História Atração Fatal - T2: C12- Eu tenho que ir embora

Pov America

Depois de muito tempo discutindo sobre convidados, arranjos de mesa e decoração finalmente chegou a hora do jantar, apesar de eu não gostar nem um pouco dá ideia desse casamento arranjado pelo menos ele está ocupando minha cabeça, assim que todas saem eu fico pra trás e faço um sinal para que May fique também.

- Nós precisamos conversar.-digo

- Realmente.

- Vamos para o seu quarto depois do jantar.

- Okay.- ela concorda e nos juntamos as mulheres que estavam só um pouco mais a nossa a frente

Chegamos a sala de jantar e os homens já estão sentados em seus lugares, caminho para o meu que para minha surpresa é ao lado de Peter, não podia esperar menos do meu pai.

- Você está linda.- ele diz assim que me sento

- Peter você já me viu hoje.

- Eu sei mas ainda não havia te elogiado, não que você não tenha consciência de que é bonita mas mesmo assim.

- Okay, já entendi.- digo dando risada

- Gostaria de fazer um anúncio.- diz tio Paul e todos passamos a prestar atenção nele- É com muito orgulho e satisfação que nós aceitamos a sua proposta Clarkson, será um prazer ter America em nossa família.- ele diz sorrindo e Peter aperta minha mão por baixo da mesa me passando conforto

- O prazer será todo nosso.- diz meu pai- Está preparado para governar um país?- ele pergunta para Peter

- Creio que sim.- ele responde confiante

- Quanto aos detalhes do baile de noivado- diz tia Karla- Nós já acertamos praticamente tudo esta tarde.

- Isso é ótimo.- meu pai fala sorrindo- E pra quando está previsto?

- Nós voltamos para a Noruécia semana que vem, assim que chegarmos começarei os preparativos, ou seja, daqui três semanas.- ela responde

- Temos que começar a enviar os convites.- diz Marlee

- É verdade- concorda minha mãe- quanto antes melhor assim todos terão tempo para se planejar e comparecer.

- Muito bem pensado, começaremos Amanhã mesmo.

- Ah mas eu achei que ia poder passar um tempinho com a minha quase noiva.- diz Peter fazendo biquinho

- Pois você vai ter que esperar irmãozinho querido- diz Marlee- a preparação para o baile é mais importante.

Ele fecha a cara e eu dou risada, Marlee- está levando tudo isso bem a sério, espero que ela não fique brava comigo quando descobrir minhas verdadeiras intenções, mas eu acho que ela vai entender.

- Será que eu vou poder sair com você algum dia dessa semana ou você vai ter um compromisso sempre?- ele pergunta

- Eu creio que Marlee não vai gostar muito dá ideia mas acho que nós podemos passear.

- É claro que eu vou te emprestar a Meri irmãozinho, é só que ela não vai ser sua noiva se o baile de noivado não acontecer.- Marlee- responde

- Mas como ela é minha quase noiva eu acho que mereço passar um tempo com ela.- ele responde

- Aff, você nem sabe dividir.- ela resmunga

- Não sou eu que quero monopolizar ela né?-Ele revida e eu não consigo segurar a risada

- Já chega os dois.- diz tia Karla irritada- Se não pararem com essa infantilidade voltamos para casa amanhã e nenhum dos dois vai ver a America.

- Desculpa mãe.- eles murmuram em coro e eu fui, olho pra tia Karla que me lança uma piscadinha e logo volto a atenção para o meu prato

O jantar se passa sem mais nenhum acontecimento importante, alguns comentários sobre o baile ou o noivado mas nada de mais, assim que eu termino a sobremesa peço licença e May me acompanha, subimos para o quarto dela e ela trança a porta.

- Só pra garantir que não vamos ser surpreendidas.- ela diz e eu rio

- Realmente não ia ser algo muito bom.

- Sobre o que quer falar.- ela pergunta se sentando na cama e eu me sento em uma poltrona de frente para ela

- Sobre minha ida a Noruécia.

- Ah, entendo, realmente acho que vai atrapalhar os planos.

- Eu acho que não.- digo e ela me encara confusa

- Como não?

- Comigo e com a minha família fora Maxon vai ter mais facilidade para acertar as coisas.

- É pensando por esse lado parece que será algo bom, e sobre a fuga já falou com ele?

- Ainda não mas pretendo fazer isso hoje, já acertei tudo com Aspen para que ele me leva lá.

- Fica tranquila vai dar tudo certo.

- Eu preciso que dê certo, é minha única chance.

- Calma Ames, seja otimista, amanhã a guarda do palácio vai estar toda concentrada no salão principal e seu pai não vai nem sonhar com isso.

- É você tá certa, não vou ficar sendo pessimista.- digo tentando acreditar nisso

- Ames eu tenho uma notícia pra te dar.- ela diz quebrando o silêncio que havia se instalado no quarto

- É boa?

- Não, infelizmente.- ela diz e abaixo a cabeça

- O que aconteceu?- pergunto preocupada

- Eu tenho que ir embora.

- Não, mas por que? May você não pode ir, eu preciso de você.

- Eu também não queria mas meu pai pediu para eu voltar, prometo que vou tentar te visitar.

- Eu te amo tanto May.- digo a abraçando

- Eu também te amo Ames.- ela me aperta- Não chora se não eu vou chorar também.

- É impossível May, você é o mais próximo de uma irmã que eu tenho, quando Marlee for embora eu vou voltar a passar todos os dias entediada enquanto meu pai implica comigo.- digo tentando limpar as lágrimas que escorrem pela minha bochecha 

- Não fica assim Ames, vai dar tudo certo no final e quando você se casar com o amor da sua vida não vai nem lembrar que eu existo.- ela diz fazendo biquinho 

- Como se eu fosse conseguir esquecer você, e acima de tudo se eu ficar com ela vai ser graças a você.

- Não é verdade.- ela diz negando com a cabeça- Eu só ajudei.

- Só ajudou, sem você eu teria feito alguma besteira e arruinado as minhas chances.

- É realmente.- ela diz rindo- Não duvido que você tivesse insistido na ideia idiota de fugir do castelo.

- No momento ela não pareceu tão idiota tá?- digo e ela dá risada

- Provavelmente porque no momento você não devia estar muito atenta.- ela diz sorrindo maliciosamente e no começo eu não entendo 

- May!- exclamo corada e jogo uma almofada nela 

- Não tá mais aqui quem falou.- ela diz levantando as mãos em rendição 

- Eu não tenho culpa se só tenho alguns minutos pra matar a saudade dele.- digo dando risada e ela ri também 

- Tá vendo, eu falei.- ela diz sorrindo vitoriosa

- Vou sentir falta dessas conversas de noite.- digo e minha voz saí mais triste do que eu esperava 

- Eu também, mas isso não é uma despedida.

- Não mesmo, você vai comigo naquele baile de noivado ridículo.- digo autoritária 

- Será um prazer Alteza.- ela diz sorrindo