*uma semana atrás*
Daniela era uma garota habilidosa e inteligente. Sua ilha era extremamente distante, era quente, neve era algo raro, mas chuvas não. As casas eram simples e resistentes e as criaturas nas quais os humanos voavam eram dragões. Mas, não eram dragões comuns, eram cavalos com asas de dragões que cuspiam fogo.
Ela também era considerada a mais bela de sua ilha natal: pele negra, cabelos longos e pretos, olhos brilhantes e castanhos, sempre armada e acompanhada por seu cavalo negro e vermelho.
Daniela gostava de se aventurar ao máximo, e seus pais lhe permitiam, eles confiavam na bondade dela.
Ela juntou coisas suficientes para três meses de viajem, com seu "pégaso", o nome dele era Biffy, um cavalo negro, com fogo passando pelas veias como se fosse lava, os olhos profundos e vermelhos sempre a hipnotizavam. Ela e Biffy saíram em sua primeira aventura quando ela completou 19 anos. Daniela decidiu que seria a maior exploradora de sua ilha ancestral, e que iria mais longe do que qualquer um já fora.
Depois de dois meses de viagem, muitas ilhas, dragões, plantas e climas novos, ela encontrou um barco à espreita, abandonado no mar.
— Vamos lá! — sussurrou ela no ouvido do cavalo. Eles pousaram no barco, não tinha nada de interessante, além de frutas e algumas armas.
Daniela se virou ao ouvir passos, passos pesados e lentos. Uma senhora estava atrás dela, em choque com o cavalo.
— Oi! Viemos em paz! — disse Daniela levantando as mãos na altura dos ombros, com um sorriso simpático. Seu cabelo cacheado estava voando no seu rosto.
— Eu nunca vi criatura parecida!— murmurou a senhora, olhando para o cavalo com desdém.
— Somos de longe! — explicou Daniela.— Viemos fazer novos amigos e promover paz!
A senhora sorriu.
— Uma salvadora dos deuses?! Finalmente!
— O que?
— Há pessoas malvadas nesta terra! Precisa matá-los!
— Não vim matar ninguém! — Daniela olhou para Biffy em desespero.
— Mas precisa! Matar os que nos condenam! — a senhora se jogou em um banco de forma dramática.— Eles me expulsaram por chorar a morte da minha filha!
— Meus deuses! Sinto muito! — disse Daniela se abaixando e segurando a mão fraca e trêmula da senhora.
— Obrigada, querida! Qual o seu nome?
— Daniela.
A senhora a encarou com os olhos arregalados por alguns segundos, antes de a abraçar.
— É um sinal! Você vai vingar... — a senhora parou de falar com a careta da garota.— Você vai salvar a todos no arquipélago!
— Como a senhora é confiante! — murmurou Daniela.
— Vamos conseguir! Aliás, meu nome é Leila! — ela estendeu a mão para a garota, que apertou a mesma com um pequeno sorriso simpático.— Você vai me ajudar? A salvar todas da minha terrível sobrinha?
Daniela olhou para Biffy, o cavalo não demonstrou reação.
— Nós... Vamos tentar ajudar! — decidiu a morena.
Leila sorriu, seus olhos brilhando.
*
*
***
Lynae percebeu que a armadura de sua irmã a incomodava mais que o imaginado.
Era apertada nos seios e barriga, era difícil se locomover com as botas que iam até o joelho, o cinto com uma espada de um lado e um machado do outro era muito pesado e por ultimo seu cabelo ficava sendo puxado pelas amarras da armadura marrom.
— Agora sei porquê ela sempre está com o cabelo preso naquele rabo de cavalo horrível! — murmurou Lynae, fazendo um coque com seu cabelo.
Flecha ronronou, em um último pedido para a loira desistir.
— Temos que ir, amigo! Descobrir o que está acontecendo! E te proteger! — o dragão revirou os olhos, "me proteger, me levando para os caçadores!", o gesto dizia.— Por favor Flecha! — Lynae fechou os olhos e colocou a testa na do dragão, que também fechou os olhos grandes e amarelos.
Eles ouviram o barulho de asas parando na janela, o Terror Terrível que testou a joia estava lá, aguardando ordens de Kristen.
— Hey! — Lynae se levantou para acariciar o dragão.— pode fazer algo para mim? É para a Kristen! — o dragão a encarou animado, lembrando que as duas tinham uma relação próxima.— pegue a joia rosa para mim, dentro do guarda roupa de papai!
O Terror Terrível saiu voando e depois de alguns minutos voltou com a joia, Lynae a pegou suspirando, Flecha rosnou para joia.
— Vamos levá-la caso aconteça algum imprevisto! — disse Lynae.
Flecha rosnou mais alto dessa vez, tentando dizer a garota que era má ideia.
— Flecha... — Lynae ficou tonta e se apoiou na mesa, arrastando um pouco a mesma, piscando para a sensação passar, Flecha se aproximou, mas ela se equilibrou novamente. — Vamos! Agora! — disse a loira subindo no dragão negro, que obedeceu, achando terrivelmente estranho o comportamento dela.
*
*
***
— Sabe alguma coisa sobre Meus pais verdadeiros? — perguntou Idum à senhora na sua frente.
— Tudo, querida! Eu sou tia da sua mãe! — disse Leila.
— A minha mãe? Ela é...
— Astrid Hofferson Haddock! Mas eu particularmente acho que só Haddock, assim que ela se casou com seu pai, se esqueceu do seu verdadeiro sangue, de sua família!
Idum ficou surpresa por um segundo, mas depois de lembrar da negação que a mulher loira faz sobre ela ser sua filha, a ruiva se conformou e cerrou os pulsos.
— por que eles não me quiseram? — perguntou ela.
— te acharam fraquinha! — a mulher deu de ombros. — mas eu não te achei fraquinha! Eu te salvei!
— como? — perguntou Idum, franzido o cenho.
— te coloquei na água! Onde seu pai a encontrou! — disse Leila.
Idum acreditou em cada palavra, ela não tinha mais ninguém para confiar.
— e o que você quer? — perguntou a ruiva.
— queremos livrar esse arquipélago das maldades dos seus pais! — uma garota alta, morena, de cabelos longos cacheados e olhos castanhos, desceu do cavalo alado. A garota estendeu a mão, para ruiva.— sou Daniela!.
— Idum! — a ruiva apertou a mão da morena, com um pequeno sorriso, ela encarou Leila.— o que vai fazer com meus pais verdadeiros? — perguntou ela.
— vamos somente os tirar do poder! Eles e as irmãs que eles escolheram no seu lugar! — disse Leila, um pequeno sorriso perverso.
— como eu ajudo? — perguntou Idum.
— primeiro, me apresente ao seu pai! — pediu Leila, seu sorriso crescendo mais.
*
*
***
Soluço acordou com os sussurros e gemidos de Kristen, ele levantou da cama improvisada no chão pela quinta vez naquela noite.
Kristen estava com a respiração pesada, e suada, sua testa estava franzida e ela murmurava coisas como: "sai de perto deles" ou "fique longe da minha família"
O ruivo se posicionou na frente da filha, chacoalhando seus ombros.
— Kristen! Filha! — ela começou a se mexer, mas sem acordar.— filha!
Astrid acordou também, com certa dificuldade.
— filha? — perguntou a loira, se virando e tentando ajudar Soluço a acordar a ruiva.
De repente Kristen soltou um grito agudo e se sentou na cama, olhando para todos os lados.
— mãe? Pai? — perguntou ela.
— estamos aqui! — Soluço a abraçou.— estamos aqui!
Astrid entrou no abraço, mesmo com a dor de cabeça que a atingiu desde o momento que ela abrira os olhos.
A respiração da ruiva se regularizou.
— teve um pesadelo? — perguntou Soluço.
— o mesmo desde que comecei a ter! — murmurou Kristen.
— quer nos contar? — perguntou Astrid, Soluço percebeu que a mão da esposa estava trêmula.
— a Idum matou vocês! — Kristen deixou as lágrimas rolarem finalmente.
Soluço e Astrid se encaram por um segundo, antes de abraçarem a ruiva.
— Hey! Não! — Soluço abraçou a filha de novo.— ninguém vai matar nós dois!
— é filha! Seu pai é mais difícil de matar que Thor! — disse Astrid, retirando uma risada leve do marido.
— e eu perdi as contas de quantas vezes sua mãe quase morreu! — murmurou Soluço.
— parem com isso! — resmungou Kristen, ainda chorando.
— ok, querida! Estamos aqui! — disse Astrid, massageando os braços da filha.
— eu amo vocês! — sussurrou ela.
— nós também te amamos! — sussurrou Astrid.
Banguela entrou no quarto correndo.
— Hey, o que foi amigo? — perguntou Soluço.
O dragão negro rosnou e correu para o lado de fora do quarto, Soluço o seguiu, Banguela passou reto pelas escadas e foi direto para o quarto de Lynae.
— Lynae? — chamou o ruivo, gritando.
Ele tentou abrir a porta do quarto, emperrada.
— Lynae? — chamou ele, gritando mais alto dessa vez e batendo na porta com mais força. Nada.
Soluço ainda estava atordoado com o que aconteceu com Astrid no dia anterior, ele não podia deixar acontecer com a filha também.
— Banguela! — o ruivo se afastou da porta e o dragão entendeu o recado explodindo a mesma.
Soluço passou pela fumaça tossindo.
— Lynae! — gritou ele de novo, subindo na beliche da loira, ele puxou as cobertas e não encontrou nada.
Quando voltou a descer, Astrid estava na porta.
— o que foi? — perguntou a loira.
— Lynae sumiu! — ele montou em Banguela, encarando a esposa nos olhos.— está tudo bem! Vou acha-la.
Astrid não teve tempo de protestar, ele saiu voando com o dragão antes disso.
— mãe? — perguntou Kristen.— o que houve?
— sua irmã sumiu! — Astrid abraçou a filha.— mas vai ficar tudo bem!
Soluço bateu com força e irritação na porta da casa de Melequento.
— Soluço o que você... — Melequento foi cortado pelo ruivo, entrando em sua casa.
— cadê o Torresmo? — perguntou o ruivo.
— dormindo ainda... — respondeu Cabeça Quente.
Soluço subiu as escadas procurando o quarto do loiro, ele abriu a porta em um estrondo que ecoou pela casa inteira, Torresmo se levantou rapidamente.
— o que... — começou o garoto, confuso.
— cadê a Lynae? — perguntou Soluço.
— mas o que... — Torresmo se levantou. — do que você tá falando?
— a minha filha sumiu! Cadê ela? — perguntou Soluço fuzilando o loiro com o olhar.
— a Lynae sumiu? — perguntou Torresmo.
— que droga de namorado você é?! — murmurou o ruivo, voltando a descer as escadas.
— espera! O que aconteceu? — perguntou Torresmo, descendo atrás do "sogro".
— ela sumiu hoje de manhã! — Soluço subiu em Banguela.
— e o Flecha? — perguntou o loiro.
— também não está em lugar nenhum! — foi a última coisa que Soluço disse antes de decolar novamente.
— espera.. Eu... — Torresmo cerrou os punhos.— eu disse pra ela não ir! — murmurou ele.
— o que aconteceu? — perguntou Melequento se aproximando do filho.
— Bacon! Acorda! Vamos ter um longo dia! — gritou Torresmo subindo de novo pro quarto para vestiu sua armadura.
Soluço passou na casa de Alexandra e Erick, nada. Foi na ferraria, somente Eret e Cabeça Dura estavam lá. Floresta, deserta. Grande salão, nada. Academia, vazia.
Ele decidiu voltar para casa.
— ela voltou? — perguntou Soluço.
— não! Mas a armadura da Kristen sumiu e ela está piorando! — disse Astrid.
Torresmo pousou na porta da casa.
— a Alexandra está em casa? — perguntou o loiro.
— mas o que..? — começou Astrid levantando uma sobrancelha.
— Lynae e ela queriam ir atrás do Oculto, ma na verdade a Lynae quer mesmo é a Idum! Talvez convencer eles a mudar?! — explicou o loiro.
— aí não! — murmurou Astrid.
Soluço saiu correndo para o quarto dele e da esposa, ele se sentiu péssimo ao ver a filha trêmula e febril em cima da cama, ele se dirigiu ao guarda roupa, procurando a joia que controlava dragões. Ele suspirou, frustrado quando viu que a mesma não estava lá.
— pai? — chamou Kristen quase em um sussurro, da cama.— cadê a Lynae?
— shh tá tudo bem querida! Vamos acha-la.— ele passou a mão pelo cabelo da ruiva, ela fechou os olhos de novo, com uma pequena careta.
Soluço beijou a testa dela e se virou descendo as escadas.
Astrid estava conversando com Torresmo e Erick.
— a jo..— Soluço olhou para os dois garotos, na dúvida se falava da joia perto dele.—hãn.. A joia sumiu! — disse ele, olhando pra Astrid.
— tá procurando uma joia, agora? — perguntou Torresmo.
— cala a boca, garoto! — murmurou Astrid, o loiro colocou a mão na cabeça, em rendição.— vamos atrás dela! — decidiu Astrid assobiando para Tempestade.
— opa! Quem disse que você vai? — perguntou Soluço.
— eu disse! — respondeu a loira franzindo o cenho.
— escuta, você estava vomitando até uma hora atrás! — disse Soluço a encarando nos olhos.
— já estou me sentindo melhor! — mentiu.
— Astrid, você precisa ficar com a Kristen! Eu vou atrás dela! — disse o ruivo.
— podemos ajudar também! — ofereceu Torresmo, Erick concordou.
— ok! Vamos logo! — disse o ruivo, ele se virou mais uma vez pra esposa, raivosa.— você fica!
Ela cruzou os braços na frente do peito.
— não é justo, Soluço! — ela o fuzilou com o olhar.
— discutimos isso depois! — disse ele montando em Banguela.
*
Eles estavam indo o mais rápido que seus dragões conseguiam, mas Lynae deveria estar bem mais avançada.
— então, cadê sua irmã? — perguntou Torresmo ao lado de Erick.
— está cuidando da academia, está tentando estudar os dragões, pra armar estratégias contra os caçadores! — Erick suspirou.— ela só quer o Oculto de volta! Ela queria vir, mas alguém precisava ficar na academia.
— vamos recuperar o dragão dela, Erick! Só precisamos bolar algo bom! — disse Soluço um pouco à frente dos dois.
Os três voltaram a olhar pro horizonte, em busca de qualquer coisa que ajudasse a achar Lynae.
— o que ela vai aprontar dessa vez? — murmurou Torresmo apertando as rédeas.
— até parece que não conhece ela! — disse Erick, Torresmo olhou para o amigo assustado, jurava ter falado baixo.
— não essa Lynae! — murmurou o loiro.— tem algo de errado com ela! A minha Lynae é racional demais para querer ir lutar uma guerra sozinha!
— mas ela não quer só conversar com eles? — perguntou Erick, franzindo o cenho.
— ela nunca iria conversar com eles sozinha! Ela não é burra e escuta o pai dela! — o loiro bufou.— precisamos acha-la.
— até que você não é um namorado tão ruim quanto eu pensava, garoto! — disse Soluço, de costas para os dois.
Os olhos de Torresmo se arregalaram e ele ficou vermelho, Erick riu da cena.
— Erick, eu sei sobre você também! — disse Soluço, sorrindo quando o moreno parou de rir subitamente.
Torresmo se endireitou no dragão, olhando para a ilha à frente deles.
— chegamos! — murmurou o loiro.
Soluço olhou para frente, suspirando. Lynae estava lá em algum lugar, e eles iriam encontrá-la antes da mesma fazer alguma besteira.
*
*
***
— sinto muito por sua filha! — disse Idum, após Leila contar mais uma vez a trágica história da morte de Daniela.
As duas estavam sentadas em uma mesa tomando café.
— a culpa é da sua mãe! — disse Leila dando de ombros.
— minha mãe fez isso mesmo? Ela parecia.. Sei lá! Eles pareciam se amar... — murmurou a ruiva, desviando o olhar.
— não! Se odeiam! Certo Daniela? — perguntou Leila, para a garota negra acariciando seu cavalo no canto da sala.
— Biffy está ficando fraco.. — murmurou Daniela, franzindo o cenho.
O cavalo bufou, saindo fumaça pelas suas narinas, depois relinchou.
— ele está bem! — disse Leila sorrindo.— venha comer!
Biffy ficou mais agitado, relinchando, os olhos vermelhos brilhantes como se pegassem fogo e as veias de lava se tornando levemente mais cinzas.
— Leila? — Daniela examinou os olhos do amigo, enquanto segurava suas rédeas.— ela está vindo.
A mulher sorriu se levantando da mesa.
— quem está vindo? — perguntou Idum.
— ninguém! Agora, seja uma boa garota e fique aqui! — disse Leila saindo da sala, com Daniela atrás, ainda preocupada com o cavalo.
Idum franziu o cenho, e se levantou, ela nunca fora uma boa garota.
*
*
***
Lynae estava se sentindo tonta por toda viagem, fora o enjoo, Flecha olhava para ela com preocupação várias e várias vezes.
— estou bem! — disse a loira, tranquilizando-o.
Eles finalmente chegaram, a loira hesitou em pousar na ilha, mas acabaram descendo na floresta.
— tá legal amigão! — ela desceu do dragão e encarou seus olhos amarelos.— eu vou atrás de Idum e de Oculto e você fica aqui nos esperando!
Flecha a encarou surpreso e mordeu uma faixa solta da armadura para puxa-lá de volta.
— Hey! Eu sei o que estou fazendo! — murmurou a loira.
O Fúria da Noite rosnou.
— eu vou ficar..— eles ouviram uma barulho de galho quebrado como alguém se aproximando.—..bem..— sussurrou.
Um dragão surgiu da direção do som e Lynae pode respirar de novo, aliviada.
— oi! — disse ela para o dragão, o mesmo se sentou no chão, sorrindo para ela.
Ela prestou mais atenção nos detalhes do dragão, Nadder Mortal, vermelho e laranja, uma cor que lembrava fogo. Fogo Selvagem. Dragão em segredo da Idum.
— Fogo Selvagem! — Lynae sorriu se aproximando dele.— como vai?
O dragão ronronou quando ela começou a fazer carinho nele, Flecha se sentou revirando os olhos, com um pouco de ciúme. O fúria da noite ouviu mais um barulho, mas antes de reagir, Lynae foi atingida de raspão no braço por uma flecha, os dois dragões se colocaram em posição de ataque ao lado da garota, que sacou a espada.
— Lynae! Que surpresa agradável! — disse Viggo.— e trouxe dois amigos! — o sorriso dele ficou maior ao reparar em Flecha.
A loira girou a espada.
— preciso falar com a sua filha! — disse a loira.
— acha que vou deixar? — perguntou Viggo.
Lynae deu um passo para trás, foi uma péssima idéia.
Viggo assobiou algo começou a se formar atrás dele, um dragão, um Tranformasa. Oculto.
— Oculto? — perguntou Lynae.
— pegue a garota! — comandou Viggo.
As pupilas do dragão diminuíram e ele investiu contra Lynae, mas foi impedido de chegar a ela por Flecha, que o atacou, com ajuda de Fogo Selvegem.
— tragam a joia! Quero aquele Fúria da Noite! — gritou Viggo.
Lynae deu três passos para trás, sem saber o que fazer e tentando se proteger dos tiros de fogo e ácido.
— fúria da noite! — gritou Viggo, segurando uma pedra rosa.
— não! Flecha! Sai daqui! — gritou Lynae, para o dragão em batalha, que não a ouviu.
— Flecha!— Viggo sorriu perverso.— você é meu agora!.— sussurrou para pedra.
Os dois dragões pararam de brigar, Fogo Selvagem se afastou da briga e cercou Lynae com seu corpo.
— Flecha não! — sussurrou ela, apertando o cabo da espada.
O fúria da noite a encarou com as pupilas diminuindo e rosnou para ela, partindo para o ataque, junto com Oculto.
Fogo Selvagem tentou ajudar, mas só conseguia lutar contra Oculto, Lynae correu para dentro da floresta com Flecha atrás de si.
Ela se escondeu em uma árvore com a respiração pesada, ouvindo os passos lentos de seu fúria da noite. Lynae sacou a espada, respirando fundo.
Ela parou de ouvir os passos e quando olhou para onde ele deveria estar não viu nada, quando se virou de novo contra a árvore, seu dragão estava a poucos metros dela, com olhos amarelos raivosos e com sede de sangue, mostrando os dentes pra ela.
— Flecha, não! — mandou ela, quando ele começou a se aproximar lentamente.
A loira respirou fundo olhando para a bolsa no dragão, ela tinha que pegar sua joia lá.
Ela correu para o lado e o dragão investiu contra ela, a derrubando e prendendo no chão com suas garras, Flecha se preparou para atirar a olhando de cima, enquanto a loira tentava alcançar a bolsa debaixo dele.
— NÃO! — gritou ela, quando sentiu de rosto começar a esquentar, a loira fechou os olhos, mas o som do tiro cessou e a temperatura de sua face voltou ao normal.
Só aí ela percebeu que estava segurando a joia. A loira abriu os olhos e sorriu ao ver o amigo a olhando com as pupilas grandes e confusas.— oi amigo! — sussurrou ela, forçando um sorriso e voltando a respirar normalmente.
— peguem a joia dela! — gritou uma voz familiar, ao longe.
Flecha saiu de cima da amiga e ela encarou quem havia gritado aquilo. Leila.
Alguns homens apareceram atrás da senhora, correndo na direção da loira, ela guardou a joia no lugar de sua espada e manteve a mesma em punho, se preparando para atacar.
Fecha começou a lutar antes da amiga, nocauteando os três primeiros guerreiros. Um deles passou pelo dragão chegando a menina, ela se protegeu do ataque dele colocando a espada acima de sua cabeça, ele tentou investir mais duas vezes e falhou, Lynae o chutou e fez um corte em seu rosto, o derrubando.
— parem! — gritou Idum aparecendo atrás de Leila, os soldados obedeceram e Lynae encarou sua suposta irmã nos olhos, ofegante.
— não escutem ela! Ataquem! — gritou Leila mais uma vez.
Os homens ficaram confusos.
Lynae pegou a joia e colocou na bolsa de Flecha novamente, ele olhou pra ela confuso.
— vamos pegar o Oculto e ir embora! — disse a loira, ela olhou para um guerreiro que vinha até eles gritando, o dragão o acertou com um tiro.— precisamos chegar até ele, e pegar a joia do Viggo!.
— o que estão esperando?! — gritou Leila.
— a autorização da princesa! — disse um guerreiro.
Idum permanecia imóvel, olhando para Lynae.
— peguem aquela droga de joia! — girou Viggo.
Os homens voltaram a avançar com tudo, Lynae estava montando no fúria da noite mas foi impedida, por dois guerreiros que a agarraram e jogaram no chão, ela se levantou, porém mais três a atacaram, tentando levá-la longe do dragão enfurecido.
— Flecha! Se pegarem você tudo acaba! — gritou Lynae, sentindo as lágrimas vindo em seus olhos.
Ele tentou atirar mais uma vez nos soldados, mas seu fogo acabou.
— vai embora! — gritou ela, tentando lutar contra quatro homens ao mesmo tempo.
O dragão finalmente decolou, o mais rápido que pode, Viggo chegou com a outra joia, praguejando tudo que via pela frente.
— cadê o dragão? — gritou ele pra Leia.
— sua filha o deixou fugir! — gritou Leila de volta.
— desculpa! Tá legal?! — gritou Idum, ainda encarando Lynae, ser amarrada pelos guerreiros.
— droga! Tem noção do que fez?! Quantas chances acha que vamos ter de pegar aquela joia?! — gritou Viggo.
Idum simplesmente não ouviu tudo o que ele gritava.
Eles passaram cordas pela boca de Lynae, mãos e pescoço, além de desarma-la totalmente. Eles empurraram Lynae, passando por Idum com a garota, as duas trocaram um olhar rápido antes de Viggo levar a loira consigo.
Leila o seguiu.
— o que foi isso? — perguntou Daniela, cruzando os braços na frente do peito, ao lado de Idum.
— não sei! — murmurou a ruiva, se virando na direção da floresta.
— onde você vai? — perguntou a morena.
— dar uma volta! — Idum parou e se virou novamente pra Daniela.— tome cuidado com seu cavalo!
— o que?
Idum só continuou andando.
Byff soltou fumaça e relinchou para a amiga suas veias se tornando cinzas novamente.
— eu sei! A mente delas é forte..— ela acariciou o foucinho dele.— logo partiremos para a parte dois! E você vai parar de se sentir mal! Eu prometo!
*
*
***
Astrid se agarrou no corrimão da escada, Tempestade a encarou com preocupação.
— está tudo bem, garota! Foi só aquela maldita tontura! — ela apertou o corrimão.— estou bem!
Um grito agudo veio do quarto, a loira subiu o mais rápido que pôde.
— Kristen! — disse Astrid entrando no quarto.
— meu peito! — a ruiva colocou a mão um pouco acima do peito, ela estava respirando com dificuldade.— tá doendo!— gritou ela, se contorcendo.
Astrid segurou os braços dela, na tentativa de tentar fazê-la parar de se debater.
— filha, não tem nada! — disse a loira.
— tem uma flecha aqui! — gritou a ruiva, chorando.
Kristen sentou chutar Astrid e não conseguiu, tentou soca-la, ou socar a si mesma, Astrid teve que subir em cima da filha na cama.
Depois de alguns minutos, Kristen se acalmou.
— não tem nada! — sussurrou Astrid antes de soltar os pulsos da ruiva.
Kristen ficou com os olhos azuis parados no teto, respirando com dificuldade.
— desculpa! — sussurrou a ruiva.
— o que houve? — perguntou Astrid.
— tinha uma flecha, no meu peito..— sussurrou Kristen.
— tá tudo bem amor..— Astrid saiu de cima da ruiva.— você está com muita febre... Descansa!
Kristen relaxou o corpo, com a testa franzida, ela parecia ter desmaiado, mas estava dormido.
Astrid suspirou, colocando a mão na testa da ruiva, ela estava queimando.
A loira se levantou para pegar água e um pano, mas quando chegou na escada aquela maldita tontura e sussurros em sua cabeça voltaram, ela caiu de joelhos com as mãos na cabeça.
— Tempestade! — gritou Astrid.
A dragão subiu correndo e a empurrou com o focinho.
As vozes começaram a parar.
Tempestade grunhiu, preocupada.
— estou bem..— sussurrou Astrid, o peito subindo e descendo.— vai logo Soluço... — sussurrou mais baixo ainda, se apoiando em Tempestade para tentar se equilibrar de pé novamente.
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