História Atração Fatal - T2:C3- Boa sorte

Pov America

Já se passou um mês desde o ataque rebelde que me trouxera de volta ao palácio, eu coloquei o plano de May em prática e ele está funcionando muito bem, eu voltei a me dedicar aos afazeres de princesa e participar das reuniões do conselho e posso afirmar que não senti falta alguma disso, minha mãe está aos poucos retornando a sua rotina normal mas ela não se aproxima de meu pai e acho que não tornará a fazê-lo. A primeira etapa do plano foi realizada, me concentrar no reino e ganhar a confiança de meu pai e hoje será colocada em prática a segunda: descobrir o paradeiro de Maxon.

Nesse momento eu estou me dirigindo ao escritório de meu pai para mais um dia cheio de relatórios e reuniões mas antes nós iremos conversar, bati na porta e ele logo autorizou que eu entrasse.

- Bom dia pai.-eu disse me sentando na cadeira que fica de frente para sua mesa

- Bom dia filha.

- Pai como andam os interrogatórios com os rebeldes?

- Por que você quer saber?- ele perguntou um pouco irritado

- Porque eu julgo ser um assunto de grande importância para o governo e eu como futura rainha devo saber o que acontece com meu povo.

- Muito bem colocado America, mas acho que não deve se aborrecer com isso agora.

- Veja bem pai, se quando eu assumir o poder isso voltar a acontecer eu preciso ter uma noção de como lidar.

- Está certo, bem a maioria deles irá a julgamento semana que vem e provavelmente será morto mas o nosso maior problema é o líder deles que se recusa a falar, ele não abre a boca nem sob tortura e nós não podemos matá-lo pois é o único que tem informações que realmente importam.- ele suspirou frustrado

- E onde eles estão?

- No subsolo do castelo, numa área secreta, apenas alguns guardas e eu tem acesso.

- Hum, espero que consigamos prosseguir com as investigações e que eles paguem pelo que fizeram.

- Eu também, mas agora vamos cuidar de assuntos mais importantes.

Eu assenti e me sentei em minha mesa que ficava no canto do escritório de meu pai, em teoria eu deveria estar lendo esses relatórios e procurando maneiras de reduzir os gastos com coisas desnecessárias mas meus pensamentos estavam longe me levando a ele, como será que ele está? Não pude deixar de sentir uma pontada de felicidade quando meu pai mencionou que alguns guardas tem acesso às celas, será que Aspen tem também?

Depois de muito tempo olhando esses papéis, finalmente meu pai me chamou para almoçar.

- America se quiser fazer companhia a sua mãe está tarde pode ir, eu não estarei no escritório pois tenho de resolver assuntos importantes.

Eu assenti e sorri pensando em como seria passar a tarde livre longe daquele monte de papéis mas então eu para pra pensar na última parte “ tenho que resolver coisas importantes”, espero que ele não vá fazer o que eu estou imaginando.

Quando chegamos na sala de jantar minha mãe já estava lá, dou um beijo em sua bochecha e me sento no meu lugar. Passamos o almoço todo em silêncio e assim que minha mãe se levanta eu faço o mesmo e nós vamos para o salão das mulheres. Passo a tarde toda conversando com ela sobre coisas bobas, assistimos alguns programas de TV e tomamos um chá, já está quase na hora do jantar e ela está lendo uma revista.

- Mãe posso sair, quero dar uma volta?

- Claro filha, nos vemos no jantar.

Eu assunto e saio, começo a andar pelos corredores do castelo em busca de Aspen que para minha surpresa está no corredor do meu quarto.

- Aspen eu preciso da sua ajuda.

- Sim Meri.

- Vem comigo.- eu pego em sua mão e o puxo para uma sala vazia

- Do que você precisa?

- Eu preciso saber se você sabe onde meu pai deixa os prisioneiros e se você tem a chave.

- Meri eu acho melhor...

- Por favor Aspen.- eu digo o interrompendo e fazendo carinha de cachorrinho pidão

- Okay, eu sei onde é e tenho a chave.

- Me leva lá?- eu perguntei entusiasmada

- Meri eu não posso.

- Por favor ninguém precisa saber.

- Tudo bem, me espere na entrada da biblioteca depois da meia noite, e ninguém pode sonhar que eu farei isso.

- Esse segredo morre comigo.

- Tudo bem, então até mais tarde. Ah e tente ir com uma capa ou algo que dificulte que te reconheçam.

- Está bem.

Eu dei um abraço nele e saí da sala saltitando de felicidade, corri em direção a cozinha e fui para os fundos, eu sabia que lá tinha uma espécie de capa que os funcionários usavam para sair na chuva, ela tinha uma toca longa capaz de cobrir meu rosto, eu enrolei uma e voltei com cuidado para o meu quarto, entrei e fechei a porta.

- O que é isso?- perguntou Mary

- Nada de especial, é para uma coisa que farei mais tarde mas vocês têm que prometer que não falarão nada para ninguém e para todos os efeitos eu passei a noite toda aqui.

- É algo perigoso?- perguntou Anne aflita

- Não muito, mas fiquem tranquilas, ficarei bem.

Elas assentiram e eu desci para o jantar que seguiu calmo e silencioso como sempre, May estava me encarando e eu sorri pra ela, não vejo a hora de contar pra ela. Depois do jantar eu me despedi de meus pais e de May, subindo para o meu quarto. Fiquei sentada na minha cama encarando o relógio mas o tempo parecia não passar.

Depois do que pareceu uma eternidade o relógio marcou meia noite, eu me arrumei peguei a capa e dobrei da maneira que não desse muito na cara do que era e me dirigi a biblioteca, chegando lá avistei Aspen perto de uma estante de livros.

- Coloque a capa.- eu assenti e coloquei a mesma- Pronta?

- Nunca me senti tão pronta.

Ele sorriu e puxou um livro abrindo uma pequena passagem na parede, se agachou e entrou nela e eu fiz o mesmo e ele apertou um botão que a fechou, do outro lado havia um corredor mal iluminado, nós ficamos em pé e ele pegou em minha mão para poder me guiar, depois de uma curta caminhada nós demos de cara com uma escada, desci com dificuldade pois não conseguia enxergar bem os degraus, no fim da escada tinha outro longo corredor com algumas portas e no fim uma porta maior.

- Ele está ali.- ele disse apontando a última porta, mas espera eu nem havia perguntado- Não precisa nem perguntar como eu sei porque não havia outro motivo para você querer vir aqui.

Eu dei uma risada e ele me levou até lá.

- Boa sorte.- ele disse destrancando a porta

Eu sorri e entrei.