História As Crônicas do Fogo - Capitulo IX

“ – Interrompo algo? – Pergunta Lucy – ”

- Não, já tínhamos terminado a nossa conversa, não é Natsu? – Diz ironicamente –

- Sim mestre, terminamos o assunto aqui. – Responde rudemente –

- Vamos, não podemos nos atrasar para pegar o navio. – Disse saindo do recinto –

Os dois desceram logo em seguida, deixando um clima tenso bem evidente entre Natsu e Makarov, mas o que realmente importava era o teste de classe S e sua conclusão, assim deixando de lado qualquer tipo de preocupação ou tensão para se concentrar completamente no que estava à frente: A guerra eminente contra Álvarez.

No decorrer do longo caminho até a ilha onde se situava o país de Álvarez Lucy se perguntava o que poderia estar acontecendo com Natsu, na verdade isso não saia da cabeça da garota, então a conversa de Gray e Natsu chama atenção dela.

- Ei cabeça de fósforo, o que anda acontecendo com você? Do nada você desmaia, depois Lucy adoece misteriosamente e mais misteriosamente ainda ela aparece com a saúde melhor do que antes, fora que sua natureza mágica é algo totalmente diferente, não sei parece mais selvagem e fora de controle.

- Está preocupado comigo capitão cuecas? Fico até emocionado, mas não precisa ficar assim; eu ainda racho sua cabeça em um paralelepípedo em 3 tempos.

- Como é que é? Você deve estar muito louco para pensar isso, moranguinho – Responde encarando de frente o rosado –

Enquanto os dois brigavam como duas crianças querendo mostrar quem é o maioral, as garotas e Gajeel – que se encontrava em uma situação deplorável devido ao enjoo causado pelo barco - somente observavam, mas algo incomodava Juvia ao ponto de até Gajeel perceber.

- Juvia, o que foi? Geralmente você está suspirando por Gray, mas hoje você está tão muxoxo. Oque houve? - Pergunta Levy –

- Juvia está triste por que Gray-sama não dá uma resposta palpável para Juvia. Depois que a Guilda foi dissolvida após os acontecimentos da Tártaros, eu e Gray moramos juntos durante um ano, nós treinávamos, nós fazíamos trabalhos para nos sustentar e eu me contentava com pouco sabe? Com um teto onde morar, mesmo tendo algumas dificuldades, mas eu era extremamente feliz e depois que voltamos a Fairy Tail eu finalmente – não que eu tenha não havia deixado claras minhas intenções quanto a ele, mas enfim - me confessei a Gray, sobre tudo o que eu sentia, ele pediu um tempo para digerir tudo e esclarecer seus sentimentos em relação a nós como um casal e já fazem dois meses.

- Se ele disse que vai tomar alguma atitude, acredite ele irá basta esperar.

De volta ao deque principal Gray e Natsu continuavam a brigar, trocando socos e chutes até Gray perceber que o rosado não possuía enjoos e parou de brigar.

- Por que você não está enjoado? Gajeel está quase morrendo no colo da Levy e você aqui na maior paz e tranquilidade possíveis.

- Eu fiquei um ano treinando em Tenroujima, eu treinei meu senso de equilíbrio a maior parte do tempo, agora consigo controlar os enjoos quase perfeitamente. Na verdade, foi um inferno aprender a controlar esse tipo de reação física, mas quem acredita alcança.

- Eu nunca entendi o porquê de vocês Dragon Slayers sofrerem com o senso de equilíbrio. É bem frustrante.

- Quando seu corpo evolui muito um sentido ele abdica de outro para ter um equilibro, no caso de um Dragon Slayer que possui uma audição e olfato extremamente aguçados – cerca de 45 vezes mais sensíveis que de um ser humano – nós perdemos o equilíbrio e o autocontrole.

- Uau! Quem diria, o cabeça de fosforo sabe pensar, e até tomou alguma atitude com a loirinha lá em cima – Disse debochado –

- Pelo menos eu me acertei com Lucy e você que tá magoando a Juvia? Você gosta dela e fica aí se fazendo de donzela.

- Eu gosto mesmo, mas não posso amar ela enquanto carregar esse ódio dentro de mim. Eu preciso destruir E.N.D antes de amar a Juvia.

- Falando em amar alguém, vou ver Lucy. Até Alvarez. – Disse se despedindo –

Natsu foi andando até o a proa do navio, chegou já abraçando Lucy por trás e colocando a cabeça em seu ombro e esfregando o nariz na curva do pescoço da garota sentindo a fragrância suave da pele da loira a arrepiando dos pés à cabeça.

- Você sabia que o único paraíso que conheço é quando estou assim com você? Sabe, eu demorei tanto para perceber que eu te amava, ás vezes acho que ainda estou na ilusão de Zeref, tá tudo tão perfeito. Você é como um sonho é como um para mim, toda vez que eu não te vejo penso em você desde o amanhecer até o momento que coloco a cabeça no travesseiro, meu riso é tão vivo contigo, eu não sei como consegui viver sem você, minha melhor amiga é o amor da minha vida. – Disse a puxando para um beijo calmo e cheio de carinho, demonstrando toda a complexidade dos seus sentimentos –

Lucy a cada dia estava mais apaixonada por Natsu, era como se fosse o verão cm ondas radiantes de calor e felicidade era tudo tão bom, mas algo a incomodava e esse incomodo tinha nome, endereço e uma longa história com Natsu.

- Natsu, você já conversou com Lisanna? A coitada deve estar em frangalhos por dentro, ela te amava há muito mais tempo do que eu te conheço e ainda aposto que ela te ama desde que se entende por pessoa.

- Sim, eu conversei e tá tudo resolvido achei até estranho por mim acharia que ela ia espernear e chorar mas ela foi tão compreensiva.

- Que bom que tudo saiu da melhor forma possível, sabe como nos vejo daqui a uns anos?

- Não, mas pode me dizer.

- Eu nos vejo no interior sentados na grama de mãos dadas em frente a nossa casa com dois filhos correndo e se divertindo e nós nos amando, é assim que eu nos vejo daqui a dez anos.

-Hum.... Interessante, mas só dois filhos? Eu quero ter 7 filhos e agora tá ficando tarde e frio, vamos dormir para amanhã estarmos preparados para o teste.

- Tem razão, então vamos?

Os dois vão para seus aposentos, e mais tarde na mesma noite Natsu se levanta com um mau pressentimento e vai ao deque do navio ver as estrelas e pensar no momento certo para revelar a Lucy quem (ou o que) ele é.