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História As Quatro Estações do Amor - Primavera


Escrita por: Milynha_Sh

Notas do Autor


Oiii, olha eu aqui aproveitando o feriado para postar!

Só lembrando que os capitulos aconteceram em cada estação do ano, e agora vcs vao entender o porque!

Boa leitura amores!

Capítulo 2 - Primavera


Fanfic / Fanfiction As Quatro Estações do Amor - Primavera

Vinte e Quatro de março

A primavera de ciúmes

O Central Park estava repleto de visitantes naquele fim de tarde e até mesmo turistas que passavam pela cidade vinham prestigiar o espetáculo de cores que havia tomado conta do lugar. A primavera era certamente a estação do ano em que o parque ficava ainda mais colorido e de uma beleza incomparável, justificando assim aquele tanto de gente visitando.

Sentado em um banco à espera de Ciel, Sebastian olhava distraidamente as crianças correrem de um lado para o outro, não que isso fosse algo realmente interessante, mas era melhor do que fazer nada e sabia que se ficasse esperando sem algo para distraí-lo, iria acabar se irritando com toda aquela demora.

Exatamente hoje estavam fazendo três meses juntos e o que de início começou como uma amizade colorida já não podia mais ser considerado apenas sexo e os dois haviam engatado em uma espécie de relacionamento, mesmo sem terem de fato conversado sobre isso, ou seja, o tempo apenas foi passando e eles acabaram assim, juntos!

Além disso, ele já poderia até se considerar bissexual, pois ao contrário do que pensava antes, se relacionar com um homem não era o bicho de sete cabeças que acreditava ser e Ciel era alguém muito agradável para ter como companhia.

Um fato curioso que havia aprendido sobre o menor, era que tinha a mania esquisita de comemorar o relacionamento por estações do ano e não por meses, por isso os outros meses haviam passado batidos, o que em sua opinião era algo bem estranho!

Porém o que mais interessava no momento não eram as esquisitices do companheiro, e sim o fato de que já estava há mais de meia hora esperando e estava ficando sem paciência.

“Desculpa a demora” Foi pegou de surpresa pelo menor que lhe deu um rápido selo nos lábios “O trânsito está horrível hoje”.

Sebastian se sentiu um pouco constrangido pela demonstração de afeto em público, lógico que não veria nenhum problema se fosse com uma mulher, mas Ciel era um homem e nem todas as pessoas viam isso com bons olhos. Mesmo assim não contestou e arredou dando espaço para ele sentar “Se você demorasse mais um pouco eu iria embora”.

“Ãham, vou fingir que acredito! Mesmo se eu chegasse meia-noite, sei que você estaria aqui me esperando” O menor deu um sorriso convencido e antes que o moreno rebatesse, tratou de mostrar uma pequena sacola com a logomarca de uma doceria “Olha o que eu comprei”.

Tirou de dentro da sacola um cupcake e uma vela faísca. O moreno achou engraçado o doce que tinha um aspecto bem peculiar: a cobertura chamativa era nas cores do arco-íris e dois pequenos arcos entrelaçados e com setas davam o toque final.

“Devo dizer que esse é o cupcake mais gay que eu já vi na minha vida” Sebastian ironizou, porém não esperava menos por algo vindo de Ciel.

“Fofo, né? Eu também gostei! Como um amigo meu trabalha nessa doceria, eu pedi para ele confeccionar” Acendeu a vela e colocou com cuidado no doce “Vamos, faça um pedido!”.

Michaelis revirou os olhos, Ciel era a pessoa mais supersticiosa que já havia conhecido e era uma superstição mais mirabolante que a outra. Pensou no que poderia desejar, mas não era como se realmente fosse crente que isso funcionasse, olhou para o jovem de cabelos azulados e então já sabia o que pedir “Já fiz”.

“Ok! Vou contar até três e sopramos juntos! Um, dois, três!” Os dois assopraram e a vela acendeu novamente depois de alguns segundos, assopraram de novo e ela teimou em acender, isso se repetiu mais três vezes e Sebastian já cansado de assoprar cortou o barato do azulado cuspindo nos dedos e apagando a chama com a saliva “Você é muito chato, sabia? Cadê meu presente?”.

O moreno balançou a cabeça diante da atitude infantil, mas no fundo achou que o menor ficou uma gracinha com aquele bico emburrado “Está aqui!” Deu uma pequena caixa que cabia na palma da mão, haviam combinado que não iriam compra nenhum presente caro e que seria apenas uma simples lembrancinha para se recordarem da data ‘especial’.

Ciel abriu a caixa com sua típica euforia e logo um enorme sorriso surgiu em seu rosto, havia ganhado um par de brincos azuis, quase a mesma tonalidade de seus olhos. Como havia perdido os seus, tinha pensado em comprar pares novos, mas ao que parece o moreno adivinhou seus pensamentos.

“Obrigado, eu adorei” Selou-lhe rapidamente os lábios “Aqui está o seu!”

A caixa que ofereceu era um pouco maior e mais pesada, Sebastian rasgou o papel de presente com certa curiosidade e logo viu ser um vidro de seu shampoo preferido. Como o seu já havia acabado, estava há mais de uma semana procurando, mas até agora não havia obtido sucesso e por isso estava lavando os cabelos com sabonete, já que seus fios não se davam bem com shampoos de outras marcas e ficavam com uma textura áspera.

“Ontem eu passei o dia inteiro procurando” Ciel falou com as bochechas coradas, sabia que o companheiro tinha predileção por aquela marca e por isso havia levado o dia inteiro procurando. Foi um grande alivio quando achou, pois suas pernas estavam doloridas de tanto andar.

O moreno olhou ternamente para sua face corada, o presente poderia até ser insignificante para outras pessoas, mas para ele a intenção e os sentimentos carregados naquela singela lembrança era o que realmente importava “Obrigado!” Puxou-o para um beijo ardente sem se importar se estavam em público.

“Tem outra coisa que eu comprei... Para nós O menor falou misterioso e tirou discretamente um vidro de lubrificante de dentro da mochila “É lançamento e a vendedora me falou que deixa as coisas ainda mais picantes” Piscou com um sorriso travesso.

Sebastian também sorriu e balançou a cabeça em descrença, ele realmente não lamentava nem um pouco em ter levado um belo par de chifres de sua ex-namorada, pois caso isso não tivesse acontecido, ele jamais teria conhecido Ciel.

Michaelis e Phantom

Dias depois

Depois de um dia infernal e sentir uma dor de cabeça monstruosa, Sebastian pela primeira vez em muito tempo conseguiu sair cedo do trabalho. Ele trabalhava no escritório de advocacia que havia criado em parceria com o amigo de faculdade, mas ultimamente estavam tão sobrecarregados que pensavam até em arranjar mais um parceiro para entrar na sociedade.

Como ainda eram quatro horas da tarde e Ciel saia as cinco do expediente, resolveu ir busca-lo no trabalho, afinal, eram poucos os momentos que conseguiam se vê ainda de dia, já que trabalhava o dia inteiro e Ciel fazia faculdade pela manhã e trabalhava como atendente em uma lanchonete a tarde.

Em meia hora chegou ao pequeno estabelecimento, o local estava cheio e seria difícil encontrar uma mesa vazia, mas como por providencia divina um casal desocupava uma mesa num canto perto da parede e ele não perdeu a oportunidade de sentar logo antes que alguém acabasse roubando o lugar.

Era a primeira vez que entrava ali e observando bem o local viu que era agradável e aconchegante apesar de pequeno, também era a primeira que veria o menor trabalhando e isso seria algo bem interessante, já que Ciel sempre foi um pouco preguiçoso.

Percebeu as garçonetes murmurando e olhando em sua direção, mas já estava acostumado com esse assédio e admitia que as moças fossem bonitas, mesmo estando com um homem ainda era inevitável não se sentir atraído pelo sexo oposto.

Logo viu Ciel aparecer de trás do balcão com uma bandeja na mão e enorme sorriso no rosto, seu destino era uma mesa cheia de colegiais e enquanto observava atentamente a cena, batia a ponta dos dedos na mesa. As garotas estavam descaradamente dando em cima de seu ‘namorado’ e Ciel apenas exibia o maldito sorriso simpático enquanto recebia as investidas.

Sabia que quanto a isso o menor não podia fazer muita coisa, havia sido contratado justamente por causa de sua boa aparência e isso obviamente atrairia clientes femininas, mas devido à irritação essa lógica era algo que não passava por sua cabeça.

“Você já foi atendido?” Uma garçonete apareceu com os peitos quase pulando por cima do decote do uniforme, mascava um chiclete que fazia barulho a cada mastigada e isso o deixava cada vez mais irritado.

“Um capuccino, por favor!” Pediu a primeira coisa que veio a mente apenas para se livrar logo da moça.

Enquanto esperava o pedido sem ainda ser notado pelo menor, via-o de um lado para o outro atender as clientes e percebeu que até mesmo alguns homens o olhavam de maneira diferente, principalmente para sua bunda e isso o fazia querer furar os olhos de cada um dos pervertidos que ousavam olhar para o que era somente seu.

O moreno reposou a cabeça sobre a mesa, se sentindo um idiota por sentir ciúmes de outro homem.

Na cozinha da lanchonete enquanto esperava o próximo pedido ser colocado na bandeja, o azulado ouvia as colegas de trabalho fuxicarem animadas “Por que toda essa animação meninas?”

“Você já viu o homem que está sentado na mesa nove? Aquilo é um deus grego! Se eu pegasse um homem daquele não sairíamos do quarto por uma semana” Uma morena falou toda risonha e as outras também riram concordando e falando as coisas obcenas que fariam com o pobre coitado.

“Vocês são um bando de assanhadas isso sim! Acho melhor apagarem esse fogo e voltarem a trabalhar que hoje tá movimentado” O jovem pegou a bandeja que já estava com os pedidos e saiu curioso para ver quem era o suposto homem, mas quando olhou para a mesa quase caiu para trás ao ver de quem se tratava.

Levou os pedidos até a mesa de destino e assim que terminou se dirigiu até o moreno “Agora eu entendo por que as meninas estavam tão alvoroçadas. Não sabia que nossa lanchonete fazia tanto sucesso assim para você vim do seu escritório até aqui. É um pouco longe não acha?”.

Ciel brincou mesmo sabendo que provavelmente Sebastian estava ali por sua causa e franziu o cenho ao ver que ele não esboçava nenhuma reação além da expressão séria, não era de seu feitio aquele tipo de atitude e ficou preocupado que algo tivesse acontecido.

“Ãhh... Aconteceu alguma coisa?”.

“Aqui está seu capuccino!” A garçonete atrapalhou a conversa colocando o pedido em cima da mesa e já que Ciel aparentemente conhecia o tal cliente, aproveitaria para tentar alguma apresentação “Vocês se conhecem?”.

“Ahh... Sim... Éhh... Mirela esse é o Sebastian, Sebastian essa é a Mirela” Ciel estava sem jeito, pois sabia das intenções da colega de trabalho, mas não havia apresentado o moreno como namorado porque não sabia se ele iria gostar, já nunca haviam oficializado a relação para ninguém, nem para eles mesmos!

Michaelis ficou o olhando como se esperasse por uma continuação, mas como ela não veio, resolveu tomar partido da situação “Prazer Mirela, eu sou Sebastian Michaelis” Cumprimentou a moça com um aperto de mão.

“O prazer é todo meu. Vocês se conhecem de onde?” A garçonete perguntou para dar início a uma conversa e também estava curiosa para saber como Ciel havia conhecido um homem tão bonito como aquele. 

“Nos conhecemos por acaso no Natal” E como que para cortar logo o mal pela raiz, Sebastian tratou de por fim nas esperanças da mulher “E agora nós estamos namorando” Disse com seu simpático sorriso de olhos fechados. 

Ao contrário do moreno que estava irritado, os outros dois estavam constrangidos. Mirela abriu a boca em um 'O' mostrando surpresa, depois fechou olhando para Ciel que estava com a face enrubescida e tornou novamente a olhar para o moreno que ainda tinha o sorriso forçado.

"Nossa... Que... Surpresa! Devo admitir que você formam um belo... Casal. Ãhh... O pessoal da mesa seis estão me chamando, com licença!" A moça sumiu tão embasbacada que parecia ter visto uma visagem.  

"E então, você já vai sair? Já são cinco e cinco!" Sebastian  tentou esconder a irritação, nem sabia exatamente o porquê estava assim, ou melhor, na verdade sabia e se achava o maior idiota do mundo por isso. Era obvio que com esse emprego, Ciel receberia inúmeras cantadas, afinal, ele era muito bonito. 

O azulado ainda estava tentando processar o que estava acontecendo,  primeiro o moreno chegava com a cara mais azeda que já tinha visto e depois jogava aquela bomba em cima da fofoqueira da colega de trabalho que com certeza já estava espalhando para as outras empregadas. Com certeza o turno de amanhã seria um inferno.

“Eu vou apenas pegar minha mochila, pode me esperar no carro se preferir”.

Sebastian suspirou colocando o pagamento do capuccino em cima da mesa e foi para o carro, entrou massageando as têmporas e descansou a cabeça no volante, sua chata dor de cabeça ameaçava virar uma enxaqueca infernal. Não demorou mais que cinco minutos para que Ciel também entrasse no sedan, e então deu a partida rumo ao apartamento do menor.

“Aconteceu alguma coisa? Você parece irritado!” Depois de alguns minutos em silêncio Ciel não resistiu a perguntar o que estava acontecendo, sinceramente não estava entendendo nada daquela situação.

Sebastian sabia que seu comportamento estava sendo infantil, mas pela primeira vez na vida estava sabendo o que era verdadeiramente sentir ciúmes de alguém e no momento não sabia muito bem como lidar com esse sentimento “Não aconteceu nada!” Respondeu seco.

“Você está com raiva de mim?” Perguntou o que estava obvio, só não entendia onde havia errado para deixar o outro tão irritado.

“Por que estaria?” O moreno nem se deu ao trabalho de responder mais do que isso e assim o assunto se deu por encerrado até chegarem ao apartamento.

Assim que entraram Ciel saiu pelos corredores ligando as luzes, no fundo queria mais era fugir da aura assustadora do agora oficial namorado e que estava com uma cara de poucos amigos, não conseguia entender o porquê de toda aquela irritação, parecia até que ele estava de TPM.

“Por que você não me apresentou como seu namorado?” Sentado no sofá da sala, Michaelis agia como se fosse algum visitante e nem sequer se atrevia a colocar os pés em cima da mesinha de vidro como sempre fazia.

‘Namorado? Eu não acredito que era por isso!’ O Phantomhive pensou incrédulo, mas devido à situação resolveu não fazer nenhum tipo de brincadeira em relação ao ciúme do moreno, senão o negocio ficaria feio para seu lado.

“Bem, nós nunca oficializamos nada para ninguém, então pensei que você quisesse manter em segredo, ou sei lá... Que estávamos apenas ficando!”.  

Bufando Sebastian levantou com uma cara assustadora, ficou de pé em sua frente e puxou-lhe forte pelas nádegas “Isso aqui me pertence!” Apertou as bandas carnudas com as mãos espalmadas “E quero que todos saibam disso. Espero que isso não se repita outra vez! Estamos entendido?” Deu mais um sorriso de olhos fechados e caminhou para a saída.

Ciel ficou sem saber o que falar e ainda mais confuso do que já estava “Onde você está indo? Não vai dormir aqui?”.

“Vou dormir em casa. Você está de castigo!” Saiu fechando a porta e deixando um Ciel atônito para trás.

‘Mas eu não fiz nada de mais!’ O azulado caiu no sofá e ficou alguns minutos olhando para a porta. Aquele estava sendo um dia muito estranho!

Michaelis e Phantom

Passava de uma hora da madrugada e Ciel já tinha perdido as contas de quantas vezes havia rolado na cama, apesar de estarem a pouco tempo juntos, ele definitivamente já havia se acostumado a dormir ao lado do moreno. Resolveu ir a cozinha fazer um copo com leite, mas só de pensar que teria que levantar da cama, acabou desistindo por causa da enorme preguiça.

‘Aquele idiota’ Pegou o celular e ficou olhando para o visor que iluminava o quarto escuro, sabia que o aparelho seria sua salvação, mas era difícil passar por cima do próprio orgulho e ser o primeiro a ligar, até porque nem se achava tão errado assim em toda aquela história.

Desligou o visou e afundou o rosto no travesseiro, cinco minutos depois tornou a olha-lo novamente. Pelo jeito não haveria alternativas, discou o numero que há tempos havia decorado e para sua sorte a tortura de ficar esperando não durou muito, pois no segundo toque a chamada foi atendida “Sebastian...”

“Hum...” O moreno parecia sonolento.

‘Será que ele estava dormindo? Francamente! E eu aqui me martirizando que nem um idiota!’ Estava arrependido por ter ligado, mas já que a burrada estava feita agora iria até o fim “Éh... Eu não consigo dormir... Sinto a sua falta!”

O moreno suspirou do outro lado da linha apenas para fingir que ainda estava irritado, mas na verdade também não conseguia dormir e já estava com o celular em mãos para ligar, mas para seu alivio o azulado se adiantou em fazer esse trabalho em seu lugar, e como só queria um pezinho para vazar dali, era obvio que não perderia essa oportunidade.

“Em 10 minutos eu chego ai!” Respondeu em tom monótono, o que era pura falsidade!

“Está bem!” O menor até tentou esconder a animação na voz, mas falhou miseravelmente.

“Ei Ciel?”

“Sim?”

“Deixe logo o vidro de lubrificante em cima da cama!”


Notas Finais


Agora que vcs ja sabem da mania esquisita do Ciel, vai entender o que se passar nessa cabeça hien, cada louco com sua loucura!

Até sábado amores!


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