...
Ela entra e fecha a porta...
Sem nem esperar, ela corre em sua direção e o abraça.
Lili: pai- diz sorrindo- que saudade.
Gregório: eu também- ele faz carinho em sua cabeça.
Ela o solta e o encara.
Lili: voltou mais cedo porque?
Gregório: tenho trabalho aqui.
Lili: só por isso- diz com os olhos brilhantes.
Gregório: E também tenho uma coisa pra você.
Lili: o quê? - diz animada.
Gregório: é surpresa.
Lili: por favor...- diz piscando os olhinhos.
Gregório: você verá depois de amanhã- ele diz e em seguida fita a porta- Bill, que bom te ver- diz vendo-o vir em sua direção.
Bill: igualmente.
Lili: Bill você sabe da surpresa?
Bill: mas é claro que sei.- disse sorrindo
Lili: me conta.- diz e faz um biquinho.
Gregório: querida, já e hora de dormir.
A mesma suspira e lhe dá um beijo na bochecha.
Lili: boa noite pai, boa noite Bill- diz fechando a porta.
~Bill~
Após Lili sair, já soube de imediato que o sr. Gregório queria alguma coisa, afinal não tem sentido ele voltar mais cedo e interromper uma viagem.
Gregório: e então- diz o fitando sério- alguma coisa incomum.
Bill: por enquanto não, somente chegou uma encomenda ontem- digo apontando para a gaveta.
Gregório abre a gaveta da escrivaninha e retira dali uma caixa, abrindo a mesma ele pega o revólver de prata e vem em minha direção.
Gregório: aqui meu jovem.- ele diz me dando a arma. Com ela em mãos, olho diretamente em seus olhos- você vai precisar.
O senhor Gregório é uma pessoa bem procurada por ser o alvo de assassinos e oportunistas, se não o conhecesse pensaria que estaria indefeso, porém atrás da máscara ele é perigoso e deve ser temido. Sua consciência e leve como uma pena, nem se importa com o fato de Lili não saber quem ele é de verdade, um pai que também mexe com as coisas "erradas". Se não tivesse me acostumado com Lili nunca teria aceitado me rebaixar a ser uma " babá", afinal assassinos só sabem matar.
Gregório: criei um evento social neste final de semana, algumas pessoas importantes estarão aqui, incluindo Pierre Montllea que é minha principal ameça.- ele faz uma pausa com uma expressão aterrorizante mas continua- creio que contratou espiões que viram uma troca de nossas armas no mercado negro. Ele tem suspeitas sobre mim, por isso quero que tire as informações que ele sabe e o mate.
Confirmo com a cabeça, ele se aproxima e se inclina um pouco em minha frente.
Gregório: e tem mais uma coisa- ele diz sem mudar sua estrutura facial, me deixando incomodado- sobre minha filha, tem algo que eu deva saber?
Bill: não- digo seco, me controlando pra não demonstrar meu incomodo- mas ultimamente ela vem tentando sair com freqüência...
Gregório: o que você não permitiu, certo?- diz com um sorriso mais fatal do que alegre.
Bill: não - digo de forma convincente, ignorando a imagem de quando cheguei no quarto dela uma vez e a vi tentando fugir pela janela.
Gregório: bom, isso é ótimo- ele diz dando um tapinha no meu ombro e se sentando na sua cadeira de couro.- já pode sair.
Posso até ser um assassino sangue frio, mas este homem tem algo que te dá calafrios até na alma.
Me retirando dali, foi como se todo o peso que sentia tivesse ficado naquele escritório. Vou indo até as escadas e vejo uma garota loira sentada no segundo degrau.
Bill: Lili, porque não foi dormir?
Lili: não tenho sono- diz a mesma emburrada, com seu pijama cobrindo os joelhos que estavam dobrados pra dentro do vestido branco de seda.
Bill: é melhor você subir.
Lili: e se eu não quiser- diz ela de forma natural, sem nem mesmo ter parado pra pensar.
Bill revira os olhos. Não gostava quando ela agia de forma teimosa, se sentia ainda mais como uma "babá" cuidando de uma criança.
Eu a observo sério, as vezes não entendo essas gracinhas, eu sou um assassino e se ela soubesse sei que pensaria duas vezes. Eu sou precionado pelo "rei", e não pela "princesinha". Eu chego perto e a jogo e minhas costas.
Lili: Eii- diz ela me agarrando com força- para agora!
Bill: não- ela me aperta mais forte quando eu começo a subir as escadas e o chão começa a ficar longe- fica quietinha que melhora, eu sei que tem medo de altura.
Por incrível que parece eu não sou malvado com ela, aprendi a gostar do jeito que ela é. Desde pequena, sempre fui seu único amigo, estar com ela me dava a chance de se divertir, e quando não estava junto dela tinha que treinar, ficar frio e não podia sorrir, nem chorar, ser apenas inexpressivo e vazio.
Abro a porta do quarto e a coloco no chão.
Lili: aproveitador- diz ela virando a cara e cruzando os braços.
Bill: boa noite- digo rindo e fecho a porta.
Mansão sakamaki...
~yui~
Todos haviam ficado mudos, porém animados.
Reiji subiu a escada e desapareceu. Eu poderia subir também, mas fiquei com medo da reação do resto dos vampiros e continuei fingindo que estava chocada.
Laito: uau, isso é uma notícia bem empolgante- ele ri de sí mesmo- quando vamos conhece-la?
Kanato: eu também quero.-diz sorrindo de forma assustadora.
Yui: eu nem sei onde ela está...- eu falo.
Laito: parece que teremos que encontrar...- após isso o silêncio invade a sala.
Por incrível que pareça, todos sumiram, ficando então só eu ali. Suspirei aliviada, ficar perto deles me deixa muito incomodada.
Subi as escadas e fui em meu quarto, mas estranhei muito eles terem me deixado em paz, nunca faziam isso.
Ela tentou deixar isso de lado e abrindo a porta de seu quarto, quase dá um pulo pra trás vendo a silhueta de quatro pessoas. Yui observa apavorada e reconhece quem são: "os mukami".
Kou: olá M neko chan- diz acenando.
Yui: o que fazem aqui?
Ruki: nossa presença te incomoda?
Yui: não, não é isso- digo o olhando nos olhos.
Yuma: continua a mesma- ele diz meio desapontado e bufando.- fazer o que.
Azusa: eu... gosto de dor...
Yui não responde pois não encontra palavras, mas escuta alguém vindo por trás.
Ayato: que irritante, voceis de novo- diz revirando os olhos.
Ruki: problema seu- ele diz e ambos se encaram como se estivessem prontos pra matar um ao outro.
Ayato: seu grande idiota...
Reiji: ayato, chega.- diz ele se aproximando de repente, e em seguida fita os irmãos mukami- e falta de educação entrar na casa de alguém sem ser convidado.
Yuma: é mesmo?- diz desinteressado.
Kou: viemos ver a neko chan- diz sorrindo.
Reiji: avisassem antes.- diz um pouco irritado.- em seguida ele se dirige a yui, que somente observava- em relação a aquele assunto, gostaria de saber se esta interessada em conhece-la?
Yui não acreditara no que ouvia, essa era a primeira vez que ele disse algo assim e seus olhos se encheram de brilho e alegria.
Yui: claro- diz toda feliz, e todos exceto Reiji e Ayato, não entenderam a repentina mudança de humor da garota- quando?
Os mukami apenas observavam, tentando extrair a conversa.
Reiji: terá um evento social organizado pelo "pai" dela em sua casa nesse final de semana, somente pessoas com convite podem entrar- ele faz uma breve pausa- eu posso obter os convites, mas pra isso todos os filhos de meu pai devem comparecer- diz olhando de canto ayato, e o mesmo apenas sorria de forma estranha.
Yui: como vai conseguir?- quando ela fala, Reiji suspira encontrando paciência.
Reiji: nosso pai é politico.
Yui: entendi... Mas espera, é nesse final de semana, então... depois de amanhã?
Reiji concorda com a cabeça e começa a andar até a porta.
Yui: obrigada- diz ela e em seguida ele desaparece.
Ayato solta um risinho, e os mukami ficavam cada vez mais curiosos.
Yuma: mais que diabos ele estava falando- diz coçando a nuca.
Ayato:não é da sua conta - diz ele fechando os olhos, enquanto yui o encarava meio torto por agir de forma tão infantil.
Yui: e sobre...- ia ela explicar, porém ayato de repente coloca a mão na sua boca bloqueando a fala.
Ayato: já disse que não é da conta deles, droga - diz irritado.
Ruki: sua falta de caráter é preocupante - ele diz o encarando.
Ayato: cala a boca - diz o mesmo retribuindo o olhar ameaçador.
Azusa: Eve -diz se referindo a yui pelo seu ex "apelido"- você gosta de cortes?
Yui: n-não- fala ela após tirar a mão de ayato se sua boca.
Kou: olha a hora, infelizmente temos que ir- ele fala sorrindo e fazendo um aceno de despedida com uma das mãos.
Ayato: nem deviam estar aqui- diz ayato olhando de canto.
Ruki: realmente... Sua falta de "muitas coisas" é preocupante- diz ele com um sorriso sarcástico.
Ayato: digo o mesmo.
Azusa: adeus...
Yuma: tchau porca- yui fica sem reação e em seguida todos somem, exceto Ruki.
Ignorando ayato, Ruki se aproxima e fica a pouco centímetros de yui.
Ruki: até.
Yui: t-tchau.
Ayato estaria pronto nesse exato momento para o matar, mas Ruki desaparece em seguida, deixando somente os dois alí e o silêncio predominou por alguns instantes.
Yui: e-então, acho que vou dormir agora...- fala ela indo rumo em direção a cama, porém ayato agarra seu braço.
Ayato: aonde pensa que vai?- ele diz com raiva.
Yui: Ayato, tá me machucando- diz ela tentado em vão se soltar.
Ayato: ah cala boca- após isso ele vem pra cima e a morde.
Yui deixa que rolem lágrimas de seu rosto, aquilo doía como se fossem grampos perfurando a pele, mas naquele momento era mais para dois pregos de metal que foram martelados sem dó, Ayato cuidou para que doesse muito e a mesma sentia até suas pernas bambas. Ele tira suas presas e as crava novamente, e dessa vez ele a puxa e a agarra quase a esmagando em seus braços, ela fica vermelha mas não por causa do constrangimento mas sim porque estava complicado de puxar o ar. Ayato não parecia se importar em beber, mas sim em a morder cada vez mais forte, esse ciclo se repitiu várias vezes até que yui não conseguia mais sentir seu pescoço de tão inchado. Ele para e na última mordida começa a beber o líquido vermelho, permanecendo assim por um bom tempo.
Isso dói. Não consigo sentir meu pescoço mas sei que tem sangue, muito sangue, não consigo pensar em mais nada, o resto do meu corpo esta formigando e minha cabeça não para de rodar. Se minha alma tivesse boca ela gritaria com ardor e agonia, porém nem eu consigo arrumar forças pra isso, meus olhos pesam tanto e tudo parece tremer, até que minhas pálpebras fecham e a escuridão me consome. Estou com medo... Não quero morrer...
Ela inconsciente cai e ayato a agarra com um dos braços envolto da cintura da mesma, ele a coloca na cama e saí sorrindo, como se aquilo fosse um troféu.
Quebra de tempo/ Dia do evento... 13:34.
É hoje, nem acredito. Estou tão nervosa que nem sei o que vou dizer, não posso simplesmente chegar nela é falar: " oi, eu sou yui. Somos irmãs e eu não sei quem são nossos pais de verdade". Nossa, estou um desastre, vou ter que dar um jeito nesse inchado- fala ela mentalmente se referindo aos vários furos que infeccionaram em seu pescoço, estava completamente dolorido e roxo- e usar um vestido que tampe tudo- pensa a mesma e suspira em seguida.
Nesse final de semana fez frio, isso é ótimo, consegui disfarçar o que aconteceu a um dia atrás com um cachecol- pensa novamente lembrando de ayato.
Acabando de almoçar, yui se levanta.
Yui: com licença.
Reiji: espere - yui assente e ele ajeita os óculos- gostaria de ter certeza de que todos vão.- diz se referindo aos irmãos que estavam agora o observando.
Laito: como eu poderia perder esse momento mágico- diz com uma das mãos apoiada na mesa e com seu rosto colado de canto na mesma- não é mesmo, bitch?- diz sorrindo e a olhando.
Ayato: eu vou - diz ele sorrindo de canto.
Kanato: eu também - ele diz sorrindo com o garfo na boca.
Subaru: ir na onde? - apenas ele não estava informado dos acontecimentos recentes, mas fazia questão de ficar sozinho, o que gerou graça para alguns.
Reiji: você entenderá depois- Reiji fita shu que encara a comida do prato- e você, Shu.
Shu: tanto faz...
Reiji: vejo que já está tudo certo agora, estejam prontos 17:00.
Yui que até então estava quieta, concordou com a cabeça e saiu.
Em seu quarto, abre o guarda roupa e tenta escolher algo que tampe seu corpo.
Só mais algumas horas...
Em outro lugar...
~Lili~
Acordei tão bem hoje, dormi até tarde, e isso é tão bom. Amo quando tem festa, me deixam dormir muito pra não ficar cansada.
Estou tão empolgada, e nem é com o evento, mas sim com minha surpresa. As surpresas do meu pai são incríveis, ele gosta bastante de me dar presentes mas sei que faz isso porque não pode passar tanto tempo comigo, eu até entendo, ele e muito ocupado. Da última vez ele me deu um cavalo, eu gostei tanto que ficava quase dias inteiros com ele, meu Cyros é lindo, um puro sangue legítimo e branco, eu amo meu lindinho. Agora não sei o que esperar, mas não consigo imaginar algo tão incrível como meu Cyros.
Levantei, fui ao banheiro e continuei com meu pijama, afinal pra que tirar? Mais tarde vou colocar meu vestido novo mesmo, então isso e desnecessário.
Bill: boa tarde- diz ele entrando e fechando a porta.
Lili: Bill- digo indo em sua direção e o analisando- você não cansa de sempre usar roupas assim- digo falando de sua camisa social branca e colete preto.
Bill: você não tem direito a comentar do meu traje- ele fala rindo, observando meu pijama.
Reviro os olhos e vou em direção a minha cama, me jogando com os braços abertos.
Bill: seu almoço sera servido aqui, lá em baixo está uma bagunça com todo o planejamento- diz se sentando ao meu lado.
Lili: sabe, não estou com tanta vontade colocar um vestido e ver pessoas mantendo imagens falsas só para se sentirem superiores- digo sentando.
Muitas pessoas usam máscaras, fingem ser alguém para agradar os outros, e cada vez mais o seu verdadeiro eu se esconde e apodrece diante de tanta farsa, até que como consequência você não consegue mais ser você mesmo novamente. Não é bem mais fácil e confiável ser aquilo que você realmente é? Bom, mas nem todos pensam assim, afinal os grandes desse mundo pensam em uma coisa só. Poder.
~Bill~
Bill a observa sério, porém seus olhos transpareciam curiosidade. Ela é uma garota que tem tudo.
Roupas, presentes, dinheiro. Tudo que muitos matariam pra ter, e mesmo assim age com sinceridade e nobreza, chega até ser inacreditável mas ela tem um coração bom, e eu a admiro por isso.
Não consigo evitar e olho pro corpo dela, vi a crescer e me encanto em como mudou, a cada dia parece que fica mais linda e... tentadora.
Lili: você vai estar lá comigo, não é?- ela diz e minha atenção se volta em seu rosto que fitava o chão.
Bill: sempre - digo sorrindo. Inesperadamente ela me abraça e sinto seu calor, aquela sensação me deixava calmo e nostálgico. Lembrei-me de quando ela me abraçava na infância, eu era obrigado a brincar com a mesma quando eramos pequenos, os meus treinos eram "rigorosos", do tipo que envolvia muito sangue e ficava traumatizado, mas ela sempre percebia e me abraçava sem perguntar nada.- já pode começar a se preparar, já chamei empregadas e virão daqui a pouco.- digo me levantando.
Lili: mas já?- diz meio irritada- não quero, ainda faltam algumas horas.
Bill: que pena - digo e saio fechando a porta.
...
~yui~
Estamos na limousine agora, todos ficaram maravilhosos com os trajes sociais, confesso que gostei do meu vestido bem fechadinho. Ele e num tom rosa claro de manga comprida que tampa completamente a parte de cima, a sua saia vai até os tornozelos com se estivesse escorrendo para o baixo. Os irmãos não dizem nada, e me incomoda mais eles estando quietos do que falando. Realmente, não sei o que esperar essa noite...
O carro para em frente a grandes portões onde há dois homens em frente que recolhem os convites. Saímos dali e entregamos os convites que Reiji havia nos dado assim que entramos no carro. Em seguida, após abrirem os portões, andamos até uma espécie de jardim que levava ate um chafariz divino, todo detalhado e com água cristalinas. Passando por ele nós deparamos com a enorme mansão, nunca tinha visto uma assim, era completamente luxuosa e assim como o chafariz, era tudo detalhado. Andamos no tapete que levava até as escadas e chegando a porta, mais dois homens de terno abrem a mesma. Entrando lá, caminhamos pelo corredor, viramos a direita, como informava uma placa e no final dele havia uma grande porta, Reiji abri e nos adentramos ali. Era incrível, havia tantas pessoas bonitas que usavam roupas finas e assessórios extravagantes, até fiquei meio sem jeito por estar tão simples.
Yui, só então, se derá conta que os irmãos haviam se espalhado pelo vasto salão, a deixando só entre aquelas pessoas que ela nem conhecia. Um garçom se aproxima e oferece-lhe uma bebida, porém ela nega e anda observando o movimento, por alguma razão yui não conseguia se "enturmar" com os demais convidados, todos estavam ocupados demais pra se preocupar em fazer amizade.
Depois de algumas horas, ela já não aguentava mais aquele lugar movimentando e seus pés já começavam a vacilar. Há uma parte do lugar em que é mais afastado e sem pessoas, yui se aproxima dali e se senta no sofá de couro vermelho. Ela fica ali por alguns instantes até que se assusta ao sentir algo gelado em seu rosto. Uma mulher, bêbada e pelo jeito irritada, jogara o líquido de sua taça na garota.
? : quem... Hic- ela diz soluçando- é você?
Yui : e-eu...- eu digo sem ter exatamente o que falar e com o vestido molhado.
? : você... Hic... Sua sonsa- ela diz com o corpo totalmente sem controle e sorrindo.- o que uma pobretona feito... Hic... Você faz aqui.
Yui: eu ganhei um convite e então vim...- eu atrapalho a fala na hora em que a mulher virou um tapa estralado em meu rosto.
? : vai pro seu... Hic... chiqueiro, porca...- ela diz e se vai andando torto.
Não consigo evitar em conter algumas lágrimas, levo a mão no meu rosto que ardia.
A garota se levanta e anda quase correndo, com a cabeça baixa e se sentindo constrangida, até que esbarra em alguém derrubando ambos.
Lili: Ai - diz ela no chão fitando yui, que estava ainda escondendo o rosto.
Yui: eu... Sinto...m-me... - ela já não estava conseguindo falar pois estava começando a engasgar com o choro. E então desaba completamente.
Lili: e-ei, tudo bem?- diz ela se aproximando de yui e vendo a mesma afundando em lágrimas.
Lili não pergunta nada, apenas passa a mão na cabeça dela.
Lili: vêm... Vamos sair daqui- diz a garota com serenidade. Yui faz o que ela disse e a acompanha para fora do salão.
Elas andaram por alguns corredores e subiram uma escadaria, entrando por fim no quarto de Lili.
Lili: senta ali- aponta para o sofá que tinha ali. Yui se senta e começa a chorar com mais fervor, Lili se aproxima e a abraça por um longo tempo. Até que yui se acalma- vai ficar tudo bem... - diz a garota que seca seu rosto com as mãos. Lili a solta e a observa com compaixão.
Yui: obrigada- diz ela enxugando os olhos.
Lili: de nada- ela abre um sorriso-mas porque chorava?
Yui: uma mulher, ela...- yui para quando levanta a cabeça e vê pela primeira vez quem era aquela que a ajudou. Porém assim que a viu, sentiu algo diferente, uma ligação que ia muito além de aparência, sentiu-se acomodada e que podia confiar nela. Yui analisava tudo, os cabelos compridos e loiros, a pele clara... Olhos azuis, tudo num vestido lilás de mangas curtas cheio de pedras que reluziam à luz da lua, e com uma saia bem cheia e caída, parecendo uma princesa de contos de fadas.
Lili a olha confusa tentando decifrar o que se passava em sua mente. Yui estava tão emocionada que deixou cair uma lágrima terna de alegria enquanto sorri.
Yui: seu nome... É Liliana Corad, certo? - diz se impactando.
Lili: sou...- ela fala totalmente confusa.
Yui se desespera de tanta emoção, e pula em cima de Lili a abraçando tão forte que a deixava até sem ar...
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