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História As Guerras Pelo Trono - Renúncia


Escrita por: DebhCat_Gem

Notas do Autor


Um segundo capítulo pra vocês curtirem. Era pra ter saído ontem, mas não deu por questões particulares, mas aqui está fresquinho pra vocês. Que os jogos comecem!

Capítulo 2 - Renúncia


     

 No dia seguinte, eu não podia estar mais entediada, digo, todos os dias a dois meses tem sido reuniões direto, é cansativo, longas horas de debate, casos de tribunal em que tenho que estar presente, segundo meu pai, para eu aprender sobre como agir se caso seja eu a mais nova rainha do reino. Eu acho difícil isso acontecer, pois White deixa bem claro que quer ser a futura sucessora de papai, quando estamos jantando, ela sempre comenta que quando for a rainha, fará isso e fará aquilo e etc.

 Minha irmã estava presente nesse julgamento, estava a direita de meu pai, e eu a esquerda, tratamos nisso desde de casos de posses de terreno a casos de crime, e é nesses pontos que as vezes a "justiça" não cumpre seu papel. Quer dizer, está evidente o que realmente aconteceu, mas o júri chega a um consenso que em nada me agrada. Como agora, estamos tratando de um caso de crime em que um homem foi acusado de ter matado pessoas inocentes.

- Majestade, esse plebeu foi acusado de ter cometido mortes de dois homens. - O chefe da guarda real apontava para o réu ajoelhado na nossa frente. 

- Esse homem já cometeu outros crimes?

- Não, senhor.

- Tudo bem, prendam-no e o deixe sem água e comida até morrer. - Papai falou da forma mais fria possível.

- Vossa Majestade, deixe-me dizer do porquê fiz aquilo. - Dizia o homem gritando sendo empurrado pelos outros guardas.

As pessoas que assistiam o caso gritavam de todas as maneiras, alguns defendiam e outros debochavam ainda mais dele. Eu achei injusto, o plebeu não pôde nem se justificar, semicerrei os olhos para tentar ver no fundo do salão a esposa dele e uma criança. Ela chorava assim como o filho em seu colo, e as pessoas gritavam ainda mais, não por causa dele, e sim dela. Na mesma hora acabei com aquilo. 

- PARE - Gritei o mais alto possível.

- O que está fazendo, Yellow?

- Tragam ele aqui - Desci do meu assento e vou em direção ao homem. Qual é o seu nome?

- Diaval. Vossa Alteza.

- Diaval, por que matou os dois homens?

- Porque eles queriam roubar minha casa, e iam levar meu bebê, bateram na minha mulher.

- Como os matou?

- Cheguei em casa e eles estava batendo na minha esposa e eu tirei uma espada escondida atrás dos móveis e ataquei por trás.

Fui andando até a mãe e seu filho, ele aparentava ter quatro anos, me aproximei dele e ele se escondeu no pescoço dela.

- Hey, não precisa ter medo. Me diga, seu pai salvou mesmo você é sua mãe? 

- Sim. 

- Este caso está encerrado, o homem é inocente. Disse e fui andando para fora daquele lugar.

- Mas Vossa Alteza...

- Eu já falei que acabou e pronto, obedeça! - Parei para falar mais alto e voltei a andar.

- Sim Senhora.

Desde de que eu me levantei da cadeira o silêncio e os meus passos foram tudo o que se ouvia ali. Bufando cheguei no meu quarto, comecei a ler um livro de poemas, que eram o meu favorito. Passou umas três horas, beirava as oito da noite, quando desci para jantar. 

Chegando lá, White e papai já estavam na mesa, quando apareci eles me olharam com um olhar nada legal, continuei com meu rosto sério e sentei na mesa, minha irmã a minha frente, e papai na ponta na grande mesa de banquete. Comemos com um silêncio mortal, até que White finalmente se pronuncia. 

- Então... é... pai, hoje o treino com seu guerreiros foi muito bom, ganhei de todos nas lutas. - A tensão na voz dela era bem perceptível.

- Que bom, minha filha. - Papai fala muito desinteressado.

- Errr, pai, amanhã eu quero fazer uma reunião com todo o conselho.

- Pra quê uma reunião? - Dessa vez ele ficou um pouco mais atento.

- Vocês vão saber na hora.

Depois disso mais silêncio, até que eu não aguentei e soltei tudo o que estava entalado na garganta.

- Pai, o senhor sempre me disse para sermos honestos. Mas eu no vi isso hoje lá no tribunal. - Falei olhando para a comida no prato.

- E eu não fui? - Perguntou cínico.

- Claro que não! O senhor nem mesmo sequer ouviu o que aquele homem tinha a dizer! - Alterei a voz olhando pra ele.

- Ele era um acusado, queria que eu ouvisse as mentiras que ele ia falar?

- A justiça funciona dessa maneira, você não foi justo. Não o ouviu e simplesmente mandou que ele fosse torturado. 

- Eu não mandei que ele fosse torturado. 

- Ficar sem água e comida até a morte é o que? 

- Ia fazer um favor a ele e a todos os outros plebeus.

- Como é que é? - Levantei-me colocando as mãos apoiadas na mesa. - Está se ouvindo? 

- Acha certo deixar um assassino soltou por aí?

- Acho... não, tenho certeza de que um bom rei ouviria um réu mesmo ele falando mentiras sem nexo algum.

- Acha que eu não administro bem meu império? 

- Passei a acreditar que sim.

- SE ESTÁ TÃO RUIM PRA VOCÊ PORQUE NÃO ADMINISTRA? VAI EM FRENTE, E FAÇA O QUE QUISER. - Se levantou e apontou para a sala do trono.

- NÃO OBRIGADA. E MESMO QUE EU QUISESSE EU SERIA MAIS BOA LÍDER DO QUE VOCÊ! 

- PAREM! Por favor parem, não briguem por causa de um plebeu. - White enfim disse algo, mas foi como se nem estivesse ali.

- Eu me pergunto se o senhor já fez mais vezes quando eu não estava do seu lado. 

- Do que isso lhe interessaria?

- Muito. Porque eu fico confinada naquelas salas com o senhor doze horas por dia. - Indiquei as salas do trono e de reuniões.

- É mais que sua obrigação estar comparecendo nelas!

- Ahh, CHEGA, EU NÃO VOU FICAR AQUI BATENDO CABEÇA COM VOCÊ!

- Yellow. YELLOW, VOLTE JÁ AQUI!

Fui para o quarto, meu refúgio na maioria das vezes, ou quase sempre, não, sempre! É engraçado quando você descobri como realmente funciona algo que você acreditava com todas as forças que era de uma maneira, mas na hora não era bem aquilo.

Eu me sentia traída por papai. Justo ele, que me dizia para eu e minha irmã sermos pessoas honestas, bem, ele não cumpria o que pregava. Estava de cabeça quente, molhei o rosto e coloquei roupas de dormir. O dia havia sido estressante até demais, peguei no sono rápido. 

Estava em campo gramado, com árvores a minha volta, bem no meio se concentrava uma toalha e um cesto. O dia estava ensolarado e beirava cinco da tarde, olha em volta e vou me sentar na toalha, quando ouço uma voz bem conhecida por mim. Minha mãe. Levantei-me correndo e gritando de alegria. 

Passamos o resto da tarde juntas, até anoitecer, nos deitamos no chão e ficamos vendo as estrelas, eu coloquei as mãos debaixo da cabeça e ela em cima da barriga, não podia ficar melhor. 

- Senti sua falta, mãe! - Disse virando pra olhá-la.

- Também senti a sua, meu bebê. - Ela apertou meu nariz e rimos.

- Mãe, não sou mas bebê. 

- Pois pra mim nunca deixou de ser uma. 

- Como está indo sua irmã e seu pai?

- Estão bem, as vezes parece que nem conheço mais papai, ele está sempre ocupado e White vive treinando.

Ela se sentou e ficou olhando o horizonte, começou a chorar.

- Ei Mãe, o que foi? - Me sentei também e passei a mão na suas costas,  a reconfortando.

- Me desculpe por ter partido, bebê.

- Não se desculpe, não foi culpa sua.

- Tome cuidado, bebê, ela é má.

- Quem? Quem é má.

Acordei com um servo batendo na porta me chamando. Maldita hora na parte importante do sonho.

- Vossa Alteza, o rei solicita sua presença na sala do trono imediatamente.

- Tudo bem. Pode ir avisá-lo que já vou.

Me arrumei, passei na cozinha e peguei uma maçã, fui comendo até a sala onde haveria a tal reunião. Chegando lá, mal entrei, só me encostei na imensa porta, minha me viu e começou a falar.

- Ótimo, já que agora estão todos presentes, eu tenho uma coisa a dizer - Todos estavam atentos. - Eu renuncio meu lugar de direito ao trono. 

O que? Os que estavam ali presentes mal acreditavam no que ela havia acabado de falar.

- Eu, White Diamond II, sucessora do trono de Red Diamond V, renuncio meu lugar de direito ao trono, com isso, minha irmã, Yellow Diamond II, se torna a herdeira do trono.-

Ela disse aquelas coisas com uma firmeza tão grande que nem cabia naquela sala. Eu quase me engasguei com a maçã na minha boca. E todos olharam pra mim e se curvaram diante de mim. 

Não podia ser real. Não era o que eu queria. Mas agora, eu tenho só uma maneira de escapar dessa. 


 

 


Notas Finais


Ui, então galera, coisas rolando nesse negócio doido. O que será que Yellow vai fazer? E aquele sonho com a mãe dela? O que significa isso? Saibam nos próximos capítulos de As Guerras Pelo Trono.


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