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História Ascensão dos Mortos - Capítulo 3


Escrita por: MissRedPanda

Notas do Autor


Olá, pessoal! Esse capítulo é um paralelo ao outro, focado no que estava acontecendo com Emily, enquanto Luísa estava na estrada. Lembrando que a parte em itálico representa um flashback. Boa Leitura!

Capítulo Betado.

Capítulo 4 - Capítulo 3


Horas antes

Luísa checar o que estava acontecendo e deixar Emily sozinha com as duas mulheres que ela não suportava, foi uma péssima escolha. Ela não tinha muita paciência e para que não perdesse o controle optou por fazer algo de útil, como uma cabana improvisada. Em sua mochila havia alguns cobertores e lençóis. Amarrou-os em algumas árvores baixas e fez uma cobertura para o sereno da madrugada. Agora, tentava fazer um espaço confortável para passar a noite.

— Precisa de ajuda? — perguntou Ester, adentrando o local.

— Não. Já terminei — respondeu seca.

— Ainda está com raiva… — deduziu a mulher.

— Eu não guardo magoas. Estamos todas livres e bem, não estamos? Amanhã mesmo cada uma seguirá seu caminho e tudo ficará melhor ainda.

— Vocês não irão para minha fazenda? — questionou Ester.

— Luísa irá — afirmou Emily. — Sou capaz de tomar minhas decisões sozinhas.

— E você tem algum lugar para ficar?

— Por que está interessada? — retrucou.

— Escute, Emily…

Mas antes que Ester terminasse, foram interrompidas por suspiros e pedidos de socorro. As duas levantaram-se assustadas, e curiosas, caminharam até a parte externa da cabana. Uma garota loira estava apavorada, implorava por ajuda.

— O que aconteceu? — perguntou Emily, indo ao encontro da jovem.

— F… Fui mordida — exclamou ofegante. — Por favor, não me deixem transformar.

Emily, um pouco confusa, analisou o sangue que escorria do braço da garota. Ela estava pálida e arfava muito, parecia aterrorizada e algumas lágrimas persistiam em molhar suas bochechas coradas, devido ao grande esforço que ela fez para sair da estrada e fugir dos zumbis.

— Um cachorro te mordeu? Ninguém se transforma em um animal, porque fui mordido por um cachorro. — Riu Ester — Ou você foi mordida por um vampiro? Foi o Drácula?

— Preciso amputar meu braço. Por favor, me ajudem — implorou, caminhando em círculos e tentando encontrar um bom local para isso.

— Isso é loucura! — disse Emily, segurando-a e impedindo que ela se movimentasse.

— Por favor — suplicou, entregando seu facão a ex-detenta.

— Por que acha que amputar seu braço seja a melhor solução? É melhor cuidarmos do ferimento e pararmos o sangramento — sugeriu, tentando tranquilizar a jovem.

— Foram zumbis — disse com a voz trêmula e os olhos marejados.

— Coitada, está delirando! — debochou Ester.

— Não leram as notícias? Os mortos-vivos estão perambulando por aí e atacando os humanos. A mordida é fatal e te transforma em um deles — explicou brevemente. — Não é loucura! Na minha mochila tem algumas reportagens. Precisam acreditar em mim!

Estava apavorada e depois conscientizou-se que não deveria ter contado isso a elas, provavelmente agora seria morta com um tiro na cabeça. Era o mais seguro e a medida de precaução que qualquer pessoa normal faria sem hesitar. Em meio a um apocalipse zumbi a coisa mais improvável de se acontecer seria uma fugitiva ajudar um estranho.

Mas coisas improváveis acontecem.

Emily rapidamente abriu a mochila nas costas da garota e analisou os jornais que a abarrotavam. Ester, curiosa também, começou a ler as notícias. As matérias eram estranhas, assustadoras e não faziam sentido nenhum para elas, porém eram de editoras confiáveis. Isso levou as duas acreditarem que a jovem não estava louca.

— Vocês têm dez minutos — anunciou — Depois de ser mordida a pessoa leva de quinze a vinte minutos para se transformar.

— Não sou o tipo de mulher que se impressiona facilmente, mas isso é realmente muito estanho. — Ester ainda estava impressionada.

— Temos que fazer algo — propôs Emily. — Está nas reportagens, não pode ser mentira. Precisamos ajudá-la!

— Não sujarei minhas mãos — afirmou Ester.

— E você irá deixá-la para morrer?

 

Março, 1995

Ester andava cautelosamente pela rua escura. Estava coberta com seu casaco de pele e acompanhada pela sua mais fiel empregada. Que olhava em volta preocupada se alguém estaria vendo aquela cena horrível, qual ela fora obrigada a participar.

— Tem certeza, senhora? — perguntou a empregada, contendo sua revolta.

— Você sabe que não tenho outra opção — justificou-se, porém com certa insegurança.

A empregada realmente não esperava escutar isso de Ester. Por pior que fossem suas decisões ela nunca se mostrava insegura sobre elas, mas agora estava. E se houvesse ao menos um poste iluminando naquele breu, seria possível ver as suas lágrimas.

Não tenho outra opção… — murmurou novamente, tentando se reconfortar.

— E você irá deixá-la para morrer? — questionou a empregada, com o coração apertado.

 

Emily encarava a mulher a sua frente com raiva por ser ignorada e por acreditar que ela lhe ajudaria em algo. Aquilo era loucura, mas dentre todas as loucuras que ela já havia cometido essa era por um bom motivo.

— Se não pretende me ajudar, é melhor sair da frente — reclamou impaciente.

— Tudo bem! Eu ajudo — respondeu Ester, pensando melhor.

Emily deixou a garota entrar na cabana improvisada e recebeu um olhar desaprovador de Ester que não gostava da ideia de sujar os lençóis de sangue. Quando adolescente, ela pensava na possibilidade de ser médica, mas não havia começado a faculdade por problemas com a justiça. Agora era sua chance de salvar alguém! E mesmo que as possibilidades de a garota morrer fossem bem maiores, ela ainda mantinha algumas esperanças.

Cautelosamente, deitou a jovem e pediu que ela esticasse o braço. A mordida não havia sido muito funda e analisando um pouco, ela percebeu que não era a mordida de algum cachorro ou animal, era a arcada dentária de um humano.

Ester pegou um pedaço de pano e sem avisos prévios amordaçou a garota loira.

— Irá doer, ela gritará e eu não pretendo ficar surda — justificou-se.

— Ótima forma de acalmar um paciente — ironizou Emily.

Em seguida, pegou um pedaço de pano e amarrou bem firme no braço da garota. Preparou o facão que parecia afiado o suficiente e se preparou.

— Seja rápida! — aconselhou Ester.

Ela respirou fundo e com um golpe certeiro acertou o braço da garota, amputando-o. Mesmo com o tecido, o grito da jovem não foi inteiramente abafado. Ester preparou rapidamente o pano e pressionou no braço da jovem, antes que ela sujasse a cabana toda.

— Está bem? — perguntou Ester a Emily, que havia ficado pálida — Deixe comigo.

Com cuidado, ela fez um curativo simples e provisório para que a garota não perdesse muito sangue. Emily respirou fundo e ajudou a posicionar a jovem que havia desmaiado.

— Está consciente? — perguntou ela.

Ester balançou a garota e ela abriu os olhos, porém era nítido que não estava nada bem.

— Aguente firme e, se possível, com os olhos abertos — pediu Emily.

Mas logo a garota fechou os olhos novamente.

— Já vai pensando em alguma maneira de desovar o corpo, provavelmente ela não aguentará — aconselhou Ester com sua incrível sinceridade.

— Ela sobreviverá — garantiu Emily, acreditando fielmente em suas palavras.

Mas antes que sua colega acabasse com suas esperanças e as duas começassem a discutir, alguém entrou na cabana. Devido a tensão e os gritos ninguém havia escutado os seus passos se aproximando. Assustadas as duas viraram-se juntas para checar quem se aproximava. Haviam várias opções ruins: poderia ser um policial, algum parente próximo da garota ou na pior hipótese, um zumbi.


Notas Finais


Elenco:
Phoebe Tonkin como Luísa
Taylor Momsen como Emily
Jessica Lange como Ester
Kathy Bates como Nancy
Josh Holloway como Nicolas

Lembrando que são estes atores que imagino para os personagens, mas vocês podem imagina-los de outra forma rs Não se esqueçam de comentar! Beijos ♥


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