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História As herdeiras dos dragões - Idum


Escrita por: Macaria

Notas do Autor


Oi oi lindezas! Bem, finalmente vamos descobrir quem é a Idum! Mas tudo pode acontecer depois das revelações nesse capítulo! 🤗🤔
Boa leitura! 💜

Capítulo 21 - Idum


Fanfic / Fanfiction As herdeiras dos dragões - Idum

*18 anos atrás*
Astrid estava em trabalho de parto há mais de 5 horas, ela estava esgotada, suada e sem voz pra gritar mais. 
Mas tudo só piorou.
Quando Soluço entrou no quarto dizendo que estavam sendo atacados ela mal conseguia ouvir a voz dele, tudo que ela sentia era a dor do parto e a mão dele apertando a dela rapidamente.
"Eu vou proteger nossa família, prometo!" Disse ele antes de deixar o quarto, com sua mãe e a mãe dela logo atrás. 
A loira ficou somente com a parteira no quarto, fazendo exercício de respiração e quase desmaiando.
Ela ouviu um choro e sorriu, seu bebê, seu lindo bebê que nasceu durante uma guerra.
— é uma menina! — disse a parteira sorrindo.
Pela dor que ainda sentia, Astrid teve certeza de que ainda teria mais um filho.
Ela ouviram um barulho de algo se quebrando no andar debaixo da casa.
— quem está aí?! — gritou a parteira embrulhando a criança em uma toalha branca.
Ninguém respondeu, somente barulho de tiros de dragões lá fora e passos chegando ao quarto.
— esconda.. Esconda ela! — sussurrou Astrid com esforço.
A parteira colocou a bebê dentro de um cesto e depois dentro do guarda roupa.
Astrid soltou um berro, com a dor em sua bacia, ela tentou respirar fundo e se manter consciente, mas não adiantou, ela desmaiou.
 Um homem coberto com uma capa preta entrou no quarto.
— vá embora! — gritou a parteira, começando a tirar o segundo bebê.
O homem apontou uma espada pra ela.
— eu quero o bebê! — disse ele.
A parteira tentou esquecer ele e se consentiras na segunda bebê, que logo estava em suas mãos, chorando, era uma garotinha ruiva, com alguns fios de cabelo brancos.
O homem avançou pra pega-la, a parteira se afastou.
— por favor! Não tire esse bebê da mãe! — disse ela olhando na direção de Astrid, que fazia uma careta de dor enquanto batalhava pra recobrar a consciência.
O homem ergueu a espada.
— Me. Dê. A. Criança! — comandou ele, irritado.
— me deixe pelo menos embrulha-la pra que não morra de frio! — sussurrou a parteira, rezando aos deuses pra aquele homem não a matar.
O encapuzado assentiu, a parteira rapidamente limpou e embrulhou a criança em mantas, o homem tomou a bebê das mãos dela com brutalidade e correu pra fora do quarto mais rápido o possível, quando Astrid voltou a acordar.
A parteira ficou encarando a porta e ouvindo o choro da outra bebê, ela voltou a realidade com o grito de Astrid.
— tira.. Esse.. bebê.. Logo! — gritou a loira entre os dentes.
Astrid ainda estava tonta, com a vista embaçada e com dor, ela não se lembrava nem se já tinha tido uma filha.
A parteira tirou a terceira bebê, mais uma menininha ruiva, esgoelando.
Astrid sorriu, regulando sua respiração.
— me dá ela! — sussurrou a loira.
A parteira embrulhou a bebê, tremendo pelo o que aconteceu com a segunda gêmea, pensando se contaria ou não ao líder sobre a neném roubada.
Elas ouviram passos na escada de novo.
— leve-a daqui! — pediu Astrid.
— mas.. — começou a parteira.
— vá! Ninguém vai tocar nas minhas filhas! — Astrid se lembrou da primeira filha, que estava escondida no guarda roupa e pensou em pedir para levá-la também.
A parteira se aproximou com a bebê ruiva da mãe, para a pequena se despedir da mesma, mas antes das duas colocaram seu plano em ação, Drago Sangebravo entrou no quarto, atirando uma faca no peito da parteira.
Fazendo-a soltar a bebê no colo da mãe, e cair no chão. Morta. 
A única que sabia da existência de uma terceira gêmea morreu, levando este segredo consigo.
*18 anos depois* 

Lynae estava tremendo enquanto lia a carta com o conteúdo da vida de Idum. 
Ela sabia que não deveria bisbilhotar a vida de alguém que nem ao menos conhecia, mas uma garota que aparecera em seu sonho e de sua irmã, merecia sua atenção.
 Era uma carta de Drago, Drago Sanguebravo, ele mandava que algum cuidasse da bebê que estava na "cesta" e que um de seus capangas a tinha roubado dos pais.
Lynae respirou fundo antes de continuar, ela já estava muito chocada com o nome assinado na carta, "Drago Sanguebravo".
Ela desviou o olhar pra cima, o céu quase escuro, o Nadder de Idum acordando. Voltou pra carta.
 A próxima informação: de onde a bebê vinha: Ilha de Berk.
Agora as mãos da loira estavam tremendo pra valer, ela teve que tentar se concentrar pra continuar.
"Os pais do bebê: Soluço e Astrid Haddock. 
Faça ela os odiar! Faça ela odiar a ilha de Berk, faça ela odiar os dragões!" 
Lynae soltou a carta, Idum era sua irmã?! Seus pais tinham outra filha que fora roubada?!.
Fogo Selvagem, o dragão de Idum, a empurrou com o foucinho, ela se assustou, caindo pra trás.
— o que você quer? — perguntou Lynae.
O dragão apontou pra onde sua dona tinha ido e Lynae soube que algo dera errado.
***
Kristen fez o que Idum mandou, acabou com os seguranças do lado de fora da prisão e ficou de vigia com Torresmo.
Estava tudo dando certo até Idum começar a demorar demais.
E então ela sentiu uma mão contra sua boca.
***
Idum entrou na prisão com facilidade, ela conhecia o lugar, já que seu pai a colocava de castigo lá.
— pode me dar a chave? — perguntou a ruiva.
— seu pai mandou não soltá-los! — disse o guarda da cela.
Ela revirou os olhos.
— ninguém te avisou? Ele me mandou soltá-los! Vou levá-los pro papai! — disse Idum, olhando pro casal pra primeira vez.
O homem ruivo estava sentado em uma cadeira e encarando os dois, com uma sobrancelha levantada, e a mulher loira estava de braços cruzados em um canto da cela, Idum perdeu a atenção olhando pra eles e nem percebeu as chaves na sua cara.
— Idum! — gritou o homem.
— desculpe! — ela pegou a chave saindo de seus pensamentos, ela evitou um contato visual com o casal novamente.
— Idum! — ela parou ao ouvir a voz de seu pai. Viggo.— pare agora! 
Ela parou e levantou o olhar pra ele.
— por que não podemos viver em paz com os dragões? — perguntou a garota com a testa franzida e segurando as chaves longe do pai.
— não existe paz! — disse Viggo.
— é lógico que existe! — Soluço se levantou dentro da cela.— vivemos assim em Berk! 
— vai dizer que os dragões nunca mataram alguém! — Viggo sorriu.
— não por culpa deles! — disse Soluço.
— Idum! Me dê! — comandou Viggo.
Ela afastou mais a chave.
— hey! Me dê isso! Não precisa matar um dragão! — disse Astrid encarando a ruiva.
Assim que o olhar das duas se cruzaram o coração delas se aceleraram e elas não sabiam porquê. Idum não se mexeu.
— senhor! — alguns guardas chegaram, segurando Kristen e Torresmo.— achamos vigiando lá fora!
— Kristen! — Soluço socou as barras.— a ruiva gritou dos braços dos guardas, mas ela tinha um pano na boca. 
— tirem suas mãos da minha filha! — gritou Astrid. Idum sentiu uma pontada de ciúme crescer do nada.
— Idum..— Viggo sorriu.— a chave..— ele estendeu a palma da mão.
— não! — gritou Torresmo.
Idum olhou pra ele e depois pro seu pai, ela deu um passo pra trás.
— então está bem! — Viggo deu um riso contido olhando em volta.— Eu gostaria de aproveitar a família reunida e anunciar... — ele encarou a filha.— a terceira gêmea que vocês dois jogaram fora! — ele sorriu pra Soluço e Astrid.
Idum encarou os dois e o casal olhou pra ela, assustados.
— do que você está falando?! Não tivemos uma terceira filha! — disse Astrid.
— tiveram sim! Você deu ela Astrid! Deu minha..— Viggo caminhou até a filha e parou com uma mão no ombro dela, a jovem estava olhando pra baixo.—..filhinha.. Pra Drago Sanguebravo.
— não! Eu.. — Astrid olhou pra Soluço, ele só conseguia encarar Idum.— não! 
— então, filha! Aí estão! As pessoas que te abandonaram pra ficar com as outras duas! — sussurrou Viggo próximo ao ouvido da ruiva. Ele ergueu a palma da mão de novo.— o que você vai fazer? 
Ela levantou os olhos - um verde escuro e outro azul claro - pro casal. Ela os fuzilou com o olhar.
— por favor! Ele está inventando coisas! Não não tivemos mais filhas! — disse Astrid encarando a garota. A loira já não tinha mais certeza do que dizia, Idum tinha muitas semelhanças com ela e Soluço.
Idum desviou o olhar pra Soluço, ele ainda estava em choque, a encarando os olhos pareciam marejados. Se eles se arrependessem da decisão de abandoná-la?! Ela não ligava mais!
Ela encarou o ruivo e depois a loira, ainda os fuzilando com o olhar, e então, entregou a chave pra Viggo.
Ele riu.
— não se abandona um filho, Soluço! — disse Viggo apertando o ombro de Idum.— vamos pra casa, filha! — disse ele, puxando a ruiva e jogando as chaves pra um guarda.— amanhã você pode matá-los! 
Kristen tentou atacar a ruiva, seu sangue estava fervendo. Idum tinha traído eles.
— eu não abandonei! — gritou o ruivo, socando as barras novamente, depois disso apoiou a cabeça na mesma, suspirando.
Antes dos guardas conseguirem por Kristen e Torresmo em uma cela, a prisão explodiu e tudo se tornou uma confusão em meio a fumaça.
Lynae, Alexandra e Erick agiram rápido e conseguiram libertar todos.
Lynae deixou Fogo Selvagem na floresta depois de se despedir do mesmo.
Depois disso, todos permaneceram em silêncio o resto da viagem de volta.
— vocês ainda estão de castigo.. — disse Soluço.
— de nada por salvar vocês! — resmungou Kristen.
— podem ficar livres o resto do dia! — disse Soluço, quando eles pousaram em Berk.

Torresmo ajudou Lynae a descer de Flecha, quando eles pararam na floresta.
— o que foi? — perguntou ele, ela manteve os olhos parados no chão.
Flecha a empurrou com uma cara triste e ela fez carinho no dragão.
— podemos conversar? — perguntou ela, quase sussurrando.
— claro! — Torresmo a encarou preocupado.— o que houve? 
Ela suspirou, o lábio dela tremeu, o loiro a envolveu em um abraço.
— eu li a carta! — sussurrou ela.— a carta com o passado de Idum! — ela começou a tremer.
Torresmo se afastou a encarando nos olhos.
— o que tinha na carta? — perguntou ele.
Ela levantou o papel amaçado pra ele, Torresmo a encarou e pegou. Depois de um tempo ele levantou os olhos.
— ela é sua irmã? — gritou ele.
— shh! — ela colocou a mão na boca dele.— e se meus pais descobrissem?!
— é a filha deles! Eles têm que saber! — disse Torresmo.
— e como vão reagir? Vão se culpar por abandonar ela! 
— você não sabe! — disse Torresmo.
— eu sei! Por que eu abandonei ela! E estou me culpando por isso! — gritou Lynae.
— você não...
— prometemos trazê-la! Ela ajudou! Abandonamos ela de novo! O lugar dela é em Berk! — Flecha encarou a loira com preocupação enquanto ela sentava em uma pedra.
— e.. O que a gente faz? — perguntou ele.
Ela enterrou a cabeça entre as mãos, enquanto o loiro mexia no cabelo dela.
*
Uma parte da cela de Violeta queimou na batalha, Kristen precisava arruma-la. Elas foram pra ferraria.
— Bocão! — logo após dizer ela se arrependeu, sentiu seu coração ser esmagado. Violeta a empurrou, mostrando apoio.— obrigada garota! 
Kristen ouviu um soluço e entrou no antigo local de trabalho de seu pai. Ela encarou todos os desenhos de fúria da noite, antes de encontrar seu pai sentando em um canto da sala.
— pai? — perguntou ela.
Soluço se levantou limpando o rosto.
— Kristen, o que faz aqui? — perguntou ele.
— o que você faz aqui? — perguntou ela.
Ele olhou em volta e deu de ombros.
— saudades! — murmurou ele.
Kristen o abraçou, ele retribuiu o abraço.
— sinto muito pai..— sussurrou ela.
— está tudo bem! — ele se afastou.— eu tenho vocês..
Kristen forçou um sorriso.
Lynae bateu na porta.
— pai? — perguntou ela, quase em um sussurro.
— oi filha! — Soluço respirou fundo, os olhos dele ainda estava vermelhos e marejados.
Lynae olhou pra Torresmo, que colocou a mão no ombro dela.
— tenho que te contar uma coisa..— disse ela.
Soluço suspirou.
— eu sei sobre vocês, filha! — disse o ruivo, um pequeno sorriso puxando seus lábios.
— o que?! — ela olhou pra Torresmo em choque.— não!
— é.. Eu não escolheria esse momento pra contar pro meu pai, mas..— ele deu de ombros.— tá legal né?! Vou fazer o que?.
— não pai! — disse Lynae, corada assim como Torresmo.
Soluço riu.
— se quiserem que eu converse com o Melequento.. — continuou o ruivo.— e com sua mãe.. É sua mãe vai ser complicada...
— por que vou ser complicada? — Torresmo gritou quando a loira apareceu atrás deles, ele se afastou bruscamente de Lynae.
Astrid passou pelo casal os analisando de braços cruzados.
— o que aconteceu? — perguntou ela, os encarando, Soluço sorriu pra filha e pro genro atrás da esposa,Kristen fez o mesmo.
Lynae suspirou.
— pai eu não queria falar sobre isso.. — Soluço ficou sério, Torresmo suspirou desviando o olhar pro chão.
Astrid franziu a testa, Kristen passou o olhar de Lynae para Torresmo, os analisando.
Lynae pegou um papel com as mãos trêmulas, respirando fundo.
— a garota ruiva, com mexas brancas, um olho azul e o outro verde..— a loira passou a olhar pra suas mãos, ela não conseguia olhar nos olhos de seus pais.—..o nome dela, era Idum, ela não queria matar os dragões! Ela queria fugir.. — a loira fez uma pausa, Torresmo apertou o ombro dela.
Os batimentos de Soluço aceleraram, quando mais Lynae falava da menina, mais ele pensava no quanto a garota parecia com ele e Astrid, enquanto a loira não conseguia encaixar as peças, não era possível, era?.
— disse que ela podia vir com a gente! Viver em paz com os dragões! — a loira forçou um sorriso.— ela tinha roubado uma carta do pai dela, a carta que veio com ela quando foi abandonada! — Lynae fungou, sua voz falhou.— ela confiou em mim! 
— filha? — perguntou Astrid.— o que aconteceu? 
— ela me deu a carta! — Lynae estendeu a mesma pra mãe, encontrando os olhos da mãe pela primeira vez, Astrid estava preocupada.
Soluço deu dois passos à frente, apoiando a mão no ombro da loira, os dois começaram a ler juntos.
Torresmo passou os braços em volta de sua florzinha azul, ela estava com a respiração pesada.
Foram segundos agonizantes enquanto os dois liam.
Quando finalmente terminaram, ambos estavam em choque.
— meninas..— a voz de Soluço falhou.— podem nos deixar sozinhos? 
Torresmo puxou Lynae pra fora.
— o que aconteceu? — perguntou Kristen.
— vá com sua irmã! — disse Astrid com os olhos parados.
Kristen caminhou com passos pesados até o lado de fora.
— o que tinha na carta? — ela perguntou pra Lynae, ao sair.
Lynae abriu a boca, mas foi cortada por um grito de Soluço "eu sei que você não se lembra! Mas tem que tentar!".
— é melhor vocês duas conversarem em casa!  — disse Torresmo beijando a testa de Lynae.— você vai ficar bem? — sussurrou ele.
A loira assentiu.
— ok! — ele esfregou o braço de Lynae e sorriu pra Kristen, a ruiva o encarou de braços cruzados.
Os três montaram em seus respectivos dragões, mas saíram cada um para um lado.
— o que tinha na carta? — perguntou Kristen, fechando a porta, depois de Flecha entrar.
— eu não aguento mais dar essa notícia! — disse Lynae, subindo a escada.
— que se dane! Pro seu namorado você aguentou! — gritou Kristen.
— o Torresmo não tem nada com isso! — disse Lynae se virando pra irmã.
— eu só quero saber o que tinha na droga da carta! — disse Kristen, com as mãos na cintura.
— Idum é nossa irmã! 
Kristen encarou Lynae com os olhos arregalados e a boca entreaberta.
— e você tá toda com dó?! — perguntou a ruiva depois de um tempo.
— abandonamos ela! 
— não sabíamos sobre a existência dela! Pelo amor de Freya, Lynae! Acorda! Estamos em uma guerra, ela está no time inimigo e com raiva da gente! — disse Kristen.
— me diz se ela escolheu estar no time inimigo, Kristen! E se não fosse ela?! E se fosse uma de nós duas?! — gritou Lynae.
— mas não foi! 
A loira revirou os olhos e deu uma risada forçada.
— quer saber?! É uma discussão do papai e da mamãe! Nem sabemos se essa carta é um jogo do Viggo! — disse a ruiva se sentando na mesa.
Lynae suspirou, olhando Flecha subir alguns degraus da escada atrás dela.
— vou dormir! — sussurrou a loira.
Kristen ficou encarando a mesa de madeira, com a cabeça baixa, enquanto a irmã batia a porta.
Depois de alguns minutos alguém bateu na porta. A ruiva foi atender.
— oi! Pensei que iria me procurar para seus últimos minutos fora do castigo mas.. — Erick parou ao encontrar os olhos tristes da ruiva, ele ficou sério.— o que aconteceu? 
Ela suspirou, e o abraçou.
— não quero explicar agora! — sussurrou ela, enquanto ele retribuía o abraço.
— tá legal! — sussurrou o moreno.— vai ficar tudo bem! — ele beijou o topo da cabeça dela.
***
Na manhã seguinte eles tomaram café em família. 
Soluço e Astrid pareciam dois zumbis, como se não tivessem dormido a noite toda, ambos com os olhos parados em alguma coisa e o pensamento longe. 
Ninguém trocou nenhuma palavra.
— vou ter que trancar vocês com a porta de ferro? — foi a única coisa que o ruivo disse naquela manhã.
— não vamos sair! — murmurou Lynae com os olhos parados em sua xícara.
Soluço se levantou, Banguela o encarou triste, ele deu um rápido beijo na cabeça de Kristen e outro na de Lynae.
Astrid suspirou e se levantou, indo pra escada.
— mãe! Você não vai pra academia? — perguntou Kristen.
— não! Eu..não estou me sentindo muito bem..— murmurou a loira, fazendo Soluço levantar o olhar pra ela, preocupado.— pode me substituir?
— vou achar alguém! — disse o ruivo montando em Banguela e saindo de casa.
Astrid bateu a porta do quarto.
— acha que eles brigaram? — perguntou Lynae, ainda olhando pra sua xícara.
Kristen olhou pra porta do quarto.
— quando foi que a mamãe ficou sem ir pra academia? — perguntou a ruiva.
— deve estar sendo difícil pra ela! — disse Lynae, se levantando da mesa.
— mas.. Estamos no meio de uma guerra! — disse Kristen.— ela nunca parou de lutar!
Lynae deu de ombros subindo a escada com Flecha atrás.
Kristen fincou uma faca na mesa, pensando na chatice de não poder sair de casa.
***
 Soluço e Banguela chegaram em casa esgotados. Já era tarde e as meninas estavam provavelmente dormindo.
O ruivo jogou um barril de peixes pro dragão e suspirou, quando ouviu um barulho vindo do banheiro.
Ele bateu na porta.
— milady? — perguntou ele, lembrando que Astrid tinha dito que não estava passando bem naquela manhã.
— eu.. To.. — ela tossiu, uma tosse de quem estava vomitando.
Ele entrou no banheiro.
— Astrid..— sussurrou ele.
— To bem! — a loira mal terminou e se virou vomitando de novo.
Ele segurou o cabelo dela, que estava solto e se ajoelhou do lado da mesma.
— o que você tá sentindo? — perguntou ele, verificando a temperatura de Astrid ela estava febril.
— nada demais! — murmurou a loira, ela parecia tonta.
Soluço suspirou de novo, fazendo movimentos circulares no pescoço dela.
Depois de alguns segundos ela parou de vomitar e o ruivo a deixou sozinha pra tomar um banho.
Ele aproveitou o tempo pra jantar com Banguela.
Astrid saiu do banheiro se apoiando na parede, ele se levantou, preocupado, mas quando se aproximou mais ela fez um sinal pra que se afastasse.
— estou bem! — disse ela.
O ruivo olhou pro Fúria da noite que "deu de ombros" e voltou a comer seus peixes.

Soluço passou no quarto das meninas pra verificar se elas estavam dormindo depois foi pro seu quarto. Astrid estava deitada de lado, típico de quando ela estava preocupada.
Ele respirou fundo, se sentindo mal pela discussão que tiveram na noite passada. Não era culpa de nenhum dos dois se não tinham planejado se Drago aparecesse e pegasse uma filha deles.
O ruivo se deitou passando o braço pela cintura dela e alcançando sua mão, entrelaçando os dedos nos dela, a respiração da loira estava pesada.
— o que você tem? — perguntou ele.
Ele sentiu ela soluçar, ela estava chorando?!. Soluço levantou parte de seu corpo. 
— Hey... — sussurrou o ruivo.— desculpe pela discussão de ontem, mas é que.. — ele soltou a mão dela, se deitando de costas na cama.—...uma filha abandonada?! Não dá pra me perdoar!
Astrid suspirou, ainda soluçando.
Soluço suspirou mais uma vez, ela nunca tinha agido daquela forma, ele decidiu se levantar e de a volta na cama, se sentando de pernas cruzadas de frente pra ela. 
Eles se encararam por alguns minutos até ele limpar uma lágrima que escorria pelo rosto dela.
—o que foi? — perguntou o ruivo.
Astrid se sentou e levantou rapidamente, ela se sentiu tonta e tudo ficou escuro, a sorte foi que Soluço estava do lado. Ele a pegou, antes de atingir o chão. 
Ela recobrou a consciência em alguns segundos.
— Sara que você pode, pelo amor dos deuses, se comunicar comigo?! — disse o ruivo em um tom mais bravo quando ela acordou.
— eu só estou passando mal! — sussurrou ela, engolindo em seco.— vai passar! 
Soluço apoiou o braço na parede e descansou a cabeça no mesmo.
Eles ficaram em silêncio por um longo tempo, até o ruivo voltar a se deitar na cama, eles estavam longe, acordados e quebrando aos poucos.
— acha que ela é nossa filha? — perguntou Astrid.
Soluço suspirou.
— Lynae fez um promessa, e mesmo a garota não tendo cumprido toda parte do acordo, vamos cumprir com a nossa! — ele respirou fundo. — vamos salvá-la!
A loira ficou em silêncio.
— e depois? Vamos olhar pra ela todos os dias e nos perguntar se é nossa? — perguntou Astrid, sentindo as lágrimas de novo.
Ele respirou fundo e soltou o ar devagar de novo.
— quer deixá-la lá? E esquecer tudo? — perguntou o ruivo depois de um tempo.
À distância entre eles na cama estava os matando, mas nenhum iria se aproximar.
— não! — ela respirou fundo.— vamos trazer a Idum pra Berk!
Soluço levantou o braço procurando a mão dela, entrelaçou deus dedos quando a achou. Eles dormiram distantes, porém de mãos dadas.

 

 


Notas Finais


As tretas nessa casa estão só começando! 😏😎
E então? O que vocês acham Idum é filha mesmo de Hiccstrid? Essa nova ruivinha será vilã ou mocinha? Ela vai escolher a família que a criou ou a que a gerou?

Até a próxima lindezas 💜


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