História Atração Fatal - T2:C4 - Eu te amo

Pov Maxon

- Você não vai falar nada?- pergunta ele irônico e eu não respondo e logo em seguida sou atingido no rosto por mais um soco

- Podemos fazer isso o dia todo.- eu digo o encarando

- Moleque petulante, você sabe que eu posso matá-lo quando eu quiser.

- Pois o faça agora o único que perderá algo será você.- continuo o encarando e ele me acerta mais um soco

- Levem-no daqui agora.- ele gruta irritado

Logo dois guardas aparecem e me carregam até minha cela, desamarram minhas mãos e me jogam lá dentro. Não sei ao certo a quanto tempo estou aqui mas deve ser algo em torno de um mês, eu passei cerca de uma semana numa espécie de enfermaria me recuperando do tiro que eu levei que por pouco não me matará, depois da recuperação eles me jogaram nesse buraco e desde então o nosso amado rei me faz visitas frequentes, começaram apenas como um interrogatório comum mas quando ele notou minha resistência decidiu apelar para outros métodos, ele me deixou dias sem comida e água mas mesmo assim eu não abri a boca e para que eu não morresse de fome ele buscou outra forma que por hora é me bater, mal sabe ele que isso está longe de fazer cosquinhas em mim, ele por acaso se esqueceu de onde eu vim? Sendo líder eu fui treinado a resistir a todo tipo de tortura e jamais entregar alguma informação.

Nesse buraco eu não tenho muito o que fazer se não andar em círculos, ficar deitado encarando o teto ou dormir, bom dentre minhas muitas opções de passatempo decido ficar com a segunda é me deito naquilo que eles chamam de cama mas é uma estrutura de ferro com um colchão fino e duro, deixo minha mente vagar e logo sou invadido pelas lembranças de America, sua risada, suas carícias, seus beijos e seu cheiro, Ah, como sinto falta de seu cheiro, como queria poder vê-la nem que uma última vez, mas o que ela fez comigo ainda me machuca tanto.

Depois de muito tempo ali deitado acabo sendo vendido pelo cansaço e adormeço.

[...]

Desperto com o barulho da porta sendo destrancada e alguém adentra a cela.

- Já falei que não vou dizer nada.

A pessoa não responde o que me faz perceber que não é o rei mas quem seria? Ela caminha em minha direção mas com a pouca iluminação da sala fica difícil enxergar, pelo tamanho julgo ser uma mulher mas o capuz me impede de ver seu rosto, me sentei na cama para poder ver melhor, A pessoa se aproximou de mim.

- Quem é você?

Ela colocou as mãos no capuz e pareceu pensar por um momento mas logo o retirou revelando suas longas madeixas ruivas.

- A-America?- gaguejei e ela se sentou ao meu lado

Isso não pode ser real, eu devo estar sonhando, não é possível.

- O que ele fez com você?- ela disse triste passando a mão pelo meu rosto

- America eu...

- Shhh!- ela disse colocando o dedo indicador em meus lábios- Maxon não fala nada.

- Maxon me perdoa, por favor, eu juro que o que eu sinto por você é verdadeiro, eu realmente tinha feito um plano mas depois que eu te conheci de verdade eu me apaixonei, me apaixonei perdidamente.

E então ela se aproximou mais de mim e uniu nossas bocas em um beijo calmo, cheio de saudade e eu pude sentir ali que independente do que ela fizesse meu coração seria para sempre dela.

- Pode partir meu coração mil vezes se desejar, sempre foi seu para machucar como quiser.

- Maxon, eu...- coloquei a mão em seus lábios a impedindo de continuar

- Amarei você até meu último suspiro. Cada batida do meu coração é sua. Não quero morrer sem que você saiba disso.

Ela selou nosso lábios com um beijo terno e pude sentir o gosto salgado de suas lágrimas.

- Você não vai morrer Maxon, eu não vou deixar.- ela disse acariciando meu rosto

- America temo que isso seja inevitável.

- Maxon eu vou fazer de tudo para te tirar daqui.

E então eu a puxei para outro beijo, passei as mãos por sua cintura a colocando em meu colo e ela puxava os cabelos da minha nuca.

- America me perdoe, eu me senti tão mal por pensar que você havia me enganado e agi sem pensar, era pra estarmos juntos agora eu tinha um plano, nós íamos nos casar.- eu disse acariciando seu rosto e pude sentir algumas lágrimas rolarem pelo meu rosto

- Acho que nós dois erramos mas vamos seguir em frente porque eu te amo Maxon e nada mais vai impedir nossa felicidade.

- O que disse?- eu a encarei incrédulo, ela segurou meu rosto e colou sua testa na minha

- Eu te amo Maxon Illéa!

- E eu te amo America Schreave!- eu a puxei para um beijo urgente que expressava tudo aquilo que sentíamos

Eu tirei sua capa deixando-a apenas com sua fina camisola, direcione os beijos agora para seu pescoço e ela deitou a cabeça para o lado me dando livre acesso.

- Eu. Senti. Tanta. Saudade.- disse ainda beijando seu pescoço

- Eu tive medo de nunca mais te ver.- ela disse

Logo parei o que estava fazendo e capturei seus lábios em um beijo urgente, intenso e cheio de sentimentos, nós queríamos matar a saudade que sentíamos um do outro. Ela começou a desabotoar minha camisa, suas mãos passeavam por meu abdômen e seu toque fazia cada pelo do meu corpo se arrepiar. Minhas mãos passeavam por seu corpo, sua cintura, suas coxas, senti ali era a melhor coisa que eu poderia querer. Comecei a distribuir beijos por seus ombros e seu colo.

- Max- ela disse levantando meu rosto e me dando um beijo calmo- Infelizmente eu tenho que ir mas prometo que voltarei a vê-lo o mais breve possível.- ela disse se levantando e pegando a capa

- Você voltará?

- Tentarei fazê-lo o mais rápido possível.- ela disse vestindo a capa

- Eu te amo.- disse levantando e lhe dando um beijo

- Eu também te amo- ela disse acariciando meu rosto

Ficamos mais um tempo abraçados até que ela me deu um selinho e saiu. Escutei o barulho da porta sendo trancada e me deitei soltando um longo suspiro, aquilo não podia ser real mas mesmo que fosse apenas um sonho eu não queria acordar nunca mais. Por mais que eu acredite em America acho difícil que nós possamos ficar juntos no final já que se o rei perder a paciência comigo não importa a informação que eu tiver ele vai me matar e dar um jeito descobrir as coisas sozinho, mas não vou pensar nisso agora, America me ama, eu não posso acreditar.