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História As Novas Vidas Secretas de Sweet Amoris - Dono-de-Casa


Escrita por: CandyBabe

Notas do Autor


PELO AMOR DOS DEUSES, eu adoro escrever e postar essa fic, mas não existem palavrões o suficiente na língua portuguesa que descrevam o quanto eu ODEIO ESSA PORRA DESSE CARALHO DESSAMERDA DE...

Enfim '-' vamos lá?

Capítulo 43 - Dono-de-Casa


 

 Registro de parto da Lynn Palhaça.

- EU ODEIO VOCÊ! – eu não sei como eu conseguia gritar, respirar, sentir as contrações, ódio, pânico e parir ao mesmo tempo. – MEU DEUS! COMO EU ODEIO VOCÊ!

- Lynn, se acalme... Respira...

- RESPIRA O CARALHO... – respiração, arzinho pra dentro, arzinho para fora. – Eu vou matar você, Castiel, é tudo sua culpa!

- Tudo bem! – a médica, sentada entre as minhas pernas falou. – O bebê está pronto! Comece a empurrar mamãe!

- Eu odeio tanto você, Castiel... – meu Deus, eu iria morrer. – Ah, céus, eu vou morrer aqui... Isso é tão injusto, eu sou a protagonista nessa merda, porque eu tenho que parir essa criatura sozinha?

- Lynn, você consegue...

- CALA A BOCA!

- Tudo bem mamãe! Empurra!

- VAI SE FODER VOCÊ TAMBÉM!

Seis horas depois.

- Lynn... – senti a mão do Castiel acariciando minha cabeça de leve. – Lynn? Você está acordada?

- Você anotou a placa do caminhão que passou pela minha cara?

- Lynn, você conseguiu. – o sorriso dele era tão enorme que eu até estranhei.

- O que?

- Você conseguiu, princesa... – me ajeitei no leito, sentindo todo o meu corpo doer, me sentindo dopada por causa da peridural e exausta por causa do parto. Ah, é mesmo, eu tinha acabado de parir alguém, por isso eu me sentia como se tivesse saído do outro lado de um moedor de carne gigante. – Ela está aqui... E está bem.

- O que? – só depois daquela frase que eu percebi que o Castiel tinha alguma coisa enrolada nos braços. – Ela?

 Com todo o cuidado na face da terra ele me passou o embrulhinho cor-de-rosa que continha o filhote mais lindo e adorável que eu já vi desde que a Collette nasceu.

 Eu não tenho palavras, não tenho nenhuma metáfora ou qualquer outra figura de linguagem que me ajude a explicar a sensação de pegar um bebê sabendo que é seu. Simplesmente é impossível descrever como é segurar uma criaturinha tão pequena e tão frágil, sentir o seu peso entre os seus braços e ela se aninhando perto de você, sabendo que ela é sua e que depende completamente do seu amor agora.  Então era essa coisinha que estava no meu útero me fazendo entupir nossas veias de sorvete e não me deixando dormir.

 Realmente, não há palavras, “amor” é curta demais para descrever o que eu sinto pela minha garotinha. Assim que eu vi aquela menininha e a senti nos meus braços eu sabia que iria amá-la mais do que tudo pelo resto da minha vida.

 Puta merda, eu era mãe.

- Ela é linda... – eu falei olhando para o bebê se aninhando nos meus braços. – Meu Deus... Ela é linda... – senti o Castiel abraçando nós duas ao mesmo tempo e beijando o topo da minha cabeça. – Caralho, a gente tem uma filha...

- Nós temos, princesa... – me afastei do leito para que ele pudesse se sentar com nós duas. – Ainda bem porque até eu já estava me acostumando com a ideia de chamar nosso filho de “Nathaniel”.

- Eu não acredito... – caralho eu estava mega dopada, mas ainda assim conseguia ver meu nariz perfeito no rosto daquele bebê. – Minha garotinha, minha filhinha, minha amazona, guerreira poderosa de Diana... – sorrir fazia todo meu corpo doer, mas ainda assim eu sorria. – Ela é perfeita...

- Claro que ela é. – senti o braço de Cassy me apertando pelos ombros com delicadeza. – Ela é sua.

 Ri, senti dor nas partes baixas porque eu ri, mas não tirei os olhos daquele bebê. Engraçado como o simples fato de ela estar dormindo nos meus braços agora e não no meu útero, me fascinava.

- Ela é sua também, esqueceu? – ele me deu um beijinho e não respondeu mais nada, porque também estava hipnotizado com a nossa filinha.  

- Então vai ser Annette mesmo?

- Nós podemos chama-la de Annie. – falei. – E quando ela pegar ódio do nome dela... – que nem aconteceu comigo e como aconteceria com a Collette. – Ela pode fazer os outros chamarem-na de Anne.

- Annie... – ele afastou devagarzinho o manto que enrolava a Annette para podermos ver melhor o rostinho dela. – Você não pôde esperar mais algumas semanas não é mocinha?

- Ela ficou com medo porque eu gritei com ela... – falei. – Me perdoe ter gritado com você, minha amazona, mas nós tínhamos que ir ao banheiro umas quinze vezes por dia...

- É bom você se acostumar com ela gritando com você mocinha. – ele disse afastando a manta para ver o rostinho dela melhor. – Mas não se preocupe que eu vou estar aqui para te defender...

Acho que quem deveria me preocupar agora era eu, já que seriam dois contra uma.

 Por um momento nós dois ficamos em silêncio admirando o nosso bebê dormir.

- Ah, sim. – o Castiel falou. – Tem um monte de gente lá fora querendo ver a Annette.

- O que você disse para eles?

- Disse que esperassem porque nenhum de nós dois vai dividi-la com outra pessoa.

- Esse é o meu homem. – ele beijou o topo da minha cabeça novamente.

- Além do mais eu avisei para o Viktor que se alguém for fazer a cena do “Rei Leão” com ela, esse alguém vai ser você. – lógico que vai, fui eu quem pariu a menina, eu que tenho o direito de erguer ela numa pedra para apresenta-la ao mundo como se eu fosse uma maluca.

 Como se eu fosse uma maluca... Há-há, até parece.

 Por um momento nós ficamos em silêncio. Aquilo era novo e completamente diferente para mim. Eu estava acostumada a sentir apoio no corpo do Castiel, mas até então eu não sabia o que era sentir um bebê, um bebê que era meu, nos braços. Meu coração se aqueceu com aquilo, e também com o fato de eu saber que o Castiel estava lá para apoiar nós duas.

- Então... – Castiel disse depois de um tempo.

- O que?

- Você acha que já está na hora de termos outro?

Ri levemente antes de responder.

- Eu mato você se fizer essa piadinha enquanto meu útero ainda está do tamanho de uma melancia.

- Você sabia que essa é a décima quinta vez que você me ameaça de morte hoje? – ele respondeu. – Até enquanto você delirava você ameaçou me esfaquear.

- A décima sexta está a uma frase de vir de novo Castiel. – retruquei.

 Ele puxou meu rosto delicadamente e me beijou de leve. Depois se abaixou e deu um beijinho delicadíssimo no topo da cabeça do nosso bebê.

- Eu amo vocês duas.

- Oown... – minha cara já estava cheia de lágrimas.

- Você vai ameaçar me matar por isso?

- Ainda não. – ele me apertou. – Idiota...

X

 O que ninguém avisa sobre gravidez e ter filhos é que não tem uma parte fácil. Já começa difícil e vai piorando ao ponto de você chorar no telefone implorando que sua mãe te socorresse. Diga-se de passagem, quem fez isso foi o Castiel e não eu. Eu ligava para a médica chorando perguntando se havia alguma possibilidade de enfiar a Annette na minha barriga de novo. O que? Ela não chorava quando estava protegida pelo útero da mamãe.

 Bem, três dias depois Annette e eu recebemos alta e aí fizemos uma viagem de quarenta e cinco minutos até a capital onde nossa nova casa nos esperava. Não houve festinhas surpresas e nenhuma emboscada maligna do tipo, especialmente porque o Castiel avisou para todo mundo que eu arrancaria a cabeça de quem aparecesse de surpresa querendo ver o meu bebê enquanto minha barriga ainda estava enorme e eu ainda sentisse contrações pelo fato de meu útero estar voltando ao tamanho normal.

 Tudo correu bem no começo. A Annette dormia a maior parte do dia e na outra parte ela faltava arrancar os meus peitos enquanto eu a amamentava. Isso é outra coisa que ninguém avisa, que o bebê quase arranca seus peitos durante a amamentação, não é nada bonito e romântico como os comerciais nos fazem pensar. Fora isso, no começo foi até fácil.

 Isso até virem as cólicas, os pesadelos, o frio, os choros noturnos.

 Vou dizer como é que isso procedeu por um tempo: Annette chorava, Lynn chorava, Castiel chorava porque não conseguia fazer nenhuma das duas parar de chorar.

 Depois, quando finalmente descobrimos como fazer a Annette parar de chorar, isso era adquirido quando nós a deixávamos dormir conosco, dois meses depois o Castiel teve de viajar com a banda. Meus pais estavam ocupados com a mudança e eles já tinham um bebê com o qual se preocupar, então os pais do pai da Annette decidiram tirar férias adiantadas para me ajudarem com a minha filha. Foi uma benção divina ter pais experientes me guiando naquilo, mas ainda assim eu sentia saudades do meu namorado, da minha mãe e do meu pai e da época que eu era só uma filha e não chorava umas cinco vezes no dia. Pelo menos com dois meses os hábitos de dormir da minha filha já estavam se tornando previsíveis e começando a se estabilizar. O Castiel ligava pelo menos umas dez vezes no dia para saber como nós duas estávamos. Uma vez eu joguei o celular contra a parede porque ele ligou exatamente no segundo em que ela tinha começado a dormir.

 Depois que o Castiel voltou, as aulas na universidade começaram. Sem toda a porcaria sentimental de que era difícil se separar do meu bebê para ir trabalhar, era, muito, eu passava o dia preocupada, mas sendo brutalmente sincera era um alívio sair de dentro de casa, onde as pessoas tinham idade o suficiente para me dizer o que elas queriam sem que precisassem passar quinze minutos chorando.

 Cuidar de bebês não é fácil. A Collette veio para os meus cuidados quando ela já tinha dois anos, não precisava ser amamentada e dormia a noite inteira, ninguém me avisou que era uma longa e tortuosa estrada até se chegar a esse ponto.

 Enfim, não é porque era difícil que eu odiava. Claro que não, era ótimo ver aquela criaturinha crescendo a cada dia, sorrindo para mim e dando demonstrações de felicidade toda vez que ouvia minha voz. Claro, eu quase me matei de desespero quando descobri que tinha que cuidar de um bebê, preparar aulas e estudar que nem uma cachorra para o meu doutorado, mas ainda assim, valia tudo a pena quando eu via aquela menininha sorrir.

 Bem, seis meses se passaram. Eu estava dando aulas para a graduação de manhã e tendo aulas do doutorado a tarde, as vezes eu ficava de plantão no Centro de Recuperação. Meu mentor e chefe tinha piedade de mim porque sabia que eu era uma mãe recente e de primeira viagem, por isso ele não me fazia ficar muito tempo na universidade se não fosse extremamente necessário.

 Enfim, eram quatro horas da tarde, mas pareceu uma eternidade até eu conseguir chegar em casa. Nós só tínhamos um carro, já que eu não precisava dirigir até a universidade, e como ele estava na garagem eu vi que o Castiel e a Annette estavam em casa. Nossa política era entrar em casa meio que escondido para não acordar o bebê caso ele estivesse dormindo, por isso entrei pela porta dos fundos, que era a com o trinco mais silenciosa.

 Fui dar com o Castiel na cozinha fazendo alguma coisa.

- Castiel? Cheguei. – falei entrando e colocando minhas coisas no balcão.

- Shh. – ele disse e me pegou pela mão. – Venha ver isso.

 Cassy nunca vai saber, mas era uma visão maravilhosa ver ele como dono-de-casa. Desde o nascimento da Annette ele tinha aprendido a usar calças, mas ainda assim ficava sem camisa o dia todo, e como não foi ele quem ficou grávido, então eu sempre recebia os músculos do meu namorado sorrindo para mim assim que eu chegava em casa.

 Nós passamos para a sala de visitas, onde Annette, minha pequena amazona já sabia sentar sozinha, estava sentadinha encostada na beira do sofá, mexendo os bracinhos e fazendo sons de bebê como se imitasse alguma coisa. A televisão mostrava a performance de Hupango, de Moncayo, dirigida pela Alondra de la Parra.

 - Olha só... – eu cochichei para o Castiel. – Ela está escutando música clássica!

- Acho que é mais que isso princesa. – ele falou observando nossa filha. – Acho que ela está tentando imitar a mulher da orquestra. – depois de todo esse tempo namorando comigo o idiota ainda não tinha aprendido quem era a Alondra de la Parra.

- Nossa filha vai ser maestrina! – eu disse sorridente como um bebê que descobriu que tinha mãos. É, eles ficam muito felizes quando descobrem isso. – É como seus pais disseram, ela vai ser talentosa e inteligente.

- Eu já olhei na internet, princesa, é mito dizer que bebês ficam mais inteligentes com música clássica.

- Cale a boca, ela já se decidiu, ela gosta de música clássica, não de Nirvana.

- Isso é porque você nunca a viu escutando Nirvana.

- Como é que é?!

- Eu vou lavar roupa. – ele me deu um beijinho na testa. – Fique de olho nela. – ah, não imagina, vou deixar que minha filha saia por aí escutando grunge e andando na garupa de motoqueiros.

 Ele saiu em direção a nossa lavanderia, e eu decidi me sentar perto da Annette no tapete da sala, não, não era o mesmo em que o Castiel e eu provavelmente fizemos ela, aquele ainda estava no apartamento dos pais do Castiel. Afastei os brinquedos e as almofadas e me sentei ao lado da minha garotinha. Ela percebeu minha presença e se alegrou em me ver, erguendo os bracinhos para que eu a pegasse no colo.

- Olha só pra você! – falei pegando-a no colo e me deitando com ela erguida nos meus braços. – Você gosta de Huapango minha amazona? Pois vai adorar Dvorak e Mussorgsky. – falei levantando-a e descendo usando meus joelhos para apoia-la. – Você vai ser uma maestrina maior do que todos eles! Não vai? Não vai?

 Uma ideia maligna veio na minha cabeça.

- Sabe de uma coisa minha amazona? – falei. – Por que nós não trapaceamos um pouco?

Levantei-me, peguei-a no colo, e fomos nós duas para a cozinha pegar ervilhas. O Castiel era o maníaco por fast-food, mas desde que a Annette nasceu ele se tornou um fiel defensor de alimentos orgânicos e saudáveis, papinhas feitas em casa e em potes de vidro já que o plástico liberava toxinas. Annette adorava banana amassada, mas ele só a deixava comer um pouco por dia porque senão ela não comia outras coisas.

 - Vamos fazer um teste comportamental em você minha linda filha de Diana. – nós já estávamos na sala, uma virada de frente para a outra. Amassei a banana, coloquei um pouquinho de leite. Sorri para a minha bebê, desliguei a televisão e coloquei Jupiter, de Holst, para tocar no hometeather.

 Assim que a suíte começou eu comecei a cantar junto e a alimentar a Annette. Uma vez minha mãe me disse que eu odiava tomar banho no começo, mas aí ela começou a me dar doces na hora do banho para que eu pensasse que era uma hora agradável, e pelo visto aquilo deu certo já que até hoje eu era, nas palavras do Castiel, “feliz como um labrador numa piscina de plástico” toda vez que sentia água a minha volta.

 - Vamos só dar uma ajudinha para você gostar de música clássica, não é minha amazona? – eu falei sorrindo vendo que a Annette tentava me imitar acompanhando a música. – Não é trapaça não é? É só uma mãe cuidando para que a filha tenha bom gosto...

 Depois de duas semanas, toda vez que música clássica era tocada na casa, a Annette ficava feliz por causa da associação. Depois de três semanas eu descobri que o Castiel fazia o mesmo que eu, só que com Nirvana.

 É, nós realmente nos merecíamos. 


Notas Finais


Gente esse site me deixa maluca, juro por todos os Deuses, se eu fosse rica já teria jogado o computador na parede de tanto ódio.
ENFIM, cá estamos nós
SIM é uma menina :3 por que é uma menina? Gente, tudo o que eu faço nessa fic é com um motivo, as vezes é por um motivo idiota (tipo na maioria das vezes), como só pra poder fazer uma única piadinha mais pra frente, mas enfim, é uma menina por um motivo. Mesmo que fosse um menino e que ele se chamasse Nathaniel, duvido muito que o Castiel deixaria de amar o bebê dele, pela impressão que Cassy nos passa no jogo, com todo o zelo que ele tem pelo Dragon e etc. Eu tenho a impressão de que ele seria um pai dedicado mesmo não admitindo isso.

Enfim :3 a boa notícia de hoje é que, TALVEZ eu tenha uma ideia para uma próxima fic, MAS, castietes, me perdoem, não seria com o Castiel >3 e a Lynn não seria a mesma dessa fic, eu gostaria de escrever algo novo, meio que fora do que já estou acostumada. Enfim :3 quem topa? Adoraria sugestões

MUITO, MUITO obrigada pela paciência e pelo carinho :3 como eu já disse para algumas pessoas, eu estou estudando nos finais de semana agora e GENTE DE DEUS, tô quase me matando, mas vai dar tudo certo :3

Obrigada por ler :3


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