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História Até esse verão - Festa


Escrita por: EduardaSd

Notas do Autor


Oiii! Voltei! Desculpem a demora mas meu notebook ficou ruim por uns dias. Mas aqui estou, com mais um capítulo! Boa leitura!

Capítulo 8 - Festa


-Amiga, você não sabe da maior! –Nati entrou na cozinha pulando

-O que foi? –Perguntei ainda sonolenta, logo depois tirando um gole do meu suco

-O Rick está nos convidando para uma festa!

 Era o momento certo para eu imitar cenas de filmes e cuspir qualquer coisa que estivesse na minha boca, demonstrando espanto, mas eu pude me conter.

-Que? Tá pirando?

-Queridinha, é isso mesmo que você ouviu! E é hoje, tá? Daqui a quatro horas mais ou menos. Vai rolar um churrasco, e nós vamos, viu?

 Eu ainda estava tentando assimilar todas aquelas informações na minha cabeça, mas fui ágil ao responder que eu não iria.

-Ah não, Denize! Ele já me passou o endereço, eu já confirmei nossa presença...

-Sem nem me consultar? –A interrompi

-Vai ser na Vila da Praia e você não vai me deixar ir sozinha, não é?

-Outro motivo para eu não querer ir. Eu me perdi dias atrás, você acha mesmo que vamos conseguir chegar à casa dele? Ou melhor, a casa é dele?

-O dono da casa não importa! Ah, a gente usa o Google Maps e chega lá!

 Natália sempre teve solução pra tudo.

-Minha mãe não vai deixar

-Ela v... –Nati parou de falar, parecendo pensar um pouco –É, pensando bem, não vai. –Ela se sentou à mesa

-Tá vendo...

 Ela ficou um tempo calada, provavelmente arquitetando algum plano

-Olha, pra você ir, eu dou meu jeito. Mas que vamos, vamos; e eu vou começar a me arrumar

  Revirei os olhos já sabendo que não adiantaria contrariá-la

-Nati, são nove horas ainda! Se é um churrasco, vai ser lá para as doze.

-E você acha que eu preciso de quantas horas pra me arrumar pro crush? Miga, eu tenho que arrasar.

 (...)

 E lá estava eu, andando pela Vila da Praia com Nati. Não me pergunte como, mas ela conseguiu convencer minha mãe.

 Chegamos na frente de uma casa enorme, o som alto só fez comprovar que era mesmo ali, e ele era mais um fator que acrescentava no fato de eu já ter me arrependido de estar naquele lugar.

 Natália tocou a campainha, e logo em seguida dois caras fortes, aparentando uns vinte anos, cada um com uma garrafa de cerveja na mão abriram.

Aonde eu fui me meter?

 Logo depois Rick veio nos cumprimentar, ficando entre nós e passando os braços pelos nossos ombros. Enquanto ele nos guiava não sei para onde, eu pude observar meninas de biquíni se agarrando com meninos pelos cantos, outros jovens com garrafas e cerveja ou vodca na mão. Minhas observações foram interrompidas quando Rick pediu para que ficássemos à vontade.

Se esse lugar me deixasse à vontade...

Sentamos em bancos próximos ao bar.

-As lindas vão querer alguma coisa? –Um menino de olhos pretos e cabelos do mesmo tom perguntou abrindo o freezer

-Não –respondemos em coral

-Nati, vamos embora daqui! –A puxei para mais perto, e falei sussurrando

-Ahhh não! O boy tá me dando bola, olha lá!

-Amiga, esse lugar tá me dando medo

-Tá, tudo bem que as pessoas sejam sinistras, mas o que demais pode acontecer?

-Eu não quero pagar pra ver. Vai dar merda isso aqui.

-Tá, okay. Vamos ficar só por meia hora aqui e pronto, vamos embora.

-Ótimo

  Naquele lugar não havia muita gente conhecida, apenas algumas poucas pessoas do colégio.

 (...)

-Eu não vou ficar aqui nem por mais um minuto! Vamos agora! –Disse eu firme, levantando

-Tá bom! Deixa eu só ir me despedir! –Minha amiga saiu, indo falar com o tal Rick

 Enquanto isso, fui andando até o portão onde os dois caras ainda estavam. Parei um pouco distante deles e fiquei esperando Nati.

-Pronto, amiga, vamos –Ela disse chegando ao meu lado, enquanto íamos até o portão

-Vamos embora, vocês podem abrir por favor? –Nati pediu, educada

 Eles não eram nem um pouco bem encarados, então acho que minha amiga quis ser a mais gentil possível

-Pra onde vocês pensam que vão? –Um deles perguntou, debochando

-Pra casa? –Nati perguntou como se fosse óbvio

-Sinto dizer, mas... vocês não vão, vão ter que ficar –O outro se pronunciou, trocando um olhar sinistro com o amigo

-Qual a parte do vamos ir embora vocês ainda não entenderam? –Perguntei, já sem paciência, porém receosa

-Por favor abram o portão. –Nati, paciente, pediu

-Olha só, você podia ser calma igual sua amiguinha –Um deles disse enquanto aproximava sua mão do meu rosto

-Não encosta em mim! –Aumentei o tom de voz enquanto dava um tapa na mão dele, evitando que ao menos tocasse em mim

 Ele riu, debochando, e depois falou “bravinha hein...faz meu tipo”

-Mas vocês vão ficar do mesmo jeito –O outro falou

 Eu já tinha perdido a paciência e a noção; Nati tentava ser educada, mas não adiantava

-Olha aqui, acabou a palhaçada. Vocês vão abrir a droga desse portão agora! Eu não tô pra brincadeira e acho melhor vocês pararem, caso contrário eu vou rodar a baiana, e não vai prestar!

  MEU DEUS – O QUE –EU –FALEI?

-Tá maluca?

-Olha só...ela se acha a mandona...

 Eles ficaram sérios

 Eu não podia fracassar, eu tinha que sair daquele lugar de qualquer jeito. Mesmo que fosse do jeito mais perigoso. Nati pegou no meu braço, provavelmente tentando me conter.

-Quem deve estar tirando com minha cara são vocês. Meu querido, nós vamos sair daqui, e vocês vão abrir. Não me façam pirar.

 Algumas pessoas pararam para observar o “barraco”, então o mesmo menino que perguntou o que queríamos beber, se aproximou, perguntando se estava tudo bem.

-Não sei. Tá tudo bem? –Eu perguntei olhando para ele e depois para os malas

 Eles apenas fizeram cara feia e abriram o portão

-Valeu –Nati agradeceu o garoto

-Vamos, Nati? –Perguntei já saindo

 (...)

-Eu disse que seria má ideia, eu disse. Mas alguém me escuta? Não, ninguém me escuta. Porque a Denize sempre está errada e não tem o juízo no lugar. –Eu dizia enquanto voltávamos para o ponto da van

-Denize, tá bom, eu já entendi!

-Não, você não entendeu Natália. Se aqueles idiotas quiserem se vingar da gente ou coisa pior? Estamos ferradas!

-Se você ficar pensando no pior, vai acontecer!

 Tentei me acalmar quando vi que já estávamos próximas ao ponto da van. A gente achou melhor sair correndo daquela casa, porque assim ficaria mais difícil nos encontrar por perto se eles resolvessem nos seguir.

Entramos e sentamos no fundo, já no intuito de se esconder.  

 (...)

         POR CRISTIAN

 Senti falta da Denize hoje de manhã. Imaginei que ela estivesse de castigo por ter feito alguma merda, mas a tia dela disse que não, e que nem ela mesma sabia onde a sobrinha estava. Passou pela minha mente também que ela estivesse perdida, mas depois do susto ela nunca mais faria algo igual, eu acho. Ou ela poderia simplesmente estar me evitando.

 Dei aula normalmente, mas eu não parava de olhar para o quiosque que ela costuma ficar. Bem, podemos dizer que ela já faz falta, e que eu quero muito que a própria aprenda a surfar.

(...)

-Amiga, fica tranquila, olha só isso. –Nati disse enquanto sentava ao meu lado na rede da varanda

-Que foi?

-Eu estava stalkeando o crush, fui nas publicações que ele estava marcado e, olha só –Ela me entregou o celular

 Era uma foto de uma estrada, mas na legenda estava escrito: ‘#PartiuCasa #TamoChegandoRio’ . Imediatamente entrei no perfil da pessoa, e me deparei com um dos garotos que haviam barrado a gente; desci o feed fotos e em algumas, ele estava com o outro menino, logo vi uma publicação que ele dizia ser irmão do outro; entrei no insta dele e constatei que realmente eram, tinham o mesmo sobrenome, e uma foto com a mãe.

-Então eles são do Rio e vão embora hoje?

-É. Olha aí, foi postado há uma hora atrás. Não vai ter risco de eles virem atrás de nós.

-Ainda bem! Eu vou pra praia então! Será que Cristian tá lá?

-Quando eu digo que você tá querendo ele! –Ela dizia como se estivesse com razão

-Quero terminar minha aulas de surf, tá?

-Hum, sei.

 (...)

-Cristian! –Meio que gritei animada, por ele estar ali

-Oi! Onde você tava? Não te vi hora nenhuma. –Ele disse assim que se aproximou de mim

 Seu cabelo estava molhado e bagunçado, me deu vontade de arrumar, mas eu me conti. Fui baixando o olhar e me deparei com aqueles olhos...

 Denize, volta pro mundo querida. O que é que tá acontecendo com você?

-Eu fui a uma festa, mas eu não quero lembrar. Tá fazendo o que? –Perguntei interessada, rezando para ele dizer que não estava ocupado

-Nada, na verdade eu queria continuar a aula de surf, mas só se você quiser, é claro.

 Uhulll

-Eu quero sim.

 Eu acabei sendo bem melhor do que no dia anterior. Não conseguia ficar em pé, mas conseguia agachar um pouco. Porém, como a gente começou um pouco tarde, ás quatro, só acabamos ás seis, quando o céu começava a mudar de tom e meus músculos pediam socorro.

 Deduzi que minha mãe já estaria pirando por eu ainda não ter chegado, então não podia demorar muito.

-Você leva jeito, de verdade. –Ele disse assim que paramos em frente à minha casa

-Ah, para –Eu dei um tapinha no braço dele –Só tá falando isso pra eu não pensar que sou um desastre total

-Não –Ele riu –É sério

 Um vento frio passou me fazendo lembrar que eu estava só de biquíni e que tinha que entrar logo.

-Bem, tenho que ir, brigada, viu?

-Que isso, não precisa agradecer

 Ficamos uns segundos sem falar nada, então eu tomei a iniciativa de cumprimenta-lo para depois entrar

 Demos beijinhos no rosto e então eu abri o portão e entrei. Acontece que o lugar que ele beijou estava formigando, o que me fez colocar a mão na bochecha.

Provavelmente foi efeito do frio, não foi?

(Nota da autora: LEIAM AS NOTAS FINAIS)


Notas Finais


Gostaram? Espero que sim!! Comentem para que eu saiba, e se for possível, respondam-me:
Vocês gostariam de virar personagem aqui na Fanfic?? Tipo, ter um personagem inspirado em você ou com seu nome!
BJOS DE PURPURINA


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