História Até Você aparecer... - Capítulo 24...

Pov's Diego 

   Ouço uma voz conhecida vir por trás de mim. Fecho os olhos e engulo seco, e minha única reação foi apertar Francesca contra mim.

- eu sei que você talvez não queira me ver, mas... Somos irmãos e o que eu fiz ontem não é o que mamãe gostaria que eu fizesse. Por isso, vim te procurar para saber o que realmente estava acontecendo.- virei minha cabeça para trás, e vi Violetta com os braços cruzados acima dos seios me olhando com um olhar de quem queria ser perdoado. Sorri de lado.

- Vilu, gostaria que conhece uma pessoa importante para mim.- de leve, puxei Francesca, fazendo com que ela descesse da cerca. Quando ela pôs seus pés no chão e olhos em Violetta, se agarrou em mim como nunca tinha feito antes. 

- Diego não deixa ela me separar de você!- a abraço forte enquanto ria. Vilu ficou sem entender nada, mas depois pareceu que se lembrou do que Francesca tem.

- ei boneca não precisa ter medo, ela não vai mais te levar. Agora ela quer ser sua amiga.- digo afastando os cabelos do rosto de Fran, que escondeu o mesmo em meu peito como fazia sempre que tinha vergonha. Violetta se aproximou dela e acariciou de leve seu braço.

- oi Fran. Não precisa ter medo, não vou te fazer mal.- Vilu fala da mesma forma como falava com seus filhos, e isso fez Fran relaxar um pouco em meus braços. Mas não se separou de mim nenhum segundo.- acho que tirei conclusões precipitadas da sua namorada Diego. Ela parece... um doce.

- e é. Você vai ver. Mas também tenho que pedir desculpas a você. Devia ter te contado antes, mas fiquei com medo de você me separar dela. Pode até parecer estranho, mas já faz quase três meses que ela virou tudo pra mim. Não sei mais viver sem ela.- olho para Fran em meus braços e depois para Violetta que sorria emocionada. 

- eu entendo você Diego. Mais uma vez me desculpa. Te amo.- diz e me abraça. Soltei Fran e abracei a minha irmã com Força. Odiava Brigar com ela. Quando nos separamos, ouvimos uma tosse forçada. Olhamos para o lado e vimos Francesca de braços cruzados e de bico.- Bom, vou deixar vocês a sós.- ela ajeita a bolsa no ombro e sai andando, mas no meio do caminho vira para trás e sorri para mim.- ah, e a propósito, você vai ser tio de uma menina Diego.

- é uma menina? Jura?- digo sorridente. Já tinha três sobrinhos, mas uma sobrinha iria ser diferente. 

- juro. E já até escolhi o nome. Martina.- sorri para ela, que logo abanou e depois voltou em passos rápidos para casa. Respirei fundo e olhei para o lado e vi que Francesca não estava com uma cara muito boa.- Está tudo bem?

- não. Dih, eu não estou me sentindo muito bem.- diz manhosa. Cheguei perto dela é coloquei a mão delicadamente em sua testa.

- Você está quente.- passei minhas mãos pelo seu rosto e segurei o mesmo.- o que você está sentindo?

- estou com frio, e dói aqui.- ela põe as mãos sobre seu ventre. Fiquei então preocupado. Será que ela está com cólica?

- Fran, qual é o dia que desce sua menstruação?- falo baixo e pondo mais uma vez a minha mão em sua testa. Ainda estava quente.

- Eu...não sei, eu sempre esqueço.- diz e me abraça.- Dih, me leva pra casa? Por favor.

- claro que levo. Vem.- a abraço de lado e fomos caminhando até o apartamento. Demorou um pouco, mas logo chegamos. Logo, coloquei Fran na cama e fui lhe preparar um chá e pegar um termômetro.  

Dei um chá para Fran e lhe coloquei o termômetro. Enquanto esperava dar o tempo para medir a temperatura, liguei para Della para saber sobre o ciclo menstrual da Fran, já que ela cuidou um tempo dela e etc, e ela disse que viria dali a dois dias, então provavelmente é cólica o que Fran está sentindo. Mas e o resto dos sintomas? Quando retirei o termômetro da Fran marcava trinta e nove graus.

- Fran você está com muita febre.- coloco rapidamente o termômetro em cima do criado mudo e destapo a morena que geme de frio. - vem, vamos tomar banho pra ver se essa febre passa. 

- Diego eu estou com dor na barriga ainda.- diz baixo enquanto caminhavámos para o banheiro. Fechei a porta e liguei o chuveiro para ir esquentando um pouco o ambiente. 

- eu sei minha linda, mas depois do banho você vai tomar um remédio e já vai melhorar tá bom?- beijo sua testa e depois vou começando a retirar suas roupas com cuidado, até ela ficar sem roupa alguma. Prendi seus cabelos em um coque bagunçado e depois foi minha vez de tirar a roupa, mas não totalmente. Peguei uma bermuda minha que havia ali pendurada e a coloquei por cima da cueca. Então apenas fiquei sem camisa. 

 Segurei Fran pela cintura enquanto lhe dava Banho. Passava os dedos sobre sua pele em forma de carinho, tentando fazer com que ela relaxasse para passar a dor. Eu estava quase todo molhado, mas não importava, se era pela Francesca eu faria o que fosse. Lavei seu rosto com cuidado e beijei o mesmo, mas ela não teve nenhuma reação, e isso me deixa preocupado. Será que ela pode estar com algo mais grave? 

        Desliguei o chuveiro e enrolei Fran na tolha, e fui a secando aos poucos. Sua expressão era de dor e cansasso. Como ela ficou assim de um dia para o outro? Até pouco ela estava bem.

- Dih, estou com dor de garganta.- fala quando seco seu pescoço. 

- tá bem meu amor, já vou resolver isso. 

Deixei Fran sentada na cama dela enquanto pegava suas roupas. Tinha ligado o aquecedor, então ela estaria mais quentinha. A ajudei a se vestir, mas pus apenas uma calça de moletom e uma blusa de manga comprida fina, porque ela estava com febre e não podia se aquecer muito. A deitei na cama e lhe coloquei o termômetro de novo. Dessa vez a febre havia baixado. Então Francesca começou a tossir. A olhei e ela tinha lágrimas nos olhos.

- o que foi?

- dói quando eu tosso.- fala baixo e abre os braços. A abracei e deitei minha cabeça sobre a dela. Ela continuou tossindo e depois parou.

- eu vou te dar um analgésico tá bem? Daí já vai passar todas as dores.- beijo sua testa e me levanto indo até a cozinha para pegar o remédio. Logo voltei com ele em mãos e Francesca o tomou com dificuldade. Passei minha mão pelo seus cabelos negros e respirei fundo.- está com fome?

- Não. Eu só quero dormir.

- Está bem. Eu vou trocar de roupa e já vamos dormir.

Pov's Autora

Francesca passou a noite tossindo e chorando, e Diego já não sabia o que fazer. Ela estava com cólica, mas ao mesmo tempo estava com algo no pulmão. Mas, como ficou assim do nada? Era isso que Diego pensava. E

Eram quatro e meia da manhã, e ele estava ali, com Francesca suando frio em seus braços, e ele não podia fazer nada, já tinha ligado para Della mas ela não havia atendido. Francesca tossia forte e apertava Diego toda vez que o fazia, reclamando de dor. Ele já não estava mais aguentando vê-la assim, então tentou ligar mais uma vez para Della, e ela atendeu.

"-Alô? Diego?"

- Della por favor, a Fran não para de tossir e de reclamar de dor. Ela estava com trinta e nove de febre, e...eu estou muito preocupado com ela. - ele diz enquanto olhava a morena encolhida na cama. 

"- Ela está assim desde quando?" 

- Desde de que chegamos do meu emprego. Ela reclamou de dor no ventre mas eu acho que é só cólica que veio junto com os outros sintomas.- então Francesca começou a tossir, e Diego fechou os olhos. Não podia ver ela mal e não poder fazer nada.- Ela tem que ir para um hospital.

"- Diego os dois hospitais mais próximos devem estar procurando a Fran, outro hospital só daqui a três horas de carro."

- Meu deus.- ele põe a mão na cabeça.- dane-se, eu vou levá-la para o mais próximo.

- "O que? Não Diego! Esp..."- então Diego desligou o telefone. Não podia esperar três horas, tinha que ser agora! 

                            ~❤~  

 E então ali estava ele, sentado nas cadeiras de espera do hospital. Diego estava com medo do diagnóstico de Francesca, tinha medo de que fosse algo grave ou tivesse que comprar remédios que não pudesse pagar. Estava preocupado com ela. Ele tinha as mãos apoiando o rosto, e um semblante mais do que preocupado. Então ouviu passos em sua direção.

- Diego? O que está fazendo aqui?- pergunta uma voz conhecida. Ao ele levantar o olhar, viu a loira o mirando com olhar de surpresa.

- oi Angie. É que, a Fran não está muito bem, então trouxe ela para cá.

- Você é doido? Trouxe ela para o hospital em que a "raptamos"? Por acaso você quer perde-lâ?- "perde-lâ". Isso jamáis, pensou ele. 

- é claro que não.- Diego revira os olhos.- mas é que é complicado. Não tinha outro hospital a não ser esse, e também, quero acabar com essa mentira logo. Vou contar toda a verdade, e sobre o porquê de eu querer que ela morasse comigo.- Angeles sorri sem mostrar os dentes. Admirava esse jeito do Diego de ser. Verdadeiro era a palavra que o definia. A moça se senta ao lado dele e segura seu ombro a uma das mãos.

- você é corajoso ao fazer isso. 

- Desculpa se talvez eu vá arruinar a sua reputação aqui no hospital, sua e da Della na verdade, mas vou ter que falar como tirei Fran daqui.- Angeles por um minuto adoraria matar Diego, mas não iria adiantar, uma hora ou outra iria acontecer. Iriam descobrir.

- não tem importância. Só quero que você e a Fran Fiquem bem.- diz ela. E era verdade, mas no fundo, ela queria estar no lugar da italiana. Sim, ela gostava de Diego, ou melhor, achava que o amava. Mas, para sua infelicidade, ele se apaixonou pela mulher mais infantil e doce da Espanha.  

 Talvez Angie não falasse, mas no início até achava que teria chances com Diego, não era atoa que ela ajudou a pagar a reforma no apartamento dele, não era só para apenas Fran morar em um lugar melhor, mas também para que Diego a notasse, notasse que ela gostava dele. Mas foi tudo em vão, ela está sozinha e pagando várias prestações das coisas que comprou para o quarto de Francesca.

- Obrigada Angie, por tudo.- diz sorrindo de leve.- mas o que você está fazendo aqui? Seu hospital não é o particular? 

- sim, mas precisei trazer alguns papéis aqui.- diz mostrando os papéis em mãos. Então a porta do consultório se abre.

- Diego Dominguez?- Pergunta o médico.

- vai lá, nos falamos depois.- a loira se levanta e sai em direção ao próximo corredor. 

- sou eu.- diz Diego.

- pode entrar.- fala gentil. Ele era um médico bem novo, mas parecia ser profissional. Diego leu no seu crachá "Médico em Pneumologia e Psiquiatria Rodrigo. P". 

Logo que Diego entrou, Viu Fran adormecida na maca, enquanto o medicamento descia para seu braço. 

- bem, o que Francesca tem é uma pneumonia. Afetou bastante seu pulmão e sua respiração, por isso vamos mantê-la aqui internada durante três dias tomando remédio direto na veia.- o médico diz olhando os papéis dos exames.- você é o que dela?

- sou... Bom... você deve ter percebido que ela não é normal, não é?

- sim. 

- eu cuido dela, na minha casa, mas a princípio acho que estamos namorando.- o médico ficou surpreso. Normalmente pessoas com o problema de Francesca não gostam de relacionamentos.

- ok. Ela vai tomar alguns remédios quando voltar para casa. Vou deixar vocês dois a sós, se quiser pode acordar ela.

O espanhol nem esperou, já se sentou do lado da amada e começou a beijar seu maxilar, e subir os beijos até suas bochechas, onde deu leves mordidas, até a moça acordar dando risadinhas.

- Dih...para!- diz sorrindo. Diego descou os beijos e mordidas para o pescoço dela e Fran apenas ria com os olhos fechados.- Dih isso faz cócegas!

- eu sei, mas adoro te ver sorrir.- diz parando de beija-lá e a mirando. Francesca abriu os olhos e sorriu o ver o seu Príncipe encantado ali, olhando no fundo de seus olhos esverdeados.- como está se sentindo minha princesa? 

- bem, não estou mais com muita dor. Só na hora de respirar. As dores na barriga o médico disse que eram cólica.

- é, eu desconfiava.- Diego segura uma das mãos de Fran e leva aos lábios, onde deu um longo beijo.- fiquei preocupado com você.

- eu sei. Desculpa.- diz chateada.

- não precisa pedir desculpas boneca, você não teve culpa de ficar doente.

- Tá Bem. Dih, quando eu vou sair daqui?

- a princípio, daqui a três dias.- ele sorri fraco, então a porta se abre rapidamente e dois policiais junto com uma médica e uma delegada entram no quarto.

- Diego Hernandez, está preso por domínio e posseção não autorizados de incapaz.- Diego fecha os olhos, e logo o policial vem lhe colocando as algemas enquanto a delegada terminava de falar.- você tem todo o direito de permanecer calado, tudo o que o senhor falar poderá e será usado contra o senhor no tribunal.

- Diego o que está acontecendo? Porque estão te levando?!- pergunta aflita e se sentando na maca. O policial foi levando Diego pelo quarto, mas o mesmo olhou para Francesca e sorriu fraco.

- está tá tudo bem, eu vou voltar logo.- então a porta se fecha. Francesca ficou sem entender nada, e começou a chorar, sabia que Diego seria preso, mas não sabia o motivo.