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História Asylum - A verdade vos libertará.


Escrita por: wftmoose , Eva_Z e mishacolls

Notas do Autor


****** É PRA TODO MUNDO LER AS NOTAS******

Sou eu, a Evinha preferida de vocês...

Tá, eu admito, com a porrada de coisa que eu tenho pra falar isso ta mais pra bíblia do que pra nota de autor, mas eu sinto que devo isso a vcs...

Não atualizamos a Fic tem um século. Faraó já levantou da tumba, Madona fez mais uma plástica, Louis foi até preso e essa fic não atualizou, a única coisa que faltou foi 1D voltar, mas não chegamos a esse ponto. kkkkkkk

Ressalta as brincadeiras, eu gostaria de dizer que a culpa desse tempo todo sem cap novo é minha. Não é que eu tenha desanimado, desistido ou perdido o gosto, mas é que eu estou passando por uns problemas pessoais BEM PESADOS. Digamos só que tem a ver com saúde, e que esse tipo de coisa mexe com o emocional de qualquer um. Apesar de tudo, escrever sempre me fez bem, então eu não deveria parar.

Mais uma vez peço desculpa e peço também que sejam compreensivos. Beijo na teta e vamos ao capitulooooo

Capítulo 7 - A verdade vos libertará.


POV.  Dean Winchester

Outubro de 1962

O mês de Outubro estava passando bem lentamente, pelo menos hoje, é que cada dia parece ser diferente. Bom, isso não importa, é claro que minha vida está maluca, eu estou em um hospital psiquiátrico

Estava lendo meu livro, sentado em um dos degraus da enorme escada no fim do corredor (às freiras já desistiram de dizer que eu não posso sentar ali), quando senti que estava sendo observado. Olhei para o saguão e vi Castiel, ele me encarava com uma feição séria, mas não diria que era de raiva, talvez eu devesse perguntar se fiz algo de errado para ele ter saído correndo no outro dia.

Fiquei sentado ali durante mais alguns minutos, até o horário do café. Caminhei lentamente em direção ao refeitório, não estava nenhum pouco animado até chegar lá e ver o cardápio. TORTA. Sim torta, eu adoro torta, sem contar que é bem melhor do que a sopa rala que geralmente servem. Talvez o dia não estivesse tão mal assim, eu poderia até ficar de bom humor depois de uma bela fatia.

-E aí vadia! _ ouvi a voz já conhecida assim que a ruiva sentou sorridente ao meu lado.

-Fala pirralha. _ a cumprimentei com um beijo no topo da cabeça.

-Ei, vai com calma Winchester, a torta não vai fugir. _ ela disse ao me ver comer, admito, com certo desespero.

Mostrei língua, limpando a boca em seguida, rindo e sendo acompanhado por ela. Passei os olhos pelas pessoas ao redor vendo Castiel sentado sozinho, eu provavelmente deveria ir lá e tentar ser amigável.

-Ei, o que deu no tapado ali? _ Charlie perguntou se referindo ao moreno. _ Porque ele não está aqui conosco?

-Não sei, talvez eu tenha dito alguma coisa. _ respondi dando de ombros

-Quer saber, é melhor assim, ele me dá medo. _ disse começando a comer.

-Não exagera Ruiva, ele parece legal.

-Isso soou com um tom de interesse? _ ela me olhou com um sorriso de lado

-Oque?_ esbravejei._ Você é maluca!

-Bem óbvio. _ cantarolou.

Tomamos café e conversamos sobre as coisas mais aleatórias possíveis, Lie me disse que tínhamos terapia mais tarde e eu não pude evitar revirar os olhos. Acabamos de comer e ela se levantou com pressa.

-Eu preciso fazer uma coisa importante. _ disse rápido cerrando os olhos.

-Coisa importante? Aqui? _ questionei

-Eu vou procurar pelo Sam, não o vi em lugar algum.

-Será que ele está com problemas?

-Tomara que não. _ ela suspirou cruzando os braços.

-Eu ouvi um tom de interesse? _ zombei.

-Cala a boca Winchester. _ revirou os olhos e saiu.

-Te vejo na terapia. _ gritei quando consegui parar de rir, ela apenas levantou uma das mãos me mostrando o dedo do meio.

[...]

Já estávamos sentados em roda, Lie ao meu lado e logo ao lado dela Samuel. Um homem com um grande jaleco branco se aproximou, ele se sentou calmamente, colocou seus óculos e posicionou melhor a prancheta em seu colo. Alguns murmúrios eram ouvidos, claro que a maioria das pessoas falavam sozinhas, já eu apenas observava. Todos se calaram quando o homem com a prancheta coçou a garganta, olhando diretamente para o mesmo que respirou fundo antes de começar.

-Hoje faremos o exercício de sempre. _ seu desânimo chegava a ser contagiante. _ Afinal, esta é a única atividade a qual eu consigo desenvolver sem problemas maiores. Eu começo, e assim vamos consecutivamente. _ ajeitou-se na cadeira _ Meu nome é Raphael e eu trabalho aqui há dez anos. O motivo é simples, meu pai prefere meu irmão mais velho Miguel, então os negócios são dele e o que me sobra é ser um psiquiatra fracassado. _ tanto a forma como ele dizia quanto a forma como às pessoa s recebiam deixava claro que aquilo era algo rotineiro. _ Próximo.

-Meu nome é Crowley. _ o moreno baixinho sentado ao lado começou. Ele tinha olhos arregalados e um sorriso maléfico. _ Eu estou na terra já fazem muitos milênios, mas só tem cinco anos que me trouxeram para cá. Eu fui pego quando fui cobrar o pagamento de um dos meus acordos.

-Acordos? _ Sam perguntou e metade da sala revirou os olhos.

-E lá vamos nós de novo. _ Lie falou bufando.

-Isso, acordos! Você entende disso, é um advogado certo? _ o baixinho perguntou e Samuel apenas assentiu. _ Mas sabe, o que eu faço está mais para pactos. Acho que soa melhor, fica mais dramático. Não que eu precise disso, eu sou o rei do inferno e…

-Tudo bem Fergus, por hoje é só. _ disse Raphael.

-Não me chame de Fergus! _ respondeu em um grito, o qual foi tranquilamente ignorado pelo homem.

-Próximo.

E assim se seguiu a reunião, cada um se apresentando e falando o porque de estar ali. Não acho que essa atividade tenha algum fundamento ou ajude alguém em alguma coisa, mas não me importava com isso, minha mente só e preocupava em: “qual é mesmo o motivo de eu estar aqui?”. Minha mente só voltou para a atividade quando a ruiva finalmente começou a falar.

-Meu nome é Charlie e eu estou aqui há uns três anos eu acho. _ ela falava meio pensativa. _ Não sei porque estou fazendo isso de novo, todos já escutaram essa história pelo menos umas dez vezes. _ deu um sorriso fraco. _ O que posso dizer? Bom, eu estou aqui porque tenho um coração enorme e sou capaz de amar. _ pude ver seus olhos marejarem e isso me causou um grande incômodo.

-Tudo bem Lie, eu sei como é estar aqui por amar demais. _ falei calmo sorrindo carinhoso e vendo-a retribuir.

-Você não sabe nada sobre amor. _ a voz irritante de Sam preencheu o local, qual era o problema daquele cara?

-Virou especialista no assunto? _ retruquei

-Com certeza sei mais do que você.

-Quem não ama ama a si mesmo também não ama aos outros seu suicida de merda. _ eu podia ver a raiva transbordar de seu corpo.

-Pelo menos eu não matei ninguém. _ me provocou.                 

-Por pura falta de competência. _ sorri sínico.

Antes que eu pudesse raciocinar senti o impacto das minhas costas contra o chão. Sam havia pulado em minha direção e agora me dava uma sequência de socos, tentei revidar e me defender como pude, mas a verdade é que o cara é gigante e me pegou desprevenido. Logo toda a sala estava uma confusão, gritos e cadeiras voando e misturavam enquanto Charlie tentava nos separar. Minutos depois ouvimos a grande porta de ferro se abrir, todos fizeram silêncio e eu engoli em seco ao ver a velha parada ali. Rowena parecia calma quando andou até mim e segurou meu braço, fazendo o mesmo com Sam.

Fomos guiados para fora do cômodo, tudo em pleno silêncio, eu sentia que estava caminhando para a morte, ou talvez fosse apenas meu rosto latejando pelos socos. Chegamos bem em frente a uma porta branca (como todas ali), irmã Rowena apenas suspirou nos olhando com um sorriso demoníaco.

-Vocês são um grande problema. _ ressaltou o óbvio. _ Do senhor Winchester eu já esperava, mas você Samuel? _ ela olhou para o maior que permanecia emburrado. _ Um homem tão culto, pensei que seria fácil lhe curar, mas pelo visto me enganei. Você é só mais um deles. _ olhou para mim novamente.

-Não me compare a ele. _ esbravejou

-Realmente, isso ofende. _ respondi. _ Eu sou claramente mais bonito.

Depois disso a mais velha apenas  abriu a porta, destrancando com uma chave a qual se encontrava pendurada em um medalhão no seu pescoço. A porta dava acesso a uma longa escada, descendo tanto que mal dava para ver o fim. Fomos descendo com ela vindo logo atrás, era escuro, úmido e frio. Às paredes de pedra eram cobertas de lodo o que tornava o ambiente ainda mais desagradável.

-Estamos sozinhos irmã, não está com medo? _ perguntei debochado.

-Você ainda vai aprender quem deve temer quem senhor Winchester. _ ela respondeu, tão séria que fez um arrepio subir pela minha espinha.

Ao fim da escadaria havia um corredor, várias portas se distribuem de ambos os lados. Não era como o resto do lugar, nada de branco ou luzes fortes, era tudo cinzento com portas de metal pesadas. A freira abriu uma delas e eu já sabia o que viria pela frente, não posso negar que estava assustado, mas não mais que Sam. Os olhos do mais novo estavam arregalados e marejados, ele olhava para a mulher como um cãozinho abandonado.

-Podem entrar. _ela ordenou e assim eu fiz. _ Eu disse para  entrar. _ disse mais alto ao ver que Sam não se movera.

O mais alto caminhou para dentro do local olhando novamente para a ruiva, numa súplica inaudível para que ela não fizesse o que estava prestes a fazer.

-Ficarão aí para pagar por seus pecados. _ ela disse firme segurando a porta. _ E se não puderam se livrar de seus demônios, que pelo menos eles se entendam.

-Espera! _ Sam disse antes que ela pudesse fechar a porta. _ Por favor,não me deixe aqui. Me ponha em outra cela, qualquer coisa, mas não me deixe aqui com ele.

Tá, digamos que eu estava um pouquinho ofendido. Eu sei que ele acha que eu matei outra pessoa, mas… Ok, eu estaria do mesmo jeito.

-Por favor madre, ele não é um ser humano, é um monstro! _ exclamou

-Todos os monstros são humanos.

E isso foi tudo o que ouvimos antes do bater da porta.

 

[...]

 

-Por que fez isso? _ perguntei depois de um longo tempo de silêncio.

Estávamos sentados um em cada canto do cômodo, ele evitava qualquer tipo de contato visual e colocava-se em posição de alerta todas às vezes que eu me movia.

-Eu não vou falar com você.

-Qual é cara? Qual seu problema comigo?_ questionei impaciente.

-Vou falar devagar para ver se você entende._ ajeitou-se melhor _ Você.Matou.Uma.Pessoa.

-Como tem tanta certeza? _ perguntei e ele apenas revirou os olhos.

Continuamos em silêncio durante o que me pareceram horas, ele ainda se negava a falar comigo.

-Eu não entendo porque alguém que tem tudo tenta tirar a própria vida. _ disse sem encara-lo

-Talvez esse tudo não seja o que eu quero. _ ele disse baixo. _ Sabe, ter “tudo” não é sinônimo de felicidade. Quando se tem muito você não quer perder, sacrifica tudo para continuar tendo. Não existe caráter, são só um monte de mentiras acumuladas.

-Isso deve explicar algumas coisas.

- Mas e você?

-Eu?

-É, porque fez aquilo? _ eu sabia exatamente sobre o que ele falava.

-Eu não fiz o que acham que eu fiz._ afirmei

-Qual é cara, eu fui sincero com você. _ ele disse mexendo em uma fresta que havia na parede, como se falar sobre esse assunto fosse como comentar sobre um jogo de basquete qualquer. _ Seja sincero comigo, eu sei que você consegue.

Eu pensei por um tempo, refletindo em como minha vida estava de cabeça para baixo. Sincero. Qual a última vez que eu fora sincero? Eu não dizia a verdade nem para mim mesmo. Encobria o que eu sentia com o sarcasmo, como sempre, mas a verdade é que eu estava quebrado. Estava definhando,m apodrecendo por dentro. É como se a morte do meu irmão tivesse aberto um buraco no meu peito e essa ferida necrosasse aos poucas, contaminando todo o resto, a começar pela alma.

Respirei fundo balançando a cabeça antes de finalmente achar coragem para falar.

-Ele ia se formar, meu irmãozinho ia finalmente se formar acredita? _ eu sorri ao lembrar dele. _ Parece que foi ontem quando eu o defendia na escola. _ eu tentava controlar o tom da minha voz, mas aquilo doía demais. _ Ele sempre foi melhor que eu em tudo, mamãe sentiria orgulho dele.

Sam agora me encarava meio surpreso, talvez ele não esperasse isso e para falar a verdade nem eu, mas é que eu definitivamente precisava por isso tudo para fora.

-Ele me acordou naquele dia, jogou um travesseiro em mim e disse “levanta palhaço, ta atrasado” e depois, é óbvio, saiu correndo. Ele me pediu mil vezes para fazer tudo conforme o plano, disse que o dia era especial, que tudo tinha que sair como ele imaginou. Dam estava tão empolgado. _ senti meus olhos marejarem.

-Eu nem mesmo pude ir ao funeral do meu irmão, eu nem sei se ele teve um. _ disse com o coração a mil e um nó na garganta. _ Eu prometi para mamãe e para o tio Bobby, eu prometi que cuidaria dele. _ e logo um aperto tomou conta do meu peito, o mesmo que eu sentia quando falava os dois, mas potencialmente mais forte. Imagens do Adam invadiam minha mente, todo aquele sangue, sua pele fria, as marcas no corpo. Porém o que mais me torturava era o nítido som de sua gargalhada ecoando em minha mente. Mal percebi que estava chorando. _ Eu sinto tanto a sua falta. _ disse como se ele pudesse me ouvir, ignorando a presença do maior com quem antes eu falava.

-Acredito em você. _ a voz grave chamou minha atenção.

Olhei para ele e pude ver lágrimas em seus olhos. Eu estava louco ou ele realmente acreditava em mim?

Sam se levantou sentando-se ao meu lado. Ele apenas me cutucou com o braço, respirando fundo e olhando diretamente para mim, e pela primeira vez seus olhos não tinham raiva, medo ou nojo e sim compreensão.

-A vida é mesmo um monte de merda Dean. _ falou baixo. _ Não merecíamos estar aqui. Você não merecia estar aqui, não merecia nada disso.

 


Notas Finais


Acabou....

Então, espero que tenham gostado e entendido o que eu falei nas notas.

Enfim, deixem a opinião de vocês e nós vamos responder.

Adios viadarada <333


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