História Até Você aparecer... - Capítulo 22...

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Pov's Francesca

         Me acordo com o despertador e uma voz grossa e rouca falando algo. Abro os olhos e levanto a cabeça do travesseiro, e além de ver o despertador tocando, vejo Diego balbuciando algo enquanto dormia. O cenho estava franzido. Acho que ele estava brigando com alguém no sonho. Desliguei o despertador e Sorri de lado ao ver meu amado dormindo. Me sento na cama e me espreguiço, o que faz que o cobertor que me cobria, fizesse seu trabalho apenas da cintura para baixo. Me levanto da cama e vou para o banheiro tomar um banho. No armário que havia lá, peguei a minha toalha rosa e uma presilha para prender o cabelo. Fechei a porta do banheiro para não acordar o Dih, e liguei o chuveiro. Tomei um banho rápido, mas que me acordou e me deixou com uma sensação Melhor no corpo. Me enrolei na toalha e voltei para o quarto, onde Diego ainda dormia tranquilamente.

         Abri o roupeiro e vi várias roupas minhas, mas não estava com vontade de por as minhas roupas, então fechei a porta do roupeiro, e abri a outra que estava ao lado, onde um pequeno monte de roupa estava em uma prateleira. Ownn Tadinho do Dih, ele não tem quase roupas, e sei que é por minha causa. Respirei fundo e peguei uma camiseta cinza dele de manga comprida já que a manhã estava fresca. Sua blusa batia na metade da coxa, mas não iria ter problema, eu iria estar de calcinha. 

       Depois de ter me vestido, deixei a toalha no banheiro (porque Diego sempre a guardava Depois) e fui para a cozinha preparar alguma coisa para o meu príncipe comer. Mas...Eu não sei cozinhar. Coloquei as mãos na cintura no meio da cozinha.

- vou fazer alguma coisa que não precise ir no fogo.- digo abrindo a geladeira.

        E não é que eu consegui? Fiz, pela primeira vez em minha vida, um sanduíche! Como não tinha muita coisa para recheá-lo, eu cortei algumas fatias de tomate e coloquei dentro. Tomara que ele goste.  

        E com uma bandeja, fui levando o pequeno pão Francês até o criado mudo do meu lado da cama e o deixei ali, depois engatinhei até Diego do outro lado. Ele ainda estava com o cenho Franzido. Me sentei ao seu lado de frente para seu rosto, e acariciei os mesmo com as minhas mãos, assim como os cabelos. Eu amo tanto ele, e acho que nem ele sabe o quanto. Se Violetta fizer o que fizer mesmo, eu vou fugir com o Diego, ninguém vai me afastar dele, como ele mesmo Disse.

- Que coisa mais boa acordar assim.- cochicha de olhos fechados e sorrindo. Instantaneamente sorri também. Segurei seu rosto entre as mãos e lhe beijei a testa, e quando volto a olhar para ele, o mesmo já havia aberto os olhos. 

- Bom Dia meu Príncipe!- vejo um grande sorriso surgir no seu rosto. Diego se senta na cama ainda meio sonolento e depois segura minhas mãos e beija. Beija várias vezes e vai subindo pelos meus braços enquanto puxava os meus de leve para que eu me aproximasse. Ele beijou meus ombros e depois subiu até chegar em meu rosto, onde me deu vários e vários beijinhos.

- você não sabe como eu fico feliz em saber que eu sou um príncipe para você.- a essa altura, metade do meu corpo estava sobre seu peito. Apoiei minhas mãos no mesmo e depositei um beijo em seus lábios. Foi um beijo bem lento, do jeito que eu gosto. Não gosto muito quando Diego me beija com a língua. Acho... Estranho.- Bom dia minha Princesa.- sorrimos um para o outro e então eu me lembro do que tinha feito para ele. Me sento rapidamente Na cama e pego a bandeja com o pão com cuidado e ponho sobre as pernas de Diego (que estão cobertas pelos cobertores, porque pelo que eu me lembre, quando fazemos amor, fazemos sem roupa, e depois de eu e Diego fazermos amor, não nos vestimos, então ele estava sem roupa).- o que é isso?

- Eu que fiz Dih! Sozinha! Não precisei de ajuda!- cruzo os braços orgulhosa de mim mesma.

- Jura? Estou orgulhoso de você! O que exatamente você fez?- diz pegando o pão e lhe dando uma mordida.

- Pão com tomate. Não tinha muito pra fazer.- digo e ele apenas acente com a cabeça. Espero ele me dizer algo sobre o sanduíche que eu inventei, mas ele não disse nada. Será que fiz algo errado? Será que ele não gostou?- Tá ruim?

- o que? Não, está ótimo! O melhor café da manhã que eu já tomei!- sorri e depois o observei comer. Acho que já posso entrar no Master Chefe. Diego terminou de comer e depois se sentou na cama e se espreguiçou igual eu fiz. Ele não o homem mais forte do mundo, mas tem músculos suficientes para mim. Ele se levanta sem problemas, e eu o guio com os olhos enquanto caminhava pelo quarto.- quer tomar banho comigo minha linda?- abre o roupeiro e pega uma toalha branca. 

- não, eu acabei de tomar.- digo e ele olha para mim sorrindo, mais específicamente para a sua blusa que estava no meu corpo.

- tudo bem. Eu vou tomar banho e vou trabalhar depois, ok?- olho para baixo e depois para um canto do quarto. Vou ficar sozinha. Mas isso não é o pior, Violetta tinha dito que iria ligar para o hospital e tenho medo de que eles venham me buscar, e Diego não esteja aqui para me proteger.

- E se o hospital vier me buscar?- Pergunto e ele parece se lembrar do que aconteceu ontem a noite. Ele fica um tempo pensativo e depois pega roupas dentro no roupeiro e deixa em cima da cama. 

- Se veste de preferência com um vestido e deixa os cabelos presos, porque você vai trabalhar comigo hoje, está bem?- diz sério e eu abri um sorriso. Ele sempre tem boas ideias.

- tá bem!

       Enquanto Diego tomava Banho, eu  terminava de me vestir. Coloquei um vestido azul marinho que ia um pouco acima do Joelho, e como estava frio, coloquei por cima um casaquinho vermelho. Nos pés coloquei uma sapatilha vermelha Também. Logo Diego sai do banho com uma toalha enrolada na cintura. Fiquei na ponta dos pés e o abracei pelo pescoço, depois voltei a olhá-lo, mas ainda com meu corpo perto do seu.

- posso ir assim?- ele me olhou de cima a baixo e suspirou. 

- por mim você poderia ir até de pijama, mas meu chefe é meio rígido, e ele mandou os vigilantes só permitirem a passagem de mulheres se elas estiverem de vestido, salto, cabelo preso maquiadas e com as unhas feitas.- ele revira os olhos e depois segura meu rosto entre as mãos.- Troca o sapato e tira o casaco meu anjo, que o cabelo, Maquiagem e as unhas eu cuido.

- mas se eu tirar o casaco eu vou ficar cm Frio.- falo manhosa. Eu já estou com frio agora, imagina se tirar o casaco?

- eu sei. É que lá você tem que mostrar os braços.- ele aperta os olhos e ouço resmungar baixinho "empresa de merda".- vamos fazer assim, quando chegarmos lá você tira o casaco está bem?- fiz que sim com a cabeça e fui trocar de calçado.

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Pov's Diego

Saímos um pouco atrasados do apartamento, afinal, tive que aprender em 15 minutos a fazer uma maquiagem simples na Fran, lixar e pintar as suas unhas e prender o seu cabelo em um rabo de cavalo, porque ela mesmo não sabia fazer, e não a culpo. Mas admito, ficou tudo perfeito. Mas também, o que não fica perfeito nela? 

     A única coisa que ficou "forte" na  maquiagem foram os lábios, que eu pintei de um vermelho claro, mas ficou quase que natural. Me deu uma pena dela quando fomos sair de casa, porque mesmo com meia calça e um casaco meu, ela ainda tremia de frio, e não me soltou um segundo até chegarmos na frente da empresa. O lado ruim de chegar até lá, é que fomos de ônibus, e além de a Fran não saber andar de salto alto e eu ter que segura-lá para não cair, os homens quando percebiam que ela falava quase que igual a uma menina de 7 anos, tentavam passar a mão nela ou encostar em alguma parte do corpo. Isso me dava um nojo e uma raiva tremenda, porque sei que ela é muito bonita, mas além disso ela tem uma deficiência, e os caras se aproveitam disso para tentar usa-lá. 

- Dih, ele me da medo.- ela me tira dos meus devaneios quando paramos na porta da empresa, e um dos vigilantes olhava sério para ela. Ela me olha com os olhos pidonhos e se agarra mais em mim. A maquiagem que eu fiz realçou mais Seus grandes olhos verdes, e os lábios vermelhos me deram mais vontade de beija-lá. 

- calma, não precisa ter medo.- desfaço o abraço dela e depois tiro seu casaco e penduro no meu braço enquanto a pegava pela mão. Ela aperta meus dedos e vai um pouco para trás de mim quando chegamos na porta.

       Logo entramos, e eu nem um minuto soltei a minha italiana. Todo mundo a olhava, e com razão, ela não trabalha aqui. Só espero que o diretor da empresa (Não é o Hinacio) não veja ela, se não estou desempregado. E os outros funcionários? Não tem problema a verem, porque sei que aqui ninguém vai contar. Atravessamos os corredores enquanto eu dava "Bom Dia" para alguns colegas, mas na última parte do corredor onde daria para a minha sala, ouço risadas saindo de um elevador. O corredor da minha sala era vazio, ou seja, só eu que ficava ali, então já estava me preparando para o pior.

- olha ali o cara amarrada!- ouço ele falar e mais duas risadas. Me viro de frente para os meus três colegas malas. Federico, Marco e Thomas (P/S- o marido da Lodo). Eles São meus "amigos" aqui, nos falamos bastante aqui dentro, mas fora da empresa nunca fazemos nada além de não se falar.- e aí seu merd...O Diego está com uma mulher?- Federico fala e na mesma hora Francesca se escondeu atrás de mim enquanto me abraçava pela cintura. Os três deram mais alguns passos para se aproximarem de mim, como se fosse um milagre Francesca estar ali.

- eu...Eh... Tô, tô sim. Mas de bico fechado hein?- Digo apontando para os três. O que eu considerava mais calmo e com pensamentos normais de alguém de 32 anos ali era o Thomas. O mesmo era alto, bem alto, e nunca tirava aquela barba. Os outros dois, só faziam e falavam merda.

- pode deixar. Diego porque ela está atrás de você?- pergunta Thomas. Ele cruzou os braços e tentou ver o que Fran fazia. Olho para as mãos entrelaçadas com força sobre a minha barriga e acaricio as mesmas.

- ela tem alguns probleminhas. Digamos que ela tenha 26 anos mas a mente é entre 4 e 11 anos.- os três arregalam os olhos. Puxo Fran com cuidado para minha frente e ela olha com medo para os três rapazes a sua frente.- essa é Francesca, Fran, esses são Federico, Marco e Thomas.- digo apontando para os três. Ela acena com a mão e depois me abraça forte, fazendo nós quartos rirmos de leve. Thomas se aproximou e Fran me apertou contra seu corpo, acho que se assustou com a altura dele. O moreno pega a mão dela e acaricia os nós dos dedos.

- Oi Fran. Você é muito linda sabia?- diz carinhoso. Aquilo me deu uma ponta de ciúmes, mas sabia que não aconteceria nada.

- Obrigada.- diz baixinho.

- de nada.- Thomas sorri para Francesca e depois acaricia o queixo dela.- minha irmã mais nova tem o mesmo problema que ela, então sei lidar bem com essa doença.

- Doença? Que doença? Dih, eu estou doente?- pergunta aflita e olhando para mim. Todos rimos e eu lhe beijei a testa. 

- então meus amigos, essa é a razão do meu viver.

                             ~❤~