1. Spirit Fanfics >
  2. As Novas Vidas Secretas de Sweet Amoris >
  3. Bruxo, Feiticeiro, Necromante, Praticante das Artes Negras

História As Novas Vidas Secretas de Sweet Amoris - Bruxo, Feiticeiro, Necromante, Praticante das Artes Negras


Escrita por: CandyBabe

Capítulo 17 - Bruxo, Feiticeiro, Necromante, Praticante das Artes Negras


Cheguei em casa chutando tudo o que eu via pela frente, minha bolsa, brinquedos espalhados, cadeiras... O último não foi uma boa decisão, e por fim me joguei no sofá cobrindo meu rosto com as minhas mãos como se eu quisesse arrancar minha própria cara. Aquilo tudo era um pesadelo, era a única explicação, era tudo uma reprise sádica e piorada do que aconteceu seis anos atrás, não era possível que eu tinha sido tão desgraçada assim na minha vida passada para merecer aquilo agora. O plano era tão simples, volte para a antiga cidade, arrume um emprego, fique longe de confusão, vá para a África no final do ano. Eu não conseguia nem fazer aquilo sem ter que passar por uma situação daquela? Pelo amor de Odin, a Debrah?! Perambulando pelos corredores, de novo, livre e solta para sair por aí fodendo o meu emprego?! Por quê?! Eu era uma pessoa boa e adorável, aquilo deveria acontecer com gente escrota como a Ambre.

A campainha estava tocando, eu exclamei com raiva e me levantei bruscamente. Provavelmente era minha mãe voltando da creche com a Collette, mamãe fez o favor de aprender a esquecer as chaves, quando não era isso era a porta aberta. Por isso era tão fácil para um marginalzinho como o Erik invadir minha casa. Trotei furiosamente até a porta, chutando mais algumas coisas no caminho, e abri a porta com tanta força que poderia tê-la arrancado do batente se eu fosse um pouquinho maior. Arrependi-me de ter aberto a porta na mesma hora.

- Ah puta que pariu! - eu dei as costas pro Castiel imediatamente e já fui para a sala procurar alguma coisa pra quebrar.

- Lynn... - ele entrou e fechou a porta atrás de si.

- Que desgraça é essa?! É segundo round, Castiel?! - eu falei. - Vocês dois vão alternar pra ver qual faz eu me jogar na frente de um ônibus primeiro?!

- Lynn, o que houve com o seu nariz? - apalpei meu nariz e percebi que, até agora, eu não tinha limpado o sangue. Não foi a toa então que as pessoas ficaram me encarando na rua enquanto eu voltava pra casa.

- A sua ex, foi o que houve. - eu pisoteei o chão até a cozinha e arrumei um papel toalha para segurar contra o nariz. - Parece que tudo o que aconteceu desde que eu cheguei nessa cidade foi para me dar uma parada cardíaca.

- Do que você está falando? - ele balançou a cabeça. - Escute, eu não vim aqui brigar com você. - aham, claro.

- Eu não estou vendo nenhum biscoito que você pretenda vender.

- Olha, é sério. - só percebi agora que ele estava usando aquele tom meio urgente, meio sem paciência que utilizava quando alguma coisa tinha dado errado. - Eu preciso da sua ajuda.

- Castiel, eu só te ajudaria se fosse para arrebentar a sua guitarra contra uma parede. - ou na cara dele. - Agora vaza do meu apartamento... - eu tenho uma morte para planejar.

Ele passou a mão no cabelo, puxou o ar com força e depois soltou lentamente, talvez tenha feito isso para não me estrangular.

- É o Dragon, tá bom? - opa, opa, opa, cretinice eliminada. - Tem alguma coisa errada com ele, tá legal?

- O que? - eu afastei o papel toalha do nariz, não, eu ainda estava sangrando. - O que há com ele?

- Eu não sei. - ele cruzou os braços. - Ele não come, não tem mais ânimo nenhum para passear e passa o dia todo deitando em um canto da casa.

- Você o levou até um veterinário? - eu me virei de costas para ele, abria torneira e peguei um pouco de água para refrescar minha testa e tentar parar o sangramento.

- Eu tentei, mas um inventou de sair de férias justo agora, e o outro está num sítio ajudando uma vaca a parir ou coisa parecida. - me virei para dar com o olhar preocupado dele. - Eu sei que você me odeia e nunca mais quer me ver, mas...

- Chega de drama. - passei a água na minha testa e peguei outro pedaço de papel toalha. - Você sabe muito bem que eu não largaria um cachorro doente só porque o dono é um idiota.

- É. - ele disse amargo. - Eu sei.

- O problema é que eu não tenho nenhum instrumento aqui comigo. - nenhum que sirva para um cachorro pelo menos.

- Então...

- Se acalme. - peguei o celular e disquei o número da doutora Beth Smith, ela costumava cuidar do Khan e nós acabamos virando amigas. - Tem como você se sentar? Está me deixando nervosa!

- Ah, me perdoe se eu estou preocupado com o meu cachorro. - deveria se preocupar em não ser esfaqueado se continuar usando esse tom comigo. Só não disse isso pra ele por que o outro lado da linha atendeu.

- Olá doutora, tudo bem? - eu disse e esperei ela responder. - Ah, nem me diga, eles realmente são insuportáveis quando jovens, uma vez eu fui fazer a castração em um potro em Brisbane e ele pareceu adivinhar antes mesmo de eu chegar perto e quase arrancou minha cabeça... - o Castiel ia me matar. - Bem, eu estou ligando para te pedir um favor...

X

Uma hora depois eu estava no consultório da doutora Beth, vestindo o jaleco dela, colocando as luvas dela e observando enquanto o aprendiz dela colocava o Dragon em cima da mesa de exames, alguma coisa realmente estava errada com ele, nenhum pastor beauce adulto se deixaria ser carregado daquele jeito por um estranho sem oferecer resistência mínima que fosse. Era engraçado como, mesmo depois de quatro anos, uma clínica veterinária ainda era algo novo para mim, acho que eu fiquei tempo demais em fazendas, reservas florestais e perseguindo cobras para me acostumar com aquele ambiente cheirando a formol e a pelo de cachorro.

- A doutora Beth disse que você poderia usar o consultório a vontade, doutora Lynn. - ah, como eu adorava esse vocativo. - Eu vou preparar uma cama pra ele, pro caso de ele precisar ficar internado.

- Tudo bem, muito obrigada.

- Se precisar de mim é só chamar pela campainha. - ele acenou para mim e em seguida para o Castiel. - Com licença.

Eu posicionei o estetoscópio nos meus ombros, e passei a mão levemente na cabeça do Dragon. Ele balançou o rabo de forma fraca, como se tivesse reconhecido, mas sem ter forças o suficiente para demonstrar mais alegria do que aquilo. Meu coração apertou. Seis anos era bastante tempo para um cachorro de grande porte como ele, mas ainda assim, não estava na hora de aquele garotão começar a sentir a velhice.

- O que foi com você, garotão? - me abaixei para verificar as pupilas dele. - Ele tem vomitado ultimamente?

O Castiel demorou para perceber que eu estava falando com ele.

- Ele vomitou há alguns dias. - ele já estava andando de um lado pro outro, agitado por causa da preocupação. - Mas pensei que foi só por que engoliu alguma coisa errado.

- Muita sede?

- O que?

- O Dragon, Castiel, ele anda com muita sede? - o Castiel parecia assustado pelo fato de as minhas perguntas condizerem com os sintomas do cachorro, esse idiota não tinha me visto estudar quatro anos para me tornar veterinária?

- Sim, mas só no começo, depois ele parou de beber água por um tempo e eu tive que colocar o prato perto da cabeça dele para ele conseguir beber. - isso não era bom.

Notei que ele estava salivando muito mais do que seria normal. Várias coisas deixavam um cachorro triste e sem vontade de comer, podia ser fungo, bactéria, vírus, infecção e etc. Por sorte eu conhecia os hábitos daquele cachorro, eu sabia a quantidade de tempo em que ele se exercitava, como ele comia, como estavam as vacinas dele e por aí vai. Como o Dragon estava muito calmo, eu me arrisquei a abrir a boca dele para sentir o hálito, horrível, notei que o pelo dele estava caindo o que era sintoma, já que o Castiel sempre cuidou melhor do pelo daquele cachorro do que da própria casa, isso me fez observar as abas das orelhas dele e notei que havia feridas, ainda pequenas em ambas. Peguei-o pelas patas e pressionei para testar a força dele, Dragon ganiu, o Castiel quase pulou em cima de mim, e com isso eu conclui que ele não andava por que não conseguia sustentar o peso em cima das patas, elas estavam machucadas também.

- Lynn, fala alguma coisa. - ele disse isso justamente na hora que eu ia falar.

- Você viu algum sangue nas fezes dele?

- O que?

- Sangue, Castiel, nas fezes ou na urina.

- Um pouco dos dois, mas isso só foi há uns dois dias.

- Hum... - passei a mão levemente pela barriga do Dragon, que estava completamente inchada, e apalpei a região onde o fígado dele se encontrava. Senti, com a palma da mão, um inchaço no órgão que já eliminava quase metade dos possíveis diagnósticos. - É, ele está com algum problema no fígado.

Cassy quase pegou o cachorro no colo e o embalou como um bebê.

- Isso é muito grave?

- Não posso dizer qual é sem pelo menos um exame. - apertei a campainha para chamar o assistente. - Mas é o que os sintomas indicam, ele pode ter comido alguma coisa tóxica ou... - me calei lembrando que o Castiel era como uma mãe neurótica que, em se tratando do Dragon, sempre pensava o pior.

- Ou o que?

- Ou, pode ser câncer. - eu tinha que informar, de um jeito ou de outro. - Só vamos saber depois dos exames e ele vai precisar ficar internado.

- Puta merda... - ele se sentou e colocou a cabeça entre os joelhos.

O assistente chegou um minuto depois, eu já tinha colhido o sangue do Dragon para exames. O Castiel sequer pareceu ouvir quando eu disse quais exames eram necessários, quando eu instrui o assistente no que ele teria de observar enquanto o cachorro ficava internado, e quais os possíveis tratamentos a depender de qual doença hepática ele tinha. Cassy só concordou mecanicamente, passou a mão delicadamente no Dragon antes de ele ser levado para a internação, e saiu da sala de exames como se não tivesse nenhuma alma. Por mais que a situação entre nós dois fosse complicada, eu fiquei triste por ele, eu sabia o que era o medo de você perder um cachorro que você ama.

Suspirei enquanto tirava o jaleco, me lembrando do Khan. Realmente, eu conhecia aquele medo.

Saí da sala de exames para me encontrar com ele na parte do petshop.

- Eu já paguei todos os exames. - disse. - O dinheiro não é problema, só cuide dele da melhor maneira possível.

- A doutora Beth é boa no que faz. - eu assinei a ficha que o assistente me passou e ajeitei meu cabelo. - Quando é que ela vai voltar?

- Só daqui uma semana, doutora. - ah, inferno, eu acabei de me arrumar um segundo emprego.

- Tudo bem. - eu anotei meu telefone no verso de um dos cartões da clínica. - Esse é meu telefone, eu não posso ficar de plantão, mas se qualquer coisa acontecer pode me ligar a qualquer hora.

- Sim senhora. - o assistente disse.

Com isso nós dois, eu e o Castiel saímos da clínica para ganhar a rua. Já estava escuro e um pouco frio por causa do sereno que prometia ser grosso naquela noite. O Castiel, suspirou tristemente e puxou a chaves de dentro da jaqueta enquanto eu verificava minha bolsa para ver se não tinha esquecido as chaves da minha casa.

- Você quer uma carona? - a clínica da doutora Beth ficava do lado oposto da minha casa.

- Não precisa. - eu falei sabendo que ele iria insistir.

- Não seja besta. - ele pegou levemente no meu braço, quase meti a mão na cara dele, e me conduziu até o carro dele. - É um trajeto de meia hora de distância eu não vou te deixar ir sozinha a essa hora. - eram 20:00, nossa era como se nós morássemos em uma Detroit mergulhada no crime, como no filme do robocop.

De toda forma, eu não queria ir a pé. Na hora em que eu peguei o ônibus, o Castiel tinha voltado para casa para buscar o Dragon, só demorou dois minutos para ele passar, agora, aquela hora, demoraria muito mais para eu conseguir chegar em casa por meio de transportes públicos. Entrei no carro, ele entrou logo em seguida, colocou a chave na ignição, ligou o carro mas não deu a partida, por um momento ele ficou com a mão no volante como se não soubesse como foi parar ali.

- Castiel... - eu chamei suavemente. - Não se preocupe, eu vou cuidar dele...

- Eu sei... - ele passou as mãos pelo rosto. - Eu sei... É só que... Cara, se alguma coisa acontecer com ele...

- Ele é um cachorro forte, Castiel. - eu olhei para a noite através da janela. - Ele vai ficar bem.

- Você só diz isso para me tranquilizar e se livrar logo de mim. - ele disse de forma brusca.

- Não, eu digo isso por que também amo aquele cachorro e por que se alguma coisa acontecesse com ele eu também ficaria desolada. - eu respondi um tom mais forte. Ele me encarou por um tempo e depois desviou o olhar.

- Isso foi idiota, me desculpa. - ele engoliu em seco. - Obrigado por isso, por cuidar dele.

Balancei a cabeça e voltei a olhar pela janela, só agora percebendo o quanto eu estava cansada, aquele dia parecia ter sido eterno.

Momentos depois, eu senti o Castiel se mexendo, o carro ainda estava ligado, mas ele não deu a partida, ao invés disso ele colocou a mão sobre a minha, e apertou meus dedos com carinho. Eu fiquei tão surpresa com aquela aproximação que nem reagi.

- Lynn... - ele hesitou.

- O que você está fazendo?

- Eu só... - ele passou uma mão para o meu rosto. De novo, meu corpo entrou em pane, meu sistema nervoso não conseguiu responder com nenhum impulso físico e eu fiquei congelada no meu lugar, olhando para ele como se eu fosse retardada. - Eu só estou pensando que nós não tivemos nenhuma conversa normal desde...

Desde que você me traiu e veio correndo atrás da sua ex supostamente grávida? Nossa, como eu fiquei com raiva por não ter conseguido falar aquilo naquela hora.

- Castiel... - eu consegui murmurar depois de um tempo. - Já passou, não importa mais...

Ele deu um riso fraco.

- Você sabe que importa sim. - ele acariciou meu rosto com o polegar. - Você sabe...

Esse bruxo, feiticeiro, necromante, praticante das artes negras e proibidas. Ele estava fazendo aquilo que ele fazia quando éramos namorados, estava me enfeitiçando com aqueles olhos brilhantes, estava me encarando daquele jeito que me desarmava, que fazia meu coração bater na direção dele, todo o meu corpo esquentar e me tirava o ar. Pela bondade dos deuses, estava funcionando como se eu ainda tivesse dezessete anos e sentisse pela primeira vez aquela eletricidade que havia entre nós dois. Puxei o ar com dificuldade, eu tentei desviar o olhar do dele, mas não consegui.

- Eu não sei de nada. - engoli minha própria saliva. Estratégia de emergência, estratégia de emergência. - Castiel, você está triste...

- Estou. - ele concordou sério. - Há dois anos eu estou triste...

- Pare com isso.

- Eu sei que não é o momento certo, mas eu quero tanto te beijar... - ele aproximou o rosto do meu. - Eu só penso nisso desde que você voltou...

Se eu dissesse que eu tentei pelo menos, eu mentiria, por que no segundo em que senti os lábios dele sobre os meus eu retribuí. Não só retribuí como o puxei mais pra perto. Se eu soubesse que era só isso que bastava para eu esquecer toda raiva e mágoa, nem teria entrado no carro. Minha mente ainda apitava: “perigo, má decisão, você está fazendo merda, sua palhaça”, mas tudo se calou quando ele passou a mão pela minha cintura e pressionou o corpo contra o meu mesmo com o câmbio e o freio de mão do carro entre nós.

E assim nós ficamos, depois de segundos o beijo ficou sôfrego, faminto, nossas respirações ficaram pesada e nossos corpos impacientes por mais contato. O calor, eu nem preciso falar, aumentou exponencialmente dentro daquele carro. Até que ele me puxou pela cintura, como se me quisesse em seu colo, e um de nós dois acabou esbarrando na buzina. O susto nos afastou instantaneamente, tanto que eu voltei pro banco do passageiro como um gato que pula para fugir da água. Precisei de um tempo para retomar o controle da minha respiração.

- É... - o Castiel soprou o ar. - Acho que nós precisamos de mais espaço. - ele me olhou com aquele sorriso indecente, mas eu mal percebi, meu coração batia tão forte que parecia que ia arrombar minha caixa torácica e pular para fora do meu corpo.

A serotonina no meu cérebro diminuiu e então minha mente voltou ao controle do meu corpo, e com isso a agonia, a raiva e a mágoa também.

- Eu preciso voltar... - massageei minhas têmporas, eu andava fazendo muito aquilo. - Amanhã eu tenho que dar aula.

Ele suspirou decepcionado, mas disfarçou.

- Posso te ver amanhã então? Depois das aulas? - a ansiedade na voz dele me fez desviar o rosto dolorosamente.

- Castiel... - ele até bufou, já sabendo o que falaria.

- Você retomou o controle de si mesma não foi? - tinha até um tom cômico na voz dele. Era engraçado por que foi exatamente o que aconteceu.

- Você está triste e preocupado... - falei. - É por isso que não enxerga o quanto...

- O quanto o que? - o tom dele estava impaciente, mas ainda não estava agressivo. - O quanto eu sou idiota por ainda te desejar mesmo que o meu cachorro esteja doente?

Eu inclinei a cabeça e estalei a língua.

- É, isso mesmo.

- Lynn... - ele esfregou a própria testa e virou o tronco para mim. - Nós podemos pelo menos conversar sobre isso?

O Castiel? Querendo conversar? Evento apocalíptico prestes a acontecer, senhoras e senhores.

- O que? - eu tinha escutado, só queria que ele repetisse.

- Olha... - tempo para refletir. - Eu sei que fiz merda dois anos atrás... - “merda” é uma palavra curta demais para descrever. - E eu sei que você não vai me perdoar... - então por que essa merda toda? - Mas será que a gente não pode pelo menos tentar?

- Tentar o que? - eu já sabia o que ele queria dizer, só perguntei por que queri ouvir sair da boca dele.

- Você sabe, Lynnette... - já começou ruim. - Tentar... - huh, isso ia demorar. - Negociar esse seu ódio.

Huh, o ódio surgiu.

- Isso parece coisa que o Viktor diria. - eu falei deixando o tom homicida assumir minha voz.

- Foi o que ele me falou pra fazer. - palhaço. - Tentar negociar com a sua parte maluca e ver se a outra parte...

- A outra parte?

- É, parte protetora e...

- É melhor você não terminar a frase. - eu disse. - A parte maluca já está querendo te estrangular.

- Tudo bem, então. - ele deu um risinho, por que esse idiota estava feliz?!

- Por que você está sorrindo?!

Ele deu de ombros e desviou o olhar de mim, mas ainda assim não parou de sorrir que nem um idiota.

- Eu te beijei e você me retribuiu no lugar de meter a mão na minha cara. - nossa que análise mais acurada dos fatos. - Pode me julgar por sorrir com isso.

- Como você é idiota, inacreditável. - a pergunta que não queria calar era o fato de eu ainda estar dentro daquela merda de carro.

- E então?

- E então o que?

- Posso ir te ver amanhã, depois das aulas?

- Eu não posso fazer isso agora.

- Eu sei, por isso estou falando para ser amanhã...

- Não, seu idiota. - eu tive de segurar um risinho para manter a pose de séria, por que eu estava feliz?! Porra de serotonina, pensei que já tinha se esvaído do meu sangue. - Eu quero dizer agora, nesse momento da minha vida, nas atuais circunstâncias, no cenário como um todo.

- Eu entendi da primeira vez, só queria fazer você explicar mesmo assim. - nossa, touché gatinho.

- Posso ir pra casa agora? - antes que eu enfie esse câmbio pela sua garganta?

- Claro.- ele deu ignição no carro e passou a marcha ré para manobrar. - Mas nós dois sabemos que isso não acabou.

Realmente, nós dois sabíamos.

Inferno.


Notas Finais


Alô, alô, graças a Deus

Cara, eu li um livro tão bom no feriado, "Supernatural Enhancements" não sei se tem tradução, mas quem lê em inglês ou está estudando e tals :3 super recomendo. Alguém aí tem mais algum pra me recomendar?

Enfim, saindo da divagação '-' ... É acho que não tenho nada pra dizer '-'... Eu gostaria de ouvir o que vocês tem a dizer sobre esse capítulo '-'....

Obrigada por ler :3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...