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História As Pedras das Inscrições - ItaSaku - O diário, parte 2


Escrita por: Kayennee

Notas do Autor


Oi pessoas lindas,
Obrigada, obrigada, obrigada pelos comentarios e favoritos que recebi ate agora. Fico feliz!

Desculpem-me se passou algum erro de português.

Sem mais, o capítulo.
Muitos bejinhos 😘😘

Capítulo 5 - O diário, parte 2


Fanfic / Fanfiction As Pedras das Inscrições - ItaSaku - O diário, parte 2

Sentei no sofá castanho com botões e recomecei a leitura:

E lá estava eu, no dia combinado e a hora esperada, preparada para seguir com o plano do Hokage.

Assim que saí da casa, senti um chakra me seguir. Franzi o semblante. Realmente alguém me seguia. Notei que somente havia um ninja atrás de mim.

Entrei na loja central do vilarejo, imediatamente reconheci o shinobi disfarçado por seu olhar. Era um Anbu. Escondi-me sobre um manto escuro que havia trazido e esperei no canto da loja fingindo olhar algum mantimento.

Ele transformou-se em mim e saiu...

Esperei um tempo até outro ninja aparecer.

Vamos, Tsunade hime — murmurou.

E assim conseguimos despistar a maldita cobra peçonhenta. Agora estava mais certa do que nunca. Por mais que eu sofresse, agora mais do que nunca, deveria deixar meu filho sob os cuidados de uma família que pudesse protegê-lo. Depois arrumaria uma jeito de me re-aproximar dele.”

Virei a página, tomei ar, engoli em seco e voltei o olhar a leitura.

Fiquei escondida numa fortificação dentro da vila durante esses dois meses e somente Minato e outro Ninja de confiança vinham me ver para trazer mantimentos: Hataki Kakashi, o discípulo de Minato vinha sempre e ficava algumas horas me fazendo companhia.”

— Como assim!? O Kakashi sensei sabia disso tudo?

Fiquei um tempo olhando para o teto e voltei a leitura...

Foi um período extremamente duro. Eu mal podia respirar.

Enfim, estava com nove meses e duas parteiras foram direcionadas para me acompanhar.

A hora havia chegado e as dores causadas pelas contrações vinham enlouquecendo-me. Ser mãe é realmente um ato de puro amor, só assim encontrei forças para parir.

Meus gritos eram urros desesperados...

Finalmente, ouvi o choro estridente do meu bebê. A parteira entregou-me a coisinha minúscula ainda coberta por meu sangue. Seus olhinhos enrugados pela claridade aos poucos iam relaxando.

É uma saudável e linda menina, senhora.

Por baixo do sangue pude ver uma penugem rosada em sua cabecinha quase careca. Era uma cor diferente, um vermelho ralo e desbotado, puxado para um tom salmão. Parecia uma flor de cerejeira.

Sakura! — eu disse.

É um nome que lhe cai perfeitamente — comentou uma das senhoras.”

Meus olhos agora estavam completamente fora da órbita e eu praticamente não conseguia respirar. Meu corpo ardia e tremia descompassado... O que significava aquilo? O que era isto que eu lia? Não podia ser somente uma coincidência...

Agora, terminar o diário era uma questão de sobrevivência, com os olhos tremendo, continuei...

Exigi amamentar minha Sakura-hime nos seus primeiros meses. Isto, pelo menos, daria a meu único filho. A dor de saber que me afastaria estava dilacerando minha alma. Eu não queria fazer isto, mas lembrei de Orochimaru. Se ele já queria me chantagear só pelo fato de saber que eu tenho um filho, imagina se descobre que é uma criança especial, filha de um deus de um outro mundo! ?

Certamente Orochimaru viria atrás de mim novamente e procuraria minha filha até encontra-la. Precisava pensar em algo urgente para que aquele crápula nos deixasse em paz.”

Meus olhos agora estavam cheios de lágrimas. Eu não estava acreditando no que lia! Prossegui...

Havia passado três meses e minha filha crescia rápido. Sakura raramente chorava, era o bebê mais tranquilo que já vi em minha curta vida até agora. Seus olhos eram extremamente expressivos e amendoados, extremamente verdes, assim como eu me lembro ser os olhos de seu pai. Eu lhe dava de mamar e sorria ao vê-la saciar-se.

Minato chegou com um casal, extremamente abatido e um bebê com cabelos ligeiramente rosados puxado para o lilás. Era semelhante ao homem que supus ser seu pai. O rosa do bebê era mais escuro, quase um castanho claro. A mulher loira chorava com a criança nos braços.

Nosso bebê está morrendo! Ele tem uma doença incurável, tem no máximo um mês de vida — a dor dilacerante da mãe alcançou-me. Imaginei-me sem minha pequena Sakura e olhei para a mulher com empatia. Podia sentir nas vísceras a dor que ela possuía.

Minato-san nos fez uma proposta de trocarmos as crianças para que seu filho possa crescer saudável e com um dor infernal aceitamos este acordo, claro, se a senhora aceitar também.

Meus olhos se encheram de lágrimas; não queria me afastar da minha Sakura, minha filha, sangue do meu sangue, uma Senju. Mas qual mãe não sacrificaria a própria vida pelo filho?

Com dor em todos os ossos e sem conseguir enxergar direito, fechei os olhos e estendi meu pequeno bebê a ela aceitando seu filho no lugar. Sakura desatou a chorar. Parecia saber o que estava acontecendo. Senti-me péssima...

Meu filho se chama Akira — disse a loira.

Deverá se chamar então Senju Akira a partir de agora. Minha pequena flor se chama Sakura.

A mulher sorriu e puxou o sutiã oferecendo leite a minha filha. Sakura recusava e chorava, estava inteira vermelha.

Não chore, pequena hime. Nós cuidaremos e a amaremos como se fosse nossa própria filha. Aceite meu leite, por favor.

Ela relutava, mas depois de uma profunda encarada na mulher aceitou o leite da estranha loira.

Posso saber a que clã minha filha pertencerá?

Não somos um clã exatamente . Somos os Haruno, senhora — o homem que até então estava calado disse.

A partir de agora ela será Haruno Sakura.

Quando for mais velha eu voltarei e lhe procurarei.

Quando chegar o momento nós a entregaremos, Senhora.”


 

Meus olhos verdes agora pareciam um mar de lágrimas, minhas mãos soltaram o pequeno diário de capa negra para cobrir minha boca trêmula.

Meus soluços altos eram perturbadores e feriam minha própria sensibilidade auditiva.

Como isto podia ser verdade? Como isto podia ser possível? O que era isto que acabara de descobrir?

Estas perguntas rodavam na minha cabeça incansavelmente.

Então, tudo que eu achei que fosse eu, era mentira?

— Eu sou filha de Tsunade-shishō — murmurei atordoada, e naquele momento toda a simpatia e adoração que eu sentia por aquela mulher fez um sentido absurdo.

Então, é por isto que essas coisas estranhas estão acontecendo comigo?

Perguntava-me...

Segurei o diário e abri no inicio relendo alguns trechos:

...vi aquelas linhas vermelhas brilharem em dourado e senti meu ventre ser invadido por uma intensa e poderosa energia, tão intensa que cegou-me por alguns segundos.

Esta é a concepção de meu filho. Você deve protege-lo dos inimigos futuros que irão tentar o matar ou manipular para conquistar seu poder. Este poder se apresentará somente se invocado e caso necessário, entretanto, uma vez conjurado meu herdeiro deverá aprender a conviver com a flor da vida para a eternidade.

Você não pode fazer isto comigo — disse aflita.

Agora o destino do mundo cresce em seu ventre. No momento preciso eu irei procura-la, escolhida das Inscrições.

Não houve direito a recusa. Uma neblina branca envolveu-me completamente, engolindo-me.”


 

— Não... Não... Não acredito nisso! — murmurava entre prantos repetidamente, suando e tremendo. Li e reli inúmeras vezes:


 

Este poder se apresentará somente se invocado e caso necessário; entretanto, uma vez conjurado meu herdeiro deverá aprender a conviver com a Flor da Vida para a eternidade.”


 

Minha cabeça estava dando um nó. E agora? Estava perdida e não sabia o que fazer.

— Então, é por isso que essa marca não sumiu mais do meio do meu peito? — cochichei e abri minha blusa para ver aquilo novamente.

— Ele chamou isso aqui de Flor da Vida — levantei-me e caminhei até o banheiro, onde havia o espelho grande, ainda chorando e soluçando.

Fiquei um tempo observando aquele desenho. Notei que não era tingido com cores, na verdade era feito por um aglomerado de vincos finíssimos da minha própria pele semelhantes aos que se vê nas palmas das mãos e de uma forma incrivelmente organizada em um padrão geométrico se juntavam e formavam pétalas de uma flor.

Concentrei ali e notei que ao fazer isto sentia-me inteira aquecida.

— Kamisama... O que isto significa?

Voltei para a sala e li novamente o trecho:

Este poder se apresentará somente se invocado e caso necessário, entretanto, uma vez conjurado meu herdeiro deverá aprender a conviver com a Flor da Vida para a eternidade.”

O trecho que dizia uma vez conjurado meu herdeiro deverá aprender a conviver com a Flor da Vida para a eternidade, gritava na minha cabeça.

— Então isto significa que quando eu quis muito salvar Gaara eu liberei a tal Flor da Vida e agora vou ter que aprender a administrar mais isto?

Li todo o conteúdo do diário até o fim e novamente lágrimas brotavam incontroláveis pelos meus olhos.

Precisava sair de casa e tomar um ar fresco. Lembrei de Tsunade, o fato de saber que na realidade minha mãe biológica me tornava uma Senju e não uma Haruno tirava-me o chão; certamente ela me reconheceu e é por isto aceitou ser minha mestra imediatamente.

Como conseguiria encara-la agora? Ela escondeu a verdade e sofreu muito ao abrir mão de minha criação. O que deveria fazer? O que ela pretende fazer? Será que era sobre isto que ela queria falar comigo?

Guardei o caderno e sai correndo sem destino... Chorando e desnorteada.

Todo meu mundo ruiu...

Tudo que eu acreditava ser eu, meus pais, minha família, na verdade era outra coisa! Sei que todos foram obrigados a isto, mas mesmo assim demoraria para assimilar.

Corria e corria...

Chorava e chorava...

Tropeçava nos soluços...

Mal enxergava o percurso pois minhas lágrimas turvavam meus olhos e acabei sentando no balanço de um parque qualquer.

As lágrimas escorriam pelas minhas bochechas como uma verdadeira cachoeira. Meus pensamentos vinham falhos, como se minha cabeça estivesse dentro de um bolha de água. Queria gritar alto, mas me contive.

Algumas palavras do diário giravam e martelavam no meu cérebro como tambores presos a uma roda gigante.

Independente de qualquer coisa decidi não comentar sobre isto nem mesmo com Kakashi sensei que aparentemente sabia disto ou mesmo Naruto... decidi que primeiro iria arrumar um jeito delicado de falar com Tsunade shishō.

E agora como deveria chama-la?

Tsunade era minha mãe e meu pai era alguém de um outro mundo! Minha concepção foi algo atípico e isto estava me amedrontando.

Tentava secar minhas lágrimas, mas era em vão, minha cabeça doía.

— Sakura... O que houve? — a voz grave me assustou, não consegui reconhecer o timbre de imediato. Elevei meus olhos para ver quem podia ser e deparei-me com orbes negras e apreensivas. Vi-o ajoelhar para que seu olhar conseguisse atingir a altura dos meus.

Não conseguia falar nada, apenas soluçar sem parar.

— O que houve, Sakura? Você está pálida e está me preocupando... — senti seus polegares limparem minhas bochechas. — Vem, eu lhe acompanho até sua casa. Amanhã temos que seguir numa missão. Se quiser, me conta o que aconteceu no caminho...

Eu o ouvi e isto me fez lembrar que nem tinha começado a arrumar minhas coisas ainda.

— O...obrigada, Itachi-kun — soluços entre cortavam minha frase.

— O que aconteceu? — seus olhos melancólicos procuravam alguma pista no meu rosto e notei que ele franziu ligeiramente o lábio inferior. Desviei de seu olhar, não queria contar a ninguém sobre o diário.

— Acabo de descobrir uma coisa que me... desnorteou extremamente, eu perdi o chão e... abalou tudo que acreditei ser eu mesma até hoje... acho que ainda não consigo falar a respeito — senti meus olhos se encherem de lágrimas novamente.

— Quando acontecem coisas assim o melhor a fazer é aguardar a revoada passar e esperar a calma voltar — ele sentou-se no balancinho ao meu lado e olhou para o chão. — Quando assumi a terrível missão que Danzō me incumbiu, muitas vezes passei por momentos horríveis de insegurança e dores piores do que mil kunais envenenadas enfiadas em meus olhos. Nada se compara a crise existencial e vivi imerso em lutas internas incontáveis vezes. O que sempre me mantinha em pé era o fogo interno que me lembrava de que fiz tudo em nome do que eu acreditava e de meus ideais. Esta é a minha verdade e o que importa são as verdadeiras intenções por trás de tudo. Nisto que eu acredito...

Uma incrível admiração surgiu dentro do meu interior por aquele jovem homem ali ao meu lado tentando me oferecer força. Indubitavelmente, o moreno era alguém admirável e Sasuke tinha embasamento por ser tão encantado por ele quando criança. Ele era alguém realmente extraordinário!

Ele observava o céu estrelado e seus olhos vagavam perdidos no negro da noite. Nem notei que já não chorava mais, estava perdida, imersa na extrema beleza daquele homem. Percebi-me admirar seu rosto fino, os lábios perfeitos e o nariz afilado.

— Vamos, eu lhe acompanho até sua casa.

— Obrigada, Itachi-kun — aceitei sua companhia e agradeci por ter tido o poder de trazer alguém tão adorável de volta a vida.

Nosso percurso foi silencioso, não sentia necessidade de conversar e Itachi me pareceu apreciar o som do vento quieto.

Chegamos em frente a porta da minha residência.

— Obrigada, sinto-me mais calma. Entre um pouco? Por favor! — pedi carinhosa. — Me faça companhia enquanto organizo minhas coisas para a missão?

— Tem certeza que ficará a vontade com minha presença? — eu o vi sorrir ligeiramente torto o que me levou a tentar imaginar o que ele poderia ter pensado¹.

— Bem, precisamos estar a vontade um com o outro, afinal, somos companheiros da equipe Kakashi — disse. — Fique a vontade, Itachi-kun. Confesso que nunca imaginei conversar amigavelmente com um Uchiha na minha vida, muito menos receber um em minha casa.

— Eu também nunca imaginei voltar a fazer parte da Vila, muito menos ser convocado para uma missão com Kakashi novamente.

— Você quer beber alguma coisa? Tenho saquê, licor de cereja, de menta e de chocolate.

Percebi que seu rosto esboçou um ar divertido e seu semblante foi do suave ao debochado.

— Para uma jovenzinha de dezesseis anos há um estoque de álcool bem reforçado aqui. Achei que bebidas fossem proibidas a menor de idade.

— A nova constituição diz que um shinobi é considerado maior de idade aos quinze, tá legal? Poderia até me casar se quisesse — franzi a testa e ele segurou um riso. — Sem falar que semana que vem completo dezessete e... bem você entenderia se tivesse Tsunade como sua mestra! — a entonação da minha voz foi morrendo no final da frase.

Tsunade... shishō... era minha mãe

Imediatamente lembrei da verdade e que ela devia ter desenvolvido o hábito de beber tanto para tentar esquecer que precisou abrir mão de mim! Instantaneamente, meus olhos se encheram de lágrimas e eu tentei disfarçar meu estado emotivo afetado o que não foi nada eficaz tendo em vista a imediata mudança de semblante de Itachi.

— Espere um instante... que já volto!

Procurei focar nos utensílios para a missão. Na verdade, não fazia ideia de que missão se tratava então resolvi perguntar:

— Você, acaso sabe qual a missão?

— Sim... vamos procurar pistas do Sasuke que acredito somente entrou parcialmente para a Akatsuki. Acredito que sua missão será raptar o oito caldas e depois certamente irá atrás do Danzō e dos antigos integrantes do ministério.

— Oh! Entendo...

— Restam somente o seis, oito e o nove caldas — ele me encarou. – Certamente já sabem que eu debandei e mudaram os planos, acredito que irão invadir a Vila atrás do Naruto e desta vez acho que o próprio Pain quem fará isto, já que o seis caldas a organização está dificuldades para o encontrar.

— E o que pretendemos fazer para proteger a vila?

— Tsunade pediu ajuda à areia. Mesmo eu contando tudo que sei, Jiraya quer se infiltrar e ir atrás do Pain. Eu disse tudo que sabia sobre a organização. — Itachi deu um pausa grande e olhou para as próprias mão, agora sem o esmalte negro, e pensando em algo que obscureceu visivelmente seu semblante.

— Como se sente com isto tudo? Quero dizer, com a missão de ter que colher informações do seu irmão que agora se tornou um renegado?

— Parte em mil pedaços meu espírito saber que Sasuke optou por seguir um caminho escuro, juro pela minha alma que queria que ele fosse um Herói de Konoha e não um traidor. Eu sacrifiquei minha honra para que ele pudesse seguir em frente.

— Bem... Como eu disse, acredito do fundo do coração que Naruto o trará de volta — tentei o animar. — Eles tem essa ligação milenar ou sabe-se lá o que foi aquilo que eu vi — cochichei o restante da frase.

— Estas coisas, quero dizer, estas visões, sempre aconteceram com você?

— Na verdade, não. Essa foi a única visão que tive do passado e aconteceu uma só vez quando nos encontramos com Sasuke. Isto tudo começou desde que eu trouxe Gaara de volta a vida e... bem... — sorri bastante falso, tentando disfarçar meu nervosismo. — A verdade é que gostaria de falar sobre a causa dessas coisas que andam acontecendo comigo com... a shishō primeiro, antes de qualquer outra pessoa. Desculpa — murmurei e virei de costas para secar minhas lágrimas.

— Entendo... mas depois se quiser dividir comigo estarei pronto para te ouvir, afinal, eu tenho uma divida de uma vida inteira com você. — Sorri ainda de costas para ele e achei curioso conseguir falar mais de duas palavras com um Uchiha, terminantemente este irmão era muito diferente do outro!

— Obrigada, Itachi-kun, por ter se sacrificado pela Vila. Certamente, Naruto está vivo graças a seu sacrifício e ele... é meu melhor amigo! — virei-me e curvei o tronco para frente em sinal de gratidão.

— Você é uma garota muito meiga e... linda! Não sei onde meu irmão tolo estava com a cabeça quando não percebeu isto — corei muito e fiquei ainda mais vermelha quando senti-o me puxar pelo pulso e me abraçar.

Enterrei meu rosto fervendo em seu peito e inalei profundamente seu aroma delicioso.

Fechei os olhos para sentir todo aquele perfume amadeirado, delicioso e masculino invadirem meus pulmões. Meu corpo pareceu derreter-se completamente entre seus braços firmes e fortes. Pude sentir a rigidez muscular de seu troco esguio. Itachi era um homem alto e precisou abaixar-se para me abraçar, senti-o me apertar com uma força ligeiramente comedida e sua respiração, agora próxima a minha orelha estava bastante ofegante.

— Preciso ir, adorável Sakura. Nos vemos amanhã — senti um beijo carinhoso, cálido e úmido na minha testa e depois ele virou-se e saiu rapidamente.

Fiquei atônita e paralisada, inteira vermelha, dos pés a cabeça. Pisquei inúmeras vezes para tentar assimilar o que havia acontecido e só depois de um tempo percebi que aquele foi o segundo abraço verdadeiramente cuidadoso que recebi de um homem. Acho que fiquei ainda mais rubra depois de minha conclusão de ter sido abraçada duas vezes por ele e um leve sorriso de satisfação formou-se nos meus lábios. Abracei-me para guardar o calor de seus braços e toquei minha testa para segurar a maciez de seus lábios.

Balancei a cabeça de uma lado para o outro...

— Foca, Sakura! Amanhã temos uma missão de procurar o problemático irmão mais novo.

Nesta hora comparei um ao outro e percebi que Sasuke era muito imaturo perto do irmão e mais uma vez tive a certeza que meu amor pelo mais novo era algo completamente maternal. Eu não o amava como uma mulher deve amar a um homem, e sim como uma mãe ama um filho. Ao fazer estas comparações percebi uma terceira coisa no meu coração; um sentimento que era novo para mim... eu achava que sentia isto pelo Uchiha mais novo quando mais nova, mas comparando com este novo calor que aquecia meu centro emocional notei que era de outra pessoa que eu gostava.

Sentei no meu sofá e levei ambas as mãos ao peito, chocada com minha nova descoberta.

— Acho que... Eu gosto do Itachi-kun — conclui meus pensamentos em voz alta. Fiquei paralisada alguns segundos, mas logo voltei a mim. Precisava arrumar minha mochila de viagens.

Olhei para a estante e lembrei do agenda.

— Desta vez vou levar você, diário! — murmurei em voz alta e o retirei de dentro da gaveta.

Selecionei kunais, shurikens, kit de primeiros socorros, saco de dormir, comida instantânea e pílulas de comida e… O diário.

Enrolei o livro num tecido negro e o coloquei dentro da bolsa junto com todas as outras coisas.

Depois tomei um chá de hortelã e camomila forte adoçado com mel e liguei o despertador para cinco da manhã. Deitei na cama e dormi embalada e envolvida pelas minhas lembranças do perfume, do calor masculino e magnético emitido pelo corpo de Uchiha Itachi.

Continua...


Notas Finais


Huhuhuhuhu
¹ Oh, Santa inocência!


Enfim o mistério do diário foi revelado, entretanto, ainda há muitos outros mistérios para ela descortinar. 😸😸😸

Trechos do próximo capitulo:
"O toque delicado de seus lábios vagarosamente beijavam os meus e foi inevitável: elevei meus braços e o enlacei ao redor do pescoço, trazendo-o para mais perto ainda de mim."

Huhuhuhuhu
[Passarinho voando no fundo cantando]
🎼🎶🎶🎵🎵🎵🎶 love is in the air... love is in the air... 🎵🎵🎶🎶

😅😅

Bejinhos de chocolate de cereja.


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