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História Ascensão dos Mortos - Capítulo 6


Escrita por: MissRedPanda

Notas do Autor


Olá, pessoal! Não me matem, plss. Demorei para postar, pois encontrei um beta reader e estava revisando toda a história. Agora, todos os capítulos estão betados e atualizarei com um capítulo por semana. Estou sentindo falta de vocês e adoraria receber um comentário se existir alguém lendo. A história não é movida a comentários, mas eles me animam e me ajudam a não abandonar a história. De qualquer forma se não tiver ninguém lendo, não há necessidade de eu postar a história nesta plataforma e continuarei apenas no Nyah. Boa leitura!

Capítulo 7 - Capítulo 6


Luísa estava apavorada com aqueles zumbis horrendos arranhando seu vidro, precisava fazer algo antes que ele se quebrasse. Sem a chave do carro, sua única opção era tentar uma ligação direta. Olhando para trás, ela procurou por ferramentas. Felizmente embaixo do banco traseiro havia uma caixa pequena com algumas chaves de fenda.

Retirou a tampa que ficava atrás da ignição e com cuidado começou a mexer nos fios. Já havia feito isto algumas vezes, porém não sob tal pressão. O vidro já começava a rachar e por enquanto nada havia acontecido. Juntou um dos fios e o painel se acendeu. Não teve tempo nem para respirar aliviada, pois o vidro se trincou todo e ameaçou quebrar.

Ela deu partida no automóvel, deixando para trás todos aqueles zumbis. Com as mãos em volante e com a estrada vazia a sua frente, sentiu-se livre como se acabasse de completar seus dezoito anos. Alguns mortos-vivos até tentaram lhe seguir, porém o carro era bem mais rápido que eles.

[…]

Após meia hora dirigindo pelas estradas desertas, o combustível acabou. Uma placa indicava que o posto ficava a poucos quilômetros, mas ela teria que ir andando. Com seu canivete e uma lanterna em mãos caminhou até o posto de gasolina.

Em menos de trinta minutos ela conseguiu enxergar o estabelecimento e esperançosa, correu até o local. Conseguiu encher um galão de gasolina e se preparou para partir, mas olhar para aquela lanchonete era tentador. Estava faminta e seu estômago fazia questão de denunciar isto a cada minuto. Olhou em volta, não havia zumbis e nem pessoas. Roubar era errado, porém necessário! Sem pensar muito ela jogou a caixa de ferramentas no vidro que se estilhaçou, fazendo um pouco de barulho. A janela não era muito alta, o que facilitou para que ela pulasse, porém não a livrou de alguns arranhões e cortes leves.

Estava prestes a pegar o necessário quando o alarme começou a tocar. Havia passado bem em frente a um sensor de movimento.

— Burra! — xingou-se.

Rapidamente, pegou alguns saquinhos de salgadinho e uma garrafa de cerveja. Passou pela janela piorando o estado de seus cortes e correu até o carro. Jogou os alimentos no banco do passageiro e colocou a gasolina. O barulho atrairia zumbis e policiais — se é que eles ainda existiam e se preocupavam com a lei —, precisava sair dali o mais rápido possível.

Adentrou o carro e deu partida novamente, olhando em seu mapa em seguida. Faltava cerca de vinte quilômetros para chegar em uma das cidades do interior de São Paulo.

Abriu o pacote de salgadinho. Nunca comeu algo com tanta felicidade! Fazia anos que não comia algo gostoso dessa forma, a comida da penitenciaria era intragável. Bebeu um gole da cerveja apenas para se lembrar dos velhos tempos, mas optou por terminá-la apenas quando parasse o carro novamente.

O que não demorou muito, já que antes de ela chegar ao seu destino enxergou um homem caminhando pelo acostamento com uma mochila nas costas. Estava escuro e só o identificou quando estava bem próximo, percebendo que se tratava de Nicolas.

Nicolas estava exausto, nunca correu tanto em sua vida. O alarme havia atraído vários zumbis, que perambulavam pela floresta próxima ao posto de gasolina. Ele havia ficado cercado com um grupo relativamente grande para se enfrentar e foi obrigado a fugir.

Freou o carro, abriu a porta e com um sorriso vitorioso no rosto o encarou e perguntou docilmente com um leve toque de ironia:

— Quer uma carona?

Luísa havia o prejudicado, mesmo indiretamente. Vendo aquele pacote de salgadinho e a garrafa de cerveja, ele só teve mais certeza que a culpada pelo barulho do alarme, era ela. Porém, ele não resistiu. Sua respiração ainda estava ofegante e seu coração ainda batia acelerado. Ele precisava descansar um pouco, aceitou a carona. Adentrou o carro, fechando a porta em seguida.

— Quer algo? — ofereceu Luísa.

— Este bom humor todo é porque você bebeu? — questionou.

— Faz ideia de quanto tempo eu não coloco álcool na boca? — Nicolas a encarou e ela se lembrou que não deveria revelar a verdade para ele. Inventou uma mentira, apenas para não trocar de assunto repentinamente. — Estava em uma dieta terrível e agora foda-se a dieta. Existem coisas mais importantes para se preocupar que uma dieta alcoólica.

— Como achar medicamentos para minha sobrinha? — sugeriu em tom irônico.

Luísa se lembrou do verdadeiro motivo de estar na estrada, não que ela realmente houvesse esquecido, mas aquele momento de distração estava bem prazeroso. Comeu mais um pouco de salgadinho, bebeu mais um gole da cerveja e voltou a dirigir. Para completar a loucura só restava ligar um rock dos anos oitenta em volume máximo. Mas isto já era suicídio!

Mais algumas horas andando e finalmente chegaram em uma cidade. A placa anunciava Piracaia e seu portal já indicava que o lugar estava abandonado, provavelmente os habitantes haviam migrado para a capital. Um banco de madeira quebrado e dois zumbis perambulando sem rumo não era um cenário legal de boas-vindas.

Luísa adentrou a cidade mesmo sem conhecê-la.

— Tente achar algum hospital ou alguma farmácia neste mapa — pediu.

Nicolas começou a folhear o mapa, tentando se localizar.

— Estamos perto de São José dos Campos?

— Acredito que sim — respondeu Luísa, tentando se lembrar dos lugares que já havia visitado. — Talvez perto da Aparecida do Norte.

— Bragança Paulista? — sugeriu o rapaz.

— Sim — respondeu, recordando-se de uma placa que citava o nome desta cidade.

— Piracaia! Achei — comemorou Nicolas, analisando o mapa. — Precisamos ir para o centro…

Explicou detalhadamente o caminho e Luísa o seguiu. A cidade estava deserta, encontraram poucos zumbis pelo caminho e nenhum humano. Haviam muitas casas fechadas as quais eles não sabiam se haviam pessoas, mas acreditavam que a maioria havia migrado para São Paulo, em busca de um centro de refugiados ou algo assim.

Ao chegarem ao centro encontraram alguns zumbis, porém passaram rápido por aquele trajeto e finalmente encontraram o hospital. A tintura azul-bebê já estava descascada e coberta pela umidade, havia também algumas manchas de sangue desencorajadoras na parede.

Luísa estacionou o carro e os dois desceram.

Caminharam até a entrada do hospital. Luísa carregava seu pequeno facão e uma lanterna em mãos. Ainda estava escuro, porém dentro de algumas horas amanheceria. Já Nicolas portava um pé-de-cabra e seu revólver como última opção, já que fazer barulho não era o recomendado.

Olharam em volta atentos caso algum morto-vivo se aproximasse. Se assustaram com dois zumbis famintos que avançaram com bastante força na porta de vidro do hospital. Precisavam enfrentá-los caso quisessem pegar alguns medicamentos. E algo os diziam que não seriam apenas aqueles zumbis.


Notas Finais


Gostaram? Não se esqueçam de comentar. Beijos, da tia.


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