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História As Tigrezas em: A garota de azul - Capítulo 3


Escrita por: NaelinVictoria

Notas do Autor


Esta história é uma obra de ficção. Eu a inventei. Não há fatos reais por trás desta história.

Capítulo 3 - Capítulo 3


Chegando da escola, Luna foi falar com sua avó a respeito de seus antepassados. Segundo dona Cleusa, um ferreiro bisavô dela viveu no século XIX, mesma época que a garota de azul e ele foi um dos responsáveis por matá-la.

-É sério, vó?

-É, mas ele morreu pouco depois dos "ataques" dela começarem.

-Você sabe se ela o matou?

-Infelizmente não sei, filhinha - era assim que a boleira se referia à neta.

-Bem, obrigada vovó. Agora, eu estou com fome!

-Então, vamos comer!

Almoçaram. A morena foi fazer a tarefa e lá pelas cinco da tarde ligou para sua amiga. A ruiva ainda tinha suas dúvidas, mas não podia deixar sua amiga na mão! Iriam às dez horas da noite, sairiam escondidas.

O relógio marcava dez horas, Luna foi à janela e viu sua amiga do outro lado carregando uma mochila. Ela pegou o celular e uma lanterna desceu as escadas devagar e saiu pela frente. Atravessou a rua ao encontro de Melissa.

-Ei, o que tem nessa mochila?

-Garrafa d'água, batatinhas, barrinhas de cereal, duas lanternas, chiclete, desodorante, perfume, bala, refrigerante e meu celular.

-Querida, nós não vamos morar lá, não tem necessidade disso tudo.

-Pelo menos não vamos morrer com fome e nem fedidas.

-Só faltava você trazer shampoo, condicionador e chapinha né? Anda, vamos logo.

As duas subiram a rua, dobraram a esquina, passaram pelo parquinho e chegaram ao cemitério.

-Droga, está trancado!

-Calma, Luna, é só pular o portão.

-E cair e me machucar? Não, obrigada.

-Você não pensa positivo, heim? Vamos, ajude-me a subir, depois você joga a bolsa, sobe e eu te ajudo a descer.

Assim fizeram. Já do lado de dentro, dirigiram-se ao túmulo. Ele estava aberto e Melissa segurou firme na mão da amiga.

-Vamos embora, por favor! Eu estou com medo!

-Calma, masca um chiclete que passa. Nós vamos esperar ela vir.

Não esperaram muito e logo viram uma luz branca um pouco azulada que depois foi tomando a forma dr uma garota, aparentemente de vinte anos e muito bonita. As meninas ficaram espantadas e nem conseguiram se mexer.

-Nicole - disse a garota.

-Nicole? - perguntou a ruiva. -Não, eu sou a Melissa e essa é a Luna.

-Nicole - repetiu.

-Nicole... é o seu nome, não é? - disse Luna.

Ela fez um sinal positivo com a cabeça.

-Furtineli - disse a garota no vestido azul.

-Nicole Furtineli, é isso? - disse a ruiva.

Outro sinal positivo. Ela se aproximou e apontou para a lápide. Disse:

-Treze... janeiro... um, nove, dois, três.

-Treze de janeiro de mil novecentos e vinte e três foi quando você morreu? - Luna perguntou.

Sinal positivo.

-Vinte - disse Nicole.

-Você morreu com vinte anos... mas quando nasceu? - Ficaram se encarando até que Mel falou:

-Você morreu no dia do seu aniversário!

Nicole abaixou a cabeça. As duas entenderam. Resolveram ir embora. Despediram-se e foram ao portão, pularam e voltaram para casa.



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