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História As razões dele, os motivos dela - As razões dele


Escrita por: TiaYuki

Notas do Autor


Olha só quem resolveu dar as caras de novo!

É com orgulho que eu lhes trago o capítulo de mais de 3000 palavras escrito em um único dia! E infelizmente ele não saiu mais cedo porque eu não pude postar, perdoem.

Bom, com o capítulo 4 dessa fanfic postado, eu decidi voltar a dar prioridade a OCQVC porque ela está perto do fim, então eu vou tentar terminá-la logo para então voltar a me dedicar a essa maravilha de fanfic. Ok? Ok.

Enfim, sem mais delongas, boa leitura. ♥

Capítulo 4 - As razões dele


– Nossa, a sua casa parece uma mansão! – Hinaki exclamou assim que seu olhar se fixou na enorme casa de dois andares e que provavelmente possuía vários cômodos em ambos. – Você e seus pais nãos se perdem em uma casa tão grande assim? 

– Não exagere, por favor. – Saya pediu, abanando a mão com descaso perante a fala do menor. 

O moreno abriu o portão da residência para em seguida deixar que o rosado entrasse primeiro, guiando-o para a entrada da casa assim que fechou o portão. 

Apesar de terem tempo livre até a próxima semana de provas, tanto Hinaki quanto Saya não quiseram perder tempo e uma vez que não havia nada melhor para ambos fazerem, então decidiram que iriam usar aquele domingo para estudarem na casa do moreno. 

Assim que passaram pela entrada da residência foram recebidos porque um casal – provavelmente eram os pais de Saya –, que aparentemente eram jovens demais. 

– Cheguei. – Saya falou antes de suspirar brevemente. 

– Bem-vindo de volta, Saya-chan. – a mulher falou de forma amável. – E a sua amiga também. 

– Não vai apresentá-la para nós? – o homem perguntou logo em seguida, fazendo com que os mais novos ali presente tivessem de segurar o riso. 

– Seria falta de educação nossa não nos apresentarmos antes! – a mulher cujos fios negros eram semelhantes aos de Saya interveio, logo voltando a encarar Hinaki com um sorriso gentil. – É um prazer conhecê-la, eu me chamo Iori e este é meu marido Naoki. 

– O prazer é todo meu, eu me chamo Sakamoto Hinaki. – o rosado falou com o tom de voz baixo para que seu disfarce não fosse estragado enquanto fazia uma breve reverência em sinal de respeito aos mais velhos. 

– Oh, você é uma graça! – Iori comentou à medida que seus olhos brilhavam devido a graciosidade da "garota" que acompanhava seu filho. 

– Saya tem sorte de ter uma amiga tão educada quanto você. – Naoki comentou à medida que sorria para o visitante, que retribuiu o gesto. 

– Agradeço os elogios, suas palavras me deixam lisonjeada. – Hinaki respondeu de forma carinhosa, logo desviando o olhar para Saya assim que o moreno tossiu brevemente para chamar a atenção de todos para si. 

– Enfim, estamos subindo. – falou à medida que se dirigia para as escadas, tendo o rosado logo atrás de si. 

– Tudo bem, mais tarde eu levo um lanche para vocês. – Iori falou antes de acenar gentilmente para os garotos. 

– Nossa, seus pais parecem tão jovens... – Hinaki comentou assim que entraram no quarto de Saya, não conseguindo reprimir o riso devido à situação que acabara de ocorrer. – Eles são muito legais. 

– E você parece uma garota. – Saya revidou enquanto sentava-se no kotatsu que havia no centro do seu quarto. – Sim, eles são. 

– São situações completamente diferentes. – o rosado defendeu-se logo em seguida, deixando que uma careta contrariada se formasse em seu rosto. 

– São situações completamente iguais. – Saya respondeu, permitindo-se rir em seguida. – Enfim, não estamos na minha casa para ficar comentando da aparência das pessoas. 

– Tem razão. – Hinaki afirmou brevemente com um aceno de cabeça, logo colocando sua bolsa com livros e cadernos sobre o kotatsu. – Vamos estudar até nossos dedos sangrarem! 

– Até os dedos sangrarem? – Saya questionou de forma divertida. – Isso não é exagero? 

– Claro que não! – Hinaki respondeu emburrado. – Para sua opinião, em certa ocasião eu estudei tanto que meus dedos criaram bolhas, mas eu estudei ainda mais e elas estouraram e saiu sangue. 

– Credo, você é assustador. – Saya comentou em um sussurro, sendo interrompido pela tosse forçada vinda do rosado. –Ok, ok, vamos estudar... 

 

§ 

 

– Olha... A minha casa é pequena e bagunçada, então tente não reparar, ok? – Hinaki resmungava devido ao nervosismo, e aquilo fazia Saya mentalmente. 

Mas, o rosado não podia evitar. Nunca havia levado ninguém para sua casa e ser o seu antigo rival a primeira pessoa a colocar os pés em sua residência fazia com que o garoto entrasse em pânico. 

– Hinaki, fica calmo. – Saya respondeu, não podendo evitar que o riso baixo escapasse de seus lábios. – É apenas uma tarde de estudos na sua casa, que mal pode acontecer

"Muita coisa" – o rosado respondeu mentalmente. 

– Antes de entrarmos, eu preciso te avisar que a minha família é tão estranha quanto eu. – Hinaki sentiu-se na obrigação de dizer aquilo, não sabendo como reagir assim que teve o olhar confuso do outro fixado em si. 

Criando coragem, Hinaki abriu a porta de sua casa, dando espaço para que Saya entrasse na residência. 

– Cheguei. – o menor falou um tanto quanto temeroso, atraindo a atenção de Rin que estava tirando o pó do armário de sapatos dos residentes da casa e das visitas. 

– Oh, Hina-chan! Bem-vind... – a voz de Rin morreu assim que seus olhos se fixaram em Saya. – Oh, um... Homem?! 

Após o grito assustado e um tanto quanto aterrorizante vindo da mãe do rosado, um som de coisas caindo pôde ser ouvido para serem seguidos de passos rápidos e pesados até que Rui e os outros dois filhos apareceram na entrada da residência. 

– É um prazer conhecê-los, eu sou Yamada Saya. – o moreno cumprimentou antes de inclinar-se em respeito aos outros, deixando-os completamente chocados com a cortesia do garoto de fios escuros. 

– Oh... – todos os presentes com exceção de Hinaki murmuram de forma surpresa, e logo Rui fez com que Myu e Crim abaixassem a cabeça de respeito para com o outro enquanto ele próprio e Rin faziam a mesma ação. 

– Queira nos desculpar pela indelicadeza diária do nosso filho. Espero que ele não lhe dê nenhum trabalho. – Rui falou com a cortesia igualada a do rapaz à sua frente. 

– Ah... – Saya e Hinaki murmuram em uníssono, um tanto quanto confusos com aquela situação. 

– Não precisa se fazer de desentendido, nós sabemos que você sabe que de mocinha fofa o Hina-nii só tem a cara. – Myu falou enquanto um sorriso sacana se formava em seu rosto. 

– Myu! – Hinaki e Rin repreenderam ao mesmo tempo. 

– Mas eu não falei nada errado! Crim, eu falei algo errado? – o garoto questionou com o olhar fixo no irmão mais novo. 

– O que? Não me meta nisso, por favor. – o mais novo da casa resmungou de forma chorosa. 

– Pai, eu falei algo errado? – Myu voltou a perguntar, dessa vez seu olhar estava fixado em Rui, porém o homem de fios castanhos não desviava os olhos de Saya. – Pai? 

– Querido, deixe de ser careta! – Rin resmungou, logo fazendo com que o marido e os filhos voltassem para a sala enquanto convidava Saya para entrar. 

– Bem, nós vamos para o quarto para estudar, então não façam barulho. – Hinaki ditou enquanto se dirigia para as escadas, sendo seguido por Saya. 

– Como assim?! – Rui questionou contrariado, recebendo um tapa na nuca vindo de Rin. 

– Querido, por favor. – repreendeu, fazendo com que o moreno ficasse emburrado. 

– Seus pais e irmãs são divertidos. – Saya comentou antes de sentar na cadeira que havia em frente a única escrivaninha do quarto que na maioria das vezes era usada por Hinaki. 

– Você acha? Para mim, eles são doidos varridos. E eu não tenho irmãs, achei que tivesse aprendido algo comigo. – o rosado respondeu, acabando por rir assim que terminou de proferir tais palavras. 

Infelizmente, o estudo de ambos era constantemente interrompido pela conversa em forma de gritos e risadas histéricas que podia-se ouvir vindo do andar de baixo. 

– Saya-kun é completamente diferente daquilo que o Hina-nii nos contava! – Crim comentou animadamente. 

– Lógico, ele implicava com o pobre coitado sem ele ter feito absolutamente nada. – Myu respondeu com descaso. 

– Que garoto idiota. – Rin comentou um tanto quanto chocado. – Um moço tão cordial quanto aquele é difícil de se encontrar hoje em dia... 

– O que você está insinuando, amor? – Rui perguntou de forma hesitante. 

–Oras, o que mais? Quer melhor partido do que aquele garoto? – Rin falou hipoteticamente. – Tenho certeza de que ele seria um ótimo genro. 

– Ah, sem falar que eu ouvi Hina-nii dizer que ele é filho de médico... – Crim comentou de forma aleatória, fazendo com que os outros ali murmurassem um "ooooh", demonstrando o quanto estavam maravilhados. 

– Será que se formos nos consultar com o pai dele e dissermos que somos pais da amiga de seu filho, a consulta sai de graça? – Rui perguntou de forma interessada. 

– Não acredito que você quer tirar proveito da situação! – Rin exclamou sem conter o riso. 

– Mas podíamos tentar! – Myu concordou alegremente. – Crim, finja que está doente! 

– Que? Por que eu? Por que a cobaia para tudo sou eu? – o mais novo questionava em meio a resmungos chorosos, mas logo os quatro presentes na sala estavam rindo tão alto que Hinaki tinha o rosto vermelho tamanha raiva e vergonha, tais sentimentos fizeram com que o garoto quebrasse o lápis que segurava. 

– Hinaki, não se incomode com isso... Eu não ligo, é sério... – Saya falava de maneira aflita, tentando fazer com que o garoto se acalmasse, o que não deu certo uma vez que o rosado se levantou abruptamente para que pudesse abrir a porta com violência, rumando para as escadas em passos largos e pesados. 

– Será que vocês poderiam parar de me matar de vergonha?! – berrou o mais alto que podia, fazendo com que seus pais e seus irmãos explodissem em gargalhadas altas. 

A irritação que insistia em permanecer no rosto e nos pensamentos do rosado impediu que Hinaki percebesse o olhar distante de Saya após toda aquela confusão, por mais que o resto da tarde tivesse passado da forma mais natural possível. 

 

§ 

 

O dia estava quase no fim e Hinaki estava mais do que agoniado, uma vez que Saya não havia lhe desejado um "bom dia", muito menos havia olhado para si. E aquilo para o rosado era muito mais do que estranho, afinal, ele nunca sentira algo assim antes. Então qual o motivo para sentir algo assim logo agora? 

Apenas chegara na conclusão de que se quisesse saber o que estava acontecendo, teria de ir atrás do moreno. E foi após suspirar que Hinaki seguiu até Saya – que estava conversando com alguns colegas de sua turma. 

– Saya-kun? – chamou, puxando o tecido do casaco do uniforme à fim de fazer com que o outro lhe desse a atenção que queria, sorrindo minimamente assim que teve o olhar do maior sobre si. – Um professor pediu que eu lhe entregasse esse papel. – falou enquanto entregava a folha ao maior, sendo aquele pedaço de papel como desculpa para ir até o outro. 

– Ah, sim. Obrigado. – a resposta curta e o tom de voz seco de Saya fez com que Hinaki ficasse surpreso e um tanto quanto chocado. 

Esperava aquele tipo de atitude de qualquer pessoa, menos de Yamada Saya. 

– Espera! – falou apressadamente, segurando o pulso dele para fazer com que ele lhe encarasse novamente. – Você está bem? 

– Estou. Por que? – o tom de voz que o maior usava naquelas palavras eram como um belo tapa na cara do garoto que mesmo estando espantado com a atitude do outro, não soltara seu pulso. – Agora será que poderia me soltar? – questionou rispidamente enquanto puxava o braço que até então era segurado com força, fazendo com que o rosado quase se desiquilibrasse. 

– Não, você não está bem... – Hinaki murmurou à medida que via Saya afastando-se de si juntamente de seus colegas, provavelmente estavam indo para a sala, mas os garotos ainda estavam perto o suficiente para que o rosado pudesse ouvir algumas palavras. 

– Nossa Yamada, precisava ser tão indelicado com a Sakamoto? 

– Você deveria pedir desculpas. 

Mas o moreno apenas ignorava ou respondia a tais comentários com um revirar de olhos e com extremo descaso. 

E Hinaki podia sentir os orbes arderem gradativamente, não demorando muito para secá-las e observar a direção que o moreno fora com raiva. 

Se Saya queria reatar a guerra que existia apenas na cabeça de Hinaki e destruir a amizade recém formada, então ele havia conseguido. 

Em passos largos e pesados, o garoto se dirigira para sua sala de aula, o horário de aula estava acabando e não havia muito mais o que fazer, porém, Saya e os mesmos garotos de antes estavam conversando em um bolinho de pessoas onde, por coincidência, Saya estava em frente à entrada da sala, e foi então que um sorriso diabólico se formou no rosto do garoto de fios rosados, que rumou em direção daquele grupinho. 

– Você! – Hinaki exclamou com a irritação notável em sua voz, apontando o indicador na direção de Saya. – Você está no meu caminho, saia. 

– Não muito longe daqui tem outra porta, use ela. – o moreno revidou, sustentando o olhar indiferente e emburrado do menor. 

– Não me interessa, saia da minha frente, anda! – o rosado respondeu, seu tom de voz soou com tanta grosseria quanto as palavras de Saya e a insatisfação estava presente em sua expressão fechada. 

Tal atitude tão revoltada vinda do garoto em frente a tantas testemunhas deixou Saya mais do que espantado. Não podia acreditar que Hinaki estava colocando sua tão preciosa reputação em risco apenas para revidar todo aquele tratamento indelicado. 

Não havia outra escolha para si que não fosse liberar a passagem para o menor, que atravessou o portal de entrada como uma lufada de vento. 

Acabou por adentrar a sala logo em seguida após ver em seu relógio de pulso que não faltava muito para que o sinal que os liberariam para ir embora tocasse. 

Tendo constatado tal fato, não demorou muitos minutos para que o sinal citado soasse, e novamente Saya avistou a figura de Hinaki deixar a sala rapidamente, logo fazendo o mesmo que o rosado, porém, com mais calma do que o garoto. 

Mas não esperava que o outro tivesse deixado a sala de aula tão rápido apenas para esperar por Saya na saída da escola, o que deixou o moreno surpreso – até demais. 

– Precisamos conversar. – Hinaki ditou seriamente, não deixando que Saya negasse o seu pedido que na verdade havia soado como uma ordem. – Você não tem escolha, a não ser que queira que eu torne sua vida um inferno, o que não é difícil para mim. 

– Tudo bem... – Saya respondeu após um longo suspiro. – Tem uma praça aqui perto que há essa hora deve estar vazia, vamos para lá. 

 

§ 

 

– E então, o que quer falar comigo? – Saya foi direto em sua pergunta, e Hinaki não deixou de notar a insegurança em sua voz. 

– Por que começou a agir estranho comigo do nada? – o rosado também fora direto em sua pergunta. – Na verdade, por que começou a agir estranho depois de ter ido até a minha casa? 

– Porque eu percebi que andar com você é perigoso para mim. – o moreno respondeu enquanto seu olhar se fixava o céu de tonalidade alaranjada. 

– Então está colocando a culpa da sua cara de pau em mim? – Hinaki questionou sem realmente acreditar naquilo que ouvira. 

– Eu não quis dizer isso. – Saya riu brevemente, suspirando baixo em seguida. – O que eu quis dizer é que... Eu me senti estranho após estar na sua casa. 

– Como assim? Digo, eu também ficaria estranho se estivesse indo na minha própria casa pela primeira vez. – o rosado comentou aleatoriamente enquanto se embalava no balanço onde estava sentado lentamente, fazendo Saya rir novamente. 

– Novamente, você não entendeu. – o moreno comentou, deixando que seu olhar ficasse vago. – Mas não lhe culpo por não entender, porque da mesma forma que eu sei pouco sobre você, você também sabe pouco sobre mim. 

– O que quer dizer? – Hinaki perguntou com mais seriedade, desta vez fixando o olhar diretamente no rosto do maior. 

– Por onde começar...? Bem, sabe meus pais? – questionou enquanto observava o menor de relance, apenas para vê-lo afirmar com um aceno breve de cabeça. – Eles não são meus pais biológicos, meu pai adotivo era irmão do meu pai biológico. Logo, eles são meus tios. Mas, meus pais biológicos tinham má fama na família, porque eles tinham experiência em acumular dívidas altas e para não ter que pagá-las, decidiram largar tudo e fugir. E com "tudo", eu me refiro a mim também. Eu não me lembro de absolutamente nada sobre eles, e de qualquer forma eu agradeço isso. Mas meus tios decidiram cuidar de mim, por mais que todos os parentes fossem contra isso. Que absurdo seria alguém tão honesto como meu tio tomar conta de um moleque filho de dois malditos pecadores. Por isso eu prometi a mim mesmo que eu iria ser perfeito, mas se me atacassem por qualquer motivo que fosse, eu não iria apanhar calado. Eu quero provar que até mesmo alguém com fama de delinquente pode ser a personificação da perfeição. 

– E onde é que eu entro nessa história toda? – Hinaki perguntou, tombando a cabeça para o lado em sinal de confusão. 

– Você me fez conhecer um lado que eu não sabia que eu possuía. Eu fiquei com medo de esse lado ser tão vigarista quanto meus pais biológicos, e eu tenho ainda mais medo de trazer vergonha e desgraça aos meus pais adotivos, que cuidaram tão bem de mim. Mas, ver você e sua família gritando uns com os outros e rindo de forma tão espontânea me fez questionar "então isso é uma família de verdade?". Eu percebi que eu me sinto deslocado até mesmo no meu próprio "lar". – Saya acabou por soltar um longo suspiro ao final de suas palavras, o que fez Hinaki rir baixinho. 

– Você tinha razão ao dizer que não sabia muito sobre mim. – o rosado falou enquanto olhava para o céu que ficada mais escuro a cada segundo que se passava. – Pois então vou lhe contar mais uma coisa sobre mim como um presente por você ter me contado isso. Você acha que minha família possui laços sanguíneos? Desculpe te decepcionar, mas você tem mais laços de sangue com seus pais adotivos do que eu com os meus. – Hinaki voltou a rir ao terminar de proferir tais palavras, não demorando muito para que as continuasse, uma vez que o olhar de Saya para si demonstrava confusão. – De fato, Crim, Myu e eu somos irmãos de sangue. Porém, nós viemos de um orfanato. Resumidamente, sempre queriam adotar apenas um de nós e nos negávamos a sermos separados, e foi então que conhecemos Rin-san e Rui-san que sempre quiseram ter mais de um filho. Ficamos felizes por termos um lar e eles ficaram felizes por realizar um sonho, logo era como se realmente tivéssemos nascido do útero que Rin-san não tem. 

– O que? Como assim? Não me diga que... – Saya não conseguiu esconder o choque e a surpresa. 

– Não percebeu? Não há uma única mulher na minha casa, Saya-kun. – Hinaki falou com tom provocativo em sua voz, logo pegando mais impulso no balanço enquanto vez ou outra observava o maior. – Eu lhe conheço tem pouco tempo, mas não se preocupe. Você não é um vagabundo e vigarista como seus pais biológicos, até porque você foi criado por duas pessoas maravilhosas como seus tios, então não há com o que se preocupar. Você apenas é um pouco menos sério do que o seu personagem mostra. 

– Sim, acho que tem razão. – Saya comentou distraidamente, sorrindo minimamente logo em seguida. 

– Então, continuamos amigos? – Hinaki questionou um tanto quanto hesitante, parando o movimento do balanço quase que no mesmo instante. 

– Na verdade... – Saya iniciou, fazendo Hinaki engolir em seco. Tinha medo que o maior decidisse cortar qualquer tipo de relação no mínimo próxima entre eles, e tinha ainda mais medo do que esse sentimento amedrontado significava. – Mesmo após toda essa confusão que aconteceu entre nós dois, existe algo que não mudou para mim. E eu estou me referindo sobre eu gostar de você. – os olhos do rosado se arregalaram com a nova declaração do moreno. – Mesmo após você ter me dado um chute no estômago, descobrir que você é um garoto e ter feito você chorar... Sinto que tudo isso apenas nos aproximou ainda mais e eu agora entendo porque dentre todas as garotas, eu acabei me apaixonando logo pela linda e perfeita Sakamoto Hinaki, porque eu nunca havia reparado em nenhuma outra garota. 

O rosado não conseguia raciocinar direito após aquela declaração, seus orbes castanhos escondidos por detrás das lentes azuis estavam arregalados devido à surpresa que aquela declaração repentina lhe causara enquanto sua mente gritava as palavras que suas cordas vocais não conseguiam vocalizar. 

"Eu também me apaixonei pelo delinquente perfeito que é Yamada Saya". 


Notas Finais


Eu to quase berrando de felicidade porque a fanfic está se aproximando de uma das partes que eu mais estou ansiosa pra escrever a a a a a a a

Ah sim, antes que eu me esqueça: Iori é a vocalista da banda Magistina Saga e Naoki é o vocal do GE+IM (que na verdade é o projeto solo dele, ENFIM)

Eis aqui os links das minhas outras fanfics caso alguém queira ler:

-> O conde que virou condessa (Labaiser e Misaruka): https://spiritfanfics.com/historia/o-conde-que-virou-condessa-7746728
-> Tudo ou nada Lycaon e Nocturnal Bloodlust): https://spiritfanfics.com/historia/tudo-ou-nada-4938268
-> Nascido para sofrer (Kiryu): https://spiritfanfics.com/historia/nascido-para-sofrer-7823463
-> Uma noite de verão (Royz): https://spiritfanfics.com/historia/uma-noite-de-verao-9563541
-> Um romance preto e rosa (Mejibray): https://spiritfanfics.com/historia/um-romance-preto-e-rosa-9022625
-> My happiness (Mejibray): https://spiritfanfics.com/historia/my-happiness-8982378
-> My Lady (Pentagon): https://spiritfanfics.com/historia/my-lady-8955708
-> Meu... (Fest Vainqueur): https://spiritfanfics.com/historia/meu-9865673
-> Ingênuo (Dadaroma): https://spiritfanfics.com/historia/ingenuo-10228378

Até o próximo capítulo que eu não sei quando sai. ♥♥


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