Dezembro de 2015
Hey... Saiba você que eu estou mudando.
Não em tudo, obviamente. Eu ainda sei dizer quem eu sou, mas não sei se me manterei assim por muito tempo. Quero dizer... Eu nem sei mais o que eu quero dizer! Acho que isso é uma daquelas chamadas crises existenciais adolescentes, ou coisa assim.
Fiquei mais quieta esses tempos, apesar de tentar esconder isso na escola. Lá eu ainda tento ser uma pessoa alegre e acho que consegui convencer a maioria disso, porém toda regra tem suas exceções não é mesmo.
Nem digo o que andei fazendo, já que isso todos sabem... Escrevendo, óbvio!
Eu cheguei à conclusão de que eu não te amo. Não, eu posso ser apaixonada por você, mas eu não te amo, querido garoto. Eu amo a ideia de te amar, de que eu vou contar aos meus filhos desse coração partido. Eu amo meus dias de complexo comigo mesma, e minha melancolia adolescente misturada com TPM.
Eu não te amo, pois já amo te amar.
Às vezes eu não faço sentido. Eu só queria certezas na minha vida. Tudo é duvidoso: não sei de quem vou gostar ou odiar, se vai chover ou fazer sol, qual a nota da minha prova, etc. Eu quero mais coisas definitivas na minha vida. Definitivamente: deixar de gostar de quem não me merece, deixar de fazer o que não me interessa pelo bem dos outros, deixar de ser trouxa... Porque eu cansei.
Pena que você não pôde ser minha certeza definitiva.
Encarando o caderno e caderno me encarando,
Uma garota com alguns planos para ano que vem.
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