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História As Novas Vidas Secretas de Sweet Amoris - Protótipo de Bad boy


Escrita por: CandyBabe

Notas do Autor


Eu tenho uma dúvida, o certo é escrever "bad boy" ou junto "badboy" ?

Capítulo 3 - Protótipo de Bad boy


"As valquírias ou valkirias (nórdico antigo: valkyrja, lit. "a que escolhe os mortos"), na mitologia nórdica, são dísir, deidades femininas menores que serviam Odin sob as ordens de Freia. O seu propósito era eleger os mais heróicos guerreiros mortos em batalha e conduzi-los ao salão dos mortos, Valhalla, regido por Odin, onde se convertiriam em einherjar."

 

Eu sempre adorei filhotes, de todas as espécies, raças, cores e tamanhos. O único tipo de filhote que eu não gosto, melhor que eu detesto é o do ser humano, vulgo bebês. Não é nada contra bebês em si, é uma coisa mais geral: se você cuida de um elefante até ele adquirir idade para a independência, ele vai sair, vai se inserir num ecossistema e vai tomar lindamente o seu papel para o equilíbrio natural do planeta Terra. O problema com bebês é que você cuida deles, os ama, educa, gasta todo seu dinheiro, tempo e amor pela vida com eles, para que no fim eles, apesar de tudo, acabem se tornando idiotas como o Viktor ou uma pessoa horrível e absurdamente inútil para o conhecimento da humanidade como a Ambre e, o pior de tudo, as vezes isso nem passa depois do fim da adolescência.

Isso até vir a Collette.

A Collette foi um anjo que veio do céu na hora em que eu mais precisava. Ela é uma valquíria no corpo de uma menininha de dois anos que veio para me proteger de toda a merda do mundo. Foi por causa dela que eu superei toda a merda que eu passei nos últimos dois anos, e encontrei forças para peitar meu mestrado e as Mambas Negra. Foi por causa dela que eu não desisti de tudo depois que o Castiel terminou comigo e continuei lutando pelo meu sonho.

- Se seus alunos pensam que você foi uma escrota no terceiro ano, é por que eles nunca viram a pessoa horrível que você era durante toda sua vida escolar. - o Viktor falou enquanto lavava a louça.

- Eles não têm nem ideia do quanto eu quero comprar uma arma e atirar em todos eles. - eu usei a colherzinha para limpar o purê de ervilhas que estava escorrendo no canto da boca da Collette. Ela riu com isso e com isso eu ri. - Não é, minha princesa?

- Vai ser um milagre se essa garota não crescer para ser uma psicopata. - o Viktor falou enquanto se virava para nos observar colocando o pano de prato no ombro. - Ainda mais com a mãe que ela tem.

- Ela vai crescer para ser uma bióloga marinha. - eu disse fazendo biquinho para a Collette. - Você vai mergulhar nas profundezas do mar e vai ver um cachalote estraçalhando uma lula-colossal, não vai minha princesa? - ela soltou um risinho agudo com aquilo.

- Bem. - o Viktor usou o pano para limpar a boquinha da Colette e a pegou no colo. Ela sempre soltava um “wee” quando o Viktor a pegava no colo, já que ele era bem mais alto que eu. - Está na hora de levar essa mocinha pra creche e você precisa ir dar aula.

Soltei uma exclamação dramática.

- Ah, nem me fala. - eu disse me levantando e alcançando minha bolsa. - Eu acho que vou me matar quando eu tiver que dar Orientação Sexual pra eles.

- Só tente não matar nenhum deles. - o Viktor falou. - Lembre que você já foi adolescente e que mesmo assim você não largou de ser uma palhaça.

- A-há, muito engraçado. - a Colette estendeu as mãozinhas para mim e eu a beijei na testa. - Tchau, tchau minha valquíria de Odin.

X

Por mais que eu reclamasse e ficasse com vontade de atirar em alguém no caminho para a escola, estava sendo divertido ser professora. Nunca na minha vida que eu imaginaria ficar tão feliz por uma menina de quinze anos me fazer uma pergunta inteligente sobre as aves, ou por um garoto de dezessete anos levantar questionamentos interessantes em sala de aula em relação a como a falta de habitat afeta o comportamento dos animais.

Claro, havia os idiotas, as criaturas estúpidas que achavam estar impressionando alguém fingindo que podiam bater de frente com a fodona aqui. Mal sabem eles que eu sou a protagonista dessa merda. Além é claro, dos naturalmente imbecis, dos acéfalos, dos trogloditas e daqueles que simplesmente não faziam nada por que papai e mamãe podiam comprar um bom futuro para eles. Eu não tinha uma política didática para lidar com aquilo, afinal de contas, tecnicamente, eu não era professora. Eu podia dar aulas por causa do meu mestrado, mas eu não me formei para ser professora. Com todo o amor que havia no meu coração, eu preferia cair na porrada com um Ratel Africano, coisa que eu já fiz, a ser professora e ter que aturar aquele bando de projetos de gente cinco vezes na semana.

Talvez por conta disso, eu não dei uma resposta muito didática quando, enquanto toda a sala estava ocupada com a lição, uma das pestes me perguntou:

- Professora, você não namorava aquele guitarrista quando ele estudava aqui?

O contexto era: a peste que havia me perguntado aquilo era um garoto de dezessete anos que, conveniente e ridiculamente, tinha uma história muito parecida com a do bendito Castiel: ele não via muito os pais, por eles serem divorciados e ambos trabalharem fora da cidade, ele adorava rock, provavelmente tocava guitarra, não conversava com quase ninguém na sala e usava muito preto e quase sempre estava de jaqueta de couro. Provavelmente o demônio adolescente acompanhava a carreira do Castiel bem de perto, de perto até demais.

- Essa resposta não serve para nenhuma das perguntas do questionário, rapaz.

- Eu vi a senhora. - agora eu era “senhora”. - Brigando com ele e mais com umas pessoas no primeiro dia de aula. - pelo visto a peste também gostava de ficar no pátio, que nem o antecessor dele. - A professora Melody disse que todos vocês se conheciam quando estudavam aqui.

A professora Melody também disse que você deveria ir à merda e arrumar algo útil pra fazer?

- Qual é seu nome mesmo...? - “palhaço”, completei na minha mente.

- Erik. - ele já começou errado me respondendo essa pergunta.

Por que mesmo o palhaço está tão interessado em saber se eu namorei ou não um guitarrista em ascensão?

- Eu sou fã dele. - uh, deu de ombros e fingiu a postura indiferente, ah meu garoto... - Gosto do jeito que ele toca guitarra... É diferente do que a gente está acostumado. - “acostumado”? O que um garoto de dezessete anos tem de experiência em história do rock pelo amor de Odin?

- Bem, eu acho que ele é um merda. - cá está minha resposta nem um pouco didática.

- O que?! - a turma voltou atenção para nossa conversa por causa dessa exclamação.

- As músicas dele não são nada além da repetição de três acordes e de um refrão sem imaginação. - eu disse. - A melodia da guitarra é completamente sem alma e sem construção que não fala nada e não impressiona em nada.

- E quem é a senhora pra dizer isso?! - ah, doce e amado, eu vi aquele garoto tocando guitarra quando ele tocava por que adorava e não por que tinha que bater a meta comercial de um produtor idiota.

- Concluindo. - eu disse ignorando o rockeiro idiota desta geração de Sweet Amoris. - Só um produto do rock comercial e sem criatividade feito para entreter adolescentes imbecis que nunca vão ser capazes de pensar por si mesmos...

X

- Pelo que eu entendi, você chamou um dos alunos do terceiro ano de imbecil? - a doce e adorada diretora me disse num tom calmo e controlado, confortavelmente sentada no gabinete dela.

- Eu jamais diria isso, diretora, só falei que os adolescentes de hoje em dia poderiam procurar entretenimento em outros tipos de música além do que a mídia divulga.

- Mentira! - o imbecil falou. - Ela falou que só adolescentes imbecis gostam da banda que eu gosto e...

- Fale na hora em que pedirem para você falar, Erik. - a diretora disse. Pelo visto ela não estava muito inclinada a acreditar na história do protótipo de badboy dessa geração. Eu também não estaria, não depois de ver o histórico desse moleque, ele conseguia ser pior do que o Castiel na idade dele.

- Mas diretora!

- Isso foi tudo um mal entendido, diretora. - eu falei sorrindo. - O Erik ficou tão feliz quando soube que eu conhecia o Castiel que eu acho que ele escutou mal o resto da conversa. - manipulação da conversa sendo inserida... - A senhora se lembra dele?

- Ora, se me lembro. - ela falou num pigarro irônico. - Não sei como aquele garoto conseguiu alguma coisa na vida, e não pense que só por que você está andando na mesma trilha que ele que vai conseguir alguma coisa, senhor Erik. - prontinho, Lynn palhaça ganhou aquela discussão.

- Quê?! Como é que a conversa chegou nesse ponto?!

- Sim, o Castiel também adorava colocar a culpa nos professores e nos colegas pelas confusões em que ele se metia. - ela prosseguiu ignorando o piti adolescente do Erik. - Lembra daquela vez que ele a culpou por conta de uma lixeira que pegou fogo, senhorita Lynn?

Se lembro, quase tive que tampar minha boca para não rir na cara dela. A culpa realmente era minha, mas o Castiel apareceu na hora errada e no lugar errado, pobre criatura.

- A senhora sabe como são os adolescentes. - eu disse.

- Como sei. - ela estalou a língua e deu uma batidinha na mesa para pontuar o fim da conversa. - Nós terminamos por aqui, professora Lynn por favor acompanhe o Erik até a sala de aula.

- Sim senhora. - eu falei me levantando da cadeira.

- Mas...

- Dessa vez, não vamos chamar seus pais Erik, mas não pense que só por que só temos três semanas de aula que eu não vá ligar para eles caso você tente difamar um professor de novo.

- Mas...

- Vamos, Erik. - eu falei puxando ele para se levantar pelo braço.

X

Dá pra acreditar numa coisa dessas? Um diploma em veterinária e um mestrado de especialização em comportamento dos elefantes da fauna africana e até hoje eu vou para a sala da diretora por causa de algo que um garoto imbecil me falou em sala de aula. Eu até utilizaria essa experiência para me lembrar com saudades juvenis das vezes em que eu era mandada para a diretoria por bater boca com o Castiel, mas eu odiava ter que passar por tudo aquilo na época, imagine ter de me prestar a isso agora.

- Isso não é justo! Você sabe que...

- Cala essa boca seu merdinha. - eu o interrompi. Ele ficou tão impressionado com meu vocabulário chulo que se calou com uma expressão de medo. - Agora me escute com muita atenção, palhaço, por que eu não vou repetir isso de novo.

- O que...

- Eu não dou a mínima se você quer arruinar sua vida assumindo o posto de idiota da escola, mas vamos deixar as coisas bem claras aqui. - ah, o cheiro de medo adolescente, disso eu senti falta. - As únicas perguntas que você vai me fazer em sala de aula são as que tem alguma coisa a ver com o conteúdo e fim de papo, senão a professora Lynn vai te trancar com uma carteira de cigarros aceso dentro do banheiro e apitar o alarme de incêndio, entendeu?

- E-entendi.

- E poupe esforço tentando bater de frente comigo, por que nós dois sabemos no que isso vai dar. - eu falei. - Pode perguntar isso para o seu ídolo guitarrista de merda. - foi uma lição que ele aprendeu à duras penas.

Momentos de silêncio inconformado e de olhares fuzilantes na direção da professora Lynn.

- Eu não queria te desafiar ou coisa do tipo. - ele disse e cruzou os braços, pelo amor de Odin, da mesma forma que o Castiel fazia. - Só perguntei por que ele vive vindo aqui na escola desde que as aulas começaram...

Alerta vermelho.

- O QUE?!

- Ele fica do outro lado da rua quase a manhã toda e só vai embora depois que você chega. - ele continuou. - O site da banda disse que eles estavam de férias e li em algum lugar que ele terminou com aquela loira modelo...

A Ambre modelo? HÁ-HÁ, ela deve ter feito um ensaio e enfiado na cabeça dela que era a Naomi Campbell da nossa geração.

Calma aí, o idiota palhaço falou uma coisa importante.

- O que foi que você disse?

- Que a banda entrou de férias. - merda.

- E a outra coisa?

- Que ele terminou com aquela loira que vivia pulando em cima dele nas entrevistas... - o garoto não entendeu a minha cara de embasbacada e meu suspiro de “ah meu Deus, vai dar merda”. - Eu pensei que vocês eram namorados, só queria que você pedisse um autógrafo pra ele por mim...

Nem terminei de escutar.

Puta que pariu, de novo não.


Notas Finais


HELLOU!
Olá lindas e adoradas criaturas :3 capítulo de introdução de um novo personagem, Erik. Bueno, fui eu quem criou o Erik, ele não faz parte do jogo nem do mangá, fiz isso por que vou precisar de alguém mais na frente da fic '-'

Entonces, muchas gracias por leer :3


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