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História As Descobertas de Mu - Alguém não Está Bem...


Escrita por: AlexandreNadu

Notas do Autor


Oie, tudo bem com vcs? ^^

Passando pra deixar mais esse capítulo e agradecer ao Denis Silveira, a Aria_Luz, a Rhita Hellen e a Doce Thanatos por favoritarem a fic. Muito obrigado!

Deso a todos uma boa leitura... Espero que gostem!

Capítulo 17 - Alguém não Está Bem...


Fanfic / Fanfiction As Descobertas de Mu - Alguém não Está Bem...

A escuridão tomava conta dos céus da Sibéria, mas poucas horas depois o dia já faria a menção de despertar, mesmo que fosse durante um período reduzido de tempo. Hyoga já sabia disso, estava acostumado com os dias mais curtos daquela parte do mundo durante o inverno, bem como o oposto durante o verão.

Seu trem agora já percorria além das planícies russas, adentrando num cenário branco, gélido, quase inóspito, mas que apesar de tudo o agradava. Sempre que passara por ali era para rever sua mãe, mesmo sabendo que esta seria a última vez.

Os orbes azuis do garoto avistavam além das embaçadas janelas alguns animais, que se perdiam entre as montanhas que insistiam em aparecer no caminho, trazendo apenas mais branco ao pouco que se podia ver ali.

Aos poucos o menino foi adormecendo, acordando apenas quando o trem já estava chegando ao seu destino, uma pequena vila acinzentada, perdida em uma das porções mais boreais de todo planeta.

A pequenina vila ainda fazia fronteira com o mar, de onde alguns sobreviventes tentavam retirar com pouco sucesso, o seu sustento diário. Naquele mesmo mar, entretanto, um navio havia naufragado em meio a uma porção de água que se congelara, prendendo-o.

 Só que diferentemente de outros navios que passavam por ali, ele não era um pesqueiro qualquer, ele contava com uma equipe de pesquisadores na qual estava a mãe de Hyoga.

Desembarcando na estação, o garoto foi recebido por um velho oficial russo aposentado, que já parecia o conhecer. E de fato conhecia. O oficial Vladimir em seus tempos áureos havia sido companheiro de exército do avô do menino, onde em meio a uma batalha acabou padecendo.

Mas isso não importava. O passado não importava ao garoto, ao menos não naquele momento, já que Hyoga apenas desejava se despedir de sua mãe.

O homem que o esperava esboçou um pequeno sorriso e o juntou em meio a um abraço apertado, que Hyoga não muito animado tentou retribuir. Em seguida ele o levou para dar uma volta ao redor da vila, a fim de ir contando no caminho, qual era a situação atual do garoto e de sua falecida mãe.

Os dois acabaram terminando em uma padaria, por sinal a única de todo aquele local, onde tomaram uma xícara de café para se aquecerem do frio. Hyoga não estava com mais nenhum dinheiro consigo, pois durante a viagem resolvera fazer uma refeição naquele trem de viagem, consumindo todo o pouco dinheiro que portara. No entanto o oficial se responsabilizaria pela conta dos dois, o deixando um pouco mais tranquilo.

O homem e o menino falaram um pouco mais sobre o futuro que o garoto estava destinado, o orfanato que iria em Moscou e um pouco mais sobre os últimos acontecimentos da região.

Todavia, mais alguém escutava aquela conversa. Um homem que também estava ali para tomar seu café, mas que não pode deixar de escutar um trecho daquela conversa, sendo logo envolvido pela história em que o desconhecido menino e oficial contavam.

Tal homem não aparentava ser um senhor velho, mas os óculos que carregava em seu rosto escondia a face de alguém já em seus quarenta anos, que por sinal constantemente se embaçavam com o vapor advindo da sua xícara de café.

Em certo momento, quando aqueles dois já haviam acabado suas bebidas, o homem resolveu sentar à mesa, se apresentando ao garoto que o olhou friamente. Dégel se assustou um pouco com tal reação, mas também pode ver o garoto ser repreendido pelo oficial.

- Hyoga, mais respeito com o Sr. Dégel. Ele só está querendo ser amigável com você...

- Não preciso ser amigável com quem fica escutando a minha conversa. – Cortou ríspido e seco. Apesar que mesmo o oficial o repreendendo, sabia que tinha a razão consigo.

- Desculpe meu jovem, não foi minha intenção, mas eu não pude deixar de escutar. Você parecia tão triste com tudo isso que acabou chamando minha atenção.

Hyoga apesar de contrariado acabou aceitando as desculpas de Dégel e acabou iniciando algum diálogo com ele depois que o oficial se retirou para buscar alguns documentos no cartório.

Dégel era físico e astrônomo, um homem muito importante e que vivia constantemente fazendo viagens para o local. Gostava de vir ali, de apreciar o inverno russo e de observar as auroras boreais durante a noite.

Ele também vinha ali por um outro motivo também, Natassia, mãe de Hyoga e sua mais nova paixão. O garoto nunca soube nada a respeito dele, mas Dégel já sabia muito de si e estava disposto a mudar o futuro do jovem.

O aquariano também já fora casado e tivera um filho, filho tal que agora deveria estar entre os dezoito e os vinte anos. Já não o via há muito tempo e apesar de sentir muita saudade, sabia que dificilmente o veria de novo.

O diálogo perdurou entre os dois até Hyoga ser chamado pelo mesmo oficial que o havia deixado ali mais cedo. Dégel disse que manteria contato com Hyoga, apesar do mais novo duvidar um pouco disso.

Já tendo o garoto longe de si, o francês realmente cogitava manter contato com ele, já que alguma coisa de certo modo lembrava-o de seu filho, além de que por seu amor a Natassia, estava disposto a cuidar dele. Dégel sabia que o garoto seria direcionado a um orfanato em Moscou e impedir que ele fosse de fato para lá, agora era seu principal objetivo.

E com isso seis meses se passaram. Seis longos meses e que Hyoga ainda se viu preso ao orfanato até que Dégel o conseguisse tirar dali e o levar para França, onde morava. Apesar dos esforços, a adoção era um processo demorado, que mesmo Dégel contando com um bom advogado para apressar tudo, teve que ainda esperar todo esse período para poder levar o garoto consigo.

Os mesmos seis meses também se passaram para os outros personagens, inclusive para Mu, que além de uma forte queda em seus cabelos, agora aparentava estar muito doente.

Mu estava magro, pálido e apesar de ter Aiolia em seu pé, mandando-o constantemente ir visitar o médico, o mesmo recusava-se dizendo que tudo aquilo era por não se alimentar direito e que logo mais voltaria a estar bem. Mas claro, isso não ocorreu.

Aos poucos o ariano percebeu que suas gengivas sangravam toda vez em que escovava os dentes ou que as dores de cabeça cada vez ficavam mais fortes e constantes. Viu ainda alguns hematomas aparecerem em sua pele, mesmo que não se lembrasse de nenhuma pancada aparente.

Shion também começava a se preocupar com o irmão. Mu não parecia mais o mesmo. Vivia indisposto na cama, começava a faltar nas aulas da faculdade com mais frequência e constantemente usava produtos que maquiagem, tais quais que não utilizava antes. Também havia comprado alguns lenços e mantinha seu cabelo cada vez mais preso, que visualmente parecia ter perdido um pouco de seu volume.

Mas essa situação continuou assim até seu primeiro desmaio. Certo dia, após de chegar de uma compra ao supermercado, Aiolia encontrou o tibetano ajoelhado e vomitando sangue no chão da cozinha. O leonino foi ao seu encontro e o pegou pelos braços, perguntava desesperado sobre o que estava acontecendo e qual era a razão dele realmente estar daquele jeito.

Mu com uma das poucas forças que lhe restara virou seu rosto em direção a Aiolia e em lágrimas disse uma pequena frase:

- Eu estou morrendo Aiolia...

E em seguida, desmaiou nos braços dele, que também começou a chorar.


Notas Finais


Encerramos essa capítulo assim. Não quis dar muito foco ao Mu, até porque o capítulo foi pensado sendo mais voltado pra história do Hyoga, mas também porque quero desenvolver melhor minhas ideias no próximo capítulo.

Espero que tenham gostado e peço que não me matem por esse final... Nos vemos na próxima! XD


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