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História Atração Fatal - Chicago


Escrita por: zamps

Notas do Autor


Olá, tive essa ideia faz um tempinho mas só agora estou postando. Espero que gostem!

Capítulo 1 - Chicago


Fanfic / Fanfiction Atração Fatal - Chicago

Os egípcios costumavam adorar os gatos por causa de sua crença de que eles eram de origem divina. É por isso que vemos figuras com características felinas em seus hieróglifos. No meio de uma cidade cheia, ninguém tinha tais opiniões sobre essas criaturas. Nesses grandes lugares encontramos esses felinos abandonados pelos becos, rondando as ruas em busca de comida e água fresca. Entre estes animais pequenos, uma pequena deusa dessa espécie se mistura entre eles. Uma jovem criança, abandonada por seu pais. Ela era magra, assustada, e a definição de uma verdadeira aberração.

Ela não sabia por quanto tempo estava nas ruas, mal podia lembrar de algo antes de sua vida dura. Fazia sentido para ela o por quê de ter sido abandonada tão jovem; as pessoas normais andavam por aí sem nenhum problema enquanto essa garotinha era forçada à se esconder na escuridão. Com suas orelhas e rabo de gato não era nenhuma surpresa. Os gatos a adoravam; os cachorros a odiavam. E por anos ela nunca pensou que veria alguém como ela até encontrar um homem chamado Charles Xavier no ano de 1962.

Chicago era um ótimo lugar para procurar clientes. Cidades grandes sempre foram ótimas quando se travava de homens carentes procurando por diversão. Tendo crescido sozinha, ela aprendeu a se virar nos padrões irônicos da sociedade. Ela não existia até onde o governo sabia. Suas orelhas – as de gato no topo de sua cabeça – poderiam facilmente ser escondidas quando as abaixava e penteava seus cabelo por cima. 

Os homens gostavam dela, pelo que parecia. Ela era magra com cabelos vermelhos macios e brilhantes olhos verdes, e ela era muito - muito flexível. Alguns homens até pagavam bastante na intenção de tirar alguma vantagem dessa flexibilidade. Apesar de ser apenas um trabalho, ela tinha que viver com isso, não importasse o quão ruim era. 

Existia um bar conhecido como A Auréola Vermelha no fim da Avenida Bultimore. No balcão do bar sentava a jovem e atraente criatura. Ela usava seu vestido vermelho e preto favorito com seus novos saltos pretos. Seu rabo estava escondido e encolhido em seu vestido, suas orelhas espremidas em sua cabeça. Ela estava sexy e sedutora e isso parecia um charme. Sem muita demora, a mulher sentiu a presença de um homem ao seu lado. 

"Olá," ele disse. Britânico, que adorável. "Se importa se eu te pagar uma bebida?"

Naquele momento ela olhou para ele. O homem ao seu lado era de tirar o fôlego, com olhos azuis e lábios adoráveis. Ele não parecia uma ameaça e nem forte o bastante para machucá-la caso algo desse errado. 

"Eu não me importo," ela respondeu jogando seu charme, cruzando e descruzando suas pernas em uma maneira provocativa. "Eu quero um-"

"Martini seco," ele a cortou sorrindo. "Azeitonas extras." O homem a olhava diretamente mas suas palavras eram direcionadas ao bartender. 

"Como você sabe disso?"

"É a mesma bebida que você tinha aí," ele apontou para o copo vazio de martini que ainda continha azeitonas que a garota tinha que comer. 

"Como você sabe que é seco então?" 

"Porque você não cheira a álcool," ele olhou novamente em seus olhos, um sorriso galanteador em seus lábios finos. "Meu nome é Xavier. Charles Xavier." Ele se apresentou, oferecendo sua mão para um cumprimento. 

"Kat," ela também se apresentou, apertando sua mão. "Kat Hazel. Você não é daqui, é?" 

"Não, não sou. Mas você também não." A mão de Charles desceu para o joelho de Kat, apertando suavemente. 

O olhar de Kat desceu para seu joelho e ela sorriu, sabendo que o tinha bem onde queria. "Procurando por diversão, senhor Xavier?," ela perguntou em um tom baixo, encarando-o através de seus longos cílios. "Cem pela noite inteira e setenta e sete por uma rapidinha." 

"Ah, você é cara, não acha?" Ele provocou. 

"Uma garota tem que viver. Então, quer ou não?" 

"Quero. Meu prédio fica só à alguns quarteirões daqui." 

"Perfeito," Kat pegou seu casaco das costas da cadeira antes de colocar o dinheiro da bebida no balcão. "Mas você precisa saber que eu tenho regras que todos os meus clientes precisam seguir." 

"Tudo bem, então me diga." Charles, já de pé, ofereceu sua mão para ajudá-la a se levantar. 

"Primeiramente eu não gosto de marcas," Kat começou, caminhando até a saída com ele. "Eu tenho vários clientes que ainda têm que ver esse corpo."

Charles assentiu. "Justo. Algo mais?" 

"Proteção, não preciso de nenhuma doença. Eu também não faço nenhum bondage e você tem que pagar antes. Entendeu?" 

Novamente Charles assentiu. "Fácil. Meu prédio é aquele ali," ele apontou para um hotel fino, hotel esse que ela ainda não tinha visto. Era caro, ela sabia por causa das outras garotas que já tinham trabalhado lá. Juntos, eles entraram no elevador e ela mal podia se conter. Olhando para o lado, Kat viu que ele sorria mas o por que não a interessava. Minutos depois, eles chegaram no sétimo andar e Charles fez um gesto para que ela saísse com ele. 

Eles andaram pelo corredor, seu salto fazendo barulho contra o piso amadeirado. Charles parou em frente a uma porta – quarto 124. Ele destrancou a porta e Kat entrou depois de Charles, se lembrando que não deveria virar suas costas para um homem. 

"Vejo que a encontrou." Uma voz desconhecida falou e Kat quase pulou por causa dela. 

"Ah, sim Erik," Charles saiu do caminho, mostrando um outro rapaz. Agora ele sim parecia uma ameaça, julgando pelo seus músculos. "Não se preocupe, querida. Não iremos te machucar, só queremos conversar com você."

 

Kat andou de ré, até bater suas costas contra a parede, o medo era visível em seus olhos verdes. "Vocês são policiais, não são?" 

"Oh, não, não," Charles respondeu rapidamente. "Não somos, só estamos aqui porquê..."

"Somos iguais a você," Erik interrompeu. "Estamos aqui por ordem do governo."

"FBI?" Kat questionou. 

"CIA," Charles a corrigiu educadamente. "Estamos recrutando certas pessoas. Mutantes."

Kat parecia cética. "Mutantes? Vocês acham que eu sou uma mutante?" ela tentou soar ofendida mas não funcionou. 

"Mostra," Erik ordenou, cruzando seus braços. "Sabemos que está escondendo." 

"Mostra você primeiro." Kat respondeu na defensiva. 

Erik deu de ombros e olhou para Charles antes de olhar novamente para Kat. Devagar, ele levantou sua mão e um número de coisas flutuaram no ar. Duas malas, duas lâmpadas e as cortinas nas janelas estavam flutuando para cima. "Metal." Ele informou, e de repente Kat entendeu. O metal nas malas eram as trincas e as alças, havia partes de metal nas lâmpadas e anéis de metal nas barras que prendiam as cortinas. Kat nunca havia visto nada parecido com isso antes! E o quão sortudo Erik era por ter poderes tão legais; ela realmente queria poder fazer isso. 

Erik finalmente abaixou sua mão, mas os itens continuaram flutuando. Kat achou que era para isso acontecer, mas o olhar de Erik era um de pura confusão. "Então você consegue-?" Ela falou cedo demais porque assim que levantou sua mão para demonstrar, uma das lâmpadas voaram para o outro lado do quarto, espatifando-se contra a parede. Kat pulou de susto e se apertou mais contra a parede, suas mãos cobrindo sua boca.  

"Eu não fiz isso." Erik disse para Charles, colocando suas mãos para cima em forma de rendição, mostrando sua inocência. 

"Não, não foi," Charles respondeu, seus olhos fixados em Kat. O homem molhou seus lábios com a língua e se aproximou da mulher. "Acredito que tenha sido ela."

"Eu?," Kat perguntou assustada. "Não fui eu! Eu não consigo fazer isso! Eu só tenho orelhas e rabo de gato!," assim que disse isso, suas orelhas levantaram de sua forma encolhida, aparecendo no topo de sua cabeça. Seu rabo também desenrolou do vestido, balançando livremente. "Vê?" a aparência da garota não parecia assustá-los, mas Charles parecia confuso. 

"Kat..." Charles disse devagar, como se estivesse pensando. "Acredito que sua mutação seja mais extensa do que sabemos. Eu li seus pensamentos, você pensou que queria ter os mesmos poderes que Erik, certo?" 

Confusa, Kat assentiu. "S-sim, eu acho. Mas eu não sei o que isso significa." 

"Significa que você pode ser capaz de ganhar um poder se ver ele sendo operado. Nunca vi isso antes mas tudo é possível quando se trata de mutações. Permita-me testar uma coisa. Você se importaria...?" 

"Ah não, claro que não," pelo menos ele não iria tentar prendê-la como havia pensado. "Mas o que exatamente você vai fazer?" 

 "Eu vou te dar uma demonstração do meu poder telepático," Charles explicou. "E eu quero que você realmente deseje ter ele. Entendeu?" 

Ela assentiu e assistiu Charles levantar sua mão direita e colocar dois dedos na sua têmpora. E então ela ouviu sua voz, mas seus lábios não estavam movendo. 'Eu posso ler, comunicar e controlar a mente daqueles que me cercam,' sua voz disse em sua mente. 'Você também pode, só pense nisso. Eu sei que você quer fazer isso. Apenas deseje.'

Kat deu o seu melhor e ela honestamente sabia que queria ter os poderes dele. Era interessante, algo que ela realmente poderia se acostumar e tirar vantagens. Sim, ela queria aqueles poderes. 

De repente, sua cabeça estava cheia de vozes e barulhos e Kat não aguentou. "Ah!" ela caiu de joelhos, mãos na cabeça. Não, isso não era o que ela queria. Não era pra acontecer aquilo. "Charles!" 

Charles correu para o lado dela, tentando ajudar. "Tente acabar com isso; ignore, Kat. Você tem que ignorar!" ele não sabia como se livrar disso por ela, apenas Kat poderia desbloquear esse poder. "Feche as paredes de sua mente, cale todas as vozes e pensamentos com excessão da sua, faça isso agora!"

Lágrimas corriam pelo rosto de Kat, o medo em sua mente assim como as vozes agonizantes que não eram dela. Um hotel, um grande hotel, com tantas pessoas e tantos andares. Ela tentou se acalmar; acalmar sua mente exatamente como Charles mandou. Levou um minuto que mais parecia uma hora até que ela finalmente conseguiu respirar e se encontrar novamente. Seus olhos se abriram e ela olhou para Charles e Erik: os dois com expressões preocupadas em seus rostos. 

"Você, querida," Charles disse de repente, um sorriso se formando lentamente em seus lábios. "É exatamente o que estamos procurando." 



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