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História Até esse verão - Tentativa falha


Escrita por: EduardaSd

Notas do Autor


OIE! Mais um capítulo, boa leitura!

Capítulo 17 - Tentativa falha


POR CRISTIAN

Por mais que eu esteja com raiva da Denise, vê-la ontem, daquele jeito, me deixou muito mal. A mesma menina que havia me mostrado os prints, era a que estava desmaiada. Denize não parava de implorar para que ela acordasse e me deu um aperto no coração, tanto pela menina, quanto pela traidora.

Eu fui ajudar, claro! E depois da briga, foi a primeira vez que eu ouvi aquela voz doce que antes me deixava feliz. Agora, ela gritava, e a voz não era tão doce assim, era rouca, e foi exatamente com essa voz que ela me agradeceu depois da respiração boca a boca que fiz na menina. “Obrigada, Cris.” agradeceu ela.

Yasmin já havia tentado fazer eu mudar de ideia. Ela estava claramente do lado da traidora da Denize. Já havia exposto a opnião dela, mas a Yasmin acredita que todo mundo é bom. Eu também era um pouco assim, mas isso mudou logo depois do ocorrido.

Eu não conseguia negar nem a mim mesmo, eu ainda gostava dela, e isso só aumentava a minha raiva. Um completo trouxa.

POR NATÁLIA

Queria tanto que Cristian e Denize ficassem juntos. Ela me disse que depois que fez as pazes com a prima, metade dos problemas sumiram. Ela também disse que sentia muita falta do Cristian, que ainda gostava muito dele, mas que provavelmente, ela sairia dali sem nem ter a oportunidade de poder resolver as coisas.

-Calma, Denize. Ele vai querer conversar com você… -Eu tentava animá-la

-Não vai, Nati. Ele foi claro! E você acha mesmo que vamos nos resolver?

-Acho! É claro que vão! Quando dos pessoas estão predestinadas a ficarem juntas, elas acham o caminho!

-E quem te disse que estamos predestinados a ficarmos juntos? Isso é bobagem.

-Olha, sua prima já está de boas com você… ela pode muito bem ir lá e resolver a besteira que ela fez! -Era óbvio, mas Denize parecia não entender

-Tá, e você acha o que? Que ele vai acreditar assim, de cara? Ela tá muito magoado, Natália! Yasmin me contou. -Lamentou ela

-Mas você não ama ele?

POR DENIZE

 

Amor… eu gostava muito dele, mas...amor? Eu não sabia.

-Eu gosto muito dele, Nati. -Respondi, mas ela não se contentou

-Você ama ele, Denize. Confia em mim, eu percebi, eu sei. Eu aposto que mesmo chateado, ele não para de pensar em você. Por mais que sejam só dias, vocês viveram coisas muito boas nessa praia, e isso não se apaga facilmente.

Depois do que ela falou eu fiquei pensativa. Eu não queria pensar nem acreditar que amava Cristian. Porque eu iria sofrer muito mais. Isso é amor?

(...)

-Vamos a praia, Denize? -Érica me chamou, depois de abrir a porta do quarto

-Não sei, eu… -Já ia inventar uma desculpa

-Por favor. -Ela me interrompeu -Nossa família está no quiosque, e sei que Natália foi fazer SUP. Estou saindo mas não quero que fique só, me faz companhia, vai. -Pediu ela

Era estranho ver aquela nova Érica, mas era prazeroso ao mesmo tempo. É claro, ela estava se esforçando para mudar, mas eu nunca me imaginei saindo com minha prima.

-Tudo bem. Eu só vou vestir o biquíni. -Disse me levantando da cama

Dez minutos depois estávamos nós saindo de casa. Eu não estava nem um pouco animada, mas eu queria agradar minha prima.

-Denize, posso te fazer uma pergunta? -Questionou ela olhando para chão

-Pode.

-Você… gosta mesmo do sufista? -Ela me olhou, parecendo querer detectar algo que confirmasse a sua dúvida

-Esquece o Cristian, Érica. Tá tudo bem. -Bem, eu estava tentando esquecer

-Denize -Ela pegou no meu braço, fazendo com que eu prestasse atenção nela -Eu sei que não somos amigas, que não temos tanta intimidade, mas você gosta dele, não gosta?

Respirei fundo.

-Gosto. Gosto sim, mas não precisa se preocupar. Vou aproveitar esses últimos dias aqui e tentar deixar essa história de lado.

Ela parecia satisfeita com a resposta, então seguimos até o quiosque.

(...)

 Descobrir uma nova Érica foi bem legal. Ela sorria mais, falava mais e parecia bem mais leve. E eu também. A admirei por ter ido a praia mesmo depois do ocorrido, mas a própria me disse que só se sentia segura em terra firme, e que não tomaria banho de mar tão cedo.

 

POR YASMIN

 

Queria encontrar com Denize. Eu precisava falar com ela. Natália havia me contado que a amiga estava mais tranquila, e eu precisava tirar algumas dúvidas com a Amadinha.

Acabei a encontrando na praia, e depois a chamei para um Milk-Shake.

-Denize, Nati me falou sobre uns problemas que você resolveu. Mas eu quero saber se não vai resolver o seu outro problema.

-O que quer que eu faça? Não vão ser minhas súplicas que vão fazer ele acreditar em mim, Yasmin. Eu não vou mais implorar, basta. Acabou. -Ela dizia sem nem mesmo ligar, como se realmente estivesse colocando em prática as ideias

-Mas Denize, como vocês vão voltar? Não pode terminar assim! Você mesma disse que tinha pouco dias aqui! Que dia vai embora?

-Depois de amanhã. Mas isso não importa. Eu já perdi as esperanças e não quero me humilhar por uma pessoa que não quer mais saber de mim! Eu não aguento mais! -Ela parecia nervosa e confusa ao mesmo tempo

-Você tem que falar com o meu irmão. Se não fizer por você, faça por mim. Por favor, Denize. -Implorei, rezando para que ela aceitasse minha súplica

 Mas ela ainda se manteve firme

-Vai, Amadinha! Você é a única que pode mudar essa história!

Ela respirou fundo, parecia pensar

-Eu vou falar com ele pela última vez. Basta por hoje! Você, Érica, Natália… vocês apertam minha mente! Mas eu já aviso que vai ser a última vez!

-Amadinha! Brigadaaa! -Quase pulei da cadeira.

POR DENIZE

 

Eu estava com um certo medo. Mas na realidade eu não estava desanimada para ver Cristian, eu não desisti dele, muito menos parei de pensar nele. Acontece que eu não podia mais chorar e entristecer deitada na minha cama. Eu tinha uma vida, eu estava de férias, eu precisava seguir.

Parece ter sido forçado, mas no fundo, eu tinha vontade de ir me explicar para ele toda hora, até cansar. Como não queria mais ninguém pegando no meu pé, eu fui lá, na casa das praias, onde Yasmin disse que ele estava.

POR CRISTIAN

Estava organizando algumas pranchas. Eu havia fechado a loja, puxei o portão para baixo, deixando apenas um espaço para a entrada de ar, além de abrir as janelas, que também davam iluminação.

Enquanto movia as pranchas de um lugar ao outro, peguei uma verde água. Inevitável não lembrar da Denize, ela um dia me disse que era a cor favorita dela. Tentei expulsá-la da minha mente e continuei a arrumar.

-Cristian? -Uma voz que eu já conhecia muito bem soou atrás me mim

Ela havia entrado ali e eu nem tinha percebido.

-O que você quer, Denize? -Perguntei, seco

Por mais que eu ainda gostasse dela, eu não podia evitar a raiva e a mágoa que sentia dentro de mim.

-Eu quero conversar com você.

-Eu não tenho nada para conversar com você -Voltei ao que estava fazendo

-Mas eu tenho. -Insistiu ela

-Será que você ainda não se tocou que eu não quero mais nada com você? -Virei para vê-la

-Cristian, eu quero que você me escute. -Continuou ela sem ligar para o que falei -Eu quero que você saiba que está enganado. Eu sei que não acredita em mim, mas eu não podia tentar te mostrar que não sou culpada apenas uma vez. Eu não iria ficar sem tentar de novo.

Resolvi parar e ouvir

-Eu não vou esquecer e sei que você também não esqueceu esses dias que passamos aqui. Eu acho que nunca escondi meus sentimentos à você, eu sempre fui clara. Eu sempre admirei você e sempre fui grata por tudo que fez por mim. Não posso esquecer de tudo isso assim, num passe de mágicas. Acontece que foram nesses dias que passamos aqui, que eu fui percebendo que realmente gostava de você, e ainda gosto.

Ela explicava, convicta do que dizia

-Eu achei que você soubesse que eu não seria capaz de fazer algo pra te magoar. Achei que soubesse que eu te considero muito, e que você é muito importante pra mim. Eu só não imaginava que você não confiava em mim.

-Eu confiei em você. Mas olha no que deu. -A interrompi

-Eu não fiz nada! Eu já falei! Eu gosto de você Cristian, sendo assim eu nunca ficaria com outro, eu nunca te deixaria na mão, e se eu não gostasse e ligasse, você acha mesmo que eu estaria aqui, na sua frente, tentando me explicar? Claro que não!

Fiquei calado, e ela continuou:

-Eu realmente achei que você gostasse de mim. Mas se você gostasse, você confiaria em mim, você saberia que tudo aquilo é mentira!

Ela falava séria, e dava até pra sentir firmeza na sua voz. Eu estava começando a ficar confuso.

-Cristian -Ela deu um passo à minha frente -Eu posso estar aqui, me humilhando na frente de uma pessoa que diz nem querer mais saber de mim. Mas eu sei que você ainda gosta de mim como eu gosto de você.

Aquilo já estava ficando difícil pra mim.

-Então vem, -Ela se aproximou ainda mais -Olha pra mim, olha nos meus olhos e me diz que você não me quer mais. Só assim eu vou acreditar. Vai, diz. Porque se você disser, eu sumo da sua vida, como você me pediu.

Minha cabeça embolou, deu um nó. Eu estava totalmente confuso. Ao mesmo tempo que queria acreditar nela, lembrava dos prints. Eu gostava dela, mas eu não consegui dizer!

-É pra eu sumir? -Ela parecia desapontada por eu não dever aparentar nada

Ainda fiquei processando tudo aquilo na minha mente, não consegui responder nada. Fiquei mudo. Nada saia.

Esperei alguma reação dela, mas a mesma respondeu:

- Até nunca mais, Cristian.

E saiu.

Saiu pela porta, me deixando numa mistura de saudade, orgulho, raiva, arrependimento, loucura e paixão. Só aí eu percebi que a perdi, definitivamente.

Depois disso, fiquei com muita raiva. E foi uma pena eu querer descontar isso nas pranchas, porque eu danifiquei algumas, e isso me fez ficar com mais raiva ainda. Era totalmente confuso! A menina que você gosta mente pra você, depois volta tentando se explicar de novo, e parece convincente, você sente vontade de perdoá-la, e na verdade, começa a acreditar que ela não fez nada, porque os argumentos dela são fortes, mas você ainda está confuso, você ainda não esqueceu. Ela propõe um tudo ou nada e você para, totalmente perdido. E depois ela vai embora. Esse é o jeito Denize, depois disso, eu tinha certeza que ela nunca mais voltaria. Nem pra tentar se defender, nem para mim.

POR ÉRICA

 

-Acabou. Não me perguntem mais nada sobre Cristian. Aquele conto de fadas virou bruxaria. -Disse Denize, depois de fechar a porta do seu quarto

-Mas Denize, o que houve? Achei que vocês iam se resolver! -Natália parecia decepcionada

-Se resolver? Se resolver como se ele não acredita em mim? Ó, não vou mais correr atrás. Eu disse umas coisas decisivas, ele nem respondeu nada. -Ela estava brava e fazia gestos com a mão e com os braços

-Como assim? Não é possível que Cristian ainda não tenha percebido a verdade!

-Pois bem, seu querido irmão é cego!

-Gente, eu vou no banheiro, tá? -Disse eu saindo

POR  YASMIN

 

-Não acredito que sua prima ainda tem a coragem de não fazer nada! -Esbravejou Natália

-Como assim? Quer dizer que… foi ela? -Eu estava muito surpresa

-Foi. -Disse Natália

-Mas então ela tem que ir fazer alguma coisa! -Reagi

-Ela não tem que ir fazer nada, meninas. O que vocês querem? Se eu e Cristian voltássemos a nos falar, eu não suportaria ficar com uma pessoa que nem confia em mim. É até melhor assim.

-Não é não! Depois você teria uma conversa e conseguiriam colocar esses pontos em evidência. -Eu insistia

-Yasmin, não tem mais jeito. -Disse ela piedosa, tentando me convencer -Olha pelo menos, tudo isso serviu para eu conhecer você. Sério, você me ajudou muito e foi uma grande amiga. Eu espero que possamos ser amigas mesmo longe.

Respirei fundo, com um olhar de orgulho. Eu também era muito grata por ter conhecido a Denize. E só ela mesmo, pra ver uma coisa boa nas coisas ruins.

-Ai amadinha… eu também amei conhecer você! E vamos continuar se falando! Eu bem que queria que fosse pudesse ser minha cunhadinha um dia!

Ela riu, logo depois me abraçando.

-Mas gente, já que nada parece dar certo e eu e Denize não vamos demorar aqui na praia, a gente podia aproveitar.

-Você tá certa, Nati! Vamos aproveitar gente. É até bom pra Denize.

Demoramos quase vinte minutos para sair. Denize colocou um monte de coisa na bolsa, ela sugeriu irmos para a praia mais tranquila, onde praticavam SUP.

Achamos Érica no quiosque com a família e a chamamos também. Chegando na praia colocamos uma canga na areia e sentamos. Ficamos o resto da tarde daquele jeito, conversando e rindo. E eu não podia estar mais feliz por ter conhecido pessoas tão incríveis.

 

POR ÉRICA

 

Quando chegamos em casa eu fui falar a sós com minha prima. Eu estava feliz por ela ter me incluído no trio hoje a tarde, e só aí eu percebi quanto tempo eu perdi! Mas eu tinha outra coisa pra falar para ela.

 

POR DENIZE

-Denize, toma. -Érica chegou me estendendo um envelope

-O que é isso? -Perguntei sem fazer a mínima ideia

-Abre. -Ela me encorajou com o olhar

Pelo que eu via enquanto abria era uma carta, ou um bilhete.

Denize, eu preciso falar com você. Cometi um grande erro. É urgente. Me encontre amanhã, às nove horas no cais.

Cristian.

Eu li aquilo mais de cinco vezes. Eu nem acreditava. E eu nem sabia se eu realmente queria me encontrar com ele.

-Eu fui falar com ele, Denize. Eu fui contar a verdade. Eu sei que era a minha obrigação já que fui eu quem causou toda a confusão. Mas eu fiz isso pensando muito mais em retribuir à você tudo que fez por mim.

Eu continuei sem reação, então ela continuou.

-Acho que ele me odeia, mas tudo bem. Você precisava ver como ele ficou estressado. Ele só faltou me matar -Ela deu uma risadinha -Ele disse que não devia ter brigado com você, que estava arrependido por tudo que fez e disse. Chega deu pena, Denize. Você tem que se encontrar com ele. Amanhã é o nosso penúltimo dia aqui, e vocês precisam se entender.

-Não sei se quero mais. Eu fui, tentei resolver. Mas ele não acreditou, Érica. Eu não sou um brinquedo, não sou obrigada a voltar pra ele só porque o próprio finalmente viu que estava errado.

-Eu te entendo, mas poxa, dá um crédito. Eu sei que o que fiz foi muito errado, não é fácil acreditar na verdade. Mas ele ficou tão mal, Denize...você precisava ver. Bem, agora é você que sabe. -Ela disse saindo do quarto.

Eu fiquei ali. Poxa, eu não sou uma espécie de bumerangue, eu não sou! Ele simplesmente me ignorou, e agora, que sabe da verdade, quer pedir desculpas? Eu tinha feito muito por nós dois. E eu não sabia se ainda queria, por mais que eu gostasse dele.

Por mais que eu ainda gostasse dele.


Notas Finais


Gostaram do capítulo? Espero que sim, comentem para que eu saiba!
Bjs de purpurina!


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