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História As Novas Vidas Secretas de Sweet Amoris - Strippers Mortas


Escrita por: CandyBabe

Capítulo 16 - Strippers Mortas


Como a estratégia de arrumar alguém para fingir ser um produtor não adiantaria, então o Viktor e a Rosalya resolveram adotar outra estratégia. Não adiantaria de nada ferrar a Debrah dessa vez, não agora que ela arruinou a reputação do Castiel, então, além de colocar aquela bendita no lugar dela, era preciso provar pra todo mundo que o trouxa era um músico sério que apenas estava numa fase ruim. Não sei como as pessoas normais fariam isso, mas o maníaco do Viktor construiu todo um cenário para que aquilo se aplicasse.

Em outras palavras, ele só criou aquele festival de música em Sweet Amoris para mostrar pra todo mundo que o Castiel era um guitarrista sério e um ex-aluno ativo nas atividades culturais de sua antiga escola sua cidade natal. Isso era um jeito bonitinho de um artista mostrar engajamento social. Além do mais, o fato do projeto ser financiado pelo grupo Chevalier aquilo atrairia muita mídia positiva para o idiota do Castiel, e seria visto como mais do que uma simples atividade extracurricular, muito além disso, a intenção do Viktor era que fosse um evento cultural de fato, como se fosse um tipo de Copa do Mundo da música ou coisa parecida, tudo isso em Sweet Amoris.

Problema resolvido?

Não.

De uma forma ou de outra, não importasse o tanto que o Castiel fosse proativo naquele festival idiota, o quanto ele desse autógrafos ou tirasse foto ensinando aquelas criaturinhas malditas a tocarem violão ou guitarra, aquilo ainda não impediria que a Debrah acabasse com a carreira dele espalhando fofocas por aí e convencendo gente com poder na indústria a não levá-lo a sério. O que levantava outro problema, como acertar aquela vagabun... jovem garota?

Era esse o problema que o maníaco sequestrador e a ditadora da moda estavam passando, a não ser que o Viktor colocasse um espião vigiando aquela desgraçada vinte quatro horas por dia, coisa que ele não fez só porque a Rosalya não deixou, eles não tinham como provar que tudo o que ela falava do Castiel era balela e difamação. Até mesmo por que o Castiel andava ajudando bastante a arruinar a própria imagem sendo um idiota. Eles não podiam se aproximar da Debrah, não adiantaria de nada, a desgraçada saberia que tinha alguém tentando ferrar ela e aí entraria em modo de defesa.

Resumo da ópera: o plano até então era mais uma medida de emergência do que uma estratégia ofensiva. Uma droga de uma medida de emergência que me fazia ficar na escola até quase oito horas da noite por causa da organização do festival. “Alguém” que estava representando o grupo Chevalier naquele projeto sugeriu que a professora Lynn cuidasse dos detalhes daquele projeto, ou seja, eu tinha que vistoriar carregamentos de equipamento, decoração, estrutura, além de lidar com os alunos, inscrições, pais e etc. Eu não era a única que estava trabalhando em triplo, a Melody, por exemplo, ficou encarregada da logística e ela estava quase enlouquecendo por ter que cuidar das contas a serem repassadas para a diretoria, o professor Boris ficou ocupado com a divulgação e por aí vai.

Claro que o Viktor, e o bendito grupo Chevalier, poderiam pagar por toda a equipe estrutural daquele evento e nos poupar do trabalho pesado da organização, mas imagina, a intenção era que eles só pagassem as contas, o evento era, em primeiro lugar, por Sweet Amoris e para Sweet Amoris, claro que nos dias de Festival haveria uma equipe para ajudar na realização, mas a idiota aqui, e o resto dos professores, tinham que cuidar de tudo até lá.

Nem preciso dizer que eu estava enlouquecendo. Quando eu não estava cuidando de armazenamento, direcionando para onde os equipamentos de palco iam, de como montaríamos o espaço, como seria a coleta de inscrições e falando com os pais, eu estava em sala de aula e era interrompida a cada quinze minutos por que algum idiota levou uma caixa para o lugar errado, ou, pior ainda, algum idiota sumiu tudo. A escola estava uma mistura de caos e operação militar, as salas vazias estavam cheias de caixas, o ginásio estava tão atolado de equipamentos que as aulas de educação física foram para o pátio e toda hora eu tinha de passar de sala em sala verificando se nada tinha sumido por causa de algum aluno imbecil.

O que mais me estressava era a sala de música. Como aquele era um festival de música, então todo o equipamento de som da escola foi renovado com aparelhos de marca profissional e cara: mesas de som, microfone, caixas de som, amplificadores, tudo era novo e caro, se alguma daquelas coisas sumisse, a Melody me mataria por termos de comprar outro, e eu caçaria o culpado até o inferno e mataria ele, ou ela.

Enfim, como era intervalo e eu tinha sido tirada de sala de aula vinte minutos antes para receber uma nova caixa de som, aproveitei para ir até a sala de música dar uma checada se estava tudo lá. Era deprimente ver que aquele piano maravilhoso, e belamente conservado, estava lá a minha disposição sem que eu pudesse tocá-lo, ainda mais agora que eu finalmente tinha aprendido, depois de quatro anos de estudo, a tocar a Rapsódia Húngara número dois de Liszt.

AH, vida cruel.

Vou avisar que uma coisa idiota está prestes a acontecer.

Lá estava eu, marcando os equipamentos que estavam lá na lista, cuidando da minha vida e rezando para todos os deuses que eu conseguia contar para que aquele pesadelo acabasse logo. Mal sabia Lynn palhaça que estava só começando, tendo em vista que escutei alguém entrando na sala.

- Olha só, professora Lynn, como a vida anda te tratando? - eu ouvi a voz e quebrei a caneta na minha mão.

Isso era a desgraçada da Debrah. Linda e maravilhosa, com as mãos na cintura e me encarando do batente da porta da sala. Ela não tinha mudado o estilo, só as roupas, continuava usando muita maquiagem, jeans rasgado, decote exagerado e blusas brilhantes para chamar a atenção, não parecia mais uma adolescente que caiu num armário dos anos oitenta, agora ela dava a impressão de ser uma adulta que pagava caro para fazer parecer que gastava pouco com roupas.

O-HO, segurem os cintos que a putaria já vai começar com força total.

- Vaza da minha frente. - eu disse com um sorriso homicida de orelha a orelha.

- Por que isso, Lynnette? - vou matar quem contou esse nome para ela. - Já faz tanto tempo, nem parece que eu saí dessa escola chorando por que você arruinou minha vida... - vou arruinar sua cara se você não sumir da minha frente.

- Ah que inferno. - eu terminei de ler a folha e checar o equipamento. - Eu devo ter salgado a Santa Ceia pra merecer olhar na sua cara duas vezes na mesma vida.

- Quanta agressividade, Lynn querida, é por isso que você está sozinha. - ela chegou as próprias unhas.

- Você já terminou com a sua paupérrima tentativa de intimidação? - eu joguei a prancheta na cauda do piano e a encarei. - Por que ao contrário de você, eu tenho o que fazer além de bancar a rameira de produtores musicais.

- Aposto que você não é a rameira de ninguém há muito tempo, Lynn. - se isso foi uma referência a falta de sexo na minha vida foi corretíssima, se me insultou? Nem um pouco.

- É melhor não ser a rameira de ninguém do que falsificar prontuários ginecológicos... - eu cantarolei.

- Não sei do que você está falando. - ela disse sorrindo.

- Aposto que você não sabe muita coisa. - eu respondi. - Como se vestir sem que fique parecendo que uma você achou suas roupas no corpo de uma stripper morta.

- Eu conheço alguém que gosta das minhas roupas. - sorriso vitorioso.

- E provavelmente também gosta de strippers mortas.

- Eu estou falando do Castiel sua idiota.

- E eu estou fingindo que não entendi.

- Ah, que seja. - ela passou a mão nos cabelos e se desencostou do batente da porta. - Eu já acabei com você, não tenho tempo para perder aqui.

- Ótimo, então vaza da minha frente.

- Gostaria que fosse simples assim, mas me disseram que é você quem está organizando os materiais do festival. - ela disse. - Preciso que você me fale onde guardar os instrumentos do meu baterista.

Acho que senti uma vaso sanguíneo rompendo no meu cérebro.

- Como é que é?

- Você me ouviu, não seja idiota. - ela soprou o ar como se estivesse entediada. - Minha banda precisa de um lugar para guardar os instrumentos já que não estamos em tour e...

Tive de morder meu punho para não pular no pescoço dela e esfregar a cara dela no chão.

- Porque você e sua banda de merda vão guardar os instrumentos aqui?! - minha voz já estava um tom mais aguda.

- Nossa, pensei que para ter mestrado a pessoa precisava ser inteligente. - ela colocou a mão na cintura e se inclinou pra mim. - Porque nós vamos tocar no festival, sua bobinha, minha gravadora afirmou um contrato com o grupo Chevalier, vai ser entretenimento e...

Eu não escutei o resto, depois do “vamos tocar no festival...” minha mente começou a dar mensagem de erro do Windows e tudo o que eu ouvi foi um som agudo de uma máquina de ruído branco que simulava o canto das baleias jubartes.

X

- Lynn o seu nariz está sangrando. - isso foi o Nathaniel, hoje era quarta-feira.

- Eu acho que estou tendo um aneurisma por causa da quantidade de ódio que eu estou sentindo. - minha voz estava até saindo trêmula e minhas mãos apertavam o isqueiro que eu estava usando no cigarro com tanta força que era como se meus dedos estivessem imaginando que o isqueiro era o pescoço da Debrah.

- Você não deveria fumar aqui. - ele disse no tom de representante. Acendi o cigarro e traguei mesmo assim.

- Nós estamos no jardim, representante, tem bastante planta aqui para filtrar a fumaça do cigarro.

Eu encontrei com o Nathaniel sem querer, ele estava organizando algumas pastas que a Melody tinha pedido e aproveitando o sol amigável do dia. Não lembro se eu simplesmente saí da sala de música ou se eu matei a Debrah, larguei o corpo lá e então vim para o jardim. Nath, obviamente, não aprovava o meu hábito tabagista, mas não importava, se eu não terminasse aquele cigarro eu provavelmente ia arrumar um machado e ir sair matando todo mundo.

Ah, o ódio invadindo meu coração, envenenando minha corrente sanguínea, irrigando meu corpo com o sentimento mais puro de rancor e maldade...

- O que aconteceu para você ficar assim? - eu estava andando de um lado para outra como uma maluca usuária de drogas. - Lynn, o seu nariz...

- Ela vai tocar aqui, Nathaniel... - eu disse como se estivesse delirando. - Ela e aquela banda de merda vão ter permissão para entrar na aula e ensaiar, eu vou ter que olhar pra cara dessa desgraçada todas as semanas até a merda do festival.

- De quem você está falando?

- Da Debrah, representante. - de novo o tom agudo, eu parecia um menino passando pela fase Tanner 3 da puberdade... É quando a voz deles começa a mudar. - Ela vai tocar na merda do festival.

Ao contrário do que eu esperava, o Nathaniel não arregalou os olhos e ficou boquiaberto e surpreso, muito pelo contrário, uma nuvem negra e maligna tomou conta do rosto dele e seus olhos perderam aquele brilho dourado de bondade e pureza para dar lugar a uma sombra perigosa e nada amigável.

- Isso é verdade?

- Ela acabou de me encontrar para perguntar onde enfiava a bateria da banda dela. - vou jogar toda aquela merda pela janela e colocar a culpa em algum aluno.

- Ela tem muita coragem para voltar aqui depois de tudo o que ela fez. - ou muita vontade de levar um tiro. - E agora?

Eu estava tão concentrada em queimar todo o tabaco dentro do cigarro que nem escutei direito o que ele falou.

- O que?

- O que você vai fazer agora? - ele colocou a pasta que tinha no colo em cima do banco e se levantou para me encarar. - O que você pretende fazer? Eu quero te ajudar.

Gente... Gente... Gente-ney, como é que é? O que é que está acontecendo aqui? O Nathaniel? O representante de turma, presidente de grêmio, exemplo de virtude e responsabilidade escolar, querendo participar de esquemas de vingança mirabolantes e sem nenhuma correspondência com a realidade? Agora, depois de adulto?

- O que?! - eu repeti.

- Ela deve ter vindo aqui planejando alguma coisa. - ele colocou a mão no queixo para pensar. - Nós podemos revezar na hora de vigiá-la e...

WOW...

- Calma aí, Nathaniel. - eu falei mostrando a palma das mãos para ele num sinal de “amegoh, pare”. - Do que você está falando?

- Eu posso te ajudar a pensar... - GENTENEY, quando é que eu caí num buraco negro e vim para essa realidade alternativa em que o Nathaniel armava planos malignos?

- Nathaniel eu não vou pensar em nada. - agora ele arregalou os olhos e ficou boquiaberto.

- O que?

- Eu não vou pensar em nada, não vou armar plano nenhum.

Ele ficou tão estupefato que eu terminei meu cigarro, acendi outro, e o silencio catatônico prosseguiu por mais uns dois minutos.

- Você não vai fazer nada?

- O que há pra fazer? - traguei o cigarro. - Ela vai participar do festival, isso não é crime. - o crime dela é existir, mas acabar com a existência dela também é crime, a natureza tinha um humor cruel.

- Você sabe mais do que isso, Lynn, ela não viria aqui sem intenção nenhuma de causar algum dano. - ele apontou para nós dois. - Ainda mais depois do que fizemos a ela seis anos atrás.

- Ela já se vingou por causa daquilo. - eu respondi com raiva.

- Lynn, com todo respeito, roubar o seu namorado não é vingança. - é melhor que ele explicasse aquilo. - Deixa eu explicar melhor... - ah, bom mesmo. - Não é vingança agora.

- Eu estou falhando em compreendê-lo, representante. - tragada no cigarro para me dar o ar badass.

- Escute, o que ela ganhou com toda aquela confusão com o Castiel? - o Nathaniel disse. - Nada, no fim das contas nunca foi intenção dela ficar com ele, o que ela queria era te atingir, mas, mesmo assim, você superou tudo isso, terminou o mestrado, conseguiu um emprego e seguiu com sua vida enquanto ela continua do mesmo jeito... - continua sendo uma escrota que não conseguia ascender sozinha por que não tinha uma qualidade redimível e era picareta demais.

Fazia sentido.

- Então você está me dizendo que ela vai querer acabar completamente com a minha vida? Coisa do tipo, tirar meu emprego e minha credibilidade?

Nathaniel deu de ombros.

- Não foi isso que nós fizemos com ela, seis anos atrás? - e foi bem-merecido.

Refleti por alguns momentos.

- Pense de forma mais profunda, que outra coisa ela ganharia voltando aqui? - o Nathaniel questionou. - O que mais ela faria se tivesse se convencido de que ganhou?

Quanto mais ele falava, mais sentido fazia. Eu até me lembrei do que ela me falou, seis anos atrás, quando nós duas estávamos na sala da diretora e ela começou a se gabar de que ainda tinha o Castiel, cada mínima palavra que saiu daquela boca maldita...

E vou fazer pior do que só tirar uma chance dele ser guitarrista profissional, vou fazer questão de ele acabar no fundo do poço, só para esfregar na sua cara que você não pode proteger ninguém”


Notas Finais


AMÉM ODIN

Olá, olá, olá '-' Debrah fez a aparição e a declaração de guerra '-'
Entonces, meu tempo aqui é curto, não vou poder responder os comentários hoje D:, mas prometo que amanhã, antes de postar o próximo vai estar tudo respondido bonitinho :3, mas muito obrigada, todo mundo, por todo o apoio e amor enviado para a fic :3

Enfim, muito obrigado por ler :3


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