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História As letras do Destino - O que aconteceu no passado, viga no passado. Ou talvez não..


Escrita por: Gio_Gio_Fics

Notas do Autor


Oie! voltei hj mesmo pq meu pai emprestou o computador dele e n tem capa pq n to no meu computador, então se qualquer coisa acontecer c a fic n tenho garantia deste cap :) sorry, está curtinho, eu sei, mas é só porque o enredo ainda nao se desenvolveu ainda.

Capítulo 2 - O que aconteceu no passado, viga no passado. Ou talvez não..


Depois de finalmente aceitar minha verdadeira natureza percebi que ter aceitado significava me conectar a uma passado não tão agradável, um passado que eu lutei ara esquecer e que agora estava voltando embaraçando minha mente com memórias confusas e bonitas de tempos antigos, mas uma memória se ressaltou, a memória que tornava aqueles sorrisos tão tristes e desesperadores para mim.

 

Flashback 500 anos atrás:

 

— Não sabia que passeios pela floresta conseguiam ser tão divertidos — disse rindo enquanto andava pelos jardins calmamente.

 

— Não é sempre que se tem a chance, devemos aproveitá-las. Levar-te-ei comigo mais vezes — o menino me respondeu.

 

— Senhor Charlie e Senhorita Cristal, me sinto aliviada com sua presença, sua mãe, Madame Emerald, está procurando-os já faz algum tempo.

 

­— Obrigada por avisar, Madelaine. Pode ir agora — respondi à empregada que se retirava com um aceno de cabeça. — Devemos ir vê-la, Charlie?

 

— Com toda certeza, Cristal. Emerald nos aguarda na companhia de Amethyst e sua filha.

 

— Coralie está no castelo? Estou surpresa, isto não ocorre com frequência — afirmei. A presença de Coralie no castelo era no mínimo inesperada. Coralie era minha melhor amiga, vinha da França e assim como eu era uma feiticeira. — Então devemos nos apressar, pois deixar Emerald esperando nunca é uma ideia boa.

 

Charlie e eu nos apressamos para adentrar as grandes portas do luxuoso castelo de Emerald, nossa mãe. Apesar dos laços de sangue, não tratávamos Emerald como nossa mãe. Eu, Charlie, Angelina, Gemma e Jade éramos filhos de Emerald e Henry, mas para nós, Emerald era meramente uma amiga, já Henry estava sempre viajando a negócios, por isso não tínhamos muita intimidade.

 

Eme e Ame nos esperavam juntamente de Angie, Gemma, Jade e Coralie.

 

— Charlie! Fico feliz em te ver. Está ainda mais bonito do que a última vez em que te vi — Amethyst disse realmente feliz em ver meu irmão mais velho. — Olá Cristal! Tu também estás muito bonita. Posso ver que não eres mais uma criança. Bom, agora que chegaram posso dizer o que vim fazer aqui. — Amethyst disse de forma pausada, não me parecia muito feliz em me ver, mas também soou desanimada ao falar de seus negócios. — O que tenho aqui é muito importante, e também muito perigoso. Algo grande está para acontecer, tentei adiar o evento, mas os guardas estão decididos de que julgaram certo, mesmo sem prova alguma.

 

Ame tirou de sua mala um pequeno baú, lentamente, a mulher o abriu revelando cinco colares e um relógio de bolso.

 

— Essas são as joias que os representam, para as meninas colares e para Charlie o relógio. Para Angie uma pedra dos anjos, Gemma, uma gema, Jade, uma pedra do flanco, Cristal, um cristal e Coralie uma conchinha com um coral. Enquanto usarem, estarão unidos através da magia do Eclipse, não percam ou — ela não pode terminar, a porta do castelo foi aberta de maneira brusca e passos se aproximavam do quarto em que nos encontrávamos. — Rápido, eles estão vindo. Coloquem!

 

—  Viemos buscar Emerald Bourbon. A jovem será presa por cometer atos ilícitos de bruxaria contra o senhor Beits — um dos guardas entrou pela porta procurando por Eme.

 

—Não! Não podem leva-la! Não podem! Não vou permitir tal ato! Eme é inocente, pergunte a ela, acredite em mim. — eu entrei em desespero quando cogitaram a possibilidade de levarem minha mãe, podia não considera-la minha mãe, mas eu a amava como uma irmã, não poderia deixa-los encostar um dedo em Emerald.

 

— Não, Cristal. Será melhor assim! Deixe-me ir, eu voltarei. É uma promessa, Cristal. É uma promessa — Eme tentava me acalmar, seu rosto jovem permanecia calmo enquanto caminhava com postura em direção ao guarda. Embora sua expressão mostrasse calma, sabia que ela segurava as lágrimas que queriam cair.

 

— Não! Deixem-na ir. Por favor. Eu imploro... — me desfazia em lágrimas, não conseguia lidar com a ideia de que estavam levando Eme.

 

— O que fazem com minha esposa, cavaleiros? — Henry Lendoir adentrou o quarto visivelmente com raiva.

 

— Pai! — Eu, Angie, Jade e Gemma exclamamos ao mesmo tempo e corremos para abraça-lo.

 

— Eles querem leva-la! — Angie disse assustada.

 

— Estão acusando-a injustamente — Jade finalmente se pronunciou visivelmente triste.

 

— Por favor, não deixe, por favor! — completei, já quase chorando.

 

— Se levarem-na será o fim, todos saberão a verdade, por favor — Gemma, que até então se manteve calma, sussurrou a Henry.

 

— Gemma está certa, mas o melhor a fazer agora é manter a calma, não há nada que possamos fazer para impedir a prisão de Emerald. Se ela está sendo presa, tenho certeza de que existe um motivo que eles acreditam estar correto. Deixem-na ir. — Charlie tomou a palavra confiante, mas ele claramente não sabia o peso que aquelas palavras possuiriam no futuro.

 

— Não, Charlie. Não está correto isso. Devem-nos explicações por levar nossa mãe a algum lugar desconhecido a nós. — Eu estava decidida de que ela não iria. — Vocês não po...

 

Não fui capaz de terminar a frase ao virar para trás e ver que já não estavam mais lá.

 

Tentava conter lágrimas que teimavam em sair, eles levaram minha mãe simplesmente por ser o que eles chamam de bruxa. Desabei em soluços, sem saber o que fazer. Minha mente estava embaçada e não via uma saída, então lembrei que Amethyst nos deu aquele colar para nos manter seguros e que poderíamos sentir uns aos outros. Eme usava um colar como os nossos!

 

Juntei todas as forças que me restaram e corri para meu quarto, recolhendo todas as velas que via no meu caminho. Arrumei as velas em cima de um baú ao pé da cama de casal no meio do quarto, segurei meu colar e concentrei minhas forças em Emerald Bourbon, mas não havia nenhum sinal. Tentei me concentrar em Gemma e senti uma forte vibração, um sinal.

 

— Não... Gemma está muito perto, Emerald está viva, eu sei. Ela não morreu. — tentei me confortar em meio a soluços.

 

— Não, Emerald está viva, e vamos achá-la, pode ter certeza.

 

— Como sabe? Como pode ter certeza? Por que não consigo senti-la? Ame, por favor, me ajude.

 

— Apenas sei, vai ficar tudo bem... — Amethyst não acreditava em suas próprias palavras, eu também não.

 

Corri em direção a ela e abracei a mulher que estava de pé em minha frente, parecia tão pouco. Mas significou o mundo inteiro aquela pontada de esperança que senti.

 

Cada dia que se passava era um dia lutando para recuperar o que haviam levado para longe. Tentamos de tudo, mas nada funcionava, a única certeza que ainda possuíamos era que Eme estava viva, Ame podia senti-la.

 

Uma última tentativa e desistiríamos, foi o combinado. Posicionávamos as velas ao redor da grande mesa redonda que usávamos para realizar os encantamentos, eram trinta velas organizadas ao redor em forma de espiral e mais trinta no chão. Antes que pudéssemos começar, Madelaine bateu na porta, ela trazia notícias urgentes.

— Os guardas exigem que todos da cidade estejam presentes na praça hoje as 17:00, desculpe interromper.

 

Saímos apressadas para a praça, se todos deveriam estar presentes era porque não seria boa coisa.

 

— Vista seu melhor vestido, não podem desconfiar de nós. Hoje seremos só a família real de Londres, entendido? Vamos — Gemma era a irmã mais velha, então costumava tomar as decisões de forma decidida, mas até ela estava com medo.

 

Optei por um vestido rodado rosa claro com detalhes em preto na cintura e no decote com mangas curtas e abertas. Nos pés calcei sapatilhas rosa sem saltos, e nas mãos, luvas brancas sem dedos.

 

Na praça, uma multidão se encontrava reunida em volta de uma fila de forcas. Morte pública era bem comum, mas para todas aquelas forcas, teria que ser uma reunião de pelo menos doze pessoas.

 

— Senhoras e senhores de Londres, ao longo desta semana que se passou, capturamos as verdadeiras ameaças, as verdadeiras bruxas. E é com orgulho que digo hoje: elas não serão mais uma ameaça. Sim, vocês ouviram corretamente, hoje, com ajuda destas forcas — disse apontando as forcas enfileiradas — Iremos exterminar esses monstros que se escondem atrás de vestidos luxuosos. Recebam as bruxas.

 

Todos aplaudiram em êxtase enquanto as bruxas, usando trapos que um dia foram roupas, se posicionavam em frente às forcas. Talvez para todos aquilo fosse emocionante, mas para mim era desesperador, minha mãe estava em frente a uma forca pronta para ser enforcada na frente de todas as pessoas de Londres.

 

“eu confiei em você, você me decepcionou. Eu te odeio Cristal.”

 

Meus olhos se encheram de lágrimas quando vi os lábios de minha mãe se moverem formando tais palavras. Se ainda restava alguma parte de mim que não odiava aquelas pessoas, passou a odiar. Emerald foi empurrada em direção a forca, no momento em que a corda se enganchou em seu pescoço, vi a vida se esvair de seus olhos e a alegria abandonar meu coração. Não muito discretamente fui forçada por meus pés a correr em direção ao castelo. Minha mente estava ainda mais nebulosa do que estava quando ela foi levada, agora eu tinha certeza, minha mãe estava morta. Ela foi morta e eu a vi morrer.

 

Todas as bruxas que foram mortas foram entregues as suas famílias para que pudessem ser devidamente veladas e enterradas para que suas almas descansassem em paz e não se tornassem vingativas.

 

Emerald seria enterrada em dois dias, tempo suficiente para que tudo fosse organizado.

 

O primeiro dia sem aquela alegria contagiante fora agoniante, ninguém para me falar que meu vestido estava amassado ou quando tomar chá. Ninguém para me dizer que eu me tornaria uma bruxa extraordinária se eu quisesse. Eu queria, mas deixei de querer quando minha única razão de viver foi despedaçada: minha família foi despedaçada.

 

Brigas internas na família eram comuns nas horas que se seguiram do dia anterior ao velório. Uma parte apoiava a decisão de Charlie, outra dizia que devíamos tê-la defendido e o resto dizia que o que poderia ser feito não foi, e que deveríamos simplesmente lembrar-se dos momentos bons que passamos ao lado dela. Naquele momento, eu odiava todos eles, mas sabia que sentiria falta deles quando fizesse o que planejava depois do funeral.

 

Vestia um longo vestido preto, com mangas coladas até o cotovelo, que abriam deixando-se cair de forma graciosa, mas pesada, perfeito para representar toda a tristeza que sentia. O vestido possuía detalhes de renda preta e uma faixa cinza na cintura, que o fazia ficar com um ar chique.

 

Na hora do funeral não sabia se chorava, gritava, brigava ou rezava por ela, me sentia horrível por saber que não fui capaz de ajuda-la, ela me odiava, eu me odiava, o mundo deveria me odiar. Sabia o que tinha que fazer, era simples, só precisava ir embora, precisava viver longe de todas aquelas pessoas que me fizeram sofrer.

 

Flashback OFF:

 

Lembrar-me daquele tempo me fez sentir saudades de minha família, olhar para o colar jogado ao meu lado me fez ter certeza que o rancor passara depois de 500 anos longe de todos, mas minha mãe continuava morta, nada poderia mudar isso.

 

Talvez nem fosse uma ideia tão ruim assim.

 

Me peguei olhando para o teto pensativa, bruxas (foi como a sociedade nos intitulou, e mesmo que explicássemos  que preferimos feiticeiras não voltam atrás) vivem muitos anos, mas param de envelhecer quando completam 18 anos, chamamos de idade do ápice do crescimento.

 

Fui bruscamente interrompida por batidas na porta. Me levantei pegando o colar que ainda se encontrava jogado ao meu lado, senti uma coisa estranha, como um arrepio, um tremor de aviso, só que bom.

 

Abri a porta ainda receosa com o que poderia encontrar do outro lado da parede.

 

— Quem é? — perguntei.

 

— Sentiu nossa falta? Porque nós sentimos — gelei ao reconhecer as vozes.

 

Abri a porta tremendo não só de ansiedade, mas também de medo do que falariam.

 

— Olha só quem resolveu dar as caras depois de tanto tempo... Senti tanto sua falta! Que ideia foi aquela, hein? — disse uma das pessoas que se encontravam do lado de fora.

 

— Eu não acredito... Vem, entrem, está muito frio ai fora.

 

Parados ali na minha frente estavam...


Notas Finais


Foi isso! não esqueça de comentar que me anima muitissimo mesmo e gostaria de agradecer uma grande amiga minha por ser tão incrivel e ler e divulgar para quem ela conhece, bjs.


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