamento perfeito e um doce lar ao lado de uma esposa maravilhosa. — Só que agora eu tenho a prova de que ela está mais desesperada do que eu! Se ela for ninfomaníaca eu tenho chance, certo?

— Você quer mesmo mexer com os restos dos outros?

— Você ouviu quando eu disse que estou desesperado? — Assenti com um riso soprado — E querendo ou não ela continua sendo a mais gostosa daqui.

Só que, para o azar da maravilhosa princesa loira, a casa caiu justamente na semana do dia dos namorados e Barry terminou por planejar uma espécie de "festa para solteiros" em sua própria casa, festa essa para a qual ela obviamente não fora convidada. O detalhe era que ele havia convidado, além de seus amigos mais íntimos, todas as pessoas da sala e isso incrivelmente me incluía e também incluía Beto. É incrível a forma como essas pessoas populares arrumavam um jeito de sempre saírem por cima. Nessa festa Barry ficaria com quem ele quisesse, ninguém sequer lembraria dos chifres que o mesmo levou e ele com toda certeza não demonstraria estar abalado, e assim ele fez levar um chifre e passar o dia dos namorados solteiro se tornar algo super legal.

Ao final da aula de Química, quando todos já havíamos sido convidados para a pequena farra de Barry a noite, Beto não poupou saliva para me convencer a ir, mas a verdade era que eu não achei a ideia tão ruim, então ele não precisou se esforçar muito para isso. Havia um bom tempo que eu não saía para essas festas do ensino médio e estar rodeado de gente imbecil pela primeira vez desde o ano novo, não me pareceu uma ideia tão ruim.

A última festa em que eu fui havia sido organizada pela minha ex-namorada em sua própria casa, o claro motivo de eu ter ido. Na antiga escola, ela fazia parte do pequeno ciclo de alunos aos quais eu dirigia a palavra vez ou outra, o que havia me deixado confiante a ir. Nos tornamos namorados naquela festa, mas quando precisou sair da escola eu perdi, ou melhor, evitei o pouco contato que eu tinha com seu grupo de amigos. Era o melhor a se fazer já que dadas as circunstâncias, eles não demorariam a descobrir o que havia acontecido, o que havia ocasionado a saída repentina da minha namorada daquela instituição. Desde aquele acontecimento eu não tinha motivos para participar de reuniões pessoais com quaisquer que fossem os alunos já que eu não falava com nenhum deles, mesmo que para esse tipo de festa vá todo o tipo de gente, até aqueles que nunca se viram na vida. Não era por me sentir deslocado ou deixado de lado, era apenas um hábito evitar companhia no geral. A não ser a boa bebida, não via motivos. Mas bem, naquele dia dos namorados em especial eu quis.

Havia um certo tempo que eu não dava as minhas quase habituais saídas a noite, mal lembrava o gosto da cerveja, quase esquecido era o prazer de soprar a fumaça de um cigarro. Quem sabe lá eu encontrasse alguém para ficar? Como quando eu frequentava aquelas baladas jovens de músicas ruins na única intenção de passar a noite com qualquer vagabunda que abrisse as pernas de primeira. Sem contar que dessa vez eu tinha Beto, que querendo ou não era um filtro para eu não ficar observando os grupos super rotulados ou precisar me entrosar com mais pessoas sem que eu quisesse. Ia ser apenas uma noite entre jovens no final das contas, tudo ia ficar bem.

— Por que não? — perguntou uma voz masculina quando eu e Beto já estávamos no portão de saída da escola. O garoto havia esbarrado em mim, de novo, o mesmo cara do ano novo e mais uma vez ele parecia desenfreado ao lado de Rebecca, só que agora também estava na companhia de Alicia. — Desculpe. — ele proferiu rapidamente antes de se voltar para a castanha novamente, essa que me lançou um olhar disfarçado antes de encontrar os olhos do outro. — Só vamos beber um pouco.

Respirei fundo acalmando a vontade de soca-lo até ele parar de falar. De repente a voz de uma pessoa nunca me pareceu tão irritante.

— Você sente uma atração pelo meu ombro, não é? — comecei em um falso tom de divertimento.

Rebecca me lançou um olhar curioso, olhar esse que retribui com um sorriso amarelo enquanto dava de ombros. Minha postura diante dela tinha mudado nas poucas vezes em que acabávamos por tombar, fosse para perguntar as horas ou apenas para saber qual lanche teríamos na cantina. Confesso, muitas vezes eu ocasionava nossos encontros de rotina, como naquele caso. Era óbvio que aquele cara me irritava profundamente, mas naquela hora, o único motivo de eu ter o parado para começar uma "conversa amigável", era a pessoa que estava bem do seu lado.

— Hum... eu esbarrei em você no ano novo, não foi? — ele me olhou com o cenho franzido em um misto de confusão e esclarecimento.

— Exatamente.

— Poxa, foi mal — ele coçou a nuca. — Se você não fosse tão teimosa eu não andaria apressado e esbarrando nas pessoas.

— Eu não vou para festa alguma, Venon. — ela revirou os olhos, talvez um pouco frustrada. — Se você puder respeitar eu ficarei realmente grata.

— Ah, então é por isso. Por que não quer ir Rebecca? Vai ser divertido demais para alguém careta como você?

— Você fala como se fosse o cara mais social da escola, mas antes de conhecer o Roberto parecia mais um daqueles adolescentes extremamente complexados que passam o dia inteiro ouvindo Bring me the horizon e reclamando da vida, faça-me um favor.

— Eu tenho cara de depressivo? — ela arqueou uma sobrancelha — Não responda.

Beto e Alicia continuaram apenas observando as nossas alfinetadas até que ela seguiu sua breve discussão com Venon dizendo não estar tão desesperada a ponto de ir numa festa de solteiros em pleno dia dos namorados. Me senti meio ridículo com aquilo, afinal eu havia decidido ir sem muita relutância, mas logo desencanei relembrando os motivos pelos quais eu queria me distrair naquela noite.

Quando o assunto havia sido resolvido — ou não, pois Venon não me parecia ser o tipo de pessoa que desiste fácil — Rebecca deu de ombros e continuou andando com o garoto e Alicia em seu encalço. Observei de longe os toques íntimos que ele direcionava a castanha enquanto eles se afastavam achando aquilo irritantemente torturante. Não era como se eu estivesse com ciúmes, mas eu estava dando os primeiros sinais da minha tão temida obsessão (como vocês costumam chamar). Eu não consegui controlar meus pensamentos impuros direcionados a mesma enquanto eu deitava em minha cama, usufruindo do tão maravilhoso tédio rotineiro e eu também não quis controlar. Querendo ou não ela era a coisa mais interessante naquela escola e se eu, em algum momento da minha adolescência conturbada decidi ter outra namorada, não era de se admirar que eu escolheria ela. Na verdade ela nem precisava ser exatamente minha namorada. Uma distração, talvez? Mas precisava ser minha.

O resto do dia se passou vagaroso e angustiante. De volta em casa, recebia os mesmos questionários sobre como havia sido o meu dia na escola e sobre como eu estava me sentindo. Talvez eu tenha sido um pouco rude respondendo que a função da Sra.Morgenstein não era me ouvir já que pagava uma psicóloga para isso, mas fora esse desvio, consegui manter minha expressão serena invicta.

Perto das nove, Roberto aparecera no carro do seu pai com o mesmo buzinando em frente a minha casa, pronto para nos levar. Me perguntei se Roberto tinha noção de que estávamos indo à uma festa cheia de adolescentes bêbados e que seu pai assistiria de camarote qualquer coisa que encontrássemos lá assim que chegássemos. Por sorte, a essas horas a festa estava apenas começando.

A casa já estava cheia quando o carro estacionou. Senti o pai de Beto observar a movimentação procurando algum indício de vandalismo ou até mesmo drogas, mas se deu por vencido quando viu apenas alguns grupos de amigos conversando com copos na mão enquanto o som ecoava abafado em nossos ouvidos.

Saímos do carro comigo ainda lutando pra segurar o riso perante o discurso pronto do seu pai dizendo a hora que iria busca-lo.

— Minha mãe é ciumenta, o que eu posso fazer?

— É admirável que sua mãe sinta ciúmes de uma coisa tão medonha como você, laços familiares devem ser algo realmente forte. — ele me lançou mais um daqueles olhares indignados enquanto fizemos caminho até a entrada da casa. Como esperado, era grande, muito grande. Precisava ser bem rico para estragar um filho ao nível Barry, isso era incontestável.

— Você fala como se seus pais não se preocupassem, mas a Sra. Morgenstein tem lá os seus momentos.

— Eu não ligo e por não ligar eu não dou brecha. A senhora Morgenstein se acostumou.

— Nossa, que cara bem resolvido você. — ele revirou os olhos enquanto seguia esbarrando nos corpos levemente animados que já habitavam o local. — A propósito, por que você sempre os chama pelo sobrenome?

— Por que eles não são meus pais, literalmente falando. — respondi como se fosse alheio a tudo aquilo e mais uma vez tive vontade de rir ao ver seu olhar embasbacado.

— Ham?

— Eu sou adotado.

— Mas você nem ao menos os considera pais? — foi a minha vez de revirar os olhos. Beto era muito curioso e a expressão que seu rosto estampou era a que eu mais odiava ver nos olhos de quem quer que fosse.

— Não me olha com essa cara de bunda, eu não preciso da sua pena.

— Eu não tô com pena, só surpreso. — ele me seguiu até a cozinha, onde algumas pessoas já se encontravam pegando bebidas por livre e espontânea vontade na geladeira da casa.

— Então para de ficar surpreso e foca em alguém nessa casa pra você enfiar esse negocio que você tem entre as pernas essa noite. — peguei dois copos de plástico e despejei uma quantidade considerável de bebida em ambos, direcionando um deles ao meu amigo. — Toma um gole de coragem.

— Você 'tá certo mesmo quando 'tá sendo bundão. — ele deu um gole consideravelmente grande na bebida, terminando tudo com uma careta engraçada. — Tomara que ela não se importe com o tamanho.

Na medida em que o tempo passou, a casa ficou ainda mais cheia e as pessoas ainda mais bêbadas. O barulho da música eletrônica pareceu mais alto, talvez por eu ter bebido uma quantidade considerável de álcool. Eu estava encostado em uma parede da sala observando a movimentação enquanto um Beto um tanto quanto alterado dançava freneticamente no meio da sala, que havia se tornado uma espécie de pista de dança e por mais estranho que pareça, ele tinha ritmo.

Eu ria das vezes em que ele esbarrava em algumas meninas e começava a dançar ao lado delas (que vale destacar, pareciam estar tão bêbadas quanto ele). Parecia que ele estava se divertindo mais do que eu, e de fato estava. Ninguém ali parecia interessante o suficiente para eu sequer arriscar uma conversa, então eu apenas permaneci apoiado em uma espécie de mesa com um vaso significativamente caro, bebendo incontáveis goles de cerveja. Vez ou outra uma pessoa já tomada pelo espirito da festa esbarrava em mim me fazendo resmungar desgostoso. A fricção de seus corpos suados na minha jaqueta me deixava levemente enojado o que desviou completamente a minha atenção de uma certa loira que acabara de se posicionar do outro lado da mesa. Sua boca cintilava pelo brilho labial que predominava e ela parecia levemente frustrada, sem contar, bastante bêbada.

— Você parece pior do que eu. — ela se direcionou a mim com os olhos ainda focados nos casais que se beijavam afoitos no centro da sala.

— Ninguém parece pior do que você, no entanto foi você quem o traiu. — Lindsay me lançou um olhar desgostoso ao perceber que eu fazia parte da grande massa que sabia da sua bela história de amor com o dono da festa em questão. Era até mesmo admirável que ela estivesse naquele lugar depois de tudo o que aconteceu e dos boatos que haviam se espalhado.

— Escorreu um pouco de veneno. — ela disse enquanto jogava todo o peso do seu corpo para me alcançar do outro lado da mesa, o que não requeria muita habilidade já que de uma ponta á outra não era muito longe, a distância que nos separava era curta. Ela segurava uma garrafa de cerveja em mãos enquanto me fitava sem pudor direcionando a mão livre para o canto da minha boca, onde fingiu limpar alguma coisa. 

Dei mais um gole da bebida enquanto continuava olhando a movimentação, completamente alheio às suas provocações. Completamente alheio a tudo. Ou quase tudo, já que eu não demorei a notar que uma nova cena se formava a poucos metros de onde eu estava.

Ele tinha conseguido convence-la, afinal.

Seus cabelos castanhos estavam ondulados, as pernas levemente torneadas e pálidas ganharam destaque com o short preto que ela usou. Não era vulgar, aquilo não parecia fazer seu estilo, mas ainda assim atraia olhares de uma boa quantidade de garotos no recinto, inclusive daquele que a acompanhava. Alicia parecia acanhada ao seu lado, bebericando uma bebida qualquer e em seguida fazendo uma careta engraçada. As duas estavam sentadas no sofá pequeno do outro lado do lugar enquanto Venon se ajeitava no braço direito do móvel, perto de Rebecca. Um sortudo maldito.

— Parece que você já tem uma presa e infelizmente não sou eu. — Lindsay cochichou em meu ouvindo me fazendo instintivamente arrepiar, já havia esquecido da presença dela ali.

— Eu nunca ficaria com você. — Sussurrei de volta a poucos metros de sua boca e ela apenas mordeu os lábios em resposta nada abalada com a minha rejeição, quase como se tivesse certeza que eu iria ceder em algum momento. Era arriscado estarmos tão próximos assim, de uma forma ou de outra a festa ainda era de Barry e eu não queria confusão, não naquele dia. Eu tinha outros planos para aquela noite, planos que não envolviam necessariamente Rebecca, mas isso era por que para todos os efeitos ela não estaria naquela festa.

— Não tenha tanta certe-

— O que foi? — Segui o olhar da loira soltando uma risada de deboche ao me deparar com o motivo da sua mudança súbita de humor. A poucos metros de onde estávamos, se esfregando no batente da cozinha com Bonnie Shell, amiga — agora talvez ex-amiga — de Lindsay, se encontrava um Barry afoito, que parecia não se importar de avançar as coisas ali mesmo.

— Eu não... acredito. — ela ditou as palavras com uma expressão incrédula e eu não pude deixar de achar graça.

— Que cena triste. — eu disse entre risos elevando seu queixo caído com minhas mãos.

— Eu digo o mesmo. — ela me olhou com um sorriso semelhante ao meu enquanto apontava na direção de Rebecca e — para a minha alegria — Venon, que trocavam um beijo animado, mesmo que não chegasse perto do desespero de Barry e Bonnie. Apertei o copo em minhas mãos com certa força sem perceber — E com o próprio irmão, que coisa feia...

— Irmão?

— Sim, não sabia? — ela levou a garrafa há muito esquecida para os lábios novamente e eu fiz o mesmo com o copo de plástico. Aquele gole me fez perceber o quanto eu estava tonto, certas cenas em minha cabeça já não faziam mais tanto sentido — Tão sem sal... eu não esperava isso. E parece que você também não...

— Connor.

— Connor. — ela repetiu acariciando de leve meu braço apoiado na mesa — Eu acho que hoje não é o nosso dia.

Meus olhos permaneceram fixos na cena por um bom tempo. As carícias proferidas vinham em maior parte do idiota sentado ao seu lado, mas ela não parecia fazer nada para desviar de seus toques. Vagabunda. E ainda por cima com seu irmão... sinceramente, se Rebecca Fisher fosse minha irmã eu já teria feito coisas bem piores que um simples beijo, mas aquele caso em especial me deixou furioso. Eu nunca tive tanta vontade de estar no lugar de outra pessoa. Eu nunca quis alguém com tanta vontade. Senti vontade de separar os dois de uma vez e tranca-la comigo em um dos quartos do segundo andar, mas não o fiz. Mesmo levemente bêbado, eu sabia que com Rebecca eu não iria ganhar se fosse assim.

Quando o beijo cessou, Rebecca varreu o local parecendo envergonhada e determinada a ignorar o olhar de Venon. Seus olhos acabaram encontrando os meus que a encaravam com um ódio nada sútil. Pressionei mais os dedos no copo de plástico o amassando e derrubando o restante da bebida no chão.

— Opa! — Lindsay contornou a mesa e veio em minha direção. — Acho que alguém ficou levemente decepcionado. Bem vindo ao clube!

— Eu não estou decepcionado — desviei os olhos da castanha e me voltei para a loira tornando a distância menor — Eu estou com raiva. — ela me lançou um olhar confuso enquanto eu continuei quebrando a distância — Muita raiva. — ela mordeu os lábios entendendo as minhas intenções e parecendo não querer recuar, afinal, essa fora a sua intenção desde que se aproximou de mim naquela festa e de certa forma eu também saí favorecido já que antes de Rebecca, meu plano era ficar com qualquer uma. Depois que ela apareceu no meu campo de vista talvez a minha intenção tenha mudado brevemente para fazer isso com a própria Rebecca em qualquer canto daquela casa, mas não ia ser naquele dia nem naquele lugar.

Ela resolveu ficar com o irmãozinho ao invés disso.

Mesmo sem saber acabou estragando todas as suas chances de transar comigo, mas nada disso me impediu de imprensar Lindsay Morgan contra a parede da casa do ex, que por acaso era dono da festa e a essa altura já estava se atracando com a amiga da mesma no seu próprio quarto. Nada me impediu de tomar sua boca em um ato grosso e necessitado. Nada me impediu de descontar todo o ódio e repúdio da cena ainda bem límpida em minha mente até hoje em seus lábios finos, que provavelmente já haviam adquirido um tom vermelho intenso de tantas mordidas proferidas em apenas cinco minutos de beijo. E o mais legal naquela noite foi que, como uma boa vagabunda, ela não se importava com a brutalidade. Ela não se importou quando eu a puxei em direção ao armário apertado embaixo da escada, não se importou quando eu quase arranquei seus cabelos enquanto marcava seu pescoço e diversas outras tantas partes do seus corpo e tampouco se importou quando eu a penetrei sem aviso prévio enquanto ela gemia o meu nome sem se importar se as pessoas do outro lado da porta iriam escutar.

Ela se comportou como uma verdadeira prostituta, e o mais recompensador é que eu não paguei por serviço algum. Se bem que mesmo que tenha sido ótimo, ainda era só uma rapidinhaEm um bordel não valeria muito. Sem esquecer, claro, que infelizmente não era Rebecca no seu lugar, o que obviamente não me impediu de imaginar que todo ato passado naquele lugar apertado havia sido com ela. Por hora era o bastante.

De qualquer forma, eu a teria para mim um dia.

Respirando ou não. 


Notas Finais


E como assim a Rebecca tava pegando o irmão? Teorizem.

Mais uma vez me desculpem pela demora. Talvez por causa das festas o próximo também se atrase um pouco. No final das contas eu também sou filha de Deus, mereço festas de fim de ano felizes e cheias de comida, certo? No mais tardar dia cinco de Janeiro estou de volta ♥

Só pra deixar claro, eu não gostei desse capítulo, mesmo que tenha tido algumas revelações e acontecimentos cruciais para o desenvolvimento da história, eu acho que podia ter colocado algo a mais aqui, não sei. Achei minha narrativa meio sem emoção, mas talvez eu só esteja em um dia ruim com a confiança na minha escrita, certo? De qualquer forma eu não deixei de me esforçar e dei o meu melhor, espero que tenha sido o bastante ^^

AGORA VAMOS FALAR DE CERTAS LEITORAS MARAVILHOSAS QUE BROTARAM NOS CAPÍTULOS ANTERIORES!
Não preciso citar nomes, acredito que essas pessoas sabem o quanto seus comentários maravilhosos me deixaram super contente. Foram tantos elogios que agora eu tô meio envergonhada por entregar um capítulo que eu não tenha achado tão bom assim. Será que foi a pressão? Haushaushe, não quero decepcionar vocês, perdoem o drama!

No próximo capítulo precisamos conversar sobre certas coisas envolvendo a minha rotina escolar de 2017, por agora eu não vou tocar no assunto pq tá meio cedo, as férias mal começaram né? Vou poupar vocês e a mim disso agora :')

E eu estou de volta no Wattpad!
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Bom natal e um feliz ano novo pra vocês ^-^
Nos vemos no próximo ♥


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