Às vezes eu me perguntava se Jimin hyung realmente era tão lerdo ou só fingia não saber para não me magoar. Tudo bem que eu não era lá a pessoa mais direta do mundo, mas... Todos os outros hyungs já haviam percebido que eu o tratava de um jeito diferente, que era carinhoso no limite que minha timidez permitia, mesmo que ultimamente eu estivesse ultrapassando aos poucos esse limite, e que as vezes fazia algumas coisas só para ter um pouquinho mais de sua atenção.
Talvez, quando eu era mais novo e não entendia direito o que se passava na minha cabeça, e no corpo também, eu tenha sido um pouco ruim com ele, fazendo algumas brincadeiras realmente idiotas, como dizer que não gostava dele e que nós dois juntos éramos completamente sem graças. A verdade é que eu só falava essas coisas porque era muito estranho sentir o que eu sentia por um garoto tão próximo de mim, digo, era para ele ser uma espécie de irmão mais velho e não a pessoa em quem eu pensava ao me masturbar.
Ok. Ele definitivamente não imaginaria que era de fato meu material para punheta, nem ele, nem nenhuma das pessoas que conviviam conosco. Era extremamente comum ouvir alguém se referir a mim como inocente demais, só porque as vezes, eu admito, meu comportamento era um tanto quanto infantil, e eu jogo toda a culpa nos hyungs que vivem me mimando, mas eles sempre esquecem que o fato de não falar não quer dizer que eu não pense coisas impuras.
Convenhamos, quem, quem nesse mundinho, não pensaria altas besteiras admirando essa criatura, especialmente quando ele dança? Às vezes, e ultimamente isso estava se tornando bem comum, eu simplesmente desligava da terra só observando ele ensaiar, o que consequentemente me fazia errar meus passos e ficar frustrado, e como sempre acontece quando erro algo, Jimin praticamente se materializava ao meu lado perguntando se estava tudo bem e tentando tranquilizar minha obsessão por perfeição, algumas vezes funcionava, outras só me deixava ainda mais perdido.
O fato é que, nesse exato momento eu estava agarrado as costas do meu hyung enquanto ele estava para lá do quinto sono. Já fazia alguns dias eu vinha inventando todo o tipo de desculpas para ele vir dormir aqui comigo, a verdade era que eu nem precisava delas, era só fazer manha, e dizer que estava carente, me sentido sozinho ou triste, que ele prontamente se disponibilizava a amenizar esses sentimentos ruins. E sim, eu sabia que estava me aproveitando da bondade dele, mas é tão gostoso poder ficar a noite inteira abraçado a ele, sentir o carinho gostoso que ele fazia em meu cabelo até não aguentar mais se manter acordado, e principalmente o observar dormindo. Ok, talvez o observar dormir seja um pouco estranho, mas é o único momento em que posso parar para observar todos os detalhes dele, sem ter medo de ser pego e flagrante, como aliás já aconteceu, e ficar completamente constrangido.
Antes que comece a imaginar coisas erradas, não eu jamais me aproveitei do meu hyung enquanto ele dormia, isso seria completamente errado, um crime na realidade. Os sonhos eróticos e as vezes em que me toquei pensando nele já me fizeram ficar horas me remoendo em remorso, se o tocasse, de forma intima sem sua devida autorização provavelmente nunca mais iria conseguir encostar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilo. E, sinceramente, um sono tranquilo era tudo que eu queria no momento.
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Era um sonho, eu sabia disso, porque nem em uma dimensão paralela eu teria Park Jimin esfregando a bunda no meu pau! E como ele mexia com vontade! Sentia minha respiração ficar ofegante, uma parte de mim, uma parte bem pequena por sinal, sabia que eu deveria interromper esse sonho enquanto não ficava realmente excitado, porem a maior parte só queria aproveitar aquele roçar, que mesmo por cima do tecido dos pijamas, era tão gostoso, tão real.
Era mais do que obvio que eu estava ficando duro com aquele contato, e com os suspiros que ele começou a soltar, minhas mãos seguraram a cintura dele com força, apertando, bem do jeito que eu sempre quis e como resposta ouvi um gemido baixo sair daquela boca que eu tanto adorava, a cabeça pendeu para a direita, me dando espaço para começar a distribuir pequenos beijos, que conforme ele gemia e se esfregava com mais força em mim viraram mordidas e chupões, sinceramente uma das coisas que mais de excitava era imaginar aquele pescoço branquinho ficando avermelhado e roxo com a minhas marcas. Talvez eu fosse um pouco possessivo, gostava da ideia de deixar marcas e de ser marcado na mesma proporção.
Minhas mãos já estavam levantando a blusa dele ao mesmo tempo em que eu aproveitava para alisar aquele abdômen que estava completamente definido outra vez, não que eu realmente me importasse com isso, mas que era uma delícia sentir eles sob meus dedos, isso era.
Tirei a blusa dele, e voltei uma das mãos para a sua cintura, dando outro apertão, e levei minha mão livre ao peito dele, procurando por uns de seus mamilos, ao qual apertei assim que encontrei, acabei gemendo só por escutar ele gemendo meu nome todo manhoso, instintivamente comecei a mover meus quadris, simulando estocadas um tanto brutas. Levei a mão que até então apertava sua cintura para a frente de seu corpo, adentrando o short e a box que ele usava.
Conforme movimentava minha mão os gemidos dele aumentavam de volume, variando de manhosos a simplesmente necessitado, senti um puxão nos meus cabelos e suas unhas curtas arranhando minha coxa esquerda. Jimin estava quase, dava para sentir pela forma como ele começava a se contorcer em meus braços, os puxões cada vez mais fortes em meus cabelos, e claro, o jeito desesperado e agudo como ele gemia. Vi todo o corpo menor estremecer, vi sua boca se abrindo em um gemido que jamais saiu, com os olhos apertados em dois riscos, senti seu gozo melecando minha mão e sua roupa intima.
Voltei minhas duas mãos para sua cintura e continuei os movimentos que simulavam uma penetração, eu só queria gozar também, mas para minha frustração ele simplesmente se soltou de mim, se afastando de forma até bruta, me deixando um pouco confuso e definitivamente frustrado. Antes mesmo de pensar em começar a me masturbar, ele se virou com o sorriso mais cafajeste que eu poderia imaginar.
Jimin veio em minha direção e foi me empurrando até me fazer cair sentado em uma cadeira, que só os deuses sabem de onde ela surgiu. Assisti ele separar meus joelhos e sentar-se sobre os próprios para então levar aquelas mãos pequenas e cheinhas até a barra do meu short e tira-lo junto a box.
Eu já sabia o que estava por vir, soltei um meio gemido em antecipação quando ele umedeceu os próprios lábios com a língua e aproximou o rosto do meu baixo ventre, e mesmo assim eu não estava preparado para a sensação de sentir aquela boca quente e úmida em volta do meu pau. Simplesmente gemi alto chamando seu nome, para logo enroscar minha mão direita em seus cabelos, sem tentar impor ritmo algum, simplesmente segurando suas mechas como se isso fosse me manter lucido enquanto ele me chupava.
E puta que pariu, como ele chupava bem, do jeitinho que me deixava louco, e o modo safado como ele me olhava enquanto era enlouquecedor, principalmente enquanto eu via meu pau sumir e reaparecer por entre aqueles lábios cheinhos, minha garganta já estava ficando um pouco rouca, mas mesmo assim eu continuava a gemer seu nome, e meus gemidos estavam começando a ficar descontrolados.
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As sensações tão gostosas simplesmente sumiram, meus olhos se abriram num rompante, eu sentia mãos apertando meus braços e me chacoalhando de leve, junto ao meu nome sendo chamado por aquela voz que dominava meu sonho. Aos poucos a imagem de um Park Jimin com os olhos arregalados foi se formando, ainda demorei um tempo para finalmente entender o que caralhos estava acontecendo.
Eu simplesmente virei de costas para ele e sai correndo do quarto para me trancar no banheiro do corredor, não me importava que horas eram ou se tinha batido a porta com muita força, eu só queria me esconder ali e nunca mais sair.
A consciência de que Jimin havia me escutado gemendo o nome dele e, possivelmente, sentido minha ereção sendo esfregada em seu corpo me fizeram entrar em desespero, e eu tudo que consegui fazer foi chorar, chorar como se não houvesse amanhã. Eu sentia sim um puta tesão no meu hyung, mas jamais seria apenas isso, a simples ideia de que ele não olharia mais para minha cara, não cuidaria de mim me deixava desesperado.
Honestamente eu não fazia ideia de como concertar essa besteira.
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