História Até Você aparecer... - Capítulo 25...

4 dias depois...

Pov's  Diego 



          Sabe aquele momento em que você é adulto mas sente medo? Estou assim agora. Com medo. Mas não medo de "alguém", medo de perder alguém. Estou no tribunal, sendo julgado pelo "Rapto" de Francesca. Eu,  mais a Angeles e a Della. Todos algemados e com seus advogados, no meu caso, o meu advogado é o León. Somos 6, contra mais 6: a diretoria do Hospital e seus advogados. 
 
         Eu estou agoniado, fiquei preso por quatro dias, mas o pior não é isso, o pior é pensar em como está Fran. Onde ela está? Será que está sozinha? Está com medo? Com fome? Está chorando? Ela não consegue ficar muito tempo longe de mim, e isso me deixa sufocado só de pensar em que ela precisa de mim, e eu não estou lá para ajudá-la. 

        Sou despertado de meus pensamentos quando a juíza bate o mertelo com força na mesa.

- Diego Hernandez, acusado de sequestro e posseção de incapaz. Angeles Saramego, Médica do hospital cuja o sequestro aconteceu, ajudante do crime. Della De Leon, Médica do hospital cuja o sequestro aconteceu, cúmplice do Crime.- do jeito que ela falava, eu me sentia realmente um bandido ou algo assim.- podemos começar pelo depoimento de Diego Hernandez. Pode começar.- diz curta e grossa.

- Bem, Francesca estava em um hospital particular antes de ir para o público. Foi lá que ela teve os principais atendimentos, e onde conhecemos a Angeles.- falei e a Juíza apenas concordou com a cabeça para mim Proseguir.- mas depois de umas semanas, a diretoria do hospital disse que ela não poderia ficar mais lá por não poder pagar as taxas de Mensalidade, assim tendo que mudar para um hospital público.

- Miritissima, eu gostaria de acrescentar a versão de Diego, que quando se tem um paciente com Problemas Psiquiátricos sem família e perdido, o hospital deve cobrir suas despesas até a família ser encontrada.- Leon se pronunciou. O que? A Fran não precisava ter ido para aquele outro hospital? Não acredito.

- certo, isso realmente está correto senhor Vargas, mas isso não dá motivo para o senhor Hernandez raptar a paciente do Segundo Hospital. 

- Claro que sim. Olha, eu trabalho lá na área Psiquiátrica e o jeito que tratam os pacientes não é o mais adequado, sem falar que familiares e amigos podem vistar os pacientes uma vez por semana. Francesca não merecia aquilo depois de tudo o que passou.- diz Della. 

- Entendo. Então vocês a raptaram para a mesma não passar dificuldades no hospital?

- Sim, nunca a machucaríamos.- fala Angeles.

- Certo. Mas gostaria de saber o porquê de ela ficar escondida na casa de Diego ao invés de uma de vocês, afinal, ela se sentiria mais confortável entre mulheres do que com um homem, não é verdade? 

- Diego e Francesca tem uma ligação muito especial Miritissima. Fran concordou em ficar na casa dele.- Della diz calma, calma até demais. Como consegue estar calma em uma hora dessas?

- É mentira. Provavelmente o senhor Hernandez a levou para sua casa porque já tem noção dos problemas de Francesca. Ele a levou para para casa para abusar dela.- diz o Diretor do Hospital Público. Me levantei depressa da cadeira ficando de pé.

- O QUE? EU JAMÁIS FARIA ISSO!

- Ordem no tribunal!- grita enquanto batia o grande martelo preto na mesa. Me sentei de volta e ouvi um Sermão de Leon para eu calar a boca.- Senhor Dias o que o senhor está propondo aqui é gravíssimo. O Senhor tem como provar que Diego se abusava dos problema de Francesca? 

- não senhora.

- então não o proponha.- a Juíza anota algumas coisas, e depois lê alguns papéis. Demorou cerca de cinco minutos para ela voltar a falar com a gente.- podem chamar a senhoria Cauviglia.- meu coração então deu uma aliviada. Iria vê-la, e ela falaria o que realmente queríamos fazer com ela: protegê-la. Ouvi passos rápidos e depois a sala do tribunal abrir, onde Fran entrou junto com um guarda.

- Diego.- diz manhosa e com voz de choro. Pelo seu olhar vi que ela queria correr até mim, mas o guarda segurava seu braço firme, até levá-la pra se sentar na cadeira a frente da Miritissima. 

- Bem senhorita, sabe o motivo de você estar aqui?- Pergunta a juíza em um tom gentil. 

- porque vocês prenderam o Dih injustamente. Vocês acham quem ele queria me machucar, mas ele nunca fez isso. Quando ele me tirou de lá, eu ganhei um quarto de Princesa, ganhei várias roupas, ganhei o maior urso de todos, e além de Tudo, ganhei amor. Coisa que muitos anos eu não tive.- diz meiga, e como se implorasse para a Juíza. A mesma respira fundo e depois começa a anotar algumas coisas em alguns papéis, depois bate com o martelo na mesa.

- senhor Hernandez, está livre. Daqui a uma semana volte aqui para assinar os papéis da Guarda de Francesca.- imediatamente sorri. Minha Princesa, iria tê-la só para mim, e agora legalmente. Os guardas me soltaram e foi só isso acontecer para que minha pequena pulasse em meus braços. A abracei com todas as forças. Agora, nunca mais, ninguém vai tentar nos separar.

                                            ~❤~

      Para comemorar minha liberdade e da Fran, resolvemos passar em casa e avisar todo mundo para iriamos jantar em uma pizzaria. Depois de nos arrumarnos, fomos eu, Fran, Della, Angie, Vilu, Leon, os trigêmeos e agora estamos esperando Marco, Federico e Thomas chegarem. 

- Diego você acha que isso não vai mima-la demais?- pergunta Della. Angie e León foram se servir no buffet que tinha na Pizzaria, enquanto Violetta levou os trigêmeos no banheiro, ficando eu, Fran e Della na mesa. 

- Não, só estou cuidando dela.- digo cortando um pedaço da fatia de pizza com o garfo e depois colocando na boca de Fran. Será que alimenta-la assim vai dar Problema? 

- tá bem, a namorada é sua.- diz dando de ombros e mexendo no telefone.

- Dih, quero refri.

- tá bem. Toma.- digo alcançando o copo para ela, mas ela não pega e fica olhando para mim.- que foi? 

- quero na boca.- ouço uma risadinha baixa de Della. Respirei fundo e então coloquei o copo nos lábios de Fran e virei com cuidado.- Obrigada Dih. Quero mais pizza.- e lá fui eu cortar mais pedaços de pizza. 

         Não demorou muito para o resto do pessoal voltar, e logo chegaram Marco e Federico, na qual deram cada um, um pacote de balas para Fran. 

- Fran me dá uma? Fui eu que paguei.- diz Marco tentando pegar uma bala de seu pacote.  

- não! São só para mim!

- e para mim? Para mim você dá não é?- pergunta Federico, mas Fran negou colocando uma minhoca de gelatina na boca. Quase no mesmo instante chegou Thomas, e enquanto o comprimentavámos, vi que Angie deu uma leve olhada para ele. Me levantei para cumprimentar Thomas.

- Oi Diego, parabéns por hoje.- diz o Argentino apertando a minha mão.

- Thomas!- diz Fran passando por mim e o abraçando. O mesmo a rodeia com seus braços e afaga seus cabelos negros. Detesto quando ele toca em Francesca.

- Oi Branca de Neve. Como você tá?- a partir dali eu fui me sentar perto da minha irmã. A mesma estava rindo com Leon e os rapazes, enquanto Della e Angie distraíam os trigêmeos. Logo Fran sentou ao meu lado e Thomas do lado dela, os dois não paravam de conversas, e ele só sabia ficar brincando com os dedos das mãos de Francesca. 

- Tomy, você tem namorada?- a morena Pergunta. 

- Ainda não. Mas pretendo ter. A garota que eu gosto é perfeita, linda, simpática e fofa, mas ela tem namorado.- ele diz triste. Depois dessa informação, fiquei mais aliviado. Acho que ele não é um "risco" para mim e Fran, já que ele Gosta de outra.

- Calma Tomy, vou rezar bastante para ela se separar do namorado.- diz meiga e abraçando Thomas. Assim já é demais! 

- Bom Fran, vamos indo embora? Estou cansando.- digo puxando sua cintura até mim.

- ahhhhhh mas o Thomas acabou de chegar.

- outro dia você vê ele tá bem? 

- tá bem. Tchau Tomy!- abraça ele fortemente e depois se levanta para irmos embora. 

         O caminho para casa foi bem romântico. Eu e Francesca nos sentamos na praça que tínhamos ido a alguns dias, mas dessa vez estava e noite. E ali ficamos namorando, nos beijando, fazendo carinho um no outro, fazendo juras de amor, e juro que quase adormecemos ali, mas depois voltamos para casa, colocamos nossos pijamas, e antes de dormir namoramos mais um pouco.

- Dih, posso te pedir um coisa?- diz baixinho enquanto encaixava seu rosto entre meu ombro e pescoço. Estávamos entrelaçados por baixo das cobertas, e acho que mais juntos era impossível.

- o que quiser meu bem.- disse de olhos fechados, já que nós dois estavamos quase dormindo. 

- eu quero uma...tô com vergonha de falar.- da uma risadinha e eu também. 

- porque? O que tem de tão envergonhoso?

- Eu quero uma chupeta.- diz baixo. Dei uma leve risada e depois abri os olhos para olhar aquela carinha de anjo dos olhos verdes. 

- Tá bem minha pequena, eu vou pensar.

- Obrigada Dih, boa noite.- ela beija meu maxilar três vezes e depois adormece em meus braços. Beijo sua testa e apago a luz do abajur.

- Boa noite meu amor.