História Atração Fatal - Vocês conseguiram?

Pov Maxon 

- Tudo deve ser feito com maestria, não podemos deixar rastros, entendeu? 

- Sim senhor. Posso me retirar para juntar os homens que irão na missão.

- Vá, eu quero isso pronto o mais rápido possível.

Kota saiu da sala me deixando sozinho. Ninguém pode cometer um erro sequer, planejo isso há muito tempo e agora que assumi o controle é hora de colocar meu plano em ação. Fazem três meses que meu pai, August Iléa, fundador dos selecionadores, morreu, e agora eu assumi o comando, fui treinado desde que me conheço por gente para isso. Nosso objetivo nunca foi acabar com a monarquia, mas desde que o rei descumpriu o acordo feito conosco para acabar com as castas que são totalmente injustas, nós resolvemos que deveríamos assumir o poder para consertar as coisas.
Foi tudo perfeitamente elaborado. Conseguimos nos infiltrar no castelo essa semana, e antes que levantamos suspeitas vamos executar nossa tarefa, é algo simples, sequestrar a princesa America é trazê-la pra cá. Com ela aqui posso conseguir informações suficientes, tanto interrogando ela, quanto chantageando o rei, tenho uma outra ideia que vem me atormentado há um tempo mas acho que não é muito boa.
Mandei Kota reunir homens e ir para as imediações do castelo, quando os infiltrados conseguirem pegá-la precisamos trazê-la o mais rápido possível. 

[...]

Eram 5:00, haviam passado dois dias desde a partida de Kota, e o telefone começou a tocar me desapertando, me sentei na cama e atendi.

- Alô.

- Senhor, aqui é o Kota, missão cumprida, estamos retornando ao palácio.

- Ela está com vocês? Vocês conseguiram?

- Sim senhor.

- Venham o mais rápido possível.- eu disse desligando o telefone logo em seguida.

Eu não acredito, deu certo, meu plano deu certo, passei tanto tempo planejando, tinha tanto medo de dar errado que mal podia acreditar que finalmente tudo estava saindo como eu imaginava, agora ela seria minha prisioneira e eu terei a monarquia nas mãos. Sabia que não ia conseguir dormir então resolvi começar a preparar as coisas para sua chegada, me vesti e fui para o meu escritório e pedi para primeira pessoa que encontrei para que chamasse Paige e a levasse até minha sala. Paige era filha de um dos melhores amigos de meu pai, seu conselheiro pessoal, eu vi ela crescer, e era uma menina confiável, e tinha muito medo de mim o que a fazia obedecer qualquer uma das minhas ordens. Quando entrei na sala fui até uma estante que tinha alguns livros e duas gavetas, abri a segunda e tirei de lá uma pasta, fui até minha mesa e me sentei, já havia visto aquela pasta várias vezes mas decidi revisá-la. Abri e a primeira coisa que tinha lá era uma foto de America, durante os anos que passei elaborando meu plano eu coloquei pessoas para observarem o palácio, America cresceu junto comigo, eu acho que estávamos predestinados a nós encontrar e agora ela dará para mim a coisa que eu sempre quis, o poder.

Escutei uma batida na porta imaginei que era Paige.

- Pode entrar.

- Com licença senhor. – Paige disse entrando, era nítido como ela estava assustada, estava encolhida, parecia querer se esconder dentro de si mesma.

- Sente-se, temos muito o que conversar.

- Eu fiz algo errado? - ela disse se sentando.

- Não, fique tranquila.

- Então por que o senhor me chamou? – ela parecia mais relaxada

- Eu preciso de um favor.

- Favor? O que eu poderia fazer para o senhor?- ela parecia realmente interessada em saber o porquê de eu ter chamado ela.

- Eu vou receber uma convidada muito especial, creio que ela chegue hoje e quero me encontrar com ela o mais rápido possível, então assim que ela chegar provavelmente vai estar cansada e vai dormir, quando ela acordar quero que você a arrume para que ela venha a meu encontro.

- Claro senhor. Eu sei que não é de meu interesse mas posso saber quem ela é?

- No tempo certo todos saberão, por hora você só precisa saber que ela é muito importante.

- Okay senhor.

- Pode se retirar agora.- assim que terminei de falar ela já foi até a porta e saiu.

Continuei a estudar a pasta, todas as informações sobre ela estavam lá, anos de estudo, tenho tudo planejado, não tem como dar errado, vai ser tão fácil. 

[...] 

Estava analisando alguns relatórios quando Kota chegou. 

- Senhor?

- Entre Kota.

Kota entrou e se sentou na cadeira em frente à minha mesa.

- E então como ela está?

- Está bem, um pouco irritada mas está bem. 

- Imaginei que ela fosse estar irritada mesmo, mas tenho uma ideia de como lidar com ela.

- Senhor, se me der licença, tenho que me retirar e reestruturar a escala da guarda já que estamos de volta.

- Pode ir, mas garanta que a verei ainda hoje.

- Pode deixar.- ele disse já saindo.

Eu não sei porque me sinto um pouco nervoso, deve ser porque passei muito tempo esperando por isso, mas não posso me dar ao luxo de ficar aqui pensando tem muito a fazer, ainda tenho que manter esse acampamento funcionando. Peguei mais alguns relatórios e pedi a um dos guardas que chamasse o conselho, vou fazer uma reunião, assim ocupo minha cabeça. 

[...]

A reunião tinha sido muito cansativa, os membros do conselho não são as melhores pessoas do mundo, às vezes tenho vontade de trocar todos mas não sei por quem. Adoraria ir para o meu quarto agora, tomar um banho e dormir mas tenho mais uma coisa para fazer antes. Acabei de mandar Kota buscar minha convidada e eles devem estar a caminho agora. Ouvi uma batida na porta. 

- Entre.- eu disse e Kota apareceu com a princesa, ela era ainda mais bonita pessoalmente, seus cabelos ruivos estavam presos em uma trança e seus olhos pareciam o céu da manhã, não seria um sacrifício tão grande me unir a ela, me levantei e fui em direção a eles.

- Pode sair Kota, obrigado por acompanhar a adorável senhorita.

Voltei para minha mesa, me sentei e indiquei a cadeira a minha frente para que ela se sentasse, ela caminhou em minha direção, achei que ela fosse estar assustada mas parecia confiante.

- Quem é você?- ela perguntou antes que eu pudesse começar

- Rápida, senhorita- dei uma risada- Meu nome é Maxon, Maxon Iléa.

- I... Iléa?- ela perguntou descrente

- Isso mesmo senhorita, um legítimo Iléa.

- Eu não sabia que existiam.

- Pois é, a vida é uma caixinha de surpresas. E a senhorita é?- perguntei no intuito de deixar o clima menos pesado preciso que ela comece a gostar de mim

- Duvido que não saiba.- ela disse irônica

- Sim, claro, senhorita America.- garotinha difícil essa.

- Porque estou aqui? O que você quer saber isso?

- Muitas coisas, mas não revelarei tudo agora, por hora quero apenas conhecê-la, a senhorita me parece adorável.

- O que quer saber de mim?- ela perguntou, dava pra notar a irritação em sua voz.

- Depende, o que a senhorita gostaria de me contar.

- Não tenho nada pra falar pra você.

- Bom então eu pergunto. Quantos anos você tem?- será que é tão difícil conversar assim?

- 20 anos.

- Hum, também tenho 20 anos interessante não.

- Um pouco acho.

- Qual sua cor favorita?

- Azul, mas porque quer saber isso? Você me sequestra pra perguntar minha cor favorita, sério?- não que ela não tivesse razão, mas poxa, tô querendo ser educado

- Eu apenas queria conhecê-la, estou interessado em você, acho que temos muito em comum.

- Pois eu acho que não.

- Como sabe? Não perguntou nada sobre mim ainda.

- Então você é o líder dos rebeldes?

- Sim.

- E como você atingiu esse cargo?

- Sou filho de August Iléa, fundador dos selecionadores.

- Mas você é meio jovem. – ela parecia intrigada mas sua pergunta me deixou irritado, só porque sou jovem sou incapaz

- Está me subestimando por cause da minha idade?- eu perguntei e percebi que estava com o tom de voz alterado, na mesma hora vi que sua expressão confiante tinha dado lugar a uma expressão assustada e arrependida

- Não, longe de mim querer dizer isso.- ela disse, dava pra notar em sua voz o tom de um pedido de desculpas

- Bom acho melhor voltar pro seu quarto. Amanhã será um dia longo.- não dava mais para continuar essa conversa ambos estávamos de cabeça quente.

Ela se levantou e foi até a porta.

- Tchau senhorita Schreave.- eu disse de maneira calma e doce, não quero afastá-la de mim

- Tchau.- ela disse seca.

Assim que ela fechou a porta eu arrumei minhas coisas e fui para meu quarto, tomei um banho e me deitei, amanhã será um dia longo, tenho muito o que fazer, amanhã sim o plano começa.