História As If By Magic - Vamos pegar o Fernandes

   P.o.v. Natsu. 

 

 

Quando a beijei era como se tudo tivesse sumido e só houvesse nós dois naquele grande salão. Me lembrei da primeira vez que nos beijamos no festival em Vegas, eu já estava com a máquina de choque na mão mas beija-lá era como estar estar nas nuvens, e eu queria estar lá por mais alguns segundos

 

Nos separamos e aquele loiro de merda se deu por vencido e saiu de perto. Eu olhei para Lucy e ela estava ofegante, corada e com as pupilas incrivelmente dilatadas, eu estava prestes á explicar aquele beijo repentino mas um garçom que servia uma mesa do outro lado do salão me chamou a atenção... cabelo azul e uma tatuagem no rosto, Jellal!

 

- Achei o Fernandes!

 

Corri em direção ao azulado mas ele provavelmente já sabia que eu era da polícia e saiu correndo no meio do pessoal que dançava no salão, foi para os fundos e entrou numa porta de metal, assim que empurrei a porta e entrei, perdi ele de vista, era a cozinha e haviam muitas pessoas com o mesmo uniforme andando pra lá e pra cá. Analisei o ambiente tentando achar o azulado mas nada dele, então comecei a andar no meio do pessoal procurando

 

- Ei! Não pode entrar aqui! – gritou um cara enorme

- Vai se foder – falei dando um soco em seu rosto, o fazendo cambalear pra trás

 

Todos pararam oque estavam fazendo e 4 caras me cercaram

 

Peguei meu distintivo no bolso e gritei:

 

- Polícia! Ninguém se mexe!

 

Todos ficaram estáticos, menos alguém que correu para a janela do fundo e pulou, corri e pulei atrás mas alguém entrou na minha frente

 

- Vamos resolver aquela discussão agora, como homens – falou o loiro que queria dançar com a Lucy

 

Olhei por cima de seu ombro e Jellal corria para o estábulo atrás da mansão

 

- Eu to meio ocupado agora, cara – respondi desviando dele e indo na direção do Fernandes, mas ele me segurou

 

Quando virei senti o soco acertando meu nariz, e algo quente começou a escorrer

 

- Filho da puta – falei e peguei o braço dele virando e encostando na suas costas

 

Ele começou a choramingar por causa da dor

 

- Você quebrou a porra do meu nariz, seu desgraçado

 

Peguei o braço dele e virei mais ainda, o fazendo urrar de dor, senti alguém vindo em minha direção mas quando olhei pra trás havia um cara com uma pedra nas mãos pronto para bater na minha cabeça com ela, provavelmente parceiro do loiro. Apenas esperei o impacto mas alguém subiu nas costas dele e enfiou os dedos em seus olhos, não pra cegar mas o suficiente para machucar

 

Eu conhecia bem aquela cabeleira loira, era Lucy. Dei quatro socos no rosto do loiro e ele caiu desmaiado, Lucy derrubou o outro cara e deu um soco no rosto dele mas fez cara de dor em seguida

 

- Droga! Acho que quebrei minha mão! – resmungou

 

Eu ia dizer que é porque foi seu primeiro soco mas ela tirou o salto do pé e começou a bater no cara com ele. Ela realmente sabia se virar

 

Ela levantou depois dele ficar desacordado e colocou o salto no pé novamente

 

- O Jellal deve estar escondido no estábulo

- Vamos pega-lo, você está bem? – perguntei

 

Ela me olhou com a sobrancelha arqueada e deu uma risadinha

 

- Está preocupado comigo, detetive?

- Está ótima. Vamos – respondi ignorando a provocação

 

Entramos no estábulo, era um lugar enorme. Os cavalos dormiam, a única coisa que quebrava o silêncio era o barulho do leilão vindo da mansão

 

Andávamos em silêncio procurando o Jellal, passamos por um cavalo loiro e eu não resisti

 

- Olha Lucy, parece com você

- Cala a boca, Natsu! – respondeu rindo

- Não – respondi em tom de desafio

- Sim – falou e cruzou os braços

- Me obrigue retruquei

 

Era como se não estivéssemos mais procurando um criminoso e sim discutindo como crianças

 

Ela se aproximou e segurou meu rosto

 

- Cala a boca – repetiu e me beijou com vontade

 

Juro que por um momento pensei em parar, pois estávamos fazendo algo sério... mas Lucy tirava minha sanidade

 

Passei a mão por suas costas, desci e apertei sua bunda fazendo ela soltar um gemido abafado pelo beijo, peguei em suas coxas e a peguei no colo

 

Encostei ela em uma pilastra, ainda em meu colo e a beijei. Senti como se precisasse daquilo urgentemente

 

Finalmente nos separamos mas nossas testas continuavam juntas, estávamos ofegantes

 

- Temos que achar o Fernandes – falou recuperando o fôlego

 

Soltei ela e continuamos andando, até que um barulho chamou a atenção

 

Do nada os cavalos acordaram e começaram a relinchar, por causa dos relinchos não conseguia saber de onde veio o barulho. Até que Lucy gritou

 

Alguém colocou alguma coisa num pano e segurou no nariz dela fazendo a mesma desmaiar segundos depois, corri pra cima do cara

 

- Lucy?!! – mas alguém bateu alguma coisa na minha cabeça me fazendo desmaiar também

 

 

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P.o.v. Lucy.

 

Acordei e abri os olhos com dificuldade, meu corpo estava todo dolorido, quando minha visão voltou ao foco percebi que estava num galpão vazio, suspensa por correntes amarradas nos meus pulsos e no teto, meus pés não encostavam no chão. Natsu estava amarrado do mesmo jeito na minha frente, ainda desacordado

 

- Ei! Psiu! Natsu acorda! – chamei cutucando com meu pé livre

 

Ele abriu os olhos devagar

 

- Hm... Lucy... onde estamos? – perguntou ainda sonolento

- Não sei, eu só lembro de alguém colocando um pano no meu rosto e eu perdendo a consciência...

- Jellal não estava sozinho, alguém que estava junto com ele nos apagou. Precisamos sair daqui antes de qualquer coisa – falou tentando se soltar a força

- Hm... eu tenho um grampo no meu cabelo, mas não tem como pegar...

 

Ele pareceu pensar por alguns segundos

 

- Lucy, se balança na corrente até pegar impulso e conseguir enlaçar as pernas no meu corpo – falou sério

- Não sei se consigo... meus pulsos doem – respondi fazendo careta

- É o único jeito de sair daqui. Você consegue – falou olhando nos meus olhos

 

Assenti e comecei a balançar para frente e para trás até pegar impulso, então enlacei minhas pernas em seu tronco

 

Ele chegou bem perto então puxou o grampo do meu cabelo com a boca

 

- Pronto, peguei – falou com o grampo em sua boca

 

Soltei dele fazendo minhas correntes me puxarem de volta

 

- Vou me soltar primeiro depois solto você, nós vamos sair daqui – falou cuspindo o grampo pro alto e pegando com sua mão imobilizada pela corrente

 

Quando ele começou mexer no cadeado alguém entrou no salão, ouvimos vozes e a porta batendo. Ele segurou o grampo e parou de mexer

 

A porta abriu atrás dele, como estava de frente só eu podia ver. Por causa da luz só conseguia ver as silhuetas

 

- Você cresceu, Lucy

 

Não conseguia ver mas conhecia aquela voz... só podia estar enganada... não pode ser

 

- Quem é você? – perguntei apertando os olhos para tentar enxergar

 

Ele deu risada, uma gargalhada que eu lembrava bem

 

- Já esqueceu de mim, meu amor?

 

 

P.o.v. Natsu. 

 

Eu estava de costas e não conseguia ver quem era mas pude ver Lucy ficar pálida e arregalar os olhos

 

- V-você... não... você morreu! – gritou Lucy com lágrimas nos olhos

- Você é tão boba, Lucy – falou o loiro que eu nunca vi

 

Ela chorava como uma criança, mas continuava pálida com o olhar espantado

 

 

 

 

 - S-Sting... não... n-não pode ser...- falava entre soluços