História As herdeiras dos dragões - Terra movediça

— espera! Nada se encaixa! Por que Erick estava em outra ilha? Por que eu não quis ir com você? E por que esse Kol acha que podia tocar em você? — perguntou Lynae revoltada.
As duas tinham acabado de entrar em casa, estavam sentadas na mesa da cozinha e Kristen tentava explicar -sem muitos detalhes- porquê Kol não era confiável.
— olha, são muitas informações! Tudo que você precisa saber agora é: nunca confie no Kol, papai ainda que dar uma pena de morte por tudo que ele fez, mas outras ilhas do arquipélago interviram, a favor dele! — explicou Kristen.
Lynae relaxou a cabeça na mesa, ela desejou, por um segundo, não ter acordado do coma. A porta se abriu e Astrid entrou na casa.
— Lynae, você deveria estar deitada! Esses pontos na sua cabeça vai abrir! E Kristen, já disse pra você treinar arremessos de machado no lugar indicado! E a porta da frente não é um lugar indicado! — disse a loira, tirando o machado da porta.
— Kol esteve aqui! — disse Kristen, Astrid levantou um olhar raivoso, pra ruiva, ela parecia pronta pra ir até o garoto e oferecer o coração dele aos deuses. — enquanto Lynae estava sozinha.
— deuses! Ele faz alguma coisa com você, filha? — perguntou Astrid se aproximado.
— não, eu to legal mãe! — disse a loira, levantando a cabeça da mesa.
— eu vou matar aquele filho de Troll, idiota, estrume de dragão! — gritou Astrid jogando o machado em uma das paredes da cozinha.
— a parede da cozinha não é um lugar indicado, mãe! — disse Lynae olhando o estrago.
 Astrid começou a sapatear na cozinha, roendo as unhas, braços cruzados, tique nervoso.
— mãe, não adianta, convocar o arquipélago! Eles não vão mudar de idéia! Convencer os Hooligans? Também votaram pela inocência dele! Nada que você disser vai fazê-los mudar de idéia! — disse Kristen, mexendo as mãos em cima da mesa.
— não posso deixar vocês desprotegidas assim! Ele não pode andar por aí, sendo mais forte que vocês e deste modo ele pode fazer mal a vocês a qualquer momento! — disse Astrid com os olhos parados no chão, braços cruzados.— vamos ter que pedir que fiquem em casa até, conseguirmos matar esse garoto! Ou prendê-lo! — disse ela, trocando o olhar paras filhas.
 As duas abriram a boca pra argumentar, mas Soluço entrou em casa.
— elas não vão ficar presas em casa! — disse ele, as gêmeas soltaram um suspiro de alívio.— iríamos acabar igual à ilha dos Berserkers, e a última coisa que queremos é essas duas presas em casa aprendendo a cozinhar.— atrás dele Banguela fez uma careta, como se tivesse imaginado.
— eu iria botar fogo na casa! — murmurou Kristen, concordando.
— Lynae! Você deveria estar repousando filha! — disse Soluço, beijando o nariz da loira.
— eu já vou.. — murmurou ela.
— ótimo! E o que fazemos agora?! — perguntou Astrid revirando os olhos e cruzando os braços.
— ficamos de olho nele! — disse Soluço.
— já estão fazendo isso! — disse Lynae.
— então.. É só esperar até eu conseguir mudar a opinião do conselho! — disse Soluço.
— é melhor que faça isso logo! — disse Astrid subindo as escadas, depois se virou pra Lynae.
— filha sobre o Neve.. Eu.. — começou Soluço, mas Lynae se levantou.
— desculpe pai, prefiro não saber.. — disse ela.
 Ele a encarou subindo as escadas, Kristen ficou esborrachada na mesa.
— então, o que teremos pro jantar? — perguntou a ruiva, fazendo Soluço rir.
*
  No sonho, Lynae parecia pequena, e se sentia irracional e frágil, estava escuro. Até que um homem cheio de cicatrizes a pegou no colo, ela queria fugir, espernear, gritar, mas ela não conseguia. 
Ele a prendeu em algum lugar, mas ela continuava vendo tudo com clareza, ele se aproximou de Kristen, ela estava chorando?! Kristen nunca chorava, mas ela estava gritando e soluçando, com lágrimas nos olhos azuis. Lynae desviou os olhos pra uma cama ao lado da sua, Astrid estava lá, morta.
 Lynae sentiu as lágrimas virem, ela continuava tentando gritar, mas nada saia, o homem se aproximou mais de Kristen, ela não reagia, só recuava a gritava, chorando, ele levantou uma faca. E Lynae acordou, ela finalmente conseguiu gritar e chorar.
 Soluço abriu a porta do quarto, com Astrid entrando logo atrás ,Kristen sentou na cama, encarando a irmã.
— o que aconteceu? — perguntou Astrid, Banguela apareceu atrás dela.
— foi só.. Um pesadelo! — disse Lynae, ainda soluçando.
 Kristen revirou os olhos, e esfregou os olhos, acordando.
— quer falar sobre ele, amor? — perguntou Astrid.
 Lynae se sentou na cama, de costas pra parede e colocou os joelhos junto ao corpo,parando de chorar.
— o mesmo de sempre.. — murmurou ela.
Banguela fez uma cara de triste encarando a menina. Astrid e Soluço trocaram um olhar preocupados.
— o homem das cicatrizes? — perguntou Soluço.
— é.. Mas tá tudo bem, desculpa por acordar vocês! — murmurou a loira.
 Kristen olhou pra seus pais, com um olhar de "se vocês não contarem, eu conto", e bufou. Banguela acendeu mais uma lamparina ao lado da cama de Lynae sabendo que aquilo iria demorar, depois desceu pra voltar a dormir ao lado de Tempestade e Violeta.
— filha, precisamos conversar! — disse Soluço, depositando a vela que estava em sua mão em cima da mesa.
— não! Pai, tudo bem! Vai passar, não quero tirar a noite de sono de vocês! — disse ela.
— querida, na verdade, nós dois tiramos várias noites de sono suas!— disse Astrid subindo as escadas da beliche e sentando na cama de Lynae.
A loira levantou os olhos verdes pra Astrid e Soluço, com uma cara de interrogação.
— o que? Como? — perguntou ela, em quase um sussurro.
— filha, nesse um mês, que você perdeu a memória vocês duas descobriram um segredo meu e da sua mãe! — Soluço fez uma pausa e suspirou.— bom.. No dia do nascimento de vocês.. Eu..
— nós matamos um homem! — disse Astrid. — o cara das cicatrizes.
Lynae tampou a boca com a mão, não tinha como imaginar qualquer um dos dois matando alguém.
— teve uma guerra, por causa dele! Ele fez seu Vô perder a memória! Ele queria escravizar os dragões! — explicou Soluço.
— disse que não tinha matado ele! — disse Lynae aumentando o tom de voz. 
— eu menti, filha! Você realmente achou que tínhamos resolvido no diálogo?! — disse Soluço, massageando a têmpora.
— foi o que você mandou a gente fazer a vida toda! Argumentar! Convencer! Não matar! — disse ela.
— existem pessoas nesse mundo que não aceitam dialogar, Lynae! — disse Astrid, franzindo a testa.
— percebem que por causa disso, toda minha vida foi uma mentira?! Vocês se tornaram perfeitinhos e idealizados, se tornaram uma mentira! Como vou confiar em vocês? Aliás se não posso confiar em vocês vou confiar em quem?!— disse Lynae, deixando uma lágrima de revolta escapar.
— Lynae! Você pode confiar em nós! — disse Soluço.
— filha alguma vez na vida não estivermos ao seu lado?— disse Astrid.
— é mãe, vocês estiveram ao meu lado..— ela forçou um sorriso de lado, irônico. — todas as vezes que tive pesadelos! Mas agora acredito que vocês causaram eles também!.
 Soluço e Astrid a encarou, tristes.
— querida.. — começou Astrid, tentado pegar a mão dela, mas ela tirou a mesma do lugar rapidamente, a loira engoliu em seco. — os pais erram! E não somos perfeitos! Mas tudo que fizemos foi pra proteger vocês! 
— estava nos protegendo da verdade? Estavam nos mantendo em uma caixa! Isoladas do risco que vivíamos! Queriam nos ver mortas?! Por acreditar nas pessoas? Essa é a falsa imagem que construíram de si mesmos, percebe?! — murmurou ela.
 Astrid olhou pra Soluço esperando algum apoio, mas ele estava com os olhos parados encarando o chão, a loira viu uma lágrima solitária descer pelo rosto do ruivo.
— conversamos amanhã.. — ela encarou os olhos verdes da filha de novo, mas estes desviaram do dela. — eu amo vocês duas! Mais que tudo! — sussurrou a loira descendo as escadas da beliche atrás de Soluço.
 Eles saíram do quarto e deixaram a vela em cima da mesa.
— você tá bem? — perguntou Kristen.
— como superamos antes? — perguntou Lynae em um sussurro.
— hãn.. Sabe Lynae, eles nos amam! Eles não queriam ter estragado nossa infância dizendo "é legal matar pessoas! Podem matar quando preciso", foi errado esconderem a partir do momento que crescemos mais, mas foi tudo por amor! — disse a ruiva se deitando, ela olhou pros dragões de pelúcia, pendurados na parte de  baixo da cama em cima da dela. — boa noite!.
A gêmea não respondeu, ela ficou tentando imaginar seus pais matando alguém, parecia impossível, porém o que mais a assustava no sonho era o cara de cicatrizes, de repente ela se sentiu aliviada por seus pais terem matado ele. Ela se perguntou mais uma vez, quantas noites de sonho teria a mais se não tivessem guardado esse segredo.
*
— fazemos o que é melhor pra elas, Soluço! — disse Astrid fechando a porta do quarto deles atrás de si.
— e se ela estiver certa?! Nunca pensei assim! Mas.. Nunca contamos a verdade! Elas são iguais a mim, elas acreditam nas pessoas! Eu acreditei no Drago até ele matar o meu pai.. E criei elas pra serem assim! Eu sou um péssimo pai.. — disse Soluço sentando na cama e enterrando a cabeça nas mãos.
— Soluço... Você é um ótimo pai! — disse Astrid sentando do lado dele.
— meu pai tentou me avisar! Ele me avisou dos perigos do mundo! Eu nunca disse nada à elas! Nunca disse que as vezes o diálogo não funciona.. — começou ele.
— é por esse motivo que elas sabem atirar machados! Não somos tão ruins! — disse a loira pegando na mão dele.
— você não é tão ruim! Quem ensinou elas a atirar? Você! Você foi a única que preparou elas pro mundo la fora! — murmurou ele, olhando nos olhos dela, ela pode perceber a tristeza e a culpa nos olhos verdes dele.— e quando elas saíram, com a ideia que eu dei do mundo lá fora, bom a Kristen saiu por aí, e o que aconteceu quando tudo deu errado?! Eu briguei com ela, Astrid! Como se ela fosse a única culpada! — a loira viu uma lágrima escorrer e engoliu em seco, desviando o olhar.
— deveríamos ter contado a verdade! Não fizemos porque seria doloroso! Foi errado! Mas não vamos nos matar por isso! Elas te amam! Você é carinhoso com elas, sabe o quão isso é raro?!.— ele deu um leve sorriso.
— ser carinhoso não muda o fato de eu ter brigado com elas por algo que fiz! — murmurou ele, voltando a ficar sério.
— se lamentar não ajuda em nada! A partir de agora vamos falar a verdade! É o máximo que podemos fazer! Desculpe bebê! — disse ela.
— é acho que você está certa! — disse ele suspirando.
 — qual é?! Cadê meu Soluço? levante e lute! — ela deu uma cotovelada nele, fazendo-o olhar pra ela.
— já estou lutando! Contra meu sono! — disse ele, se deitando.
 Astrid sorriu, apagou a vela e se deitou ao lado dele, ele passou o braço por ela e beijou o topo de sua cabeça.
*
No dia seguinte Kristen estava arrumando as coisas na bolsa de Violeta.
— vai deixar sua irmã que acabou de sair do coma, sozinha?! — perguntou Lynae, saindo do lado de fora com os braços cruzados. Ela tinha acabado de acordar, mas o resto da família, já estavam fazendo suas tarefas há tempos.
— você vai sobreviver! — respondeu Kristen, piscando pra ela.
 A loira sorriu, se virou e entrou na casa, enquanto Kristen subia em Violeta.
— aonde pensa que vai?! — a ruiva se virou pra encontrar Erick de braços cruzados ao seu lado.
— explorar, dar uma volta, verificar dragões.. — respondeu ela.
— você está proibida de explorar lembra?! — disse ele levantando uma sobrancelha.
— se você ficar de boca fechada ninguém vai descobrir.. — disse ela.
— não vou ficar de boca fechada! — respondeu ele com um sorriso.
— então vem comigo! — disse ela.
— hãn.. Só nós dois? — perguntou ele.
— vai logo, Erick! Antes que eu te amarre pra ficar calado! — murmurou ela.
 Ele montou em seu Gronkel e a seguiu, com um pouco de dificuldade, Violeta era a dragão mais veloz da ilha(depois  de Banguela e Tempestade).
*
— que ilha é essa? — perguntou Kristen, Erick curtia estudar mapas.
— Terra movediça.. — respondeu ele, levantando uma sobrancelha.— por que será que tem esse nome? — se perguntou o moreno em voz alta.
— vamos descobrir! — disse ela, descendo de Violeta.
Eles andaram por um tempo, mas não acharam nada de diferente.
— Kristen vamos embora! Não tem nada aqui! — murmurou Erick.
— tem que ter algo, não voei 20 minutos pra não ter nada em uma ilha nova! — disse ela.
 Nesse momento Violeta rosnou.
— o que foi garota? — perguntou ela se virando pra Pesadelo Montruoso roxo.
— Kristen! Sobe na Violeta! — disse Erick de cima de seu dragão.
Ela começou a sentir o chão tremendo debaixo de seus pés, ela tentou se mover mas seus pés estavam presos.
— levantem voo! — disse ela em comando.
— suba na Violeta! — devolveu Erick, fazendo o que ela disse e parando um pouco acima do chão, ao lado dela.
— não consigo me mexer! — disse ela fazendo uma careta e pegando um machado. 
Ela golpeou o chão,a terra grunhiu, e mostrou dentes? Sim eram dentes,e morderam o pé dela, Kristen soltou um gemido de dor e fez uma carta, ela soltou o machado, a "Terra" o pegou e o mesmo sumiu nela.
— são dragões! —disse Erick pegando o braço dela e tentando puxa-la, mas quanto mais ele tentava, mais ela afundava.
— mas o que em nome de Thor estão fazendo? — perguntou ela, ainda tentando tirar as pernas.
— parece que querem te levar pra debaixo da terra! — murmurou ele tentando puxa-la mais uma última vez, antes de perceber que isso piorava as coisas.
— ok, pega uma corda e me puxa pra cima! — disse ela.
— não vai funcionar, os dragões vão te morder! — disse ele analisando as opções, e percebendo que quase a metade da perna dela já estava dentro da areia.
— pensa em outra coisa então,gênio! — murmurou ela, encarando-o com os olhos azuis raivosos e atentos que puxou da mãe. Se passou um segundo até ele suspirar de cima do Gronkel, sem idéias.— eu sabia! Violeta procure uma corda resistente garota! — disse Kristen, pegando sua espada.
— o que você vai fazer? — perguntou ele.
— só me puxa pra cima! — disse ela.
Ele pegou a corda de Violeta e jogou pra Kristen, ele fez o que ela mandou e puxou a garota pra cima.
 Lá embaixo ela tentou acertar os dragões camuflados e fazer eles soltarem ela com a espada, em uma mão e segurou a corda com a outra, os dragões morderam e arranharam toda a perna dela. Mas no final ela conseguiu montar em Violeta e eles saíram da ilha.
— você tá bem? — perguntou Erick.
Ela queria fazer que sim com a cabeça, mas saiu como uma careta de dor, ela estava sangrando muito e os dentes dos dragões eram pontudos.
— vamos parar nessa ilha! — disse ele reconhecendo uma ilha próxima e pousando na mesma.
Chegando lá Erick desceu de Rocha, e correu até ela.
—me deixa ver isso!— disse ele se aproximando.
— eu to bem.. — murmurou ela, entre os dentes. Ela tentou descer mas as pernas doíam muito e ela ficou sem apoio, Erick a segurou, no estilo "noiva".
Ele suspirou e colocou ela no chão.
— não tá bem, senhora teimosa! — murmurou ele.
 Ele olhou os cortes, alguns arranhões algumas mordidas, as mordidas eram fundas e grandes, o que o preocupou mais.
— droga Kristen! — disse ele, pegando água, pra limpar os cortes.
— já passei por coisa pior! — disse ela forçando um sorriso.
— como o quê? — perguntou ele, erguendo a calça dela pra ver melhor as mordidas e tentando mantê-la distraída.
— eu treinava com meu Vô materno quando pequena, digamos que.. — ela fez uma pausa e respirou fundo quando ele começou a limpar os ferimentos. — ele achava que eu já tinha a idade de um guerreiro adulto.
— falando nisso como está sobre seu Vô paterno? — perguntou ele, mais concentrado nos cortes.
Ela encarou ele, ele levantou o olhar por um segundo e se arrependeu pela pergunta.
— eu não queria.. — começou ele.
— tudo bem.. Uma hora vou ter que superar! Só acho que está tudo acontecendo de uma vez! — murmurou ela, fazendo caretas enquanto ele prensava os cortes.
Ele pegou uma faixa na bolsa de Rocha, e começou a enfaixar a perna. Kristen respirava com dificuldade.
— tudo bem, já vai parar de doer! — disse ele.
— estou bem! — disse ela, quase sussurrando. Violeta ficou ao lado da amiga, preocupada.
Ele sorriu.
— você é igual sua mãe! Minha mãe me contou que a Astrid se negava a acreditar que estava machucada ou doente, ela quase morreu por isso! — disse ele.
— ela está viva até hoje! Eu vou ficar! — murmurou Kristen sorrindo.
 Ele terminou a segunda perna depois de um tempinho e a encarou.
— como se sente? — perguntou Erick.
Ela não respondeu e simplesmente tentou se levantar, mas não teve sucesso, Erick forçou um sorriso "teimosa" pensou ele.
— vem! Deixa eu te ajudar! — disse ele levantando e a apoiando pra subir em Violeta.
 Ela revirou os olhos, ele sabia que ela odiava se machucar.
— você vai ficar bem! — disse ele.
— é claro que eu vou, meu problema é quanto tempo isso vai demorar! — respondeu ela.
— quer explorar? — perguntou ele montando em Rocha.
— quero explorar, treinar, vigiar o Kol! Não posso fazer nada assim! — murmurou ela.
— você merece umas férias! — disse ele levantando voo com ela logo atrás.
Quando eles chegaram na ilha não tinha ninguém na casa do líder, Kristen achou ótimo, pois não teria que explicar nada, Erick a apoiou pra subir as escadas.
— precisa de mais alguma coisa?— perguntou ele na porta do quarto dela.
— não Erick, obrigada! — disse ela sorrindo.
— se precisar de algo.. — ele parou quando ela deu um beijo na bochecha dele.
— estou bem! — disse ela entrando no quarto e fechado a porta.
 Ele desceu as escadas e foi fazer suas tarefas do dia, algumas vezes ele se pegou pensando no beijo na bochecha de Kristen, o local de sua bochecha ainda queimada e seu coração ainda acelerava quando pensava nisso, ele se pegou pensando nela várias vezes nos últimos dias aliás. Mas se reprimiu pensando várias vezes que eram só amigos.