História As tragédias do furacão T - 3°

Quando eu finalmente fiquei "bem", voltei pra casa, mas perdi muitas aulas, então acabei perdendo o ano.

  Outra historia engraçada que eu lembro foi o dia da minha "festa do ABC". Eu sempre fui muito estressada e como muitos dizem "revoltada". Tínhamos, eu, minha mãe e uma tia, saído para comprar umas coisas no centro da cidade, até que na volta minha mãe me disse que uma prima minha ia pra minha casa. Na mesma hora fiquei maluca, pois a minha prima sempre mexia nas minhas coisas e fazia coisas que eu detestava. Cada minuto que passava me deixava com mais raiva. Então, quando cheguei próximo a minha casa, uma irmã do meu padrasto - a que ficou comigo no hospital - estava indo fazer umas compras, minha mãe contou sobre a festinha que eu teria a noite e disse que eu não tinha o anel, então eu tinha que ir comprar. Eu achei a história estranho, mas eu realmente não tinha o anel, então eu fui. Ela ficou enrolando nas compras e eu louca pra voltar pra casa, pra ser sincera eu não me recordo se compramos o maldito anel, mas eu creio que não, era apenas ora me distrair. Cheguei em casa muito tarde. A festa estava marcada pras 18 horas. E já eram 18 horas. Entrei em casa correndo, tomei meu banho e me arrumei. Pra minha não surpresa ninguém estava arrumado, ou se quer queria ir comigo, então disse que ia só. Eu precisava de um par, mas a irmã do meu padrasto disse o filho dela, meu "primo", iria comigo. Eu esperei, e nada. Então resolvi ir sozinha, sim, sozinha, a festa era na escola, que era uma rua depois da minha casa. Quando cheguei próximo vi todos dançando, com seus pares e familiares. Eu fiquei tão triste e chorei, sozinha, no escuro. Porque tudo tinha que ser tão confuso? Porque tudo tinha que ser tão difícil? Depois de um tempo, voltei pra casa, "revoltada" e apenas me tranquei no quarto, mas antes, enquanto eu entrava ficaram me perguntando o que havia acontecido. Sério que eu precisava dizer? "Por causa da senhora, que inventou historia de anel, de par e tudo mais, eu cheguei atrasada e sozinha." gritei pra minha mãe e me tranquei. Eu nunca entendi porque eu sempre tinha que abrir mão de tudo. Porque ninguém se importava? Custava ter me levado a uma festa? Eu iria ficar sentada, quieta, pois sempre tive vergonha, mas custava? Acho que não.