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História Atraído por Ela - Atrído por Ela


Escrita por: Jotah_V

Capítulo 1 - Atrído por Ela


Fanfic / Fanfiction Atraído por Ela - Atrído por Ela

Nunca pensei que me sentiria atraído por ela dessa maneira, quero dizer, eu nem sequer havia olhado para ela antes e agora sem mais nem menos me encontro pensando nela de maneira seduzente. Pode se efeito da bebida, já ouvi história que ela podia causar esse efeito, pode ser também essa música lenta que está tocando e que me faz lembrar que estou sozinho. Não sei explicar como esse desejo cresceu dessa forma, mas a primeira vez que olhei para ela não me esqueço, foi neste mesmo bar, já deve fazer uns dois anos agora, eu já estava de bruços no balcão, completa mente bêbado, foi quando eu a vi por entre os copos vazios de bebidas que usei para esquecer aquela que já havia me esquecido, olhei para ela, lá, parada, me ignorava.

Eu também não pretendia nada com ela e simplesmente a esqueci no dia seguinte, o problema é que voltei aqui de novo, e de novo, e de novo, até que um dia percebi que a queria, pensava nela até mesmo quando não estava mais bêbado. Posso admitir, sou só mais um bêbado com um problema, estou novamente aqui, estou desejando-a, perdi meu emprego de tanto vir aqui para tentar esquecer, é complicado ir trabalhar todos os dias com ressaca, sua produtividade cai, as pessoas reclamam, aí você percebe que é só mais um estorvo na vida de todos a sua volta e um dia você é demitido.

Desdê então parece que a vejo por toda parte; em casa, na cozinha perto da pia; no banheiro, dentro da banheira; na rua, entre os carros; no metrô, do outro lado; no mar, bem no fundo e no fundo deste outro copo que esvazio.

Não sei se vou ao seu encontro agora, eu quero, mas ainda não sei se estou pronto, sei que pode demorar até que ela me note e venha até mim e eu não quero esperar, não mais, não quando eu lembro daquela que me chutou, que me trocou por outro e que tirou tudo de mim, sem contar no que as pessoas ainda falam de mim, "ele nunca prestou", como se eu que tivesse levado outra pessoa para nossa cama, "não podia esperar outra coisa daquele bêbado", como se eu pudesse lidar com isso de outra forma, "ele deixou a filha dele", como se não tivesse sido ela que tivesse a tirado de mim, aquela que um dia se chamou de minha mulher e jurou perante Deus que seria minha parceira pelo resto da vida, me traiu na minha própria cama com um estranho qualquer e me processou por ter interrompido seu orgasmo tirando tudo de mim, inclusive minha filha, tirou minha pequena princesa de mim e agora ela nem reconhece o papai, o cobiçador ladrão de esposas que destruiu minha vida agora ocupa esse lugar na vida dela. Então é isso vou até lá, já esperei por muito tempo, vou até ela.

Ela sai pela porta do bar, eu viro o último copo de bebida e o bato na mesa, saio correndo pela porta atrás dela, procuro por ela na rua, olho para todos os lados, atravesso a rua correndo por entre os carros, mas não a encontro, as pessoas gritam, "saí do meio da rua, seu bêbado idiota" e os motoristas buzinam reclamando, mas eu não a encontro.

Caminho pela rua rumo a minha casa frustrado, chuto uma pedra no meu caminho pensando nela e ao mesmo tempo me identificando com aquela pedra, olho para cima e só vejo os prédios altos, nada de estrelas ou esperança de desejos, apenas construções de pedra, mais uma vez vejo ela, ao longe, entrando no prédio mais alto, vou atrás dela e também entro no prédio como se fosse um morador, entro no elevador atrás dela, vou até o terraço, chegado lá em cima eu finalmente a encontro, sem a música, sem o barulho do bar e sem as pessoas falando, desta vez não é só mais um devaneio, agora é verdade e eu estou pronto.

Em fim estou aqui, parado na sua frente e a encarando, somos só nós dois, um esperando o outro, me aproximo devagar, estou nervoso e sinto um frio na barriga, venta forte, sem falar que está escuro, a única luz visível são as dos outros prédios e das casas lá em baixo, dou mais um passo e a encaro de frente agora, nunca tinha chegado tão perto dela antes, agora é a hora de tomar uma atitude para deixar tudo pra traz. Abro meus braços e me inclino, abraço o vazio, enquanto caio do parapeito penso se isso era mesmo o que eu queria, o vento no meu rosto me impede de respirar e grita no meu ouvido cobrindo todos os outros sons da cidade, mais uma vez estou sozinho com meus pensamentos, não tenho motivos para continuar aqui, penso, vou em direção ao chão, agora o meu sofrimento acaba, ela se aproxima e me abraça com seus braços duros, frios e acolhedores. Eu apenas me entrego.


Notas Finais


Bom, é isso, espero que tenham gostado, estou escrevendo outros contos e assim que estiverem prontos vou postar. E Gio, se você leu está aí, já criei minha conta no Spirit e já publiquei meu primeiro conto, agora vê se continua sua história ; )


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