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História Até esse verão - Felicidade ao quadrado


Escrita por: EduardaSd

Notas do Autor


VOLTEI GENTE! BOA LEITURA!

Capítulo 22 - Felicidade ao quadrado


DUAS SEMANAS DEPOIS…

-Cris!! -Gritou Denize enquanto corria em minha direção

Ela me abraçou forte quando nos encontramos, e eu fiz questão de tirá-la do chão, como sempre. A abracei forte, eu havia sentido saudade.

A coloquei de volta no chão e a enchi de beijos, os quais, por duas semanas, eu só desejava virtualmente. Agora, eu poderia compensar.

-Senti sua falta! -Ela disse me olhando assim que paramos, parecia querer conferir se eu estava bem

-Também -Disse eu a puxando para mais um beijo

Estávamos no parque, era uma tarde de segunda-feira, eu havia chegado pela manhã, mas como Denize estava na escola, não deu para nos encontrarmos logo quando cheguei. Até pensei em ir buscá-la no seu colégio, mas eu havia tido muitas coisas para fazer.

-Como foi o primeiro dia de aula? -Perguntei

-Ah, foi normal. Entraram algumas pessoas novas, mas tudo continua igual. Mas eu não quero falar sobre isso agora, você não vai voltar logo né?

Aquilo me pegou de jeito. Eu tinha que contar pra ela, só não queria que fosse assim, do nada.

 

POR DENIZE

 

Ele mudou a expressão, o que logo me deixou em cima do muro, porque com aquela cara, resposta boa não seria.

Ele deu um longo suspiro

-Bem… eu sei que você queria que fosse mais tempo, mas tenho que voltar pra casa hoje, pra arrumar algumas coisas

Eu fiquei super em choque. COMO ASSIM HOJE??

-Hoje? Ah não, Cristian! -Reclamei cruzando os braços e batendo um pé no chão -Eu não acredito! É brincadeira, não é?

-Denize, -ele pegou no meus braços, me fazendo olhar para ele -Porque você não vai comigo?

Ele só podia estar tirando onda com a minha cara. É claro que eu não poderia ir com ele!

-Tá brincando comigo né? -Continuei com os braços cruzados

-Olha, calma. Vou te levar pra um lugar, lá a gente conversa. -Ele disse me puxando

-Que lugar, Cristian? Você mal sabe ir à padaria!

-Relaxa!

Ele foi na frente, me guiando. E chegamos exatamente na casa que ele estava há duas semanas atrás, e que eu sabia que ele iria ficar pelo tempo que estava aqui.

-Chegamos! -Ele disse sorrindo

-E porque você me trouxe aqui pra conversar? -Eu já estava indignada

-Porque eu queria que você viesse comigo! -Ele respondeu sorrindo, como se aquilo fosse uma grande brincadeira, a qual eu não estava entendendo nem achando graça

-Primeiro você diz que vai ficar aqui até hoje porque tem que voltar pra casa. Depois diz que vai me levar pra algum lugar e me traz pra essa casa. E agora você sorri como se tudo fosse uma piada! Sério, não tem graça! Eu achei que você fosse ficar por no mínimo cinco dias.

-E se eu ficasse por cinco, sete, doze meses? Você iria gostar? -Perguntou ele ainda sorrindo, como se estivesse brincando comigo, de verdade

-Você sabe muito bem que não pode ficar por todo esse tempo!

-Porque não?-Perguntou como se estivesse curioso

Minha paciência estava acabando, mas eu ainda debatia com ele

-Porque você tem que voltar para a sua casa!

-E por acaso eu disse para qual casa eu teria qual casa eu teria que voltar? -Perguntou ele, como uma criança curiosa

-Você só mora em uma casa, seu idiota! Na praia! E você não pode…não pode...

Parei de falar, raciocinando mais um pouco. Ele riu da minha cara de paisagem, mas eu comecei a pensar no que ele havia falado, e no que EU havia dito também! Voltar pra casa, para arrumar coisas, ficar por meses, “para qual casa eu teria que voltar”. Juntei tudo isso e…

-Espera -Disse eu fazendo sinal para ele parar e balançando a cabeça, como se quisesse tirar o embaraçamento dela. -Você disse como se tivesse duas casas, e me perguntou sobre ficar por até doze meses, então você se…

SE FOSSE O QUE EU PENSEI, ERA BOM DEMAIS PARA SER VERDADE.

Olhei com uma cara de dúvida pra ele, que sorria pra mim

-Você se mudou?!? -Gritei, louca

Ele apenas concordou com a cabeça, e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, respondeu:

-Para passar doze meses

Praticamente me joguei nos braços dele! Gente, nem dava pra acreditar! Então ele me abraçou forte, e eu retribui. Quando ele me soltou eu comecei a dar pulinhos de alegria, parecendo crianças de antigamente quando ganhavam 1 real. E ele só ria da minha cara de boba, mas eu não ligava. Agora não existia distância, não existia mais saudade!

 

POR CRISTIAN

 

Com certeza a Denize foi uma das melhores coisas que me aconteceu. Eu amava estar com ela, gostava da sua companhia, da sua risada escandalosa, do jeito que ela falava sem parar quando estava empolgada, do cabelo cheiroso dela, do sorriso… de tudo. Ela era simplesmente fantástica.

-E porque você veio morar aqui? -Perguntou ela, agora, com a alegria um pouco contida

Estávamos no sofá da minha nova casa, conversando.

-Vou fazer o terceiro ano, Denize. Meu pai disse que eu precisava de uma educação melhor, já que era o último ano de colégio e eu teria que me preparar melhor para o vestibular. Essa é a cidade mais próxima à praia, e a maior e melhor também.

-Eu nem acredito! Mas em que colégio você vai estudar? Quem vai morar com você? Seus pais veem?

-Ei, calma. -Ri um pouco -Eu vou morar sozinho com Yasmin, e…

-Yasmin também?! Amadinha?? Cadê ela? Ai meu Deus! -Ela praticamente pulou do sofá

-Só não se empolga muito, porque não vamos estudar no mesmo colégio, tá? Yasmin sabe onde você estuda. Ah, e ela só chega de tarde.

-Você morando na minha cidade já está de bom tamanho! Eu tô tão feliz! -Disse ela antes de me beijar

-Eu também e...você contou pro seus pais que nós estávamos namorando?

POR DENIZE

 

Então, esse PEQUENO detalhe eu havia ocultado dos meus pais…

-Não quero nem imaginar como vai ser quando eu pedi você em namoro ao seu pai…

-Não seria pedir minha mão? -Perguntei me lembrando que geralmente é daquele jeito

-Só a mão? Eu quero você inteira de preferência!

Rimos daquilo, mas logo depois ele voltou a ficar sério

-Relaxa, eu já disse que meu pai gosta de você!

-Sua mãe vai com a minha cara, seu pai já é outro departamento!

Ri mais um pouco

-Nada a ver, Cris! Mas o que você acha de fazer isso hoje?

-Tá louca, garota? Eu preciso montar todo um sistema na minha mente pra não falar merda na hora.

-Não exagera! Vai ser tranquilo, você topa?

-Por você eu topo qualquer coisa! -Disse ele, logo depois me beijando

 (...)

Ainda lembro da expressão das minha amigas quando semanas atrás contei que eu estava namorando. Elas só faltaram dar uma festa e até soltar fogos de artifício. Elas queriam saber de tudo, detalhe por detalhe. E não é fácil detalhar fatos quando se tem três pessoinhas apertando a sua mente! Claro, pedi para que elas fossem discretas, meus pais não podiam saber daquilo naquele momento!

Então naquele dia, quando eu voltei para casa e fui almoçar, fiquei pensando como eu armaria todo um teatro e como Cristian apareceria na minha casa. Bem, eu poderia convidá-lo para jantar, ou ele poderia parecer como uma visita. Então eu pedi ajuda à Natália.

-Ah Denize! Um jantar vai ficar muito formal, eu hein! -Ela reclamou do outro lado da linha

-Você tem outra ideia então, genia da lampada mágica? -Questionei

-Haha, muito engraçada você! Mas como eu sou sua amiga, vou ajudar. Olha, faz assim: eu vou pra sua casa com as meninas, pra gente fazer uma maratona de séries na sala. Aí você manda o Cristian ir também, mas ele só pode chegar depois. Aí, você dá um jeito de ficar à sós com ele e seus pais, aí vocês conversam e pronto. Não fica nada muito pesado!

-Isso! -Comemorei sozinha -Amiga, eu sabia que elefantes eram inteligentes, mas nunca soube dessa qualidade nas galinhas! Parabéns! -Brinquei

-Sabe, eu já vi várias fotos de casais de animais, macho e fêmea, juntos. Mas piranha namorando é a primeira vez! -Rebateu ela, me fazendo rir

-Okay, okay! Brigada, tá? Vou ligar para as meninas, pode vir ás sete horas.

-Tá, bjos.

Desliguei o telefone, já fazendo outras ligações.

Estava tudo certo. Mas tudo tinha que ocorrer como planejado, caso contrário, não iria ser fácil, meu pai era imprevisível, ele poderia ter mil e umas reações!

Resolvi fazer meus primeiros exercícios escolares do ano. Eu estava meio depressiva por já ter que começar a estudar, assim, tão rápido! Mas seria daquele jeito até as próximas férias.

(...)

 

-Ele é lindo, sim! -Afirmava Amanda pela quarta vez, se referindo ao novato da nossa sala

-Okay! A gente já sabe que você gostou dele, e só vai desencanar quando ficar com o menino. -Natália se pronunciou

-Isso mesmo! E eu já stalkeei, e ele não namora! -Contava ela empolgada

-E vocês viram a cara de Juliana? O nível de falsidade dela cresce a cada dia, é impressionante! -Eu disse

-Nem fale dela! Eu não suporto! -Amanda esbravejou

A campainha tocou e eu fui atender. Era Érica, logo ela disse que havia atrasado por conta do trânsito. Aproveitei que já estava em pé e fui pegar chantilly na geladeira. Acontece que eu não achei de cara, e fiquei um tempo com a minha mãe, que estava fazendo a mamadeira de Bia, revirando os armários.

Quando voltei, me deparei com Cristian e Yasmin na sala! E eu fui correndo matar saudade da Amadinha!

 

POR CRISTIAN

 

Eu estava nervoso em ir pra casa de Denize. Claro que nas férias, os pais dela devem ter percebido que a filha andava triste depois de um tempo, e claro que eles deveriam saber que o culpado fui eu. Meu Deus, me ajuda!

Toquei a campainha, esperando que Denize atendesse, mas na verdade, quem apareceu foi a prima dela.

-Denize está? -Perguntei direto

Eu não esqueci que essa confusão toda foi ela quem causou.

-Sim, Cristian. Entra. -Respondeu ela abrindo espaço

Eu ainda não acreditava que Denize desculpou a prima só porque ela jogou a culpa toda em cima dela! Claro que Denize se culpa por tudo, se qualquer pessoa quiser o perdão dela, basta culpá-la pelo que fez com que a pessoa fizesse algum mal à ela, pronto, simples assim. E isso qualquer um pode fazer.

Entrei, me deparando com Natália, que eu já conhecia, e que veio me cumprimentar. Havia outra menina também, a qual eu nunca havia visto. A tal da Érica e agora minha irmã, que quase fez uma festa quando viu as meninas.

-Oi Cris! -Disse Denize vindo em minha direção

Ela já havia me explicado todo o esquema por telefone, como se fosse uma missão das Três Espiãs Demais, no nosso caso, Quatro Espiãs, e eu.

-Tá, vai ser agora, vem comigo -Disse ela olhando nos meus olhos, como se aquilo fosse a coisa mais séria do mundo, o pior era que era umas das!

Denize pegou na minha mão e foi me conduzindo pela casa.

-Mãe, olha quem tá aqui! -Disse ela assim que entramos na cozinha

Sua mãe estava de costas, mas logo se virou, fazendo uma expressão boa ao me ver, eu acho.

-Cristian! -Disse ela sorrindo vindo na minha direção e me cumprimentando com um abraço

-Tudo bem, querido?

-Tudo sim, Dona Gisele. E com a senhora? -Respondi sorrindo também

-Nada de ‘Dona’, me chame só de Gisele. E nada de senhora, ‘você’ já tá bom. -Exigiu ela

-Tá bom -Eu disse meio sem graça

Eu já devia ter perdido ponto dali! Falar com o pai dela seria um desastre! E por falar em pai…

-Gisele, você viu o meu celular? -Peguntou ele entrando na cozinha

-Pai, olha o Cristian! -Ela disse animada

Ele finalmente me notou ali e me cumprimentou com um aperto de mãos

-Ora, ora… se não é o famoso Cristian de novo! -Disse ele me analisando

-Famoso? -Perguntei por impulso, sem nem pensar

-É! Nas férias Denize passava a maior parte do tempo com você. Aí quando você veio há duas semanas, Bete disse que ela não parava em casa!

-Ah sim!

-Está de passeio pela cidade Cristian? -Perguntou Gisele

-Não. Na verdade eu vou morar aqui agora em diante

-Sério? Que ótimo! E sua família vem também?

 

POR DENIZE

 

Como minha mãe amava conversar! Enquanto Cris explicava, meu pai observava, e chegou a falar baixinho:

-Agora que Denize não vai parar em casa mesmo.

Dei uma cotovelada de leve nele. Se Cristian ouvisse aquilo, ah melou o plano, ele iria ficar ainda mais nervoso!

-E você está pronto para morar sozinho, rapaz? É uma grande responsabilidade. -O SONHO DO MEU PAI ERA SER JORNALISTA GENTE, ISSO EXPLICA NÉ?

-Ach...

-Ah pai. -Interrompi Cris -Nem é tão sozinho assim! A irmã dele, Yasmin, vem também. E Cris é super responsável, ele tomava conta da loja de pranchas do pai, sabia?

Eu tinha que dar um upgrade naquela situação, então eu estava começando a soltar qualidades de Cristian.

-Interessante! E quantos anos você tem?

Cristian já estava meio nervoso, não tanto, mas um pouco.

-Completei dezessete no início do ano

-Você aceitar algo pra comer, Cristian? Uma torta, um pudim, um suco...

 Ele negou, mas eu sabia que uma água pra ele cairia bem

-Bem, como eu não sou cego nem nada, eu percebi a de vocês. Eu vi a transformação da Denize nas férias, foi só te conhecer melhor e ela passou de menina malcriada à filha educada.

Paralisei. Ele estava começando a jogar o meu plano imbatível (da Nati na verdade) no lixo. Meu pai poderia ser menos direto às vezes. Cristian estava prestando atenção, e até segurou na minha mão.

-Eu realmente achei que era só uma paquera, mas vejo que as coisas estão conspirando a favor de vocês. Nunca vi Denize tão feliz! Sei das coisas que se passam, eu já tive a idade de vocês -MEU ROSTO ESQUENTOU DE TANTA VERGONHA! EU DEVIA ESTAR CORADÉRRIMA! -Não estamos no século passado, mas eu, como pai, tenho que perguntar. Quais são suas intenções com a minha filha?

MORTA FIQUEI. Olhei para Cristian, que estava vermelho. Gente, eu não montei um circo na minha mente pro meu pai chegar e ‘pá’! Simplificar tudo!

Apesar de tímido, Cris respondeu:

-Bem, eu quero pedir a sua filha em namoro. E pretendo continuar fazendo ela feliz, como o senhor mesmo disse que ela estava.

-Eu aceito! -Eu disse animada, como se aquela fosse a primeira vez que eu ouvia aquele pedido

-Acho que ele perguntou à mim, Denize -Meu pai disse cruzando os braços

-Mas você vai deixar né paizinho? Ou melhor, você já deixou! Olha sua cara! -Falei sorrindo

Ele deu um longo suspiro

-Gisele, você vai… -Ele se virou pra falar com minha mãe, mas parou de falar assim que viu que ela já estava batendo palminhas e sorrindo

Logo se virou pra mim, que já estava abraçada com Cristian

-E eu tenho escolha? Sejam felizes! -Respondeu ele, sorrindo

Aquela resposta me fez ficar ainda mais feliz! Então beijei o meu NAMORADO. Agora era real, oficial e com permissão!

-Ô Denize, minha filha; agora assim né, me poupe dessa cena. -Disse ele piedoso, fazendo todos rirem -Porque eu não estava preparado pra ter um genro!

Logo ele deu um abraço em Cristian, que agora estava normal.

-Mas se fizer algo de errado com a minha filha…-Meu pai avisou -Já sabe né? -Ele terminou de falar, rindo irônico

-Pode deixar, eu vou fazer da Denize a menina mais feliz do mundo!

-Eu já SOU, a menina mais feliz do mundo! -Disse eu dando outro beijo nele

Meu pai pigarreou com a garganta, me fazendo lembrar do que ele disse segundos atrás.

-Okay, okay! -Eu disse realizando seu pedido

-Tenho certeza que Cristian não vai nos decepcionar, ele já salvou Denize nas mais diversas situações, querido! -Disse minha mãe ao meu pai, enquanto saiam da cozinha, nos deixando a sós

-Viu que nem foi tão difícil assim? -Perguntei me aproximando de Cris e olhando para ele

-Eu te amo, Denize! -Se declarou

-Eu também te amo! -Respondi

Ele aproximou nossos rostos, e eu estava sorrindo, eu estava feliz! Então ele me beijou, fazendo com cada segundo ao lado dele fosse ainda mais precioso.

 

 POR AMANDA

 

Eu nunca tinha visto minha amiga tão feliz! Claro, ela ficava assim nos aniversários, no São João e no Natal, mas tão feliz por estar com outra pessoa, ah, essa era a primeira vez!

Ficamos até tarde na casa dela. Nem assistimos, ficamos conversando por horas e horas; rindo dos casos que Cristian contava, ele era muito legal! O clima ali era o melhor possível!

E eu percebia cada vez mais que os olhos de Denize chegavam a brilhar quando se encontravam com os de Cristian.

É, ela estava feliz.

(LEIAM AS NOTAS FINAIS)


Notas Finais


Gostaram do capítulo? Comentem para que eu saiba!
GENTE, eu havia dito no capítulo anterior que aquele era o antepenúltimo. Era pra ser, mas surgiram novas e ideias e agora, o antepenúltimo é esse! Ainda vão ter mais dois!


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