História Até esse verão - De volta

3 MESES DEPOIS

Convencer meus pais não foi uma tarefa nada fácil, mas eu consegui, nem que para isso eu tivesse que jurar lavar a louça pelos próximos 30 dias e faxinar a casa aos sábados, mas já que era por um bom motivo, eu nem ligava!

Depois de quase uma semana de adulações, implorações e promessas, eu consegui o que eu queria, e, bem, agora eu estava na praia, com o meu namorado! E eu lembro de quase pirar quando meus pais autorizaram.

Tudo bem, era só um final de semana, mas eu iria aproveitar cada minuto, afinal, não é todo dia que você está na praia com amigos e namorado, curtindo à vontade!

-Denize, você não vai surfar? -Perguntou Nati

Bem, surfar foi a primeira coisa que eu procurei fazer assim que cheguei, e depois disso, voltar pra areia foi bem difícil.

-Agora não, daqui a pouco… -Respondi enquanto espalhava o protetor solar pelos meus braços

-Milagre, não para quieta… -Amanda se manifestou

-Menina, passa um protetor solar! Já tá parecendo um camarão! -Ordenei, logo passando o protetor para ela, que o entregou ao namorado, para que ele fizesse aquilo por ela

Sim gente, Amanda estava namorando aquele crush… lembram?

Olhei para o mar, observando Cris surfar. Depois que ele se mudou para a cidade, ia poucas vezes à praia, geralmente em alguns finais de semana. Mas eu não. Ele me chamava para passarmos o fim de semana, mas meu pai nunca deixava. “Você não tem idade para passar dias fora com um namorado”, ele dizia sempre. Mas dessa vez, como eu iria em um dia e voltaria no outro, meu sogrinho do core conversou com ele, e o próprio acabou deixando.

Faltavam semanas para minha viagem ao México, o presente de quinze anos, o qual o destino eu mesma escolhi. E obviamente Cris não ficaria na cidade, ele passaria todo o recesso na praia já que não iria comigo; por mim, nada mais justo.

-Cunhadinha do céu! Você não sabe da maior! Ele me respondeu! -Yasmin chegou animada

-Então responde, criatura! O que ele disse?

-Ele me chamou para irmos ao cinema na segunda, assistir um filme! -Ela dizia pulando

Eu tinha armado minha cunhadinha com um colega de sala meu. Eu achei que ele tinha muita a ver com ela, e vice-versa, então, como uma forma de agradecimento à Yasmin por tudo, eu quis virar cupido e dar uma abalada diferente no coração dela.

-Assistir filme, barra, se pegar. -Disse Érica

-Pois é! Se ele chamar pro cinema, é porque tá afim! Vai na minha que é sucesso. -Disse eu pondo os óculos escuros na cabeça

-Se vocês dizem! -Comemorou ela

-Gente, junta aqui pra tirar foto! –Disse Érica, pegando o celular

 Uma foto comum, com as amigas. Mas eu olhei para elas e... elas eram muito importantes para mim, de um modo inexplicável.

-Meninas, pode parecer estranho, mas... eu amo vocês, de coração! Obrigada por tudo!

 Então eu puxei todas para um abraço coletivo, onde elas também declaram amor pela nossa amizade.

 PELAS AMIGAS

  Amanda: Nesses três meses que se passaram, Denize mudou bastante! De uma forma boa, claro. Que Cristian fazia um bem enorme para ela, todo mundo já havia percebido, e agora ela era muito mais feliz.

  Érica: É, mas nem tudo foi um mar de rosas, assim são os relacionamentos, nem tudo é sempre bom e harmonioso, mas ela sempre deu um jeito de contornar as coisas e fazer o melhor, para os dois.

 Natália: Mesmo assim, ela nunca nos deixou de lado. Claro que ela não tinha mais o mesmo tempo, mas um namoro não a fez deixar as amizades no canto. Ela sempre tinha um tempo pra gente, para cinema, para tarde de diversão, para festas do pijama. E ainda dava uma de cupido, mas eu cansei de falar pra ela que eu curto mesmo é ficar. Eu não tenho compromisso nem de dar comida pro passarinho do meu pai, imagina pra um relacionamento!

Yasmin: Mas como toda amizade também seus altos e baixos, a nossa, num conjunto, não foi diferente. Ataques de ciúme, brigas por atenção, clima chato... mas a Amadinha sempre deu um jeito de contornar as coisas.

Érica: Minha prima continuava se sentindo culpada por tudo, acho que isso nunca iria mudar. Se pisasse na pata do Sun, acabou, ela pedia desculpas ao cachorro, ainda mais que ela não o considerava só dela, dizia que era de Cristian também. Mas eu não poderia ser mais grata à ela, que me fez mudar e me acolheu.

 E no geral, estávamos felizes por ela. De coração. Porque Denize é a melhor amiga, de todas. E só ela tinha o jeito Denize de ser!

 POR DENIZE

  Estava indo para a casa das pranchas pegar uma prancha para Amanda, quando me perdi em pensamentos.

  Nesses três meses, eu fui a pessoa mais feliz do mundo! Claro, conciliar estudos, família, namorado e amigos não foi nada fácil! Mas eu dava um jeito de encaixar horários, de não deixar ninguém de lado e te ficar presente sempre, além de aproveitar cada momento.

 Nesses três meses eu comecei a valorizar muito mais as minhas amizades, mais do que antes. Minhas amigas sempre estiveram do meu lado, mas nas férias, isso se intensificou muito mais! Foram elas que me aconselharam, ajudaram, e fizeram com que eu e Cristian nos resolvêssemos. Então eu era grata a elas, e tentava retribuir tudo que fizeram por mim. Com elas, não havia tristeza! Eu as amava muito, eram grandes irmãs para mim! Diferença de idade, colégio diferente e modos diferentes de pensar não separaram o nosso grupinho, que, apesar de tudo isso, continuava unido. Eu não conseguia mais me imaginar sem a Natália pra dar PT, sem Amanda com a meiguice dela, sem Érica sendo sincera, sem Yasmin com toda a animação; eu não conseguia. E, pela primeira vez eu podia afirmar com todas as letras: elas eram as melhores amigas do mundo!

 Nesses três meses, Cristian conseguiu me surpreender a cada dia. Depois do Sun, ele resolveu fazer da minha casa, um zoológico, e do meu quarto um depósito de pelúcias e coisas que tinham um valor indescritível para mim. Depois do Sun, nosso cachorro, ele me deu um gato, e depois um hamster. E o nome do cachorro era esse porque significava “sol” em português, e isso me remetia as férias, onde nos conhecemos. Minha mãe continuava alérgica, mas não chegava perto do meu xodó, e Bia sempre brincava com ele, o que eu achava a maior fofura, porque bebês e cachorros são uma junção perfeita!

 Mas não foi só presentes que faziam com que eu ficasse surpresa, era algo com muito mais valor, mais caro que qualquer outra coisa! Era amor, era alegria, era o bem que ele me fazia, e uma porção de outras coisas que eu nem tinha palavras para descrever.

 Passamos por um momento meio difícil, por causa de ciúme... deixa eu explicar: havia um menino na minha sala que gostava de mim. Eu sabia disso, ele deixava claro. Alexandre era manco, ele tinha um probleminha na perna e não andava normalmente, mas não era nenhuma coisa extraordinária, na verdade, era só um pequeno problema! Mas havia um grupinho que parecia não entender, e sempre faziam piadinhas, e é claro que eu SEMPRE o defendia, e por isso ele acabou gostando de mim. Quem não gostava nada dessa história era Cristian, e eu tentei ignorar isso, porque não era nada demais! Mas quando ele extrapolou e a gente discutiu, foi como uma tempestade! E para o mar ficar calmo, demorou uns dias, mas depois que tudo ficou bem, nunca mais brigamos sério.

-O que você acha de fazermos SUP? –Perguntou Cris, me fazendo voltar a realidade

 Eu já havia voltado e entregado a prancha. Perguntei aos meus amigos se eles iriam com a gente, mas se recusaram. Cris entrelaçou nossos dedos, enquanto íamos em direção a outra praia.

POR CRISTIAN

 Suspendi levemente o braço de Denize, a fazendo girar duas vezes, e depois a abracei de lado.

-Você podia ficar aqui por toda a semana...

-Você sabe que não dá... e se eu cogitasse, meu pai viria me buscar no mesmo instante que eu avisasse. E também tem a galera, e a escola...

-Eu sei, mas não seria má ideia, eu adoraria... –Lamentei

-Eu também. Senti tanta falta daqui, Cris!

-E eu vou sentir de você, quando viajar.

-Também!

  Chegamos e alugamos o remo. Então eu a abracei por trás, o que também me permitia remar. Ficamos ali por um longo tempo, até ela querer ir para o cais.

 POR DENIZE

 Eu ainda não havia ido ao cais. E eu já o considerava como um dos lugares mais importantes para mim. Cris pegou o quadriciclo e fomos até lá, que estava parado e calmo, como sempre.

 Subimos e andamos até o final, onde sentamos. E eu senti toda aquela energia boa das férias. Me encostei sobre o peito de Cristian, e respirei fundo, parecendo renovar minhas energias.

-É muito bom voltar aonde tudo começou... –Falei

-É mesmo. Aquelas férias foram as melhores

-Foram. Eu poderia viver tudo aquilo novamente, eu não veria problema algum, eu adoraria.

-Mesmo com todos os problemas? –Ele parecia confuso

-Sim, porque eu sei que ficaríamos juntos, e que tudo terminaria da melhor forma possível.

-E se a gente não ficasse? Você viveria de novo? –Perguntou ele deitando

-Que pergunta difícil! –Me deitei também, virando meu rosto para a direção do dele -Mas eu viveria, te conhecer ainda foi a melhor coisa que aconteceu. E se a gente não ficasse no final, eu pelo menos teria te conhecido, e eu lembraria dos momentos bons

-Não escolheria mesmo não me conhecer?

-Porque eu faria isso? Você foi a melhor coisa que aconteceu, de todas as férias da minha vida.

-Você também. –Ele disse logo depois me beijando

 Eu estava feliz por tudo o que aconteceu comigo. Amizades, amor, família... eu nunca me vi tão realizada. A vida nunca é um conto de fadas, mas as vezes a gente pode muito bem pegar uma varinha e tentar pôr um final feliz aqui, um sapatinho de cristal ali, e por ai vai! Eu, que realmente nunca pensei que uma coisa dessas fossem acontecer comigo, estava surpresa, e foi aí que eu comecei a acreditar mais em mim mesma.

-O que acha de um mergulho? –Cris perguntou

 Eu aceitei, mas queria mais emoção. Então dei a ideia de darmos distância e correr, chegando no fim e pulando no mar. E foi o que eu fiz, com toda a minha vontade.

 (...)

 POR CRISTIAN

E lá estava eu, no mar, surfando, com Denize. Se surfar já era bom, fazer isso com quem se gosta é ainda melhor, e eu sempre tentava fazê-la cair, era uma espécie de brincadeira também.

 Depois de muito tempo saímos do mar. Fixei minha prancha na areia e Denize fez o mesmo, sentamos e nos recostamos nelas.

 Ela respirou fundo, e eu relembrei aquele dia maravilhoso. Já deviam ser cinco horas, e o céu estava mudando de cor e o sol estava se pondo. Enquanto minha namorada observava o mar, eu a observava, provavelmente com um sorriso bobo no rosto.

 -Que foi? –Ela perguntou sorrindo também

-Nada, eu só te amo muito mesmo.

-Eu amo mais, muito mais!

 Abri um sorriso maior, me aproximando e a beijando.

 Passei minha mão pelos seus cabelos molhados então ela se virou para mim, intensificando nosso beijo e nos aproximando mais.

 E eu tinha certeza, ela sabia me fazer feliz. Mais feliz do que qualquer outra pessoa. Denize era simplesmente a menina mais incrível que eu havia conhecido, e não era atoa o fato de eu ter me apaixonado por ela. Ela me entendia, me ajudava, e cuidava de mim como se quisesse me ver sempre bem. Era inexplicável como ela mexia comigo com um simples sorriso ou toque. Bastava ela me olhar, e eu já ficava feliz por tê-la comigo.

 Porque eu a amava. Eu AMAVA Denize, e o meu coração fervia toda vez que eu dizia isso.

 E por ela, eu seria capaz de fazer qualquer coisa.

 Só por ela.

 Porque ela só me dava a certeza que era sim, a menina dos meus sonhos!

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DE: Denize

PARA: Vovô Mauro

 Eu sei que você pode me ouvir. Mas eu quero escrever, como você mesmo me ensinou quando eu ainda nem havia entrado na escola. Sabe Vô? Eu nunca fui tão feliz! E eu realmente acho que devo um pouco disso a você. Gosto de pensar que o senhor sempre me observa de cima. Pessoas boas sempre vão para o céu, não é?

 Eu sinto a sua falta. Eu sinto, sinto mesmo. Falta de tudo. De conselhos, conversas, café da tarde, brincadeiras, risadas, e o mais importante... de abraços. Sei que nunca mais poderei te tocar, mas eu aprendi a te deixar vivo dentro de mim, no meu coração, e na minha mente. E por mais que eu dissesse que eu daria tudo para te ver novamente, eu sei que não iria rolar.

 Você, que sempre me presenteava com as melhores crônicas, decidiu mudar o estilo, não foi? Porque eu nunca pensei em ganhar um namorado, e nem que tudo o que se passou fosse acontecer. Eu sei que você deu uma forcinha. Obrigada.

 Você iria simplesmente amar Cristian. Você iria adorar conhecê-lo... apesar de eu saber que você deve conhecer, não traria qualquer um para mim, você só gosta das melhores coisas; mas obrigada por mandar alguém para abrir meus olhos; Cris simplesmente me transformou em uma pessoa melhor. Eu estava totalmente errada, sobre tudo. Sobre a vida, o amor, e sobre as pessoas também.

 Eu nunca fui tão feliz em todo a minha vida. Amizades maravilhosas, um namorado incrível, família unida... isso parece coisa de filme... aqueles filmes que assistíamos juntos, lembra? Eu sei, eu sempre dizia que aquilo não existia de verdade, mas que mesmo assim, eu queria participar daquele mundo. Então obrigada por transformar a minha vida, em um verdadeiro roteiro de filme de Hollywood.

 Ah, vô, você não faz nem ideia do nível da minha felicidade! Eu poderia soltar fogos de artifício, sair gritando na rua, dançar na frente de estranhos, viver as mais loucas aventuras, tudo isso e muito mais, em nome do amor.

 Obrigada por me ensinar tanta coisa, até quando não está presente. Porque de você, Vovô, eu não esqueço, jamais.

 Eu amo você. E pode ter certeza, eu vou te amar para sempre. E falo isso com propriedade, porque agora, graças a você, eu sei o que é o amor.

 Denize <3

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POR DENIZE

No embalo das coisas, todos nós fizemos uma rodinha na praia. Aquilo já havia se transformado em um mini luau. Começamos a conversar enquanto ainda era tarde e depois já estávamos cantando músicas do momento, à noite. Eu podia ver a alegria do rosto de cada um ali. Eu sabia que a vida não era boa o tempo todo, mas eu queria mais dias como aquele na minha.

 Deixei meus amigos cantando, enquanto me levantava para ir molhar os pés no mar. Lembrei de meses atrás, do primeiro luau que eu fui, e, consequentemente, lembrei do que havia acontecido na escada da minha casa. Parecia que era um ciclo, que estava se fechando.

 A lua iluminava o local de forma natural, aquele mar, agora visivelmente preto, dava até medo, mas também acalmava. Senti a aproximação de alguém, que segundos depois me abraçou por trás, apoiando o rosto no meu ombro.

-Não vai voltar?

-Vou, só queria pensar um pouco...

-Então eu vou te deixar pensar sossegada.

-Não, Cris! Fica.

 Dei um suspiro e comecei a falar:

-Sabe aquelas sensações de nostalgia? É o que eu tô sentindo agora, e isso é muito bom... é bom lembrar que foi num dia desses que a gente ficou. Você lembra?

-Numa noite de luau, e depois lembro da escada da sua casa. Naqueles dias eu já estava me controlando para não te beijar a qualquer momento. Naquele dia eu voltei pra casa feliz.

 Ri um pouquinho daquilo, porque pra mim, era fofo e engraçado.

-É sério! E tudo o que meus amigos te disseram foi verdade. Eu não parava de falar de você, de pensar em você, Denize.

-Acho que eu fui percebendo que gostava de você num dia que eu fui pra uma festa, lembra? Depois a gente surfou e fomos até a minha casa, você beijou minha bochecha e o local formigou, aquilo não acontecia a anos! E eu sabia que era energia.

-Você caiu de paraquedas na minha vida, com certeza não foi por acaso. –Ele disse me soltando, fazendo com que eu ficasse de frente

-Também acho... meu avô me dizia que nada acontecia por acaso. Nosso caso é um exemplo.

-Nosso caso é o melhor exemplo. Até hoje eu agradeço pelo dia que você pisou os pés nessa praia, toda brava.

-Eu comecei não gostando de você logo de cara. Você nem me conhecia e já foi mandando beijinho, então eu deduzi que você era só mais um sufista metido que achava que poderia ter qualquer garota aos seus pés.

-Então foi por isso que você bancou a difícil? –Ele perguntou sorrindo

-Eu não banquei a difícil! Eu nem tinha pretensão de nada. Mas aí você foi se aproximando nas piores situações, mas sempre me ajudando. Então eu não sabia se ficava brava ou agradecida.

-Tá bom, eu vou fingir que acredito que você não gostou logo de cara do sufista bonitão aqui, e que você amou todas as vezes que eu apareci pra te salvar. –Disse ele num tom de brincadeira

-Não! –Respondi rindo -Eu não gostei de você logo de cara. E te achei um intrometido! Às vezes você é convencido, viu?

-Mas eu já disse, você ama o meu convencimento temporário, e quando eu te ajudo. –Disse ele se aproximando

-Pior que é verdade! Eu amo, assim como eu amo tudo em você! –Falei sorrindo

-Acho que eu te amo mais... –Ele disse passando as mãos pela minha cintura –Eu me apaixonei primeiro!

-Isso não tem nada a ver! Certeza que eu amo mais.

-Olha, essa discursão não vai parar tão cedo. Então porque não transformamos o amor em ação?

-Ótima ideia... –Sorri me aproximando mais

-Mas só pra constar, eu amo você!

 Antes que eu pudesse responder, ele me beijou. Então eu entrelacei meus abraços por trás do seu pescoço, ele foi subindo a mão pelas minhas costas, chegando até a minha nuca, onde nos aproximou mais. Meu coração palpitou forte, me dando certeza que ele estava bem, e feliz. Passei a mão pelo cabelo dele, como se estivesse massageando. Quando nos afastamos, com dificuldade, eu consegui dizer:

-Que bom que você existe, e que bom que você está comigo. Eu amo amar você.

 E ficamos ali, naquele clima gostoso, pelo resto da noite...

 E eu sabia distinguir meus sentimentos, eu sabia que eram sinceros. Por Cristian, eu me queimaria na água viva novamente, me perderia sem nem saber o caminho de volta, e me permitiria viver todas aquelas férias de novo.

Meu coração palpitava forte, mostrando estar melhor do que nunca, porque Cristian não veio só para passar por ele e ir embora. Ele veio pra ficar. Pra resolver o quebra cabeça que eu sou. E bem, por mim, eu poderia passar todas as minhas férias com ele.

 Só com ele.

 A coisa mais importante do universo é o amor. NUNCA, EM HIPÓTESE ALGUMA, deixem de, simplesmente, AMAR!

 Amo vocês e espero que sejam muito felizes! Com carinho,

 Denize.