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História Até você aparecer - Adrinette - Rain - I


Escrita por: piperanha

Notas do Autor


Olá, peço que me perdoem por demorar tanto
tempo revisando e reescrevendo
essa estória. Espero que gostem!
- Ia

Capítulo 1 - Rain - I


Fanfic / Fanfiction Até você aparecer - Adrinette - Rain - I

Marinette point of view

 

Ao atravessar os portões de ferro da entrada da escola e começar a subir os degraus da escada, notei um cartaz colado em uma pilastra da entrada. A imagem de pessoas dançando embaixo dos dizeres:

 “O colégio Françoise Dupont tem o prazer e avisar que nesta sexta-feira (09/09), estará sendo realizado um baile beneficente em prol do orfanato “Blue Castel”; entradas disponíveis para venda com a aluna Alya Césaire, presidente do grêmio estudantil.
Agradecendo desde já, A Direção.

Deixo um sorriso escapar ao ver o nome da minha melhor amiga estampado no cartaz e já começo a planejar mentalmente a roupa que usarei no tal evento, estava relendo o panfleto quando braços rodearam minha cintura e o familiar perfume do meu namorado, Nathaniel Kurtzberg.

“Você quer ir?” perguntou, sorrindo em meu pescoço me deixando arrepiada.

“Oh, pode ter certeza! Mas você vai?” Provoco, mesmo sabendo que se eu fosse ele iria, como meu par.

“Uh, não sei. Talvez.” Ele dá uma piscadela e não deixo de esconder meu desapontamento com a resposta então pega na minha mão. “Vamos decidir isso depois, no almoço, agora  vamos para a sala que o sinal já irá  tocar.”

Nathaniel e eu começamos a andar, rumo a nossa sala, a última do segundo andar de três. O colégio era enorme, com salas capazes de portar até quarenta alunos, as paredes pintadas de um tom claro e alguns armários espalhados aqui e ali, para que pudéssemos guardar o que achássemos necessário.

Ao adentrar a sala de aula notei um aluno novo sentado a minha frente, pude, momentaneamente notar seus olhos verdes com o cabelo loiro caindo levemente sobre os olhos. Ele é lindo. Talvez um dos únicos adolescentes sem espinhas e cabelo legais de toda Paris. Algo em sua face não me é desconhecido, mas talvez seja apenas a ansiedade e a vergonha presente em sua expressão e o modo como senta ereto na cadeira me lembre a mim mesma no meu primeiro dia de aula ali, depois de passar dois anos estudando no Japão e sem nenhum contato constante com a minha antiga turma do fundamental.

Depois de rodar pela sala para conversar um pouco com as garotas da turma, Rosie, Juleka, Sabrina, Milena; dirigi-me para a minha mesa compartilhada com a minha melhor amiga Alya, que pouco tempo depois, chegou e foi direto para o lado do namorado, Nino, e deu lhe um beijo rápido, logo correndo para se sentar ao meu lado quando a professora da primeira aula, srta.  Bustiê entrou carregando sua bolsa.

“Olá, olá Marinette!”

“Bom dia, Aly. Você, fez o dever de inglês”

“Sim”

“Então empresta o seu caderno?”

“Claro espe-”

A professora se posicionou na frente da sala e disse, olhando para o aluno novo.

- Good morning class, I realize that today we have a new student *

(/Bom dia classe, percebo que hoje nós temos um novo aluno/)

- Bom dia - respondemos todos juntos. Ela sorri e se apresenta ao novato.

- Well, what do you think of presenting to the class? *  - perguntou a professora.

( /Bem, o que acha de se apresentar para a turma?/)

O loiro se levantou e foi até o centro da sala, ficando ao lado dela, olhou atentamente para seus sapatos e começou a falar, baixo de mais. 

- Excuse me, I can not hear you can repeat a little higher? *

(/Perdão, não consigo te ouvir pode repetir um pouco mais alto?/)

O aluno assentiu e começou:

- Oi, meu nome é Aidren, eu tenho dezessete anos e sempre estudei em casa por causa do meu pai.  – disse rapidamente, as bochechas corando. A professora sorriu e dispensou-o, desejando boas vindas e explicando as regras da classe.

+

Estou terminando um exercício de química quando o sinal bate, anunciando o recreio. Ao sair da sala noto Nathaniel me esperando e sorrio. Ele me abraça e me da um selinho rápido, sorrindo tira dois ingressos do bolso da calça jeans.  Pego um e lhe dou outro selinho.

“Vamos para o refeitório?”

“Claro..”  Ele responde quase no mesmo segundo em que November Rain começa a tocar, chamando nossa atenção. Ele pega o celular e olha para a tela preocupado, sem me dar a chance de ver quem é, ele atende a chamada.

Nathaniel escuta a pessoa que está ligando falando por alguns minutos e então responde:

 “Tudo bem... Já estou indo.”   E desliga o chamada.

“Quem era?”

“Uh... a minha irmã. Ela está passando mal ou algo do tipo... bem, eu preciso ir amor.”

“Tudo bem, nós conversamos depois.” Dou-lhe um beijo e deixo com que ele vá.

+

Quando o sinal que indica o final da última aula toca, me arrependo por ter saído com pressa de casa e não ter pegado um guarda chuva. O céu estava cinza e chuviscava. Fico parada na fachada da escola avaliando se vale a pena ir debaixo de chuva para casa.

“Oi”  Olhei para o lado e encontro o aluno novo, sentado em uma das cadeiras de espera.

“Oi, Aidren, certo?”
“Sim... E você?”

“Marinette.”

“Um lindo nome.” Não pude deixar de corar, ninguém nunca havia elogiado meu nome.

“Vai ao baile?” Pergunto querendo acabar com o silêncio estranho que surgiu entre nós.

Ele parece ponderar se responde e então diz: “Acho que sim.”

“Bom, você irá gostar. A escola não é das melhores, mas as festas são!”

“Talvez, mas não tenho acompanhante.”

“Bom, se eu já não fosse com meu namorado, talvez eu fosse com você.” Ele fica desconfortável ao me ouvir, mas não consigo imaginar o porquê.

“Namorado?”

“Sim, um ruivo, alto, o nome dele é Nathaniel. Ele estuda com a gente.”

“Ah, bem, eu já vou indo...” ele disse se levantando. “Uh, como eu vou de carro, você pode ficar com isso aqui.” Aidren tirou um guarda chuva da mochila e me entrou, sorrindo. Antes que eu pudesse responder qualquer coisa, ele saiu correndo para dentro de um carro preto.

Meio desnorteada, abro o guarda chuva e sigo caminha à minha casa.  A escola ficava apenas alguns minutos de distancia dela.  Chegando perto de casa há uma lanchonete em estilo vintage que sempre faço questão de parar para admirar e mesmo com chuva, parei para olhar a vitrine rapidamente e no mesmo instante me arrependi, porque, dentro da lanchonete reconheci Nathaniel beijando uma garota loira, que reconheci como Chlöe, uma das minhas colegas de classe.

Por mais que eu estivesse querendo chorar, segurei todas às lagrimas e peguei meu celular, tirando uma foto deles junto e entrando no chat de conversa com meu (ex!) namorado e enviando a ele com a legenda “Se divertindo muito com a doente da sua irmã hein?! Nós dois não existimos mais.”

Ainda com lagrimas nos olhos, voltei a andar, quase não notando quando cheguei em casa. Minha vida entrou em modo automático. 



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