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História Até esse verão - Afogada


Escrita por: EduardaSd

Notas do Autor


Oi gente. Boa leitura!

Capítulo 15 - Afogada


POR NATÁLIA

 

Eu estava mal por saber que minha amiga estava sofrendo tanto. Depois de muito pedido, ela finalmente me contou tudo. A Denize não merecia nada daquilo, muito menos Cristian; já Érica, bem, eu não podia opinar, Denize sempre pediu para que eu não confiasse nela, e agora, ela tinha feito a vida da minha amiga virar um desastre.

Todo mundo sabe que Denize sente-se culpada facilmente, e por tudo. Ela estava triste, mas tinha que fingir o contrário, para a família não perceber e acabar dando mais confusão. Ela também achava que Yasmin e o pessoal deveriam estar a odiando; e provavelmente estavam.

Mas eu só achei estranho quando a irmã do Cristian me mandou uma mensagem no WhatsApp, explicando que Renan passou meu número e pedindo que eu avisasse a Denize que ela queria vê-la, na sorveteria, às onze da manhã. Assim fiz, mas de cara, ela ficou toda receosa, tentando descobrir o porquê daquela conversa, já que era para ela no mínimo, não querer nem olhar para a cara da “traidora” do irmão.

 

POR YASMIN

Denize chegou atrasada. Ela estava com a cara meio inchada, com olheiras profundas e com expressão abatida, provavelmente de tanto chorar. Assim que me viu passou a mão pelo rosto. Ela parecia nem querer estar ali, mas logo eu levantei, esperando que ela viesse. Antes mesmo que Denize pudesse falar qualquer coisa, eu a abracei. Ela pareceu surpresa no início, mas logo retribuiu também.

-Oi, amadinha.

-Oi. -Ela respondeu dando um sorrisinho travado e forçado

-Olha, se for pra me culpar, não precisa nem falar nada, tá? -Ela atacou com uma voz cansada

Nos sentamos e só aí respondi:

-Denize, calma. Eu não vou te culpar, na verdade, eu vim tentar entender melhor o que realmente aconteceu.

Ela deu um longo suspiro e olhou para a praia pelo vidro.

-Eu nunca quis fazer mal para o seu irmão, Yasmin. Quando a gente brigou eu nem sabia o que estava acontecendo. Acho que você sabe dessa parte da briga, ele provavelmente deve ter te contado.

-Contou sim. Mas eu quero saber o que aconteceu para aqueles prints irem parar no celular dele. -Disse fazendo sinal para que ela prosseguisse

-São prints falsos. Aquela conversa é fake. Armaram pra mim. Estavam com raiva e mandaram para o Cris. Eu nem conheço e menino da foto, e, principalmente, nunca faria nada daquilo para magoar Cristian. Acontece que a pessoa sabia que ele era um dos meus pontos fracos. -Dizia ela, parecendo lembrar de toda a cena

-Você já sabe quem foi?

-Sei, mas isso é o mínimo agora. Como ele tá?

-Ah, amadinha. Ontem ele estava todo tristinho. Disse que foi usado, que foi exposto, que confiou em você mas que foi um traidora.

-Ele me disse as mesmas coisas… -Disse ela baixinho, como se estivesse pensando alto

-Ele gosta muito de você, Denize. Por isso está magoado. De primeira, eu quis te matar por ter feito aquilo com o meu irmão. Mas depois eu pensei bem e… você nunca faria isso. Eu te conheço há muito pouco tempo, mas diferente do Cris, eu sei perceber quando as pessoas realmente são boas.

-Obrigada por acreditar em mim, Yasmin -Agradeceu ela apertando minhas mãos

-Agora temos que provar ao Cristian que você não está mentindo. Esse amor de vocês não pode se tranformar em pesadelo assim, de uma hora para outra e com toda essa injustiça.

-Como? Eu odeio ser pessimista, mas ele não quer ver minha cara. Ele pediu para eu sumir da vida dele.

-Mas ele não sabe ficar sem você. Ele parece totalmente perdido sem a sua companhia, Denize! Afinal, você gosta ou não dele?

-Ele foi a melhor coisa que me apareceu nas férias. -Ela disse como se eu não soubesse que era óbvio

 

POR NATÁLIA

 

Enquanto Denize saia, eu fui tirar satisfações com Érica. Eu sei que não devia, mas eu tinha que falar! Eu tinha que fazer alguma coisa para que elas se resolvessem; assim, Cristian e Denize poderiam ficar juntos novamente.

-Érica, quero falar com você. -Disse eu entrando na cozinha, onde ela tomava um suco

-O que é agora? -Ela perguntou, impaciente

-Olha aqui, se você acha que pode mesmo culpar a Denize pelos seus erros, você está muito enganada! Ela não tem a mínima culpa de nada, vocês eram apenas crianças. -Ela me ouvia atentamente -Se você fosse um pouquinho mais sensível, perceberia que ela é boa o bastante para se culpar pelas coisas que não deve. Você tem que perdoá-la, mesmo que ela não tenha culpa, porque ela acha que tem. E você tem que aceitar as desculpas dela; eu sei que você se sentiu excluída, mas você pode superar, porque ela não tinha nem noção naquele tempo, e você sabe como ela é boa! A Denize praticamente ama o Cristian, e eles não merecem ficar separados. Você viu como foi para a sua prima no começo das férias? Então, Cristian a ajudou muito! E ela gosta dele de verdade, e ele dela! Érica, você pode fazer o bem! É só você querer, pensa nisso. -Ela ouviu tudo e ante que falasse algo, eu saí.

 (...)

Eu aproveitei para almoçar com a família da minha amiga. Estávamos todos no quiosque. Ela tentava fingir estar bem, para que o clima não ficasse ruim. Horas depois até disse que ia surfar, mas pediu para eu pegar a prancha, não queria que Cristian a visse.

Logo que cheguei me deparei com Cristian no balcão. Ele nem olhou na minha cara, mas percebi que estava triste. E eu até tentei ajudar:

-Cristian, a Denize não fez nada daquilo, você tem que acreditar nela.

-Natália, não adianta vir defendê-la, tá? Eu não quero falar sobre isso -Disse ele me entregando a prancha.

Logo que cheguei com a prancha minha amiga foi para o mar, dizendo que surfar poderia fazê-la esquecer os problemas por um tempo.

Se havia uma coisa que ela fazia bem agora, era surfar. Tudo bem que foi Cristian que a ensinou, mas ela mandava bem.

 

POR YASMIN

(...)

Eu estava sentada com a galera e o Cris. Eu já tinha ouvido eles falarem mal da Denize, e fiquei super chateada. Acabei ficando calada, porque, se eu a defendesse, iria causar ainda mais confusão, principalmente com Cristian.

De longe, eu podia observar Denize surfando. Eu tinha certeza que era pra tentar afogar as lágrimas. Ela estava indo super bem, mas do nada pulou da prancha e começou a nadar para não sei onde.

Também não entendi o porquê tanta gente se levantando. Mas não demorou muito para que eu sacasse que tinha alguém se afogando!

 

POR NATÁLIA

 

Meu coração começou a bater forte. Foram chamar um salva vidas, mas eles ainda não havia dado sinal de vida.

Denize estava nadando para perto de Érica, que não parava de se debater, e eu já estava com medo de acontecer algo pior com ela. Se Denize não conseguisse manter o controle, a prima acabaria a levando também. Eu sabia que tinha que pensar positivo, mas também sabia que poderia não dar certo, e que na maioriria dos casos, quem vai ajudar acaba sobrando também.

Uma onda gigante passou, escondendo elas. Era tarde e o mar ficava muito mais agitado. Logo depois Denize apareceu, nadando com a prima. Algumas pessoas foram ajudar quando perceberam que ela estava voltando para a parte mais rasa. Ela havia conseguido.

 

POR YASMIN

 

Como a maioria das pessoas, estávamos todos ali, na beira da praia. A menina afogada estava sendo trazida por um homem, que a pegou no colo logo que Denize chegou nas partes rasas. A menina estava desmaiada, e Denize aparentava cansaço e desespero.

Deitaram a menina no chão, e logo alguém perguntou quem sabia fazer respiração boca a boca. Ninguém se habilitou, então Denize junto com pessoas que aparentavam ser a família, se ajoelhou ao lado dela, tentando fazer com que a própria acordasse. A mãe, claro, era a mais desesperada.

Denize implorou ajuda novamente, enquanto tentava reanimar a menina, a qual ela não parava de pedir para acordar, enquanto chorava. Eu sabia que Cristian poderia ajudar, e ele ajudaria, se não estivesse confuso. Denize o olhou, e logo ele se aproximou ligeiramente para tentar salvar a menina.

Ela começou a reagir, cuspindo água e acordando. Graças a Deus. E então acordou por completo. Só depois de um tempo a ajuda médica chegou, e a mãe dela só faltou fazer um show, reclamando da demora e falta de salva vidas. E ela tinha toda a razão.

 

POR DENIZE

 

Érica teria que ficar em observação por um tempinho. Eu estava totalmente cansada; mental e fisicamente.Vieram me elogiar pelo salvamento, mas me alertaram que no desespero, minha prima poderia acabar fazendo com que eu me afogasse também. Foi aí que eu percebi que meus anos assistindo Discovery serviram para salvar uma vida!

Ainda lembro do desespero de Érica, foi horrível, e a cena não sai da cabeça. Ver uma pessoa ali, a ponto de morrer é desesperador, e eu nunca havia passado por nada parecido antes.

Só quando voltamos para casa eu pude conversar a sós com Érica.

-Denize, obrigada. Você salvou a minha vida. Você fez o que ninguém nunca fez por mim.

-Não foi nada. Eu não poderia te deixar ali, lutando para viver, eu tinha que ajudar.

-Você é inacreditável. Mesmo depois de tudo, você não exitou em me ajudar, mesmo eu tendo feito tanta coisa de errado com você. Isso prova que você realmente tem um coração de ouro.

-Isso prova que eu não guardo nenhum rancor. Significa que eu não coloco as coisas ruins em primeiro plano.

-Você podia ter morrido, sabia? -Perguntou ela

-Eu não pensei nisso. Eu só queria ajudar você.

Ela, do nada, começou a chorar.

-Eu já te fiz tanto mal… hoje vejo que a culpa nunca foi sua. Você ainda tem coragem de ser boa comigo?

-É isso que as pessoas que têm o mesmo sangue fazem, não é? -Uma lágrima já havia descido no meu rosto

-Denize, por favor, me perdoa. Me perdoa por tudo que eu te fiz. Eu preciso que você me perdoe, de verdade! -Ela pedia desesperadamente enquanto chorava

-Eu já te perdoei, Érica. -A abracei imediatamente, chorando também

Ela retribuiu. E foi a primeira vez que demos um abraço sincero na vida.

-Me desculpe também, tá? Pelas coisas chatas que te fiz. -Pedi

-Você não tem que se desculpar de nada. -Ela me abraçou mais forte

Naquele momento eu sentia que realmente estava bem com minha prima. Era um sentimento sincero, e dali por diante, a nossa relação seria melhor. Estamos nos libertando de todo o passado, nos permitindo viver um novo futuro.


Notas Finais


Gostaram? Comentem para que eu saiba! Caso o capítulo não tenha sido como vocês esperavam, me perdoem, tô meio desanimada esses dias, mas não queria deixar vocês esperando tanto.
Bjos de purpurina!


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