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História Até Você aparecer... - Capítulo 1...


Escrita por: CarroselDaLodo

Notas do Autor


Oiii! Voltei com mais uma Fic! 😊 Espero que gostem, já fazia uma tempinho que eu queria postar. Nos vemos la em baixo.

Capítulo 1 - Capítulo 1...



E lá estava ele novamente. Bêbado, raivoso e triste sentado no cordão da calçada, com uma garrafa de cerveja em uma das mãos, e na outra, a foto da sua querida e falecida mãe. O rapaz não tinha mais motivo para viver. Namorada? O traiu. Seu pai? Nunca viu. Casa própria? Não, aluguel. Dívidas? Muitas. E mãe? Morta.
- O que você quer de mim? O que você espera que eu faça!- grita o moreno para o céu negro sem Estrelas. Ele levanta os braços e deixa que as lágrimas escorram pelas suas bochechas.- você tirou tudo de mim! Mãe! Pai! Namorada! Oportunidades! Como quer que eu viva assim?- ele aperta os olhos e deita na calçada com as mãos no rosto. Diego era seu nome. Diego Hernandez.
            As pessoas passavam olhando para ele, a algumas até ficavam com pena, mas ninguém ajudava. O moreno então respirou fundo, guardou a foto da sua mãe no bolso e levantou da calçada, ficou meio tonto, mas conseguiu ficar de pé. Diego seguiu o caminho para o seu apartamento, que não era tão longe dali e tocou a garrafa em um canto qualquer. O apartamento era apenas algumas quadras do bar de onde costumava beber. O problema, é que já passava das duas da manhã, e era perigoso ficar vagando pelas ruas vazias da Espanha aquela hora. Pensou em cortar caminho pelo beco, mas talvez fosse mais perigoso. Então lembrou que havia uma praça bem iluminada ali perto, e era bem melhor do que o beco.
          Diego andava cambaleando por causa da Bebida. Quase caia, via tudo rodando e sentia um imenso enjoo do seu próprio cheiro de álcool. Ele começa a atravessar a praça e ver o playground das criança. Um leve vento passava por ali, o que fazia os balanços balançarem de leve para frente e para Trás. Diego olhou para a árvore que havia uma casinha em cima. Era antiga, já que se lembra dele e de sua irmã mais velha  Violetta brincando ali quando crianças, e hoje, seus três sobrinhos gêmeos bricam ali. Quando voltou aos olhos para a grama, viu uma pessoa. Ela estava vestida de branco, e estava sentada na Raíz da árvore com o rosto apoiado entre as mãos. Diego apertou os olhos para tentar ver melhor, "estou vendo coisas" pensou ele atravessando rapidamente a praça. Vai que o que ele viu era Alma penada?
           Finalmente então ele chegou ao seu apartamento. Não era um condomínio, apenas dois blocos com três andares cada. Era bem barra pesada, naqueles blocos moravam traficantes, bandidos, bêbados, velhas chatas e surdas, e Diego. O moreno adentrou pela porta de ferro da portaria, já que o prédio não havia portão, e subiu as escadas desgastadas até o terceiro andar, onde a sua esquerda encontrou um quadro com as informações do prédios e uma porta de madeira nova. Aquela era a porta do seu apartamento, então pegou as chaves no bolso e colou a menor na fechadura e girou. Quando adentrou o apartamento, sentiu cheiro de mofo. Diego não era um dos mais cuidadosos em questão de limpeza e organização, mas afinal, para que? Ele morava sozinho mesmo. Seu apartamento era de quatro cômodos:  a cozinha era de piso branco igual ao do banheiro, havia uma pia cheia de louça da semana passada com armário em baixo,uma geladeira velha, um fogão velho, microondas e um outro armário pendurado na parede. Na sala, uma mesa de madeira bem pequena com duas cadeiras, no meio da mesma, um tapete manchado de vinho, com um sofá azul escuro para três lugares e uma Televisão pendurada na parede. Nenhuma das janelas havia
cortinas. O quarto tinha apenas uma cama de solteiro, e um roupeiro de quatro portas e três gavetas. O banheiro tinha uma pia (só a pia mesmo, não havia armário) um vaso e um chuveiro, tudo fedendo a urina, já que fazia alguns meses que Diego não lavava o banheiro.
- que merda.- diz o rapaz enquanto olha sua aparência no espelhinho que havia pendurado ma perede de azulejos brancos. Ele estava com olheiras enormes, e um bafo de cachaça como nunca.
             Diego apenas tira a roupa ficando só de cueca, e depois deita em sua cama e olha fixo para o teto.
- por favor. Eu não sei mais o que fazer! Estou atolado em contas, não tenho amigos e nem família. Me dê uma chance...- ele deixa uma lágrima escorreu.- eu...Eu faço qualquer coisa! Me ajude a ficar feliz!- e então ele adormeceu.
              Mal sabia ele, que Deus escutou o seu pedido.


                                              ~❤~


        Diego acordou sábado de manhã bem dispoto para quem tinha enchido a cara no dia anterior. Ele tomou café rapidamente, e depois pôs uma regata branca e uma bermuda preta com detalhes em verde. Nos pés pós um chinelo preto também, e logo depois saiu para dar uma volta. Precisava de um pouco de ar puro, ao contrário do que era dentro do seu apartamento.
           Quando Diego estava no corredor, ouviu o rádio alto da sua vizinha idosa ligado. Ele riu lembrando-se que sua avó fazia a mesma coisa. Ele saiu do prédio e se dirigiu até a praça por onde havia passado na noite anterior, onde talvez encontrasse sua irmã Violetta e seus três sobrinhos. Ao chegar na mesma, parou no meio dela e pôs as mãos na cintura, procurando seus parentes, mas a única coisa que conseguiu ver, foi uma garota sentada em uma raiz de árvore e abraçada em seus joelhos. "É a mesma mulher de ontem" pensou ele. Ela não era um fantasma, era real. No início ele não deu muita bola, mas depois viu que ela estava parada demais.Será que estava bem? Estava ali de madrugada, e ele sabia o que alguns homens poderiam fazer com ela. Então, Diego se aproximou e sentou-se ao seu lado, ele ainda não tinha visto direito seu rosto, já que ela olhava fixamente para a pracinha onde várias crianças riam enquanto brincavam.
- oi.- diz ele, fazendo a moça o olhar. E então Diego pode ver seu rosto. Era fino e com traços delicados. Olhos grandes, redondos e verdes. Labios carnudos e vermelhos, e seus cabelos lisos e negros. Eles estavam bem compridos, indo até a cintura dela. Ela parecia uma boneca, isso pelo menos na visão de Diego. Ela estava bem Magra, Magra demais.
- oi.- diz ela tímida.
- tá tudo bem? Passei por aqui ontem tarde da noite e vi você sentada no mesmo lugar. Achei que talvez...
- você acha que elas não gostam de mim porque não tenho brinquedos?- Diego piscou duas vezes rápido.- sempre que eu peço para brincar, elas me expulsam dali.
- do que você está falando?- pergunta Diego não entendendo nada.
- do balanço! As meninas não me deixam brincar!- ela diz com o cenho curvado, enquanto cruza os braços na altura dos seios. Ela vestia um vestido branco que ia até um pouco acima do joelho, estava velho, rasgado e sujo. Ela não calçava nada, tanto que seus pés estavam machucados.
- você gosta de andar no balanço?
- sim! Mas agora não consigo andar direito porque meu braço tá machucado.- diz ela mostrando seu braço esquerdo com corte, na qual estava infeccionado. Diego arregala os olhos e quando ia falar algo, viu que no pulso da moça havia uma pulseira plástica, onde estava  estava escrito "Francesca Cauviglia; Psiquiatria Nacional de Barcelona"
- Vou te levar em um lugar bem legal tá bom?- Diz Diego se levantando e estendendo as mãos para Ajudar ela a se levantar. Francesca segura suas mãos e se apoia até se levantar. As mãos dela eram macias, e quando ela ficou de pé, Diego pode ver que ela era pequena perto dele, batia abaixo do seu ombro.
- a onde vamos?
- pro Hospital.


                                                ~❤~


            Diego a levou para o Hospital mais próximo, o Hospital Naciolal de Sevilla. Uma porque era o melhor hospital, duas porque era especialista em Psiquiatria e três porque Francesca estava com os pés machucados para caminhar até outro hospital. Lá, ele mostrou a pulseira da moça para a recepcionista E eles logo a mandaram para a ala de psiquiatria. Francesca e Diego ficaram esperando em silêncio até chamarem os nomes dos dois. Quando Diego entrou no Consultório, viu que era grande e havia um enfermeiro e uma médica. A sala era toda decorada com coisas coloridas e brinquedos. Diego se sentou a frente da Médica enquanto o enfermeiro chamou Fran para sentar na maca. O mesmo segurou na sua cintura e a levantou até Fran se sentar na maca branca.
- então moreninha, o que você fez aqui hein?- diz o enfermeiro tocando de leve no machucado de Francesca, que encolheu o braço e olhou para Diego.
- Cara ela ta machucada! Toma cuidado!- diz Diego alto mas então olha para médica que estava o olhando com um olhar de reprovação.- me desculpa.
- pode continuar Pablo.- diz a loira.- você é Diego? Não é?
- sim.
- me explique o que aconteceu exatamente.- diz a ela juntando as mãos em cima da mesa. A médica estava com os fios loiros presos em um rabo de cavalo, e usava óculos estilo gatinho.
- eu vi ela ontem de madrugada sentada na praça, e hoje quando passei por lá, e ela stava no mesmo lugar. Falei com ela e ela disse alguma coisa sobre andar de balanço, e logo depois vi o braço machucado e a pulseira da psiquiatria.- ela anotou algumas coisas em uns papéis e também no computador.
- o nome dela é Francesca, certo?- Diego assentiu com a cabeça. A loira era bonita, e possuia grandes olhos verdes. Diego olhou no seu pequeno crachá preso no uniforme, onde estava escrito "Médica em Psiquiatria; Angeles Saramego".
- mas me responda uma coisa: porque colocaram ela para a Área de psiquiatria?
- porque na pulseira dela indicava que na cidade ao lado, ela esteve na alá de psiquiatria, e provavelmente não era por nada. Quero conversar com ela para ver qual é o seu problema.- diz Angeles levantando-se, e parando a frente de Francesca que estava com algumas lágrimas nos olhos, já que o enfermeiro havia lhe dado quatro pontos no braço, e estava enfaixando o mesmo. A loira pegou as mãos de Fran, e depois sorriu gentil.
- Oi minha linda.
- oi.- diz ela com a voz baixa.
- como você fez isso no braço?- pergunta Angeles.
- foi um cachorro. Ele estava com uma gaiola presa na cabeça, e isso não o estava deixando latir e nem beber a água que ele queria beber da fonte. Quando eu tirei dele, ele me mordeu.- diz ela angustiada ao lembrar daquele momento.
- está bem. Você gosta de doces e ursos de pelúcia?- a morena abriu um sorriso E fez que sim com a cabeça.- então, se você para de chorar, Prometo que você vai ganhar varios chocolates e um urso de pelúcia.
- é sério?
- sim!- Fran da uma leve risada e depois abraça a médica com o braço que não estava machucado.
- obrigada!
- de nada querida. Pablo, quero que a leve para a...
- eu sei.- diz ele terminando o curativo no braço da moça, e depois pegando em sua cintura para ajuda-lá a descer.- vem Francesca.- os dois saem da sala, e deixam Diego e Angie(como era chamada) sozinhos.
- então, Francesca tem uma deficiência no cérebro.- diz ela se sentando.- acontece com algumas pessoas, de seu corpo inteiro se desenvolver normalmente, mas a mente ainda permanece de criança. E é isso que Francesca tem. Ainda não sabemos até que idade que a mente amadureceu, mas acho que não passou dos 11 anos.- Diego enguliu seco.- por isso ela comentou dos balanços com você.- os dois ficaram se olhando até Angie continuar a conversa.- ela vai passar a noite aqui no hospital, pelo menos até acharamos a família dela, e vamos ver o que ela nos conta.
- eu acho que ela não é daqui, ela tem um...
- sotaque? Sim. Eu percebi. Acho que ela é italiana, mas se for, vamos ter um problema.
- porque?- pergunta Diego curioso. Ele realmente estava se preocupando com aquele "caso" da menina cuja a mente ainda era inocente igual a de uma criança.
- porque vai ser mais difícil encontrar a sua família, e porque ela veio parar aqui de algum modo. E o que eu mais suspeito é tráfico de mulheres.- Diego arregala os olhos.
- tráfico?
- sim. Muitas mulheres como Francesca são traficadas pela Europa por serem fáceis de convenecer, e porque normalmente são virgens e inocentes.- Diego sentiu uma angústia. Ele não conhecia Francesca, mas pensou em Vilu no lugar dela. Uma menina inocente, e passando na mão de vários caras, sem saber o que está acontecendo. Sentindo dor, e pensando porque aquilo estaria acontecendo com ela. Diego balançou a cabeça de um lado para o outro tentando afastar esses pensamentos.
- e se vocês não acharem a família dela? E se ela não tiver família?
- ela vai permanecer aqui até se estabilizar na vida. Mas acreditamos que ela tenha família. Linda do jeito que ela é, deve ter família sim.
- amanhã posso vir aqui visitar ela?- Angie sorriu ao perceber que ele estava preocupado com a moça.
- normalmente não fazemos visitas no domingo, mas posso abrir uma brecha pra você. 9:00 da manhã está bom pra você?
- sim. Muito obrigada Angeles.- diz Diego sorridente. Ele levantou-se da cadeira e estendeu a mão para a médica.
- de nada, imagina. Sempre que precisar de alguma ajuda em relação a Francesca, pode falar comigo.- ela aperta a mão do rapaz E depois o acompanha até a porta de sua sala.


                                                 ~❤~
         
        Diego saiu do hospital, e se sentou em um banco que havia ali na frente do prédio. Queria processar melhor a história de Francesca, até que Sentiu seu celular vibrar no bolso e quando o pegou, viu a foto dos trigêmeos na frente. Sorriu de leve, e arrastou o dedo para atender.
- oi mana.
- oi Diego. Eu e as crianças pensamos em te vistar hoje, mas você não estava em casa.
- eu tive um pequeno problema, mas já ta tudo resolvido. Vai pra praça perto da minha casa, nos encontramos lá.
- ta bem, mas qu... Vincent! Para de empurrar o Pablo! Davi! Já disse pra mão comer terra!- e então viu que sua irmã havia desligado.
          
            Logo, já estava sentado na praça junto da sua irmã e de seus sobrinhos idênticos. Normalmente, Violetta e Leon vestiam os três diferentes para saber quem é quem, mas parecia pior ainda, porque os três ficavam trocando de roupa e de nome, o que deixava o casal maluco. Mas Vilu, como era mãe, sabia exatamente quem era quem. Vicent havia os olhos verdes e o cabelo ruivo (presente genético de sua tataravó paterna) era um pouco mais escuro que o dos outros. Pablo tinha olhos azuis igulal aos de Davi, e a cor do cabelo era igual, mas Pablo tinha mais sardas no rosto que Davi. E Davi, tinha uma pequena cicatriz no braço esquerdo, graças a seu pai, que o deixou cair da escada quando tinha apenas dois anos.
- E o que você pretende fazer com ela?- pergunta Vilu tirando um pelinho da camisa de Diego. Violetta era um pouco obsessiva com essa coisa chamada "limpeza", por isso detestava ir na casa do irmão, e se pudesse, evitava ir lá.
- sei lá. Pretendo vê-la amanhã, ver como ela está, ver se precisa de ajuda. Essas coisas.- diz Diego olhando para a irmã.
- estou meio desconfiada dessa história toda. Se ela é italiana, como fala espanhol?
- talvez tenha aprendido ao longo do tempo.- então os dois ficaram em silêncio, apenas observando os filhos de Violetta brincarem juntos no escorregador.
- Você é um homem bom Diego. Bom as vezes até de mais. Não vai ficar dando dinheiro e presentes pra essa mulher porque você já está atolado em contas. Só me promete que depois de amanhã, não vai mais ver essa garota.
- eu sei. Só quero ver se ela está bem. Depois eu sigo minha vida. Prometo que depois, não vou ver mais ela.
      
            Diego acompanhou a irmã até o carro, e depois voltou para seu apartamento. Lá ele comeu um arroz velho com ovo, dormiu, tomou banho, e depois dormiu de novo. Quando acordou às 22:00 da noite. Viu que a luz da sala não estava ligada, assim como nenhuma outra parte da casa. Pela janela, viu que o seu apartamento era o único sem luz. Claro, fazia três meses que não pagava a conta de luz, e provavelmente no dia seguinte iriam cortar a água. Ele apenas deitou-se novamente na cama e escondeu a cabeça em baixo do travesseiro, antes de adormecer.
 


Notas Finais


E ai? O que acharam? Beijinhos lindas!💛💛💙💙💙💚💚💚💕💕💕❤❤❤💝💝💝💜💜💜💜😘😘😘😘😘😘


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