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História As tragédias do furacão T -


Escrita por: FuracaoT

Capítulo 2 - 2°


Eu sempre soube que a família do meu padrasto de detestava. Uma vez, no dia das crianças também, o avô da minha irmã - pai do pai dela - estava sentado em frente de casa, e então eu e minha irmã fomos nos sentar ao lado dele; ele era o único naquela família que me respeitava, não sei se chegou a me amar como uma neta, afinal, nunca soube oque era amor, mas ele tinha respeito por mim, e isso já me fazia me sentir um pouco mais importante.

  Sentamos ao lado dele e logo a avó da minha irmã - mãe do pai dela - chegou com uma caixa na mão e jogou no chão, até então ficamos sem entender, mas logo a caixa foi aberta e vimos uma sandália pra minha irmã - as vezes acho que nem da própria neta ela gosta muito, mas dos outros netos... - era uma sandália que estava na moda na época, toda criança queria. Minha irmã agradeceu e então o avô perguntou "E cadê a da Agatha?" e ela apenas respondeu "Ah fulano não deu tempo comprar, e eu nem sabia o tamanho, depois vou lá comprar" "se fosse pra comprar apenas pra uma, não trouxesse. Qual o seu número Agatha?", respondi a numeração, não me lembro qual era, mas respondi. "Volte lá agora e compre a dela" ele ordenou. "Depois eu vou rapaz..." ela tentou argumentar, mas todos, principalmente eu e o avô, sabíamos que era apenas por não me considerarem da família. "Não precisa, eu não quero", lembro de ter dito isso. "Viu, ela não quer" "Ela não tem querer, volte lá agora e só volte com a sandália".  Fiquei paralisada e ela apenas saiu. Horas depois mandaram me chamar, e era a sandália. Ela fez da mesma forma jogando no chão. Apenas a peguei e agradeci aos dois. Voltei pra casa toda feliz, como criança é boba.

  Quando tinha uns 5 anos, eu acho, antes de todas as humilhações familiares, eu tive pneumonia, fiquei internada por uns dias, depois fui liberada. Não pude voltar pra casa da minha mãe, pois lá não tinha conforto pra alguem recém recuperada. Então minha tia implorou a minha mãe pra que eu ficasse na casa dela, ela sempre gostou de mim e me tratou como uma filha. Se passaram alguns dias e eu realmente estava me divertindo. Íamos a praia, ganhei uma boneca, na qual minha prima fez um escândalo por querer uma igual, até que encomendaram e foram buscar no outro dia. Era divertido, até que um dia, minha tia foi trabalhar e eu fiquei deitada assistindo TV, quando ela voltou eu estava no mesmo lugar, não havia se quer comido, não porque não tivesse, apenas estava sem fome. Ela almoçou e ficou insistindo e veio sentar ao meu lado, e ficou naquele dilema que é sempre as avós que costumam fazer... Nesse vai e vem de dilema, ela tocou no meu braço, eu estava quente, muito quente na verdade. Não conseguia me mexer muito. Ela chamou a ambulância, depois disso apenas me lembro de estar no hospital. Passei semanas internada novamente, precisei fazer uma pequena cirurgia, na qual tenho cicatriz até hoje.

  Essa minha segunda internação foi bem mais complicada, lá especularam até um possível problema de coração. Entre esses dias de internação apenas uma das três irmãs do meu padrasto veio me visitar, minha irmã era pequena então não dava ora minha mãe sempre passar a noite comigo. Acho que a melhor parte de estar internada foi que sempre que iam me visitar levavam doces escondidos... A pior era quando eu ia tomar banho, aliás, me davam banho... Na verdade, a pior parte foi um dia que eu quis me levantar e a enfermeira não deixou; ela disse que eu não podia. "Porque não? O médico disse que ela podia andar pelo hospital sim" respondeu minha mãe já totalmente fora de si. "Ela não vai" apenas disse a enfermeira, "ela vai sim". Minha mãe começou a me ajudar a levantar até que a enfermeira começou a colocar seringas no chão com a agulha pra cima para que eu não descesse. "Você ficou louca" já podem imagina que foi a minha mãe gritando, "eu disse, ela não vai sair". E em meio a tantos gritos outros funcionários apareceram, inclusive o médico e minha mãe contou a situação. Ela foi afastada do meu quarto e eu finalmente pude "passear".



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