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História As Quatro Estações do Amor - Inverno


Escrita por: Milynha_Sh

Notas do Autor


Para os que pensaram que tinham se livrado de mim, só lamento, mas olha eu aqui de novo!
Avisos:
*Como alguns conhecem meu estilo de escrita, sabem que eu não gosto de escrever com Ciel criança, por isso nessa fic ele tem 19 anos (e Sebastian 28)
* A historia é baseada nas quatro estações do ano, e por isso vai se passar de 3 em 3 meses, por isso não estranhem a mudança de tempo em casa capitulo.
* A fic vai ser beemmm curtinha e como ja esta toda escrita faltando apenas as edições (só isso? rsrs) eu irei postar de 4 em 4 dias! Pelo menos tentarei!
Desde já peço desculpa pelos possiveis erros, depois eu corrijo!
Bjos e até as notas finais!

Capítulo 1 - Inverno


Fanfic / Fanfiction As Quatro Estações do Amor - Inverno

Vinte e Quatro de Dezembro

O inverno das desilusões amorosas

Nevava muito naquela noite de véspera de Natal. Sebastian chutava o ar, soltando todos os xingamentos que seu vocabulário pusesse conhecer, sentia vontade de gritar até liberar toda a raiva em seu peito. Ele tirou o gorro para ver se ao menos os flocos de neve eram capazes de esfriar sua cabeça, caso contrário, voltaria naquela maldita casa e mataria aqueles dois traidores.

Só depois de uma topada que quase o fez ir ao chão, foi que ele percebeu chegar a uma praçinha, que estava deserta aquela noite. Talvez isso se devesse ao fato de nevar muito e as luzes de alguns postes estarem queimadas, tornando o local escuro e perigoso.

“Como eu fui tão burro? Aquela vadia... Ahhg!” Ele sentou em um dos bancos, sentindo seu traseiro esfriar. Não ligou para isso, alias, não ligava para mais nada.

“Vejo que essa noite não está ruim só para mim...”

Com os olhos marejados, Sebastian tentou focar a pessoa em meio à penumbra, porém era impossível ver seu rosto, o capuz do casaco não deixava ver sua fisionomia. A única coisa perceptível era ele ser mais baixo e está bebendo, pois tinha uma garrafa de cerveja na mão.

“Se sua noite está sendo ruim, isso é problema seu. Eu não estou a fim de papo com um desconhecido.” Sebastian virou o rosto e fingiu não haver mais ninguém ali, mas logo os passos na neve indicou que o rapaz se aproximava.

“Eu me chamo Ciel, prazer em conhecê-lo.” Também se sentou, dando um gole em sua bebida. Ele quase riu ao ver o moreno bufar. “Que foi? Alguém aqui tem que ser educado!”.

“E descarado também! Não sei se você notou, mas eu quero ficar sozinho.” Michaelis ficava cada vez mais irritado, já não bastasse o belo presente de natal que havia recebido, ainda tinha que aturar um alcoólatra que havia surgido dos quintos dos infernos para atazanar sua paciência.

“Não seja por isso, fique a vontade para ir para outro lugar se quiser, até onde eu sei a praça é pública e eu não estou com a mínima vontade de sair daqui.” Ciel sorriu. Em meio à sombra feita por seu capuz, apenas sua boca e seu queixo eram visíveis.

Sebastian achou isso o cúmulo do descaramento. “Eu que cheguei aqui primeiro. Então saia você!”

“E eu cheguei por segundo e não irei sair, o único incomodado aqui é você!” Deu mais um sorriso e um gole na garrafa que já estava pela metade. “Vamos, qual é!  Eu só quero um pouco de companhia, a minha noite também está sendo horrível”.

Sebastian resolveu ignorar, era o mais sábio a se fazer. Ficou em silêncio observando a neve cair, o vento batia tão frio em seu rosto que a ponta de seu nariz parecia congelar. O menor também permaneceu em silêncio, com a cabeça abaixada, vez ou outra fungando. O moreno chegou a pensar que ele estivesse chorando. 

“Eu me chamo Sebastian... Sebastian Michaelis”.

Um sorriso iluminou a escuridão no rosto do menor. “Prazer, Sebastian! Como eu já disse, me chamo Ciel... Ciel Phantomhive! E então, parece que estamos tendo a ‘melhor’ noite de nossa vida.” Ciel soou irônico.

“Duvido muito que a sua esteja sendo pior do que a minha!” Michaelis colocou novamente o gorro. Sua cabeça já estava fria até demais, tanto que seus cabelos estavam congelados.

O menor deu um gole demorado, terminando o conteúdo da garrafa, depois mirou uma lata de lixo que estava um pouco longe. Pegou impulso e jogou a garrafa o mais longe que conseguia, mas não atingiu a lixeira.

“Na próxima eu acerto!... Meu namorado terminou comigo, ele foi a primeira pessoa com quem namorei e já estávamos juntos há três anos. Ele chegou comigo e simplesmente disse que tinha se cansado e queria carne nova! Em pensar que eu perdi todo esse tempo dando a bunda para aquele desgraçado! Com tanto homem bonito por aí...”.

Michaelis sentiu vontade de rir daquele comentário. Não imaginava que o outro fosse gay, mas desde que ele não o assediasse, estava tudo bem. “Eu peguei minha namorada na cama com meu melhor amigo, dava para ouvir de longe ela gemer o nome dele”.

O moreno tinha vontade de enfiar a cabeça na neve de tanta raiva e vergonha, ainda bem que possivelmente depois desse dia nunca mais veria Ciel.

“Nossa! Isso sim foi cruel.” O rapaz começou a rir alto, e assim que o ataque de riso cessou, ele ficou em silêncio novamente, como se tramasse alguma coisa. “Já sei como curar essa sua dor de corno e esse pé na bunda que eu levei. Vem comigo!” Pegou o moreno pela mão e o arrastou pela escuridão da praça.

“Você tá louco? Para onde está me levando?” Sebastian era literalmente arrastado, mas pensando bem, o que ele tinha a perder? Nada! Então ligou o 'foda-se' e se deixou ser levado pelo desconhecido.

Michaelis e Phantom

“Uma boate gay?” Sebastian estava terrivelmente arrependido. O lugar estava cheio de homens que pareciam querer comê-lo com os olhos.

“Não julgue o livro pela capa meu caro, essa boate é a melhor de Nova York e não faça essa cara, não é por que somos gay que vamos lhe assediar... Apesar de você ser bem gostosinho.” Ciel deu uma piscadela e o puxou até o balcão. “Dois abridor de pernas*, por favor!”.

O menor tirou o casaco e pela primeira vez Sebastian pôde ver seu rosto. Seus cabelos eram descoloridos e pintados de azul escuro, os olhos eram quase da mesma tonalidade, só que mais claros, a pele era bem clara e havia um pequeno brinco em sua orelha esquerda. O corpo era delgado, sem ser muito magro. Michaelis admitia que o jovem era bonito.

Passaram-se algumas horas e entre um drink e outro as mágoas eram afogada, parecia até uma disputa para ver quem sofria mais. Ciel já sentia o efeito do álcool correr em suas veias, a batida eletrônica fazia seu corpo querer se perder nas ondas da música alta.

“Venha, vamos dançar.” Foi puxando o moreno para o meio da pista, rindo eufórico da expressão confusa e envergonhada que ele fazia.

“Eu não vou dançar com você... Você é um homem, isso é estranho!” Sebastian até gostava de dançar, mas dançar com um cara era bizarro e fora de questão.

“Vamos Sebastian, pare de ser careta! A vida é muito curta para se prender a preconceitos.” Uma batida envolvente começou a tocar e o corpo de Ciel entrou no embalo.

Ele começou a fazer movimentos sensuais, olhando provocante para seu novo amigo. Suas mãos deslizaram por seu corpo, enquanto seus quadris balançavam de forma sedutora. E vendo que Michaelis continuava empacado no mesmo lugar, ele se aproximou ficando de costa e começou a se esfregar no corpo dele, o incentivando a entrar em seu ritmo.

Michaelis não poderia negar que Ciel levava jeito com aquilo e os vários olhares cobiçosos eram a prova disso. Tinha que admitir também que estava começando a gostar daquele roçar. Instintivamente levou a mão até a pequena cintura dele e o puxou para mais perto.

Michaelis e Phantom

“Sinta-se a vontade, vos apresento minha humilde residência.” Ciel fez uma mesura espalhafatosa, parecia o bobo da corte.

Os dois começaram a rir, estavam visivelmente bêbados e quase não se aguentavam em pé. O percurso até a casa do menor foi difícil, pois inúmeras vezes caíram pelo caminho, o que logicamente era motivos para mais risadas escandalosas, pareciam até duas hienas em plena Nova York.

“Venha, vamos terminar nossa vingança com chave de ouro!” Ciel falava embolado, puxando o moreno na direção do quarto.

Ele jogou Sebastian na cama, o que não foi nada difícil visto que Michaelis não tinha qualquer coordenação motora. Ciel começou a tirar a roupa tentando ser sensual, e de fato estava sendo na visão bêbada dos dois.

“Você tem cintura de mulher.” Sebastian constatou rindo, apertando os olhos para tentar focar apenas um Ciel ao invés de três.

“Se a intenção foi ofender, você não conseguiu. Saiba que eu tenho muito orgulho da minha cintura... e da minha bunda também.” Ele subiu em cima da cama e começou a tirar as roupas de Sebastian, e assim que o deixou só de boxer sentou em cima de seus quadris.

Sebastian também se sentou e o puxou para um beijo. Um fato sobre ele, é que adorava beijar e, modéstia a parte, isso era algo que sabia fazer muito bem. Enquanto passava suas mãos pela pele quente e macia do menor, as pequenas mãos dele brincavam com os pelos de sua nuca.

“Isso é muito estranho...” Alisou o tórax liso de Ciel como se fosse uma coisa do outro mundo. Estava tão entretido em sua nova descoberta que não percebeu o quanto isso estava deixando o menor excitado. “Dá a sensação de uma coisa tão... Reta!”.

“Chupe os meus mamilos.” Ciel já ofegava. As mãos de seu amigo eram macias, mas apenas o toque não era o suficiente. Ele queria sentir o calor da boca dele em seus mamilos.

Movido pela curiosidade, Sebastian não duvidou em abocanhar o mamilo esquerdo do rapaz, o fazendo gemer alto. Sebastian não podia negar que apesar de engraçado, aquilo chegava a ser gostoso. Os mamilos de Ciel eram delicados.

Ciel se esfregava nele, movendo os quadris para cima e para baixo. Seu peito parecia está em chamas de tanta excitação. “Já chega, tá na hora de você me deixar conhecer seu amiguinho aqui em baixo”.

Com um sorriso sacana, ele empurrou novamente Sebastian na cama e começou a distribuir beijos pelo corpo dele, até chegar à barra da boxer, onde passou a língua pela extensão escondida debaixo do tecido. 

Olhou para cima, apenas para encarar aqueles lindos e exóticos olhos avermelhados no momento da ‘apresentação’, porém a imagem que viu foi broxante: Sebastian havia pego no sono!

“Tcs, maldição!” Olhou descontente para a própria ereção. “Eh, realmente essa noite não poderia ser melhor... Feliz Natal para você também, Sebastian!” Deitou ao lado do moreno, os agasalhando com o cobertor.

Michaelis e Phantom

Michaelis sentia-se aconchegado naquela cama macia, apreciando em especial o calor em seu corpo. Isso o fez instintivamente jogar as pernas e os braços por cima daquele monte acalorado. 

Enquanto ele se sentia extremamente confortável, Ciel por outro lado não podia dizer o mesmo. Era como se uma tonelada o esmagasse. Quando abriu os olhos, se deparou com uma farta cabeleira negra perto de seu rosto.

‘Sebastian...’ Se lembrou do fiasco da madrugada. Tirou os braços e pernas de cima de seu corpo, ouvindo o moreno resmungar algo que ele não conseguiu entender.

Assim que saiu da cama foi direto para o banheiro, sua bexiga estava quase estourando e ele precisava urgente de um banho, fedia a álcool e estava morto de ressaca. Assim que se banhou, pegou uma muda de roupa e uma toalha limpa e colocou em cima da cama, para quando o moreno acordasse.

Na cozinha, ele olhou o que tinha na geladeira, não era muita coisa, mas dava para fazer algo que tirasse a barriga da miséria. Colocou uma música clássica para tocar no celular e pegou a frigideira no armário. "Mãos à obra!"

Depois de um tempo, Sebastian começou a sentir frio, a cama já não parecia tão confortável quanto antes. Jogou os braços tateando pelo lençol, mas era inútil, a única fonte de calor ali era seu próprio corpo. 

Abriu lentamente os olhos, aquele lugar era estranho. Ele rapidamente sentou na cama, sentindo a cabeça rodar com o movimento repentino. Ele estava um bagaço. Tentou remoer em sua mente os acontecimentos da noite anterior e chegou à conclusão de que essa só poderia ser a casa de... Ciel.

Um frio passou por sua espinha ao perceber que estava praticamente nu. E também por lembrar que Ciel era gay. ‘Bem... Agora não tem como voltar atrás, pelo menos ao que parece eu não fui a mulher.’ Quicou algumas vezes no colchão para ver se sentia algum desconforto no traseiro, mas estava tudo normal, para seu alívio.

Olhou para a muda de roupa e a toalha em cima da cama, pensando que provavelmente foi o menor que deixou para quando acordasse. Cheirou seu corpo, constatando que seu cheiro não estava nada agradável.

Michaelis e Phantom

“Finalmente você acordou, flor do dia! Oh vejo que a roupa ficou boa, eram as maiores que eu tinha.” Ciel terminava de colocar a mesa. O café da manhã até que estava apresentável, mas a bagunça que havia feito na cozinha não compensava todo o esforço. “Para o café de hoje temos ovos com bacon, panquecas e suco de laranja. Não sei você, mas eu estou morrendo de fome”.

O estômago de Sebastian roncou alto, o deixando constrangido. Também estava morto de fome. “Acho que nem preciso responder, meu estômago já fez isso por mim” Sorriu amarelo e também se sentou.

Enquanto comiam, Sebastian não sabia como abordar o assunto, mas ele precisa saber ou morreria de tanta curiosidade. “E então..." Pigarreou. "Nós transamos?”.

Ciel terminou de tomar o suco de laranja e limpou a boca com o guardanapo. “Infelizmente... Não!” 

Ele estava decepcionado pelo não acontecido. Agora que estava livre, queria aproveitar tudo que havia perdido esses anos e o homem a sua frente era uma maneira gloriosa de começar a desfrutar de sua liberdade.

Estando sóbrio, Ciel pode notar o quanto Sebastian era bonito, tanto que chegava a ser humilhante ficar perto de tanta beleza. Se perguntava como uma mulher em sã consciência era capaz de deixar escapar um homem daquele? Chegou à conclusão que ela só poderia ter uns quinhentos parafusos a menos na cabeça.

Mas nem tudo estava perdido, e quem sabe ele ainda conseguisse ganhar seu presente de natal. Se levantou, dando a volta na mesa e ficou as costas do moreno, o abraçando por trás. 

Sabe, nós poderíamos continuar de onde paramos ontem. O que acha?”  Deu uma leve mordida em sua orelha, vendo o moreno arrepiar.

Quando Sebastian teve reação para falar, a campainha começou a tocar de maneira insistente, fazendo Ciel bufar. Outra vezes algo acontecia para atrapalhar. Ele pisou durou até a porta e quando abriu, se arrependeu de não ter deixado tocar até a pessoa desistir.

“O que você está fazendo aqui? Vai embora!” Ciel não pensou duas vezes em fechar a porta, mas o ex-namorado foi mais rápido e conseguiu entrar sem muito esforço. “Vá embora Brian, eu nunca mais quero te ver”.

“Me escute Ciel, nos precisamos conversar, ontem eu falei coisas sem pensar e... Eu vim aqui para te pedir perdão.” O ruivo tentava se aproximar.

“Eu não quero conversar com você, alias, não quero vê-lo nunca mais, a fila andou 'querido'.” Ciel foi sincero, realmente não queria mais ver Brian. Agora queria curtir ao máximo essa nova fase de sua vida.

"Como assim a fila andou?"

“Algum problema aqui?” Depois de ouvir a maior parte da conversa, Sebastian achou que já era hora de dar uma ajudinha para o novo amigo.

“Quem é ele?” A face de Brian ficou possessa de raiva, principalmente por ver o homem desconhecido com as roupas do namorado. Não era preciso ser um gênio para adivinhar o que estava acontecendo.

Mas antes que Ciel pudesse falar alguma coisa, Sebastian se adiantou e tomou a frente da situação. “Eu sou Sebastian Michaelis, o namorado do Ciel.”

“Namorado? Ele só pode está brincando não é?” Perguntou descrente, vendo Ciel dar de ombros como se confirmasse o que o outro havia dito. “Devo dizer que você me surpreendeu, Ciel! Não imaginei que você fosse pior do que uma puta. Nós mal terminamos e você já sai dando a bunda para o primeiro que aparece”.

“Como é que é? Puta é a sua mãe, seu idiota.” Ciel deu um soco na cara ruivo. “Saia da minha casa antes que eu te arrebente na porrada”.

Michaelis sentou no sofá para ter uma visão privilegiada da cena, a que por sinal estava sendo muito engraçada. Não imaginava que Ciel, mesmo sendo menor, conseguisse se defender tão bem.

“Vamos, o que tá esperando para sair, falta de convite não é.” Ciel abriu a porta, indicando com a mão para que Brian saísse.

“Quando você se arrepender vai ser tarde de mais.” O ruivo colocou a mão no nariz, havia se esquecido de que Ciel já havia feito aulas de defesa pessoal.

“Vai se ferrar!” O Phantomhive bateu forte a porta. “Me desculpa por ter fazer presenciar 'isso' e obrigado por me ajudar.” Sentou no sofá ao lado do moreno.

“Disponha sempre que precisar, my Lord!” Sebastian brincou, dando mais um gole no suco de laranja.

Ciel refletiu, já que o moreno estava se disponibilizando... “Bem já que é assim, acho que eu vou precisar de uma ajudinha para limpar a cozinha!”.


Notas Finais


Bjs, vou ver se consigo postar a noite cap novo de CFOAE


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