História Atração Fatal - Fala logo Maxon

Pov America

Eu acordei e vi que Maxon não estava mais lá comigo, rolei na cama e olhei para o relógio em seu criado mudo, já eram 10:00, levantei e fui para o meu quarto, tomei um banho, lavei meus cabelos e coloquei um vestido amarelo quadriculado de branco que ia até 3 dedos acima do joelho, deixei os cabelos soltos pois estavam molhados ainda, calcei uma sapatilha rosa e saí do quarto em direção ao escritório de Maxon, caminhei lentamente pelos corredores e quando me deparei com a porta bati algumas vezes e escutei um entre.

- Está ocupado? – Maxon estava concentrado em uma pilha de papéis mas assim que perguntei ele me olhou e abriu um sorriso

- Estava mas acho que posso arrumar um tempinho pra você, o que deseja?

- Queria saber se você quer almoçar comigo.

- Será um prazer.

- Ótimo, pedirei que sirvam o almoço no meu quarto.- eu disse saindo- Te espero lá.- e então fechei a porta

Fui para a cozinha e pedi para uma das criadas servisse o almoço no meu quarto e ela disse que o faria, voltei para o quarto e peguei um livro pra ler.

Não sei quanto tempo se passou desde que eu comecei a ler mas depois de um tempo escutei a porta se abrindo.

- Olá querida.- levantei o olhar do livro e vi Maxon sorrindo e vindo em minha direção

- Muito engraçado você.- eu disse revirando os olhos e voltei para o livro

- Você me chamou para ficar com você ou pra ficar vendo você ler? – ele perguntou sentando de frente para mim na cama

- De início a primeira opção mas agora a segunda não me parece ruim.- eu me segurava para não dar risada

- Mas eu não estou com vontade de ficar aqui sentado sem fazer nada.

- Então vai até a estante e pega um livro pra você ué.

- Só que eu também não quero fazer um clube de leitura, então a senhorita que deve parar de ler.

- Não mesmo.- eu disse dando uma risada irônica

- Ótimo não vai parar por bem? Então vai por mal.- ele arrancou o livro da minha mão e me encarou vitorioso

- Me dá isso Maxon.- eu disse tentando pegar meu livro

- Nananinanão.- ele se levantou e esticou o livro deixando ele muito alto

- Maxon...- eu disse pulando tentando pegar

- Eu não vou devolver America.

- Então eu acho que nós podemos fazer um trato.- eu disse me aproximando e passando as mãos pelo corpo de Maxon

- Que tipo de trato.- ele disse abaixando o braço deixando o livro ao meu alcance

- Você me devolve o livro- eu sussurrei em seu ouvido pegando o livro que ele soltou com facilidade- e eu te faço de trouxa.- e eu disparei para fora do quarto correndo agarrada no livro

- AMERICA! Volta aqui.- ele gritou correndo atrás de mim

- Sem chance! – eu virei pra trás e ele estava se aproximando, tentei correr o mais rápido que eu podia mas logo fui tirada do chão por alguém que segurava minha cintura

- Você pensou que podia escapar mocinha?

- Me solta Maxon.-eu disse balançando as pernas

- Sem chance.- ele sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar

Ele me carregou até o quarto e fechou a porta.

- Muito obrigado pela carona até meu quarto senhor, agora se me dá licença eu tenho um livro para terminar de ler.- eu disse me sentando em uma cadeira que ficava ao lado de uma mesinha redonda no canto do quarto

- Pois que eu me lembre a senhorita fez uma brincadeira de muito mau gosto- ele se aproximou de mim- e deverá ser castigada.- ele tinha um sorriso malicioso nos lábios, ele se agachou mas antes que pudesse me beijar alguém bateu na porta e eu saí correndo para atender

- Olá senhorita, trouxemos o almoço que você pediu.

- Muito obrigada.- eu disse puxando um carrinho pra dentro do quarto

- Será que vai ser toda vez assim? – Maxon perguntou inconformado

- Não, eu acho que cada dia elas fazem um almoço diferente.- eu respondi fingindo que não sabia do que ele estava falando

- Não se faça de boba America, você sabe muito bem do que eu estou falando.

- Venha vamos comer, estou faminta.- eu disse dando risada e me sentando

- Se é só isso que eu posso fazer.- ele murmurou reclamando

Nós nos servimos de uma deliciosa lasanha, uma das melhores que eu já comi, tomamos uma taça de vinho e eu peguei o prato com a sobremesa quando destampei fiquei boquiaberta.

- Não acredito, é torta de morango.

- Deixa eu adivinhar, é seu doce favorito.

- Como você sabe?

- Eu nunca vi ninguém tão feliz por causa de uma torta.- ele disse dando risada

Era uma das melhores se não a melhor torta de morango que eu já comi, não sei se é porque era muito boa ou porque eu não comia faz tempo, assim que terminamos eu coloquei tudo no carrinho e o levei para o corredor. Quando voltei para o quarto me sentei na cama e Maxon veio para perto de mim, pegou minhas mãos e disse:

- Eu adoraria desfrutar de sua companhia está tarde mas tenho coisas importantíssimas para fazer.

- E posso saber o que é?

- Por hora não mas depois te contarei.

- Tudo bem mas saiba que eu vou cobrar.

Ele se aproximou de mim e me deu um beijo calmo e então sussurrou:

- Me desculpe por isso.

Ele foi para a porta e saiu a fechando, eu então me levantei e decidi que ia procurá-la para saber o porquê das desculpas mas não precisei nem sair para descobrir, ele me trancou no quarto. Eu não acredito, por que raio de coisa que ele me trancou aqui? O que será que ele vai fazer que eu não posso saber?

Peguei meu livro e me joguei na cama emburrada.

[...]

Já era de noite, com muito custo pois o tempo parecia não passar era como se cada minuto que passava dois voltavam, eu não fazia ideia do porque de eu estar trancada no quarto e Maxon não dera sinal de vida, pela tarde escutei um barulhos estranhos, eram como pessoas comemorando mas não tenho ideia do que pode ser aquilo. Escute um click, significa que a porta foi destrancada mas ninguém entrou, eu me levantei e fui correndo em direção a porta, quando abri não havia ninguém no corredor, deduzi que Maxon mandara alguém destrancar a porta. Fui correndo para o seu quarto mas ele não estava lá, então fui para o escritório e advinha, ninguém.

- Onde você se meteu?- murmurei enquanto pensava- Jardim!

E então eu saí correndo na direção do jardim, quando cheguei lá tirei as sapatilhas para poder sentir a grama fofinha sob meus pés, fazia um tempo que eu não vinha aqui, fiquei um tempo parada só sentindo a brisa batendo em meu rosto mas logo decidi que deveria procurá-la, estava andando devagar observando as flores e a noite quando vi Maxon sentado no banco das rosas azuis, ele estava aparentemente pensando, eu me aproximei devagar e ele pareceu não notar minha presença, já sei, hora da minha vingança.

- America?- ele perguntou me olhando

- Não acredito, valeu Maxon.- eu murmurei frustada

- Por que?- ele estava confuso

- Por estragar a minha vingança, eu ia te assustar não era pra ter me visto.

- Sinto lhe dizer mas é praticamente impossível me assustar.- ele disse convencido

- Veremos.- eu disse desafiadoramente o fazendo dar uma risada

Eu me sentei ao seu lado e ficamos por um tempo em silêncio.

- Maxon por que você me trancou naquele quarto?

- Porque eu não podia deixar você sair.

- E por que eu não podia sair?

- America eu preciso te contar algumas coisas.- ele disse pegando a minha mão- Primeiro eu preciso te dizer que pegamos a Kriss.

-Como?! Quando? O que você fez com ela?

- Deixe-me terminar.- ele disse e eu assenti- nós pegamos ela fazem mais ou menos três dias, e ela passou esses três dias em uma solitária enquanto eu decidia qual seria sua pena, por fim você só precisa saber que ela pagou por seus crimes.

- Como?

- America eu não acho que seja necessário entrar em detalhes.

- Fala logo Maxon.

- Ela foi executada.

Quando ele falou isso eu me senti mal, não sei porque, ela tentou me matar eu não devia ligar que ela morreu mas eu senti uma pontada de tristeza.

- E por que você me trancou no quarto?

- Porque eu achei que você poderia tentar me impedir ou me convencer a não fazer isso é eu provavelmente iria ceder mas eu não podia, eu ainda sou o líder e preciso mostrar que as pessoas me devem respeito.

- Tudo bem então.- eu disse abaixando a cabeça e dando de ombros

- Espero que não esteja brava comigo.

- Não estou, eu só me sinto estranha, não sei porque, ela me fez mal eu não devia ficar triste.

- Sabe America- ele passou o braço em volta do meu ombro me puxando para mais perto- é normal que você se sinta mal, você é uma menina muito boa, não é de sua natureza ficar feliz com a morte de outra pessoa, mesmo que ela tenha te feito mal.

Eu apenas assenti e me aconcheguei em seu abraço e nós ficamos ali em silêncio observando a noite.

- America nós temos que entrar, já está muito tarde.

- Tudo bem.

Ele me ofereceu o braço e nós entramos caminhamos calmamente e ele parou na porta do meu quarto.

- Boa noite Maxon.- eu disse dando um beijo em sua bochecha e entrando no meu quarto

Tomei um banho e coloquei minha camisola, me deitei e fiquei encarando o teto por um tempo, será que essa seria minha vida para sempre?