História As Sereias, uma aventura na Terra - JaeBum (HIATUS) - Não sei....

 Capítulo anterior~

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Já na última aula, quando estava saindo o ChanYeol se aproxima de mim e diz:

-Na próxima vez, me chame para a suruba.

-QUÊ!? - Exclamo.

O mesmo ria de deboche, filho de uma....

-Você! - Uma voz aguda grita. - vocês dois!

Nos viramos na direção do som e uma garota loira bem arrumada com cara de patricinha se aproxima de nós.

-Tomem esses convites, distribuem na sua sala.

Ela larga os convites em nossas mãos e vai embora. Eram convites para uma festa.

-Você vai!? - Pergunto ao rapaz no meu lado.

-LÓGICO!! Querida você está dizendo da festa da Brenda, meu bem, ela é a garota mais rica da escola, filha do nosso presidente. Suas festas são as mais faladas do ano inteiro! Eu que não seria burro de negar! Mas e você, vai??

-.....

Continua ^^. "

Capítulo atual~

-Você vai ou não bebê?? - ele pergunta de novo.

-Não sei....

-Como assim não sabe?? Sua resposta tem que ser sim!!

-Por que!?

-Porque sim! Nos vemos amanhã. - Ele sai assim, sem mais nem menos.

O encaro até a cabeleira sumir no corredor cheio de alunos.

Sinto uma presença indesejada ao meu lado, e sim, eu me viro para ver o que/quem era. Me deparo com um ser mais alto do que eu, com a cabeleira negra e seus olhos castanhos me encarando, suas mãos se encontravam juntas atrás do seu corpo e ele balançava seu corpo para frente e trás.

-Ser louco....- Murmuro.

Um vento atinge meu corpo e meus cabelos voam para trás, sinto a respiração quente batendo no meu nariz e boca enquanto os olhos castanhos não tiram o olhar dos meus.

-O que você disse?? - Ele pergunta.

-Que você é louco!

Ele morde sua língua (sim eu percebi pelo movimento na sua boca), me encara de cima a baixo e diz ofendido:

-O que você disse?! Como ousa...

-Lo-u-co!! - Sibilo devagar.

-Aish! - Ele resmunga arregalando os olhos.

Percebo que esse ser estranho ia "partir pra cima" mas uma mão grande e grossa segura o ombro esquerdo do rapaz, sua voz alta diz:

-Yugyeom, para de ser criança e assustar a novata, vamos logo para o treino.

Era o Jackson, o tal de Yugyeom se solta do amigo frustado.

-Essa garota teve a audácia de falar que sou louco! Sem nem me conhecer!!

-Eu só ouvi verdades até agora...Porque a senhora ficou magoada?? - Jackson pergunta com ironia ao amigo.

O menino se vira, encarando mais uma vez meus olhos se aproxima, a cada um passo em minha direção, dou dois para trás.

-Sai fora! - Grito para o mesmo.

-Volta aqui menina! Vou te mostrar o que é ser louco.

Me viro dando as costas para o mesmo e me ponho a correr (descobri que meu hobbie é correr pela escola); ainda tinha diversas pessoas nos corredores.

Imagina, estava correndo tão rápido que quase atropelo meu professor Wonho!! O mesmo me segura pelo braço me impedindo de ir longe, pela sua força sou jogada em direção do seu corpo e minha cara vai de encontro com seu peito.

O mesmo coloca sua mão na minha nuca afundando mais o meu rosto no seu corpo.

Escuto os passos apressados de alguém, uma voz masculina repete gritando:

-Cadê você garota?!?

Era a voz daquele louco. Socorro alguém me ajuda.

O professor coloca sua outra mão na minha cintura me puxando para mais perto, me encosta numa parede, afastando um pouco meu rosto do seu corpo me dando a visão do garoto com cabeleira preta passando reto por nós.

-Pelo santo mais sagrado!! Obrigado professor!! - Digo com um alívio que só eu para me entender.

-Sem problemas, mas... Porque o rapaz lhe seguia??

-Eu o chamei de louco...

Ele ri alto e depois volta a me encarar.

-Dica, nunca chame um garoto de louco, se não, eles se tornam um. - pisca para mim e depois se afasta do meu corpo indo embora.

Fico naquela posição encostada na parede por um tempo até que sinto um calor humano que arrepia meus pelos, estávamos do lado de uma sala, e eu não reparei que era justamente a sala do Jae-Bum, quando vejo o mesmo já estava na minha frente me olhando.

-O..oi. - Digo.

-Oi! O que faz ainda na escola??

-Longa história...

-Eu estou com a minha tarde livre para ouvir sua história trágica. - Ele sorri.

-...Isso foi um convite de passar a tarde juntos???

-Na verdade, foi um convite para almoçamos juntos, e passarmos a tarde.

Olho de cima à baixo o rapaz a minha frente.

-Eu gostaria de me trocar...essa roupa está me incomodando, está tão calor!

-Ué, tira essa sua blusa de moletom. - Ele se aproxima e segura a barra do meu suposto casaco-moletom.

-Não!! - Sinto minhas bochechas esquentarem.

Ele parece que não ouviu e puxa devagar minha blusa expondo uma parte da minha barriga, no mesmo instante suas bochechas viram dois tomates.

-Desculpa...achei que era um casaco.

Estava com tanta vergonha que nem o respondo. (Ainda bem que tenho uma barriga chapada e com leves traços de tanquinho).

-Bem, então almoce com calma, se troque, eu te pego as 16:30.

-Ok...Mas você sabe onde eu moro??

-Não. Por isso preciso do seu celular e o seu endereço.

Fecho meus olhos forçando minha visão, indicando que estava o analisando, então coloco minhas mãos na cintura.

-Me de o seu celular.

Um sorriso triunfante surge nos seus lábios, e o mesmo me da seu celular, anoto meu número e coloco meu endereço nos dados do contato.

-Te vejo hoje à tarde. - O mesmo se despede.

-Até! - Aceno num "tchau".

Por algum motivo sinto algo se remexer dentro me mim, fome, como estou sem pique nenhum para cozinhar, vou até a loja de conveniência e compro um macarrão instantâneo acompanhado de uma lata pequena de coca-cola.

Pago minha compra e sigo para o meu apartamento, desta vez, os rapazes não estão no saguão então vou livremente para o elevador....mas para a minha grande sorte, o Bin surge correndo até mim pedindo para segurar a porta, tenho vontade de deixá-la fechar, mas seguro.

-Olá de novo menina nova!!!

-Yah! Eu tenho nome.

-Ok menina estressada.

-Por que vocês gostam tanto de me apelidar???

-Porque é legal. Simples assim.

Nossa, que explicação maravilhosa!! Apenas fecho a cara e espero o elevador chegar no meu andar.

Assim que desço no meu precioso andar, vou até meu apartamento, e aquele demônio me segue, aliás, ele é meu vizinho, fazer o que.

-Tenha uma ótima tarde, vizinha. - Bin cantarola.

O ignoro e entro no meu apartamento, junto com as minhas compras, sento no meu sofá enquanto ligo a TV.

"Hoje, encontraram três corpos boiando no nosso mar, dizem que os garotos se afogaram, mas a população crê que foi homicídio."

Quase engasgo com o meu macarrão.

"À anos atrás, décadas, séculos, haviam seres sombrios aquáticos nas nossas terras, e pelo o que sabemos, foram extintos na guerra vermelha. Mas será que eles estão vivos e estão fazendo uma revolta?? Afogando pessoas inocentes que apenas queriam se divertir na praia."

Sinto meus olhos pegarem fogo e desligo a TV antes que eu exploda.

-Que absurdo!!

Vou ao meu quarto e deito na cama, fico olhando o teto branco até cair no sono.

Acordo com meu celular vibrando ao lado do meu rosto, me levanto zonza sentando na cama e atendo a ligação de um número desconhecido.

-Alô??

-Alô...Jae-Bum??

-Não, o rei do mar.

Escuto sua risada, mas a minha cara não é nada boa, finjo um riso.

-Bem, eu só queria confirmar o nosso pequeno encontro.

-Ah sim, está confirmando.

-Ok, daqui uma hora e meia estou aí.

A ligação se encerra e respiro fundo, tenho uma hora e meia para me arrumar....que maravilha.

Tomo um banho rápido, de roupão vou até a janela a fechando, ligo a luz do quarto e Caminho até o meu armário, vasculho uma roupa adequada. Acabo optando por um cropped de manga comprida completamente liso e branco, um suspensório-saia e meu tênis branco.

Mesmo sendo o sol do entardecer, passo protetor e coloco meu óculos de sol.

Para terminar, coloco um short curto agarrado preto por debaixo da saia, porque né, às vezes o vento não colabora.

Nos lábios, só passo um gloss simples e coloco rímel para ressaltar meus cílios.

Vou até a sala, sentando no meu sofá, olho para o meu relógio e faltam exatamente 10 minutos para o horário marcado. Sem nada o que fazer, fecho as janelas na casa e ligo o rádio, pronta para começar a cantar, mas antes de qualquer vogal escapar da minha garganta à tampo com minha mão.

Esqueci de colocar o colar.

Volto para o banheiro revirando tudo, até que o acho caído na frente do meu armário, deveria ter caído enquanto me trocava, foi por pouco.

O coloco com a toda delicadeza do mundo e logo depois, me encaro no espelho. Sim, mesmo usando o colar, não consigo esconder minha beleza. Admito que nunca me senti tão bela quanto hoje, a roupa ressaltava minhas poucas curvas, cintura fina, seios fartos e rígidos, assim como minha bunda, tenho uma perna bela com coxas definidas....pois é, nadar não é tão ruim assim.

Encaro meu rosto, belo como de um anjo. Abençoado seja o útero da minha mãe.

Escuto o interfone tocar, corro até a sala e pego o telefone.

~.~

-Oi?? - Uma voz feminina diz.

-Oi!

-Senhorita Kwan??

-Eu mesma.

-Tem um moço, identificado como I.m Jae-Bum, a esperando, aqui na sala de recepção.

-Ah sim, obrigada!! Já estou descendo.

~.~

Dou uma última olhada no espelho passando mais uma vez meu gloss e saio de casa trancando a porta.

Caminho calmamente até o elevador entrando no mesmo, vazio.

Quando chego na sala de recepção, avisto um ser alto com os cabelos castanhos, com uma blusa simples cinza com uma calça jeans meio justa (conseguia visualizar um pouco de sua coxa grossa) com um rasgo no joelho.

Assim que o rapaz me vê, sorri docemente o que faz seus olhos quase se fecharem, acena para mim, me chamando para aproximar.

Assim que chego perto, visualizo quão belo Jae-Bum estava.

-Boa tarde! - Exclama.

-Boa tarde! - Respondo no mesmo entusiasmo.

Ele se aproxima, me cumprimentando com um abraço e um beijo na bochecha. [N/a: Lembrando, como este mundo é fictício e criado por mim, na cultura deles é normal se cumprimentar assim].

-Você está muito linda! - Elogia.

-Igualmente. Para onde você pretende levar esta bela donzela?? - Pergunto brincalhona.

-Hum...Bem, ainda não sei, vamos andar por aí, decidimos no caminho.

-Como quiser comandante! - Sorrio.

Ele retribui com um belo sorriso e sai do prédio, logo não demora para segui-lo.

A tarde está agradável, leves rajadas de vento, algumas pessoas andam pelas calçadas apressadas, outras com calma, enquanto o sol, estava não muito forte, e nem muito fraco....digamos, o suficiente para iluminar o ambiente sem fazermos suar.

-Então, você mudou a pouco tempo para cá? - JB começa, tentando puxar assunto.

Ao seu lado, seguros minhas mãos atrás do meu corpo, enquanto respiro fundo.

-Sim, foi este ano, assim que completei 18, vim para cá.

-Entendo...Eu moro aqui desde que me lembro.

-Uau, você nunca saiu daqui??

Ele nega com a cabeça.

-Nossa, você não sabe o que está perdendo! O mundo lá fora é tão belo.

-Você já foi para outros lugares??

~Apenas por mar....quando o cardume migrava.~

-Sim! Meus pais queriam que eu conhecesse mais do mundo.

Ele fica pensativo, analisando cada palavra que digo.

-Qual lugar você gostou mais do sorvete??

-....

-Tenho certeza que nenhum dos que você já provou é tão bom quanto o daqui!

-Jura!?

Ele concorda entusiasmando.

-Você precisa experimentar! - Exclama.

-Pode ser então...Onde é?? - Pergunto.

-Eu te levo lá!

-Agora??

-Sim ué, aproveitamos que já esta na rua mesmo.

-Okay...

Jae-bum muda de caminho para qual estávamos indo, virando em esquinas e mais esquinas, até que parece que chegamos em um canto mais isolado da cidade, vejo uma rua com casas muito bem mobiliadas e fofas, logo adiante, uma praça nem muito grande, nem muito pequena, onde havia um pequeno parquinho com diversos brinquedos infantis. Logo na frente, uma loja extremamente bem arrumada indicava com uma placa sorveteria.

O garoto que me acompanhava apressa seus passos, o que me faz praticamente correr atrás dele, quando chegamos na sorveteria, vejo o quão simples era lá dentro, e ao mesmo tempo moderno.

O chão é de madeira, no canto à esquerda de encontra um balcão com freezers expondo sorvetes, com uma mulher Atrás dos mesmos, atendendo duas garotas. Ao lado direto, se encontra o caixa, o resto está ocupado por mesas.

Jae vai até uma mesa colada na parede de vidro, que era virada para a praça. Deixa seu casaco que estava amarrado na cintura em cima da mesa pequena com assento para duas pessoas e se dirige para a moça, atendente.

O sigo até lá, observo cada mínimo detalhe. Estava tão avoada que nem percebo quando o maior me chama, ele tem que me cutucar para acordar da minha pequena viagem.

-Ah, sim. - Digo confusa.

-Do que você vai querer??

-Eu O que??

-De sabor, para o sorvete, sua boba. - Diz, enquanto bagunça meus cabelos.

-Yah! Não mexa no meu cabelo!

Ele se rende afastando a mão.

-Eu não sei...Nunca fui muito fã de coisas geladas.

-A partir de hoje, você vai amar!! Helen, me veja uma casquinha de duas bolas....sabor flocos.

A moça trata de realizar o pedido do mais novo, assim que entrega o gigantesco casco com bolas de neve ele me entrega.

-E para mim, uma casquinha, de também duas bolas, do sabor chocolate.

Encaro o objeto comestível na minha mão, eu já tinha ouvido falar de sorvete, até já cheguei a experimentar, de um pote lotado com a cor rosa meio vermelho, que minha irmã comprou.

-Não vai sentar??

Quando olho, JB já estava sentado na mesa, vou até o mesmo, sentando no meu assento, que era virado para ele.

-Tome, é gostoso, acho que você vai amar! - Me tenta convencer a tomar.

Receosa, aproximo meus lábios da bola gelada, abro devagar minha boca retirando minha língua de dentro da mesma, quando encosto a ponta da língua, naquela esfera gelada, minha boca explode de um sabor tão bom.

Pela minha cara de prazer, escuto a risada rouca do meu companheiro.

-Bom né? - Pergunta.

Minha resposta foi dar mais uma lambida no sorvete.

Percebo que o mesmo se diverte comigo experimentando esta maravilha.

Depois de alguns minutos em silêncio, ele puxa papo de novo.

-Já sabe qual curso vai se especializar??

-Não...- Admito com vergonha. - Você faz veterinária não é??

-Como sabe??

-Bem....Intuito.

-Hum...Sabe, acho que você deveria fazer este curso também, é fácil de entrar, e é apenas uma sala, os iniciantes tem aulas junto com os veteranos!!

-Interessante...

Acabamos Nossos sorvetes, coloco a mão no meu bolso e vejo que....Não tinha bolso.

-Droga! - exclamo baixo.

-O que aconteceu? - escuto a voz do maior perguntar.

-Eu...esqueci minha carteira.

-Não precisa, eu pago. - Um sorriso surge em seus lábios.

-De jeito nenhum! Você já pagou meu lanche outro dia!

-Sem problemas, encare isso como mais uma dívida comigo.

Convencido, levanta da mesa indo pagar a conta. Volta e me chama para irmos embora.

Assim que saímos, percebo que já o sol estava mais fraco.

Observo a rua simples, meus olhos param no pequeno parque.

-Vamos lá! - JB sugere.

Antes que perceba, minha mão já estava envolvida com outra e meu corpo era levado em direção da pequena praça.

Ele me leva até um banco, virado para os brinquedos. Era tipo uma caixa de areia gigante, com uma pequena casa com escorregadores, tinha também um tubo com dois balanços pendurados.

Sinto meus olhos brilharem enquanto observo o parquinho vazio.

-Você nunca brincou num parquinho??

Nego com a minha cabeça, sem olhar para o dono da pergunta.

-Então vamos lá.

 De novo, quando percebo, já estou dentro da enorme caixa de areia. Mesmo com tênis, sinto o chão macio.

-Qual brinquedo vamos primeiro?? - A voz de antes pergunta.

-Nesse!! - Aponto para a pequena construção com alguns obstáculos até chegar em um local mais alto, tinha uma ponte que me levava a outra base, onde um gigantesco escorregador me esperava.

Escuto uma risada travessa e um corpo alto corre em direção do brinquedo apontado, JB já escalava a construção como uma criança, não consigo conter um pequeno sorriso.

-Venha logo!! - Ele grita já no topo do brinquedo.

Mordo minha língua e corro em sua direção, escalo com facilidade e chego na base.

-Uau, aqui não é muito alto para uma criança?? - Pergunto admirando a vista.

-Não sei. - Diz meu companheiro.

Vou em direção da pequena ponte de madeira e chego no escorregador, sento e olho o caminho Até o chão. sinto duas mãos quentes e grandes em minhas costas que me empurram.

Grito de susto e meus cabelos voam pela intensidade do vento, quando chego na areia olho para cima brava com o mais velho que ria de sua travessura.

-Yah!! Eu não te pedi para me empurrar.

-Não chore pequena. - Seus olhos brilhavam como o sol, JB escorrega e para ao meu lado. - Vamos num balanço, é menos perigoso.

Então, Jae-Bum me leva em direção de dois bancos segurados por correntes, separados. Ele senta em um, e manda eu sentar no outro.

Ao longe, podia ver a esfera gigante amarela se pondo, dando diversas tonalidades ao céu. Leves rajadas pairavam no ar.

Balanço devagar, nunca vi algo tão interessante!

O garoto ao meu lado, puxa papo.

-Agora me diga, o que a deixou naquele estado na saída da faculdade?

Viro meu corpo em sua direção e Jae faz o mesmo, seguro nas correntes para me sustentar.

-Bem, eu chamei um tal de Yugyeom de louco, e ele me perseguiu.

-Ah...entendo.

Ele parece refletir por um momento e depois seus olhos quase se fecham num sorriso enquanto me olha.

-Você vai na festa da Brenda?? - Ele pergunta ainda rindo.

-Que?!

-Pera...ela não te convidou? - Seu sorriso some.

-Ah sim... Eu recebi o convite mas....Não sei.

-Bem, eu vou, nunca pode perder uma festa dessa garota, sério! Você nunca vai ver coisa igual!

-Mas eu nunca fui em festa nenhuma, então para mim tanto faz!

-Comoassim-Ele diz rápido demostrando espanto. - Quantos anos você tem??

-18.

-18 anos e nunca foi numa festa?? Você não teve aniversário não??

-Ter eu tenho, mas lá no ma...minha família não costuma comemorar esses tipos de coisa.

-Natal?? Ano novo?? Páscoa?? Nenhum aniversário??

Nego com minha cabeça.

-Jesuscristo.

-.....

-Então você realmente não pode faltar!! Seria sua primeira festa, e não irá se arrepender.

-Não sei...

-Shiu - ele coloca seu dedo indicador direito sobre meus lábios, indicando para eu ficar calada - Sem respostas incertas, uma resposta "não" NÃO existe aqui. Vá pensando no que irá vestir.

-Mas eu... - ele pressiona mais seus dedos sobre meus lábios.

-Eu disse que você vai!

-M...

-Meu deus que menina teimosa.

Acabo rindo o que faz ele tirar seu dedo da minha boca.

Nos encaramos por um momento até que algo gelado e molhado cai na ponta do meu nariz, confusa olho para cima, e desta vez, cai mais uma coisa, só que na minha testa. Encaro a praça, a Areia ganhava pontos mais escuros, só não sei o porque.

Fica mais forte estes pingos e escuto a voz rouca do garoto ao meu lado se pronunciar:

-Aigoo, está chovendo!!

Saio do balanço imitando o mais velho, o mesmo segura meu pulso e me arrasta para debaixo de uma árvore.

-Sua casa é muito longe?? - Pergunta.

-Digamos...mais ou menos.

-Então me siga. - Segura minha mão.

-Para onde você me levará??

-Para minha casa, ela é aqui perto.

Antes de protestar estava sendo levada, de novo, por ele, viramos algumas esquinas até que a chuva fica mais forte, dando leves raios iluminado o céu já escuro.

Chegamos em sua casa.

Ele entra apressado e fecha a porta assim que adentro o local.

A casa é simples porém moderna, não muito grande nem muito pequena.

O primeiro cômodo, que é onde estamos, é a sala, seu tapete cinza cobre quase o perímetro inteiro, um sofá grade em forma de "L" está na parede oposta da porta principal, encostada na parede, ao seu lado, duas poltronas vermelhas estão posicionadas. Na parede oposta do sofá, do lado da porta, se encontra uma TV gigante com uma pequena mesa em baixo, com alguns objetos e porta retratos em cima.

A janela está fechada, e uma longa cortina azul marinho cobre apenas um lado.

Alguns quadros estão postos pelo local.

Logo depois, tem uma pequena mesa de mármore, dividindo a sala da cozinha, e depois, um corredor entre eles, levava provavelmente para os quartos e banheiros.

Sou despertada da minha pequena viagem com a voz grossa do Jae-Bum.

-Vá tomar um banho quente, você está toda molhada.

-Não precisa. - Respondo.

Cruzo meus braços tentando aquecer meu corpo completamente gelado.

-Não vou deixar você deitar na minha cama molhada deste jeito!

-Que disse que dormirei aqui??

-Sair que não vai, lá fora está uma tempestade. A solução é dormir aqui.

-Oshi...

-Vamos, sem reclamações, vou pegar uma toalha para você.

-Mas e meu pijama??

-Eu te empresto uma roupa minha. Venha, é por aqui.

Sem outra alternativa, o sigo pelo corredor, ele me guia até a última porta, num beco sem saída, abrindo a solitária porta de madeira branca revelando um banheiro.

-Entre, eu já volto.

Adentro o local muito bem modelado fechando a porta atrás de mim. Começo tirando meu shorts, sapatos, saia, fico apenas com meu cropped e calcinha quando escuto uma batida na porta, me escondo atrás da mesma a abrindo delicadamente.

-Aqui está sua toalha.

Ele estende sua mão a colocando dentro do banheiro, pego e ele sai.

Tomo um banho rápido e quente.

Quando me seco, percebo que o infeliz esqueceu de me entregar a roupa, coloco apenas minha peça íntima de baixo, porque ninguém merece dormir com sutiã, não me julguem.

Me enrolo na toalha, que bate um pouco acima dos meus joelhos e saio cuidadosamente do banheiro.

Escuto um barulho de chuveiro, e logo depois uma voz rouca cantar uma melodia que nunca ouvi. Sigo o som, que me leva para uma porta mais isoladas que as outras, com a tonalidade marrom escura.

A abro, dou de cara com um quarto masculino, o chão de mármore em contato com meu pé nu de certa forma me incomodava. Uma cama grande de casal se encontrava no centro, colada na parede, um quadro estava em cima, que continha um desenho de uma árvore. Em volta da cama, tem um tapete beje aparentemente bem macio.

A janela que ocupava quase uma parede inteira demostrava o céu escuro cheio de luzes da cidade. Vejo em cima de uma cadeira uma blusa branca, cheia de botões, que deveria bater na altura do cotovelo.

Sem nada mais o que vestir tomo aquela peça em minhas mãos, a visto abotoando com cuidado cada pequeno botão. Ficou um pouco largo em meu corpo, mas gostei assim! Jogo meus cabelos para frente, cobrindo meus seios, porque querendo ou não, ainda me sinto sem roupa assim.

Caminho em direção da escrivaninha onde um porta retratos se encontrava com uma foto de uma bela jovem. Observo a imagem por um tempo até decidir sair do quarto, vou até a sala.

A Tv estava desligada, e me aproximo da pequena mesa em baixo da mesma com diversos itens apoiados.

Uma sequência de três porta retratos com fotos de uma mulher, homem e um garoto pequeno se encontram. Uma delas, a pequena família estavam numa sala, na outra numa sorveteria e a ultima num parquinho....Pera, são os mesmos lugares que fomos hoje!

Com o último porta retrato em minhas mãos, analisando um pequeno garoto em um balanço sorrindo alegremente para a suposta câmera, mostrando um vácuo entre seus dentes da frente, banguelinho! Seus olhos se encontravam quase fechados pelo imenso sorriso. A criança mais fofa que já vi!!

Escuto um barulho de porta e logo em seguida uma voz ecoa.

-O que você...

Viro em direção do som encontrando JB com uma camisa preta solta e uma calça moletom cinza, nos seus pés uma meia grossa os esquentava.

-MEU DEUS DO CÉU, O QUE VOCÊ ESTÁ VESTINDO??

Pelo seu grito dou um pulo derrubando o objeto da minha mão, ele cai com tudo no chão quebrando o vidro.

-Me desculpa!! - exclamo surpresa. - Me desculpa mesmo!!

Me abaixo tentando recolher os pequenos cacos de vidro. Que por azar, fura meu dedo indicador.

-Aí ! - Gemo baixo reclamando.

Uma gota de sangue surge e escorre pelo meu dedo, com minha outra mão, seguro meu membro ferido.

-Aish, que desastrada!! - Jae-Bum reclama.

Ele se aproxima pegando meu dedo com sua mão aparentemente preocupado, ajoelhada apoiando minha bunda nos pés observo o garoto abaixando ao meu lado se apoiando apenas numa perna com uma cara de preocupação analisando meu dedo.

-Aí! O que você está fazendo??? - Grito quando ele coloca meu dedo em sua boca o chupando.

-Nem eu sei, vi isso em algum dorama.

-O QUE!?!?

-Vem aqui! - Ele me puxa.

Me levanto e o garoto me leva até a cozinha, já ele lava meu dedo cuidadosamente.

-Ei, eu sei lavar meu dedo tá??

-Shiu, só fique quieta.

Fecho minha cara num bico mal humorado, e quando o senhor termina de "me cuidar" se vira para mim, seus olhos passam dos meus, e abaixam vagarosamente pelo meu corpo, o que me faz arrepiar.

Vejo o mesmo engolir seco, percebo um leve rubor em suas bochechas.

Coloco meus braços na cintura demostrando curiosidade.

-O que foi JB??

-N-nada...Por que RAIOS você está vestida ASSIM?? - Ele aponta seu dedo em minha direção subindo em descendo no ar. - Você quer tirar minha sanidade é isso??

-Como assim sanidade??

Olha para o lado mordendo o lábio, creio eu que por frustração.

-Nada não. Mas, ainda não me explicou o motivo disso.

-Eu não estava com o meu pijama, então fui ao se quarto, e como você não estava lá, peguei a primeira peça de roupa que vi.

-Humm, entendi. Bem, vamos para o meu quarto.

-Por que!?

-Só me siga.

Sinto seus passos mais pesados e aflitos, e por algum motivo ele não conseguia me encarar. Quando chegamos no cômodo o mesmo entra no local e vai em direção de uma parede. Quando chega perto, rela em um determinado local e a parede se mexe, revelando um armário cheio de roupas e sapatos.

Ele retira de lá uma calça de moletom branca e uma blusa comprida marrom, de maga.

-Vista isso.

Pego as vestimentas e coloco primeiro a calça, depois vou desabotoando os botões.

-EIEIEIEIEIEI, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?? - Grita o rapaz.

-Ué, me trocando como você mandou.

-N-não aqui....

-Vire de costas então! - Reclamo.

Termino de desabotoar quando ele vira um pouco assustado? Coloco a blusa que ele me deu.

-Prontinho.

JB se vira e vejo sua expressão facial relaxar, examino seu corpo, bem bonito por sinal. Meus olhos param em um leve volume em sua calça.

-O que é isso?? - Pergunto apontando para o local.

-Ãnh?? - olha para direção do meu dedo - Isso, nada de mais!! Nada de mais não. - Cobre rapidamente o local com sua mão e seu rosto fica quase igual a um tomate.

-Oshiii.

-V-vamos dormir logo.

Ele deita na cama do lado esquerdo, ando em sua direção me deitando ao seu lado, logo me cobrindo com as diversas cobertas.

Caio no sono.

~No meio da madrugada, com uma forte tempestade, Lii acorda~.

Um raio dispara sendo seguido por um trovão. Num pulo agarro o braço do Jae-Bum.

Escuto a risada do mesmo e logo sua voz diz:

-Você tem medo de chuva??

Concordo freneticamente com a minha cabeça. Outro trovão dispara, agarro mais forte o braço do mesmo.

-Não tenha medo, eu estou aqui.

Sinto sua mão quente encontrar meus cabelos que aos poucos se mexem, me fazendo cafuné. Sou puxada de encontro com seu corpo, que estava muito quente. Me ajeito apoiando minha cabeça em seu peitoral fechando meus olhos.

Pego no sono com JB ainda me acariciando na cabeça.

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Continuaaaaa ^^