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História As Novas Vidas Secretas de Sweet Amoris - Battle Royale Godfather edition!


Escrita por: CandyBabe

Notas do Autor


UGWYUFGAUOFHJPA~JVPJDPIjpij

tô desde ontem tentando postar nesse c*ralho de site.

Capítulo 41 - Battle Royale Godfather edition!


 - A estação de metrô fica a dez minutos de caminhada. – o corretor falou enquanto nós andávamos pela sala de estar. – Daqui vocês poderiam pegar o trem e estar na universidade em quinze minutos. No telefone deu a entender que um de vocês seria professor na universidade.

 “Um de vocês”, imagine, o cara de cabelo vermelho com cara de ex-frequentador do sistema carcerário tinha o perfil perfeito para ser um professor universitário.

 - Essa sou eu. – eu falei me virando para o corretor enquanto Cassy olhava a sala. – Vou ingressar no doutorado ano que vem, mas meu orientador disse que eu daria alguns cursos para a graduação.

- Muito impressionante. – ele me conduziu para a sala de jantar. – Tenho certeza que esta sala seria perfeita para receber os seus colegas docentes em uma noite de vinho... – ele apontou para a porta que dava para a varanda de inverno.

 Não sei se eram os hormônios ou a quantidade de chocolate no meu sangue, mas eu de fato consegui imaginar um monte de professores sentados a beira da lareira, todos bêbados e fazendo piadinhas envolvendo vacas...

 - Aquelas escadas parecem velhas. – isso foi o meu namorado entrando do nada na sala de jantar.

- A casa foi construída em 1930, e os degraus não são reformados desde então.

- Isso é um problema, por que ela está grávida. – de três meses agora, mas ainda gostosa.

- Ora essa, meus parabéns. – o corretor disse para nós dois. – Então acho que haveria algo que vocês iriam gostar nessa casa...

 Ele nos levou no segundo andar, de fato a escada rangia, para um quarto do lado leste da casa, com janelas francesas que faziam parecer entrar o sol inteiro dentro da casa e com vista para o pequeno bosque que todas as casas da vizinhança dividiam. Não sei se foram os hormônios de grávida ou o chocolate, ou o relaxante muscular que eu tomei antes de vir, mas eu definitivamente consegui ver um berço, um troca-fraldas, brinquedos espalhados por ali e manchas de tinta em forma de mãozinhas nas paredes.

- E, claro, neste bairro há muitos professores com suas famílias. – o corretor falou. – O seu bebê terá muitos companheiros de vizinhança...

 Castiel e eu olhamos pela janela ao mesmo tempo.

- É uma vista linda no outono, quando as árvores ficam alaranjadas. – o homem disse. – Vou deixar vocês refletindo um pouco, nos encontramos na cozinha.

Cassy passou a mão pelos meus ombros, sem que nenhum desviasse o olhar da janela, e eu o abracei pelo quadril, colocando minha cabeça no peito dele.

- Nós podemos reformar a escada antes de você começar a arrastar a barriga. – ele disse como se estivesse pensando alto.

- A cozinha é enorme. – falei.

- Essa é a visita número o que? – ele me olhou. – Octogésima primeira? – nos últimos finais de semana nós temos viajado até a capital para procurar por casas. Tem sido uma busca espiritual achar uma casa que fosse perto da universidade e que não fosse numa vizinhança de repúblicas. Se eu fosse obrigada a morar ao lado de uma fraternidade ou coisa parecida, aposto que em dois meses eu promoveria um massacre.

- Octogésima terceira. – eu o corrigi. – Mas nenhuma das outras tinha quatro quartos... – espaço na garagem para dois carros, quintal privado grande o suficiente para uma criação de cachorros, cozinha conjugada com a sala de jantar, banheiro reformado na suíte principal, lavabo no andar de baixo, bairro familiar... Nossa olha só pra mim falando “adultês”.

- Você gostou princesa?

Antes de responder eu dei um risinho.

- Olha só para nós, comprando casas e nos preocupando com escadas. – olhei pra ele. – Nós já somos adultos, Cassy.

Ele também riu antes de responder.

- Sabe de uma coisa, princesa? Acho que não tenho problema nenhum com isso.

 Apertei ele entre meus braços. Eu acho que eu também não.

X

 - Nós podemos ligar para um empreiteiro, mas provavelmente em uma semana a reforma da escada vai ficar pronta. – falei enquanto dirigia. – Antes nós temos que resolver toda a papelada com o corretor e negociar uma parcela de entrada...

- “Parcela de entrada”? Nós não somos pobres, princesa.

- Ah, perdão senhor sultão do Qatar. – falei. – Eu vou precisar calcular isso direito, e ainda tem a papelada de transferência, e a burocracia na universidade...

- Lynn...

- Pelo fim do ano eu vou estar de oito meses, isso quer dizer que a casa precisa estar pronta para nos mudarmos, por que nem fodendo que eu vou ficar cheirando serragem e tinta fresca com uma criatura de três quilos dentro de mim.

- Lynn! – ain, que susto. – Por que você está dirigindo?! – porque você consegue fazer o Viktor parecer uma avozinha no volante?

- Nós votamos que a sua licença para dirigir foi revogada. – falei. – Para sempre.

- “Nós” quem?!

- O seu filho e eu. – expliquei.

- Ah, é mesmo? E quando foi essa votação?

- Ontem a noite. – falei com a cara mais lavada do mundo. – Votação unânime pela maioria presente.

- Você está dopada de chocolate e relaxante muscular.

- E ainda assim foi votado que sou uma melhor motorista que você.

- Essa história de votação vai ficar frequente?

- Continue fazendo perguntas idiotas e vamos descobrir.

- Que seja então, ninguém mais vai ganhar presente aqui.

- O que?

- Só por essa piadinha, vocês... – Annette e eu... Nós chamávamos o bebê só de Annette por que ainda não tínhamos escolhido um nome para o caso de ser um garoto. – Vão ficar sem a surpresa que eu deixei preparada em casa, só por causa dessa conspiração.

 HÁ-HÁ, o caralho que vamos.

X

 Assim que eu abri o apartamento eu quase morri do coração. Isso é explicado por dois motivos: o primeiro ser um bando de pessoas escondidas atrás dos móveis e gritando “SURPRESA!” assim que eu entrei, que criatura nesse planeta é capaz de armar uma emboscada para uma grávida? O segundo: esse bando de pessoas serem meus ex­-companheiros de classe.

- MEU DEUS! – exclamei com a mão no meu coração em direção as pessoas. – MEU DEUS! – exclamei na direção do Castiel.

- Lynn... – Lysandre foi sumonado no ar para me abraçar, com mais cuidado do que era necessário. – Eu só pude vir hoje falar com você e, nossa...

O sorriso dele era muito fofo, era aquele tipo de sorriso que imprimia felicidade genuína por outro ser humano.

- Eu tenho certeza de que vocês serão pais maravilhosos. – ele disse por fim, não havia limites para o charme e a elegância dessa criatura.

 - Nós estamos tão felizes por você! – demorou um tempo para eu perceber que era o Alexy quem estava me abraçando. Ah, céus, foi como abraçar um ursinho carinhoso. – Só pra você saber eu tinha apostado que vocês iriam voltar!

- É, mas eu apostei que vocês seriam obrigados a voltar por causa de um “imprevisto”. – isso foi o Armim, me abraçando logo depois do irmão dele. – Então eu cheguei mais perto.

- Eu apostei com o Viktor que você seria a primeira de nós a ter um filho não planejado. – isso foi o Kentinho me abraçando. Eu estava tão desorientada com a quantidade de pessoas naquele apartamento que quando fui ver já estava sentada no sofá com pessoas me abraçando sentada.

- Sim, mas você apostou isso contando que o filho seria dele. – eu respondi.

- Não interessa, ganhei um estoque vitalício de biscoitos mesmo assim.

- Tudo bem, tudo bem... – falei acenando pedindo por um minuto para me situar. Estavam ali: Lysandre, os gêmeos, Kentin, Rosalya, Viktor, logicamente o sequestrador estava em todos os lugares, Cassy, obviamente, já que ele também morava ali.

 Caso ninguém saiba, hormônios de grávida deixam as pessoas lentas e com lentas eu quero dizer “com a noção de realidade completamente afetada”.

- Tudo bem, deixem eu me situar... – quando fui ver tinha um copo de suco na minha mão, só não sei como foi parar ali. – Quem foi o responsável o bad boy ou o maníaco sequestrador?

-É sério mesmo, Lynn? Você está fazendo essa pergunta? – o Viktor sentou-se ao lado do Kentin. Verdade, a única mente maligna e perturbada que havia ali, além da minha, era a do Viktor.

- Tudo bem... Castiel você pode voltar a dormir na cama. – falei enquanto Cassy se sentava ao meu lado.

- E quando é que eu não podia?

- Nós tínhamos votado que você iria dormir no sofá hoje. – falei. – Por ter emboscado a sua namorada grávida.

- Eu tenho certeza que essa história ainda vai durar mais seis meses.

- Agora, será que um de vocês cavalheiros... Ou dama, podem me dizer o que está acontecendo aqui?

- Ora essa “o que está acontecendo aqui”! – Alexy disse alegremente. – Isso é o seu “Chá de Fraldas”.

- O que?!

- É uma festa em que as pessoas te dão um monte de presentes que na verdade não são presentes, só um monte de coisas que você vai usar com o bebê. – o Armin respondeu.

- Eu sei o que é um chá de fralda. – respondi. – Mas por que só tem homens nessa sala, e por que não vi nenhum pacote de fraldas? E por que essa festa está acontecendo no terceiro mês de gestação? – geralmente se faz esse tipo de coisa no sétimo.

- A Iris não pôde vir por que está visitando o pai dela. – a Rosa explicou. – A Seraphine viajou atrás de locações para o casamento dela.

- Nós estamos revolucionando os paradigmas fazendo um Chá de Fraldas só de homens. – o Armin disse. – Na verdade nós só te convidamos porque é você quem está carregando o bebê.

- É verdade que vocês vão colocar “Nathaniel” se for menino? – Kentin perguntou.

- NÃO! – Cassy respondeu.

- Eu acho um nome bonito. – Lys-fofo divagou.

- Eu também - o Viktor acrescentou com malícia.

- NÃO INTERESSA!

 De repente as luzes da sala se apagaram, som de tambores foram rufados por alguma caixa de som acústico do sofisticado home theater dos pais do Castiel, e uma luz de palco foi colocada em direção as portas de vidro que davam para a sacada. Só percebi agora que elas estavam cobertas com cortinas vermelhas como se de fato fossem um palco.

- Senhoras e senhores! – o maníaco sequestrador apareceu na luz como se estivesse apresentando um espetáculo. – Eu, Viktor Chevalier, futuro tutor legal da criança que está por vir, declaro aberto o Battle Royale Godfather Edition! – uma máquina de lançar confetes fez com que um monte de papel brilhante voasse por toda a sala. Seria preciso um infográfico para fazer esses idiotas entenderem que não se estoura coisas perto de grávidas?!

A propósito, aposto que o nome tinha sido ideia do Armin.

- Senhores e senhora, esta será uma batalha até o último a ficar de pé, cujo prêmio será o direito a apadrinharem  a criatura que está dentro da Lynn! – aplausos dos concorrentes. – As regras são simples! Duas duplas, quatro concorrentes, quem fizer mais pontos se torna padrinho ou madrinha!

 Mais aplausos e então eu percebi que os aplausos também eram gravados e estavam saindo pela caixa de som, fazendo a trilha sonora daquela palhaçada muito mais versátil do que eu imaginava.

- Pois então, vamos ao jogo! – a essa altura os gêmeos estavam sentados em um lado da sala, e o Kentin e a Rosalya de outro. – Assistente de palco!

Com isso Lysandre apareceu, do nada, no “palco”, impecavelmente vestido de terno, casaca e cartola, e a luz iluminou uma roda, tipo uma roda da fortuna, com os mais diversos temas, desde “não use drogas” até “de onde vêm os bebês”. Lys-fofo acenou alegremente para mim, Cassy. Como é que ele trocou de roupa tão rápido?!

- Por que o Lysandre não está participando? – cochichei para o Castiel, enquanto o Viktor explicava como o jogo funcionava.

- Por que o posto de padrinho dele já é garantido. – Cassy respondeu e eu não poderia deixar de concordar. – Ele é o padrinho, o Viktor é o tutor legal caso a gente morra, esse foi o trato.

- Por favor, me diga que você não assinou nada.

- Ele me jurou que era só um autógrafo para uma prima.

- A gente vai morrer.

- Comecemos então, senhores e senhorita com uma rodada rápida de “Quem disse...” para sabermos quem vai começar! – o Viktor parecia um vendedor de carros animando uma plateia. – As regras são simples, nós dizemos a frase e quem acertar mais por uma diferença de duas frases, ganha o direito de girar a roda.

- SIM SENHOR! – eles falaram.

- Muito bem! Quem foi que disse... – Viktor apontou para o Lysandre.

- “Eu vou arrancar a sua alma, enfiá-la numa garrafa, e manda-la via expressa direto para o inferno”... – a cara dele ao levantar os olhos do cartãozinho que estava lendo foi de “meu Deus do céu... Essa criatura se reproduziu”.

- Lynn! – Kentin respondeu em menos de dois segundos. Essa frase foi dita para o Viktor, só por curiosidade.

- Certa a resposta! – o Viktor falou e os aplausos artificiais pontuaram. – Próxima frase, quem disse...

- “Eu acabei de pensar numa coisa interessante...” – pausa proposital. – “Quer saber de uma coisa? Que se dane essa merda, eu quero que você se foda”. – essa é fácil.

- CASTIEL! – os quatro exclamaram juntos.

- Pois bem, todos acertaram. – o Viktor falou rindo. – Próxima frase... Quem disse...

- “Eu também não aguento olhar a sua cara, mas eu não vim ao mundo para te agradar”. – essa também é fácil.

- Castiel! – o Alexy falou. E Cassy disse aquilo para o Nathaniel, diga-se de passagem, como o Viktor sabe disso é a grande questão.

- Exatamente! Gêmeo com olhos brilhantes como ametistas. – que porra foi essa? – Vocês estão empatados senhores, próxima frase... Quem disse...

- “Eu vou te dizer isso do jeito mais delicado e simples que eu consigo: eu estou pouco me fodendo para o que você pensa”. – huh, essa era difícil, tanto que eles ficaram pensando uns dez segundos, até que o Armin levantou o braço.

- Castiel?

- Huuum... – suspense proposital. – E... EXATA! – os gêmeos suspiraram de alivio. – Próxima frase é...

- “Quando o Nathaniel fica um pouco maligno, eu gosto de chama-lo de Satãniel”... – depois dessa frase alguma coisa dentro do Lysandre morreu, eu vi nos olhos dele.

- Não é possível que isso tenha sido a Lynn. – o Alexy falou.

- Não só possível como FOI! – os quatro competidores olharam para mim com uma expressão de “nossa, e eu achava que o Castiel era o idiota”. Podem me julgar, eu sou engraçada não importa o que as pessoas pensem disso.

- Próxima frase, quem disse...

- Por favor, ninguém me informe o contexto desta. – Lys-fofo disse, suspirou e leu a frase. – “Escute aqui seu pedaço de merda, eu vou falar isso de um jeito que seu cérebro degenerado entenda: ou você faz o que eu mando, ou eu te enfio dentro de um frezzer e te jogo no fundo do mar”.

- Essa foi a Lynn. – a Rosalya respondeu sem um grão de dúvida. Eu tinha dito isso para o Erik, só a título de informação.

- Pois bem! Como os gêmeos erraram uma, o time misto... – Rosa e Kentinho. – Estão com uma frase à frente, se vocês acertarem a próxima ganham a primeira volta da roda! – aplausos artificiais. – Quem disse...

- Eu gostaria de entender esse sistema de comunicação de vocês. – o Lysandre falou com uma sobrancelha erguida para o que estava escrito no papel. – “Meu amor, eu sei que você é um completo de um imbecil, mas até você deveria sabe que quando se puxa o pino de uma granada a última coisa que você faz é socar ela na sua própria uretra”.

- LYNN! – isso foi o time misto adivinhando. O Alexy e o Armin estavam ocupados demais rindo, imaginando para quem eu tinha dito aquilo. Foi para o Castiel.

 Só para constar, não era difícil achar um padrão aqui, minhas frases eram sempre melhor elaboradas, com figuras de linguagem inteligentes e a maioria tinha mais de duas linhas de extensão.

- Pois bem então! Dupla número um! – era a Rosalya e o Kentin. – Vejamos o que a roda tem para vocês...

 Lys-fofo girou a roda e caiu no tema: “entretenimento audiovisual”, seja lá o que fosse aquilo.

 Aplausos artificiais. Viktor puxou um monte de cartões do próprio terno.

- Pois bem! – Viktor disse para a dupla. – Como futuros possíveis padrinhos, vocês já devem saber que a Lynnette... – ÓDIO. – A mãe de seu afilhado ou afilhada, é maluca quando se trata da educação em cultura televisiva. – todos acenaram concordando que eu era maluca. Até o cachorro pareceu acenar. – Com isso em mente, que famosa série de TV a Lynn odeia tanto que ela proibiria que chegasse aos olhos de sua cria?

- Calma aí! – Kentin disse. – De que gênero de série estamos falando?!

- Todos. – o Viktor respondeu com um sorriso cruel. – Trinta segundos! – o som de “tic-tac” se fez ouvir pela casa.

 Por dez segundos Kentinho e Rosa cochicharam um para o outro discutindo a resposta.

- Essa pergunta é uma pegadinha! – a Rosalya falou. – Tem duas séries que ela odeia acima de tudo.

- Justifique.

- Friends ela odeia porque o romance principal é, nas palavras dela, “desinteressante e um lixo desperdiçador de tempo”. – impecável, eu odiava com todas as minhas forças aquela putaria entre o Ross e a Rachel, por mim os dois iriam direto para o inferno. – Madman ela odeia porque a série é machista, os personagens são autodestrutivos e ninguém nunca atirou em ninguém na série.

- Como é que eles sabem tudo isso? – perguntei para o Castiel.

- O Viktor fez uma apostila para eles estudarem uma semana antes. – arregalei os olhos em expressão de desdém. – É sério.

- Muito bem! – aplausos. – Cinquenta pontos a mais por vocês não caírem na pegadinha!

- Ah, qual é! – os super-gêmeos protestaram. A Rosalya e o Kentin fizeram um high-five.

- Super-gêmeos! – o Viktor se voltou para os dois. Ele leu minha mente ou eu já tinha citado esse apelido para o Alexy e o Armin? – Mesma pergunta, mas ao contrário, que série de TV a Lynn obrigaria o rebento assistir?

- Essa é fácil. – o Armin disse sorrindo. – Modern Family.

- Cinquenta pontos de bônus se vocês falarem qual cena aconteceu na série e aconteceu com a Lynn na vida real.

- UH-HU! – o Alexy disse. – O Phil levou um soco de um canguru, assim como a Lynn!

- E a diferença é...

- O canguru que socou a Lynn era adulto!

- Impecável a resposta! Dez pontos pela resposta certa, e cinquenta a mais pelo bônus!

Palmas artificiais.

- Muito bem! Vejamos o que a roda tem a oferecer para Armin e Alexy! – Lys-fofo girou a roda novamente. – E o tema é: “genética”!

Mas que porra...?

- Caneta e papel para os competidores, por favor... – Lysandre deu para eles, olha que irônico, um bloco de notas. – Sabendo que o tipo sanguíneo da Lynn é “A” e o do Cassy... – A-HÁ. – É “O”, quais são os possíveis tipos sanguíneos do bebê em porcentagens?

Os gêmeos começaram a calcular loucamente. Como porras eles saberiam isso?! Quantas coisas havia nessa apostila?! Melhor, quais coisas estavam escritas nessa apostila?!

- Ufa, eles pegaram uma das mais difíceis. – Kentin falou.

- Mas se eles acertarem eles vão ganhar quinze pontos extras. – Rosa disse.

- Você já viu as notas do Armin em biologia? – eram catastróficas, até hoje utilizadas como exemplo do que se não deve fazer numa prova. – Nós vamos ficar bem.

- Cinco segundos! – o Viktor falou e a plateia imaginária fez um “huh!” – Quatro... Três...

- Conseguimos! – o Alexy estava com a testa meio suada. – 75% para o tipo “A”, 25% para o tipo “O”!

 Sem querer desprezar a inteligência do meu par de gêmeos favorito, mas nunca, nessa terra linda e verde de Deus, que eles conseguiriam fazer esse cálculo em trinta segundos sem consultar uma tabela. A não ser que a apostila do Viktor incluísse aulas de sistema sanguíneo... Meu Deus, meus amigos são malucos...

- Certa a resposta! – o Viktor precisou checar no cartão. – Quinze pontos a mais por conta do nível de dificuldade!

 Aplausos.

- Eu te falei que ia valer a pena estudar mais essa parte. – o Alexy disse para o Armin.

- Pois bem! Rosalya e Ken... Kentin, vocês ganham dez pontos extras se conseguirem acertar o fator RH. – que tipo de jogo era esse?! – Arriscam perder dez pontos se errarem, vocês também podem passar e giramos a roda.

Eles discutiram brevemente.

- Nós vamos tentar! – os dois disseram com o espirito da vitória nos olhos.

- Pois bem! – a plateia aplaudiu. – O fator RH da Lynn é positivo e o do Castiel é negativo.

- Sim, mas o da Lynn é “RR” ou “Rr”? – o Kentin perguntou. Como...? O que...? Que demônios estava acontecendo aqui?

- Essa informação estava no “Guia do Competidor”, trinta segundos!

- Droga! – os dois começaram a cochichar. 

- Viktor, como porras você sabe qual é o tipo do meu fator RH? – perguntei. O do Castiel era fácil presumir já que o dele era negativo, ou seja, o sangue dele era completamente recessivo, mas o meu não era simples assim de descobrir.

- Todas as informações nessa competição foram recolhidas com ambas as formas e fontes anônimas. – ou seja, através de espionagem industrial. – E em hipótese alguma serão reveladas qualquer uma das duas.

- Pode ser meio cedo para dizer isso, mas acho que vai ser melhor limitar o nível de influência do riquinho caso nosso filho não seja inteligente como você. – não poderia concordar mais, senhor Cassy.

- Espera aí! – o Kentin disse. – O fator RH da Lynn é dominante! O do bebê só pode ser positivo!

 Obviamente, sangue dominante, fêmea dominante.

- Muito bem senhores e senhorita agora nós chegamos a... – Lysandre puxou uma corda e caiu, do telhado uma faixa escrita. – RODADA RELÂMPAGO!

- AH MEU DEUS! – os concorrentes responderam em euforia.

- Como vocês bem sabem, para serem padrinhos devem, além de tudo, possuir um conhecimento profundo sobre os pais dessa criança, para o caso de um deles MORRER... – ele disse isso olhando para o Castiel. – Poderem informar de forma acurada qualquer coisa que seu afilhado ou afilhada perguntar.

- CERTO. – foi a resposta.

- Pois bem, as perguntas de agora são direcionadas para todos os concorrentes e quem responder primeiro, ganha os pontos! Prontos?!

- PRONTOS!

Viktor remexeu alguns cartões.

- Qual cor ficou o cabelo do pai da primeira vez que ele tentou tingi-lo, aos dezesseis anos?

- ROSA! – a Rosalya respondeu. Os outros estavam ocupados rindo em imaginar o Castiel de cabelo rosa, até eu, inclusive, estava ocupada rindo.

- Certo! Próxima pergunta! – o Viktor era um mestre de palco maravilhoso. – Com quantos anos a Lynn tocou fogo na própria sobrancelha?

- Treze! – isso foi o Kentin.

- Bônus se disser como!

- Ela queimou na escola tentando colocar fogo em um casaco seu! – e não senti arrependimento nenhum dia depois mesmo quase ficando cega e sem sobrancelha nenhuma pelo resto da minha vida.

- Caralho... – isso foi o Castiel impressionado com o nível de idiotice que habitava a casa dele naquele momento.

- ÓTIMO! Próxima pergunta! A qual clube o senhor Castiel pertencia em Sweet Amoris?

- Basquete! – os gêmeos responderam juntos.

- ÓTIMO, qual era a blusa que ele usava no dia, maldito, em que ele e a Lynn se conheceram?

- UMA VERMELHA! – Alexy gritou por cima da Rosalya. – Do Winged Skulls!

- Essa e mais informações sobre o vestuário dos pais podem ser encontrados no “Guia do Competidor”! – aplausos da plateia de mentira. Como é que ele conseguiu todas aquelas informações?

- Eu sabia que a gente devia ter revisado essa parte. – a Rosalya falou rancorosa para o Kentin.

- Pois bem! Próxima pergunta! – o Viktor remexeu os cartões até achar a próxima pergunta. – Nós sabemos que Cassy... – A-HÁ. – É um excelente cozinheiro, mas no final das contas, qual é a comida favorita dele?

 Essa é fácil.

- Hambúrguer do McDonald’s! – o Armin respondeu.

- Maravilha! Do que o pai da criança não gosta?

- De gatos! – o Kentin disse.

- Do Nathaniel! – o Armin falou.

- De receber ordens! – o Alexy e a Rosalya falaram ao mesmo tempo.

- Certas todas as respostas! – só para constar, quem estava atualizando as plaquinhas dos placares era o Lysandre, e agora ele quase tinha tropeçado de tantas atualizações que teve que fazer. – Apesar de a última ser irônica, já que todos nós sabemos que ele vai passar o resto da vida recebendo ordens da Lynn.

- Pelo menos eu sou recompensado por isso. – Cassy respondeu.

- É e agora tem um ser dentro de mim consumindo minha comida.

- Pois bem! Rodada do “quem nunca irá...” – quê?! – Pois bem candidatos a padrinho e madrinha: quem do casal nunca irá fazer o imposto de renda?

- O CASTIEL! -  a Rosalya e o Kentin gritaram apontando para ele.

- Quem do casal nunca irá, e nunca deverá nem tentar, cozinhar para a família?

- A LYNN! – os gêmeos responderam.

- Quem do casal nunca irá admitir que está errado?

Os quatro, os quatro, puxaram o ar para responder, mas pararam na metade do caminho hesitando. Não que eu pudesse culpa-los, era uma pergunta difícil mesmo.

- Os dois? – o Armin falou.

- CERTA resposta! – aplausos acústicos. – Quem nunca estará errado?

- A LYNN! – os gêmeos responderam.

- E quem sempre vai estar errado?

- O CASTIEL. – o time misto respondeu. Estou começando a gostar desse jogo.

- Pergunta bônus! Quem acertar esta ganha o direito a girar a roda novamente! – rufar de tambores. – No aniversário de vinte e um anos do Castiel, a Lynn ficou bêbada e cantou uma música para ele num karaokê. – lembro disso não. – Qual era a música?

- Cherry, cherry! – o Alexy respondeu primeiro.

- Errada! Essa ela cantou depois que ele foi internado por excesso de álcool e falta de glicose!

- Você respondeu cedo demais, Alexy! – o outro gêmeo disse.

- Walk like a Man! Fast as you can! Walk like a man my so-ooon! – o Kentin e a Rosalya cantarolaram simulando o ritmo da música com as palmas. Nossa, eles devem ter estudado muito para essa idiotice.

- Certa a resposta! Giremos a roda para estes dois! – Lys-fofo girou. – Música!

Applause.

- Como vocês bem sabem, o possível pai dessa criança... – Cassy fez um “hei!” – É um talentoso guitarrista de uma banda de rock em ascensão... – cabeças foram balançadas em concordância. – Dito isso, o que temos aqui é uma série de três perguntas, cada uma valendo cinco pontos e com direito a um bônus caso todas estejam certas.

- Ah, qual é! Nós só ganhamos quinze pontos com o tema mais difícil! – o Armin protestou.

- Ok, senhor, senhorita, prontos?

- Sim! – os dois responderam.

- Qual instrumento acústico o pai da criança utilizaria para entretê-la?

- Violão! – a dupla mista respondeu em uníssono.

- Essa pergunta valeu cinco pontos?! – o Armin estava indignado, irônico que um designer de jogos levasse um jogo fajuto daquele tão a sério.

- Qual música seria a principal do repertório? – o Kentin hesitou então a Rosalya respondeu por ele.

- Ele odeia músicas de ninar, então ele cantaria... Portrait! – ela disse alegre por se lembrar. – Do Alt+J!

- Cinco pontos a mais se vocês disserem o porquê.

- Porque é a única música que a Lynn consegue cantar junto com ele sem parecer que estão tentando mata-la. – todo mundo ali concordou e eu não vou negar. Eu sou uma péssima cantora, não dá pra ser perfeita em tudo, senão meu personagem não teria credibilidade... Já basta ser boa no piano, nos estudos, em línguas, em esportes e em domínio sobre os seres vivos.

 Isso foi superespecífico e superaleatório também.

- Aawn. – eu abracei o Castiel. – Nosso bebê vai ter um bom gosto musical quando crescer...

- Próxima pergunta. – o Viktor deu um sorriso maligno. – E qual ele tocaria quando a Lynn não estivesse perto?

- Como é que é? – isso fui eu.

- É uma daquela banda que a Lynn odeia... – o Kentin refletiu. – Smell like teen Spirit!

- Certa a resposta!

- SOBRE O MEU CADÁVER! – minha voz saiu dois tons mais aguda. – Que você vai tocar Nirvana para o meu bebê!

- Tudo bem, negociemos. – Cassy se virou para mim no sofá. – Você não toca Nine inch Nails para o bebê e eu não toco Nirvana.

 Olhei profundamente nos olhos dele antes de dizer:

- Você ainda não venceu essa guerra.

- Uma batalha por vez, princesa. – ele disse com ar vitorioso. – Uma por vez.

Tá maluco que eu ia deixar meu filho crescer sem escutar Nine inch Nails?!

- Isso é sério?! – o Armin falou em tom de protesto. – Eles ganharam trinta e cinco pontos por acertarem a parte musical?! A gente conseguiu prever o sangue do bebê!

- Não se preocupe meu querido anjo de olhos azuis. – que porra foi essa?! – Você e seu irmão ganham dez pontos extras se conseguirem adivinhar, entre essas músicas, qual delas fará a Lynn chorar.

 Meti uma almofada na cara do Castiel.

- Eu não ACREDITO que você contou isso para o Viktor!

- Ele tinha jurado que manteria a boca fechada!

- Isso é a mesma coisa de ele jurar que vai contar pra todo mundo!

- Pois bem! Cá estão as músicas! – Lysandre apareceu segurando um cartaz com o nome das duas músicas escritas: Lève les voiles do Cœur de Pirate e TRUE do Spandau Ballet.

 Os gêmeos cochicharam entre si.

 - Inacreditável. – falei. – Meu namorado, pai do meu filho e meu melhor amigo de infância, os dois dos homens mais importantes da minha vida, são dois idiotas.

- Nós vamos com True. – o Alexy falou.

- Pois bem! Vamos tirar a prova. – COMO É QUE É?! – Música, por favor!

O Lysandre apertou play no computador que estava ligado ao home theater.

- Castiel, nós acabamos de votar que você vai dormir na sala de novo por causa disso.

- Vai valer a pena.

(Ha-ha-ha, ha-ah-hi)

(Ha-ha-ha, ha-ah-hi)

Cruzei os braços e bufei, me concentrando na raiva. Todos os outros bípedes da sala estavam olhando para mim. Não vou chorar, tá maluco?! Eu sou a protagonista fodona dessa merda, eu sou a toda poderosa, a maluca destruidora de vidas... Eu não produzo lágrimas, eu sou o motivo delas caírem...

(So true)

(Funny how it seems)

Eu não choro, eu causo o choro e o desespero.

(Always in time, but never in line for dreams)

Eu sou a personagem mais foda dessa história...

(Head over heels when toe to toe)

(This is the sound of my soul)

- EU ODEIO VOCÊS! - a essa altura eu já estava me debulhando em lágrimas e acompanhando a música com um microfone imaginário. – “This is the sooooound...” – isso canta para o além, Lynn palhaça, canta essa música de merda de filmes românticos dos anos 80, canta chorando pra todo mundo ouvir...

I KNOOOW THIS MUCH IS… TRUE!

Meu Deus, como eu sou retardada.

- Caralho… Antes do refrão. – o Viktor veio até nós e passou uma nota de cem para o Castiel. – Quem diria que eu viveria para ver a garota que quebrou minha perna chorando por causa de uma música.

- Annette, isso é a sua mãe chorando por causa dos hormônios que você colocou no sangue dela... – QUEM DEU AQUELE CELULAR PARA O ARMIN?! – Não se preocupe que são lágrimas de felicidade por que ela teve o melhor Chá de Fraldas de todos os tempos...

- Como é que vocês sabem esse nome?

- É conhecimento requisito da apostila. – o Alexy respondeu.

- Olhe bem para essa cena, Annette, por que aí você vai saber que não é só seu pai que chora que nem uma garotinha e que sua mãe já chorou um dia. – isso foi o Viktor.

- Eu sei onde você estaciona o carro, riquinho. – Cassy falou. – E sei quem adoraria dizer “oi” pra ele.

- Se você está se referindo a mim fique sabendo que eu não vou contribuir com essa sabotagem.

- Valeu a pena de qualquer jeito.

- A propósito, o Viktor trapaceou nessa. – falei para o Kentin e a Rosalya. – Eu também choraria com a Lève les voiles. – verdade, ah céus, era só ter outro ser humano dentro de mim que eu virava uma piada sentimental.

 A pergunta que não quer calar é o porquê do Viktor estar roubando para os gêmeos ganharem.

- VIKTOR! – o Kentin e a Rosalya exclamaram ao mesmo tempo.

 Daí começou um bate-boca desgraçado entre as duplas e o Viktor, o barulho com certeza seria motivo de reclamação no prédio, mas não me importei. Depois de me fazerem lacrimejar com uma música meu coração estava sedenta por sangue e discórdia.

 Enquanto os candidatos a padrinhos da minha cria discutiam sobre um jogo completamente tendencioso e maléfico armado pelo Viktor, eu fiquei brincando com o cabelo do Castiel. Depois de se cansar de ver aquela baixaria, Cassy encostou a cabeça no meu ombro.

- Olha só pra eles. – Cassy estava se referindo aos nossos amigos. – Vai ser rodeado disso que nosso filho vai nascer. – que todos os deuses o protegessem. – Às vezes eu ainda entro em pânico quando penso que vamos ter um filho...

Opa, opa, opa, opa, opa...

- Como é que é?

- Mas aí eu lembro que é você. – ele levantou o rosto e me deu um beijinho na face. – E lembro que temos... Eles... – então o Castiel passou a mão no meu ombro e me apertou contra ele. – Nós vamos conseguir, princesa.

 Não vou mentir, no fundo fiquei assustada com essa sabedoria repentina do Castiel. Porém, sorri com aquilo e me aninhei ao peito dele e continuei observando a baixaria do Battle Royale Godfather edition! Agora estava todo mundo em pé discutindo que o vencedor definitivo seria aquele que conseguisse imitar melhor a cena inicial de Rei Leão.

 Pois então, sorri para o Castiel, me levantei, subi no sofá e depois peguei uma almofada, ergui nos braços e mostrei para o mundo, como se fosse aquele macaco maluco apresentando o Simba, no filme do Rei Leão. Ainda bem que eu só tinha amigos idiotas, assim que eu fiz a pose, todos eles, menos a Rosalya que era elegante demais, se posicionaram para fazermos a nossa versão da cena do Rei Leão. Quando minha mãe e os pais do Castiel chegaram, eles pegaram todos nós na sala cantando as músicas do filme e comendo biscoitos.


Notas Finais


Alô, alô '-'
Pois é, pois é, cá estamos nós.
Acho que não tenho nada para comentar, mas gostaria de saber aí se alguém tem fics para recomendar, eu queria começar um novo projeto com outros paqueras (tipo o Kentin, o Armin, o Lysandre..), mas sinto que não conheço os outros meninos o suficiente o.ô por isso, se alguém tiver fics para me recomendar, por favor :3

Muito obrigada pelos comentários e pelo apoios :3

E muito obrigada por ler :3


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